• Exposição à violência entre parceiros íntimos e desnutrição entre mulheres jovens de Bangladesh: um estudo transversal de uma amostra nacional representativa Article

    Ferdos, Jannatul; Rahman, Mosfequr

    Resumo em Português:

    Resumo: O estudo explora as relações entre desnutrição e violência entre parceiros íntimos (VPI) em uma amostra de 1.086 mulheres adultas jovens (15-24 anos) de Bangladesh, usando dados transversais do Bangladesh Demographic Health Survey (BDHS) de 2007. Cerca de um terço (33,4%) dessas mulheres relataram terem sofrido VPI física e/ou sexual, 14,5% apenas VPI sexual e 29% apenas VPI física praticada pelo marido. Cerca de 32,6% das mulheres adultas jovens eram desnutridas (IMC < 18,5), enquanto 6,2% apresentavam sobrepeso (IMC ≥ 25). As mulheres com baixo peso sofriam mais VPI física (OR = 1,39; IC95%: 1,09-2,71) e VPI física e/ou sexual (OR = 1,48; IC95%: 1,12-2,75) quando comparadas às mulheres eutróficas. Os resultados também indicam uma associação positiva entre sobrepeso/obesidade e todas as formas de VPI. Os achados indicam que a exposição à VPI tem um papel significativo na experiência das adultas jovens de baixo peso e com sobrepeso/obesidade e confirmam que são necessários programas e políticas nutricionais e de saúde para as mulheres jovens de Bangladesh.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: Este estudio explora la relación entre la malnutrición y violencia doméstica (IPV por sus siglas en inglés) entre 1.086 mujeres adultas jóvenes bangladesíes, con una edad entre 15-24 años, usando datos de un estudio transversal, procedentes del 2007 Bangladesh Demographic Health Survey (BDHS). Cerca de un tercio (33,4%) de las mujeres adultas jóvenes sufrieron violencia física y/o sexual IPV, 14,5% sufrieron sólo sexual IPV, y un 29% sufrieron sólo física IPV por parte de sus maridos. Cerca de un 32,6% de las mujeres adultas jóvenes se encontraban por debajo del peso ideal (IMC < 18,5) y un 6,2% tenían sobrepeso (BMI ≥ 25). Las mujeres con el peso por debajo del apropiado sufrían más violencia física IPV (OR = 1,39; IC95%: 1,09-2,71) y física y/o sexual IPV (OR = 1,48; IC95%: 1,12-2,75), en comparación con el rango normal de mujeres. Los resultados también indican una asociación positiva entre sufrir sobrepeso/obesidad y todas las formas de IPV. Los hallazgos del estudio indican que sufrir IPV tiene un papel significativo en el peso por debajo del peso ideal y con sobrepeso/obesas de las mujeres adultas jóvenes y el apoyo a salud de estas mujeres más jóvenes, que necesitan tanto programas de nutrición, como políticas especialmente dirigidas a mujeres que sufren violencia doméstica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: This study explores the relationship between malnutrition and intimate partner violence (IPV) among 1,086 young adult Bangladeshi women aged 15-24 years using a cross-sectional data from the 2007 Bangladesh Demographic Health Survey (BDHS). About one-third (33.4%) young adult women experienced physical and/or sexual IPV, 14.5% experienced only sexual IPV and 29% experienced only physical IPV by husbands. About 32.6% young adult women were reported as being underweight (BMI < 18.5) and 6.2% were overweight (BMI ≥ 25). Underweight women experienced more physical IPV (OR = 1.39; 95%CI: 1.09-2.71) and physical and/or sexual IPV (OR = 1.48; 95%CI: 1.12-2.75) than normal range women. Results also indicate a positive association between being overweight/obese and all the forms of IPV. The study findings indicate that the IPV experience plays a significant role in underweight and overweight/obese young adult women and support that younger women’s health and nutrition program and policies need to address IPV.
  • Sintomas depressivos, apoio emocional e início do comprometimento das atividades da vida diária: seguimento de 15 anos do Estudo de Coorte de Idosos de Bambuí, Minas Gerais, Brasil Article

    Torres, Juliana Lustosa; Castro-Costa, Erico; Mambrini, Juliana Vaz de Melo; Peixoto, Sérgio William Viana; Diniz, Breno Satler de Oliveira; Oliveira, Cesar de; Lima-Costa, Maria Fernanda

    Resumo em Português:

