Prevalência de quedas de idosos em situação de fragilidade

Jack Roberto Silva Fhon Idiane Rosset Cibele Peroni Freitas Antonia Oliveira Silva Jair Lício Ferreira Santos Rosalina Aparecida Partezani Rodrigues Sobre os autores

Resumos

OBJETIVO:

Analisar a prevalência de quedas em idosos frágeis, suas consequências e fatores demográficos associados.

MÉTODOS:

Estudo epidemiológico e transversal com amostra probabilística de 240 idosos em Ribeirão Preto, SP. A coleta de dados foi realizada no período de novembro de 2010 a fevereiro de 2011. Foi aplicado questionário que incluiu dados sociodemográficos, avaliação de quedas e a Escala de Fragilidade de Edmonton. Foram realizadas análises uni e bivariada.

RESULTADOS:

A média de idade foi de 73,5 (dp=:8,4) anos, maior no sexo feminino; 25% dos entrevistados tinham idade ≥ 80 anos; 11,3% apresentaram fragilidade moderada e 9,6% fragilidade severa. A prevalência de quedas no idoso frágil foi de 38,6%, maior no sexo feminino e nos idosos mais jovens (60 a 79 anos); 26,8% sofreram de uma a duas quedas, 27,1% ocorreram no dormitório, 84,7% caíram da própria altura, 55,9% apresentaram alteração do equilíbrio, 54,2% sofreram escoriações e 78% apresentaram medo de sofrer nova queda; houve maior chance de queda no idoso frágil 1,973 (1,094;3,556) quando comparado ao não frágil.

CONCLUSÕES:

É necessária a abordagem da saúde do idoso frágil, principalmente quanto ao risco de quedas, maior investimento nas estratégias de prevenção dessas síndromes e na formação de recursos humanos preparados para melhor atender essa população.

Idoso; Idoso Fragilizado; Acidentes por Quedas; Fatores de Risco; Fatores Socioeconômicos; Estudos Transversais


OBJETIVO:

Analizar la prevalencia de caídas en ancianos frágiles, sus consecuencias y factores demográficos asociados.

MÉTODOS:

Estudio epidemiológico y transversal con muestra probabilística de 240 ancianos en Ribeirao Preto, SP, Brasil. La colección de datos se realizó en el período de noviembre de 2010 a febrero de 2011. Se aplicó cuestionario que incluyó datos sociodemográficos, evaluación de caídas y la escala de fragilidad de Edmonton. Se realizaron análisis uni y bivariado.

RESULTADOS:

El promedio de edad fue de 73,5 (ds =8,4) años, mayor en el sexo femenino; 25% de los entrevistados tenían edad ≥ 80 años; 11,3% presentaron fragilidad moderada y 9,6% fragilidad severa. La prevalencia de caídas en el anciano frágil fue de 38,6%, mayor en el sexo femenino y en ancianos más jóvenes (60 a 79 años); 26,8% sufrieron de una a dos caídas, 27,1% ocurrieron en el dormitorio, 84,7% cayeron de su propia altura, 55,9% presentaron alteración del equilibrio, 54,2% sufrieron escoriaciones y 78% presentaron miedo de sufrir nueva caída; hubo mayor chance de caída en el anciano frágil, 1,973 (1,094; 3,556) con respecto con el no frágil.

CONCLUSIONES:

Es necesario el abordaje de la salud del anciano frágil, principalmente frente al riesgo de caídas, mayor inversión en las estrategias de prevención de tales síndromes y en la formación de recursos humanos preparados para mejor atender dicha población.

Idoso; Idoso Fragilizado; Acidentes por Quedas; Fatores de Risco; Fatores Socioeconômicos; Estudos Transversais


INTRODUÇÃO

Uma das principais consequências iatrogênicas no idoso é a queda, um dos graves problemas de saúde pública nessa população. É considerada a segunda causa de morte por lesões acidentais e não acidentais. aaOrganización Mundial de la Salud. Centro de Prensa. Caídas. Ginebra; 2012. (Nota descriptiva, 344). [citado 2012 nov 20]. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs344/es/

Aproximadamente 28%-35% das pessoas maiores de 65 anos caem por ano, incrementando-se para 32%-42% em idosos acima dos 70 anos que moram na comunidade.2020. Stalenhoef PA, Diederiks JPM, Knottnerus JA, Kester ADM, Crebolder HFJM. A risk model for the prediction of recurrent falls in community-dwelling elderly: A prospective cohort study. J Clin Epidemiol. 2002;55(11):1088-1094. DOI: 10.1016/S0895-4356(02)00502-4 .
10.1016/S0895-4356(02)00502-4...
, 2121. Tinetti ME, Speechley M, Ginter SF. Risk Factors for falls among elderly persons living in the community. N Engl J Med. 1988;319(26):1701-1707. DOI: 10.1056/NEJM198812293192604.
https://doi.org/10.1056/NEJM198812293192...