    Fatores psicossociais parecem estar associados a um aumento do risco de incapacidade em idosos. Entretanto, faltam evidências baseadas em dados longitudinais de longo prazo em países ocidentais de renda baixa e média. Investigamos se os fatores psicossociais presentes na linha de base predizem a incapacidade incidente no longo prazo em uma coorte populacional de idosos brasileiros. Usamos dados do seguimento de 15 anos de 1.014 participantes com 60 anos de idade ou mais do Estudo de Coorte de Idosos de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. Foram medidas anualmente as limitações nas atividades de vida diária (AVD), totalizando 9.252 mensurações. Os fatores psicossociais incluíram sintomas depressivos, apoio emocional e rede social. As variáveis independentes incluíram características sociodemográficas, estilo de vida, função cognitiva e uma escala de saúde física com dez condições clínicas autorrelatadas e medidas objetivas. A análise estatística foi baseada em um modelo de risco competitivo, tendo o óbito como evento de risco competitivo. Os sintomas depressivos na linha de base e o apoio emocional da pessoa mais próxima estiveram associados à incapacidade futura nas AVD, independentemente da grande amplitude das variáveis independentes. Os achados mostraram um claro gradiente de associação, onde o risco aumentou progressivamente desde o baixo apoio emocional isoladamente (sub-hazard ratio - SHR = 1,11; IC95%: 1,01; 1,45) para sintomas depressivos isoladamente (SHR = 1,52; IC95%: 1,13; 2,01) até a combinação de ambos os fatores (SHR = 1,61; IC95%: 1,18; 2,18). O estado civil e o tamanho da rede social não mostraram associação com a mortalidade incidente. Em uma população de idosos brasileiros, o apoio emocional baixo e sintomas depressivos apresentam valores preditivos independentes em relação à incapacidade subsequente no prazo muito longo.

    Resumo em Espanhol:

    Los factores psicosociales parecen que estaban asociados con un aumento del riesgo de sufrir discapacidad más adelante a lo largo de la vida. Sin embargo, existe una falta de evidencias en los datos a largo plazo de carácter longitudinal, procedentes de países occidentales con una renta medio-baja. Investigamos si los factores psicosociales como base de referencia predicen un surgimiento de discapacidad a largo plazo en una cohorte de población, basada en adultos ancianos brasileños. Se realizó un seguimiento durante 15 años con datos de 1.014 participantes con 60 años y de mayor edad en el Estudio de Cohorte Envejecimiento de Bambuí (Brasil). Las limitaciones en las actividades de la vida diaria (ADL por sus siglas en inglés) fueron medidas anualmente, comprendiendo 9.252 medidas. Se trabajó con factores psicosociales, incluidos síntomas depresivos, apoyo social y tejido social. Las covariables potenciales incluyeron características sociodemográficas, estilo de vida, función cognitiva y un marcador de salud física, basado en 10 condiciones médicas autoinformadas y medidas objetivamente. El análisis estadístico estaba basado en un marco de riesgo competitivo, considerando la muerte como riesgo competitivo. Las bases de referencia de los síntomas depresivos y el apoyo emocional de la persona más cercana estuvieron asociadas con una futura discapacidad ADL, independientemente del extenso rango de potenciales covariables. Los resultados muestran un clara asociación graduada, en la que el riesgo gradualmente aumentó desde un bajo apoyo emocional solo (sub-hazard ratio - SHR = 1,11; IC95%: 1,01; 1,45) para síntomas depresivos sólo (SHR = 1.52; IC95%: 1,13; 2,01) y luego para ambos factores combinados (SHR = 1,61; IC95%: 1.18; 2.18). El estado marital y el tamaño del tejido social no estuvieron asociados con la incidencia de discapacidad. En una población de adultos mayores brasileños, un apoyo emocional más bajo y síntomas depresivos poseen un valor predictivo independiente para una consecuente discapacidad a muy largo plazo.

    Resumo em Inglês:

    Psychosocial factors appear to be associated with increased risk of disability in later life. However, there is a lack of evidence based on long-term longitudinal data from Western low-middle income countries. We investigated whether psychosocial factors at baseline predict new-onset disability in long term in a population-based cohort of older Brazilians adults. We used 15-year follow-up data from 1,014 participants aged 60 years and older of the Bambuí (Brazil) Cohort Study of Aging. Limitations on activities of daily living (ADL) were measured annually, comprising 9,252 measures. Psychosocial factors included depressive symptoms, social support and social network. Potential covariates included sociodemographic characteristics, lifestyle, cognitive function and a physical health score based on 10 self-reported and objectively measured medical conditions. Statistical analysis was based on competitive-risk framework, having death as the competing risk event. Baseline depressive symptoms and emotional support from the closest person were both associated with future ADL disability, independently of potential covariates wide range. The findings showed a clear graded association, in that the risk gradually increased from low emotional support alone (sub-hazard ratio - SHR = 1.11; 95%CI: 1.01; 1.45) to depressive symptoms alone (SHR = 1.52; 95%CI: 1.13; 2.01) and then to both factors combined (SHR = 1.61; 95%CI: 1.18; 2.18). Marital status and social network size were not associated with incident disability. In a population of older Brazilian adults, lower emotional support and depressive symptoms have independent predictive value for subsequent disability in very long term.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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