Na Coreia, 15% dos idosos sofreram quedas.1717. Shin KR, Kang Y, Hwang EH, Jung D. The prevalence, characteristics and correlates of falls in Korean community-dwelling older adults. Int Nurs Rev. 2009;56(3):387-92. DOI:10.1111/j.1466-7657.2009.00723.x
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No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 30% dos idosos caem uma vez por ano. bbMinistério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e Saúde da pessoa idosa. Brasília (DF): 2006. (Cadernos de Atenção Básica, 19). Silva et al18 18. Silva SLA, Vieira RA, Arantes P, Dias RC. Avaliação de fragilidade, funcionalidade e medo de cair em idosos atendidos em um serviço ambulatorial de geriatria e gerontologia. Fisioter Pesq. 2009;16(2):129-5. DOI:10.1590/S1809-29502009000200005
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avaliaram 30 idosos com diferentes graus de fragilidade e 66,7% referiram queda nos 12 meses anteriores à entrevista. Segundo esses autores, a queda pode gerar diminuição da capacidade funcional para as atividades cotidianas; além disso, o desenvolvimento da síndrome de fragilidade pode interferir na qualidade de vida do idoso.

A síndrome de fragilidade é uma consequência do envelhecimento relacionada ao processo da doença crônica. Essa síndrome é caracterizada por sua multidimensionalidade e implica maior vulnerabilidade para o idoso. Há diminuição das reservas fisiológicas e aumento do déficit funcional, associados a mudanças físicas que provocam efeitos adversos, como queda, aumento da morbidade, incapacidade funcional, institucionalização prolongada e morte.88. Fairhall N, Aggar C, Kurrle SE, Sherrington C, Lord S, Lockwood K, et al. Frailty intervention trial (FIT). BMC Geriatr. 2008;8:27. DOI:10.1186/1471-2318-8-27
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, 1212. Nowak A, Hubbard RE. Falls and frailty: lessons from complex systems. J R Soc Med. 2009;102(3):98-102. DOI:10.1258/jrsm.2009.080274
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, 2222. Varela-Pinedo L, Ortiz-Saavedra PJ, Chávez-Jimeno H. Síndrome de fragilidad en adultos mayores de la comunidad de Lima Metropolitana. Rev Soc Peru Med Intern. 2008;21(1):11-5.

Rolfson et al1515. Rolfson DB, Majundar SR, Tsuyuki RT, Tahir A, Rockwood K. Validity and reliability of the Edmonton Frail Scale. Age Ageing. 2006;35(5):526-9. DOI:10.1093/ageing/afl041
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consideram a fragilidade como um processo multidimensional, heterogêneo e instável, o que torna a avaliação mais complexa. A proposta canadense, utilizada no presente estudo, concebe que a fragilidade considera aspectos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais que interagem ao longo da vida da pessoa.22. Bergman H, Béland F, Karunananthan S, Hummel S, Hogan D, Wolfson C. Développement d’un cadre de travail pour comprendre et étudier la fragilité. Gerontol Soc. 2004;109:15-29.

A fragilidade associada à queda pode trazer problemas à saúde do idoso, catalogados como as grandes síndromes geriátricas do século XXI. Essa condição repercute na capacidade funcional e leva à perda de sua independência e capacidade para o trabalho. São escassos os estudos nacionais e internacionais que avaliem a fragilidade no idoso e seus fatores associados, sobretudo na comunidade, e que forneçam subsídios para a adequação das políticas públicas de saúde a essa população.

O presente estudo tem por objetivo analisar a prevalência de quedas de idosos frágeis, suas consequências e fatores demográficos associados.

MÉTODOS

Estudo transversal com 240 idosos de 60 anos ou mais, de ambos os sexos, residentes na área urbana de Ribeirão Preto, SP, de novembro de 2010 a fevereiro de 2011.

A cidade de Ribeirão Preto apresentou produto interno bruto (PIB) per capita de R$ 26.083,97 em 2009. Possui 978 estabelecimentos de saúde, 95 do Sistema Único de Saúde (SUS). Sua população é de 604.682 residentes, 12,7% idosos com 60 anos ou mais, dos quais 58,7% são mulheres. ccInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010: indicadores sociodemográficos e de saúde no Brasil. Rio de Janeiro; s.d. [citado 2012 abr 13]. Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br

O processo de amostragem foi probabilístico, por conglomerado de duplo estágio. Considerou-se o setor censitário como unidade amostral, de acordo com seu tamanho populacional para o primeiro estágio e o indivíduo com idade ≥ 60 anos para o segundo. Foram sorteados 20 setores censitários (entre os 650 existentes).

O cálculo do tamanho amostral considerou prevalência de 50% para estimativa com intervalo de 95% de confiança, considerando precisão ou erro de 6,3%. Foi calculada uma amostra de 240 indivíduos, distribuída em 12 idosos/setor. As quadras de cada setor e as respectivas ruas foram sorteadas e percorridas em sentido horário. Os domicílios foram visitados até três vezes em dias e horários diferentes caso ninguém atendesse na primeira visita. Em caso de recusas, seguia-se para o próximo domicílio até totalizar 12 idosos em condições de inclusão na amostra. Houve cerca de 5% de recusas.

Os critérios de inclusão foram: idade ≥ 60 anos e ser residente na área urbana da cidade. Idosos institucionalizados foram excluídos da amostra.

A coleta de dados foi realizada no domicílio por meio de entrevista estruturada realizada por graduandos e pós-graduandos de enfermagem previamente treinados.

Foi utilizado um questionário que incluiu variáveis sociodemográficas (idade, sexo, estado conjugal, escolaridade, renda familiar e arranjo domiciliar), variáveis relacionadas a quedas e sobre fragilidade.

A Organização Mundial da Saúde ddOrganización Mundial de la Salud. Centro de Prensa. Caídas. Ginebra; 2012. (Nota descriptiva, 344). [citado 2012 nov 20]. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs344/es/ define queda como qualquer evento involuntário no qual a pessoa perde o equilíbrio e o corpo cai ao piso ou sobre uma superfície firme. Para a avaliação e caracterização das quedas, utilizou-se o questionário proposto por Schiaveto, eeSchiaveto FV. Avaliação do risco de quedas em idosos na comunidade [dissertação de mestrado]. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 2008. elaborado com base em revisão da literatura e validado por um corpo de juízes da área da saúde e experts em geriatria. O questionário é composto por 68 perguntas que descrevem quedas em relação ao número, local de ocorrência, causas, tipo de lesão e consequências, em caso de resposta afirmativa à questão “O(a) sr.(a) caiu nos últimos seis meses?”.

O idoso frágil caracteriza-se pela vulnerabilidade e baixa capacidade para suportar fatores de estresse. Isso resulta em maior suscetibilidade a doenças e no surgimento de síndromes geradoras de dependência.44. Carvalho Neto N. Envelhecimento bem sucedido e envelhecimento com fragilidade. In: Ramos LR, Toniolo Neto J, editores. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar: UNIFESP - Escola Paulista de Medicina. São Paulo: Manole; 2005. p.9-25.

A avaliação da fragilidade foi realizada pela Escala de Fragilidade de Edmonton, de Rolfson et al1515. Rolfson DB, Majundar SR, Tsuyuki RT, Tahir A, Rockwood K. Validity and reliability of the Edmonton Frail Scale. Age Ageing. 2006;35(5):526-9. DOI:10.1093/ageing/afl041
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(2006), validada para a língua portuguesa por Fabrício-Wehbe et al.77. Fabrício-Wehbe SCC, Schiaveto FV, Vendrusculo TRP, Haas VJ, Dantas RAS, Rodrigues RAP. Adaptação cultural e validade da Edmonton Frail Scale - EFS em uma amostra de idosos brasileiros. Rev Latino-Am Enferm. 2009;17(6). DOI:10.1590/S0104-11692009000600018
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Essa escala possui nove domínios e pontuação que pode variar de 0 a 17 pontos (0-4: não apresenta fragilidade; 5-6: aparentemente vulnerável; 7-8: fragilidade leve; 9-10: fragilidade moderada; 11 ou mais: fragilidade grave).

Os dados foram dicotomizados de acordo com os escores de fragilidade: frágil e não frágil com ponto de corte ≥ 5.

Para a elaboração do banco de dados, construiu-se uma planilha eletrônica no programa Excel®, na qual foi realizada dupla digitação. Os dados foram importados para o programa estatístico SPSS, versão 17, para realização da análise descritiva. As variáveis quantitativas foram analisadas empregando medidas de tendências centrais (média e mediana) e de dispersão (dp = desvio padrão), e as variáveis categóricas, em frequência absoluta e relativa, considerando nível de significância de 0,05. Utilizou-se o teste do Qui-quadrado para análise bivariada entre presença de quedas, variáveis demográficas e presença de fragilidade.

O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Protocolo no 1169/2010), conforme resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os idosos assinaram termo de consentimento livre e esclarecido.

RESULTADOS

Entre os 240 entrevistados, 62,9% eram do sexo feminino; 25% possuíam 80 anos ou mais; a média de idade foi 73,5 (dp = 8,4) anos, a mínima de 60 e a máxima de 94 anos; predominaram os casados no sexo masculino (79,8%) e viúvos no feminino (41,1%); 29,0% residiam com o cônjuge. Houve maior proporção de indivíduos que estudaram de um a quatro anos (dp = 5,4) ( Tabela 1 ).

Tabela 1.
Perfil sociodemográfico dos idosos que vivem no domicílio segundo sexo, faixa etária, estado conjugal, escolaridade e arranjo domiciliar. Ribeirão Preto, SP, 2011. (N = 240)

A média de quedas entre os idosos frágeis foi de 1,61 (dp = 0,5). Pessoas do sexo masculino e do feminino caíram mais entre uma a duas vezes nos últimos seis meses ( Tabela 2 ).

Tabela 2.
Quedas segundo número, local, tipo, fatores e consequências nos idosos frágeis e não frágeis que vivem no domicílio. Ribeirão Preto, SP, 2011. (N = 153)

Mais da metade das quedas (75%) ocorreu no próprio domicílio e 84,7% foram da própria altura ( Tabela 2 ).

Mais da metade (55,9%) referiu apresentar alteração do equilíbrio como fator de risco intrínseco causador das quedas. Quanto aos fatores extrínsecos, 57,6% referiram como principais os pisos irregulares, escorregadios e os desníveis ( Tabela 2 ).

A principal consequência das quedas foi o medo de voltar a cair, considerado “síndrome pós-queda” ( Tabela 2 ).

A prevalência de quedas foi de 33,3%, maior no sexo feminino; 36,3% dos idosos não apresentaram fragilidade, enquanto 66,7% a apresentaram em algum grau: 24,6% eram aparentemente vulneráveis, 18,3% possuíam fragilidade leve, 11,3%, fragilidade moderada e 9,6%, fragilidade severa.

A prevalência de quedas foi maior entre os idosos que apresentaram fragilidade (p = 0,023) ( Tabela 3 ) e foi 59% maior entre os idosos considerados frágeis, comparada àqueles não frágeis (rp = 1,598).

Tabela 3.
Prevalência de quedas dos idosos de acordo com a situação de fragilidade e dentre os idosos frágeis, segundo sexo e faixa etária. Ribeirão Preto, SP, 2011.

Dentre os idosos frágeis, a prevalência de quedas foi de 38,6%; as mulheres e os idosos mais jovens (60 a 79 anos) apresentaram maior número de quedas ( Tabela 3 ).

DISCUSSÃO

Houve predomínio de quedas em idosos do sexo feminino e de 80 anos ou mais; esse achado assemelha-se a pesquisas realizadas no Brasil1313. Nunes MCR, Ribeiro RCL, Rosado LEFPL, Franceschini SC. Influência das características sociodemográficas e epidemiológicas na capacidade funcional de idosos residentes em Ubá, Minas Gerais. Rev Bras Fisioter, 2009;13(5):376-82. DOI:10.1590/S1413-35552009005000055
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, 1818. Silva SLA, Vieira RA, Arantes P, Dias RC. Avaliação de fragilidade, funcionalidade e medo de cair em idosos atendidos em um serviço ambulatorial de geriatria e gerontologia. Fisioter Pesq. 2009;16(2):129-5. DOI:10.1590/S1809-29502009000200005
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e em outros países.1010. Gallucci M, Ongaro F, Amici GP, Regini C. Frailty, disability and survival in the elderly over the age of seventy: evidence from “The Treviso Longeva (TRELONG) Study. Arch Gerontol Geriatr. 2009;48(3):281-3. DOI:10.1016/j.archger.2008.02.005
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, 2222. Varela-Pinedo L, Ortiz-Saavedra PJ, Chávez-Jimeno H. Síndrome de fragilidad en adultos mayores de la comunidad de Lima Metropolitana. Rev Soc Peru Med Intern. 2008;21(1):11-5.

Observou-se maior proporção de idosos viúvos entre o sexo feminino e de casados entre o masculino. Isso pode ser explicado pela menor expectativa de vida entre os homens e por normas sociais e culturais não igualitárias na sociedade brasileira, na qual permanecem preconceitos, principalmente quando a mulher viúva deseja casar-se novamente. O mesmo não ocorre com o homem viúvo, que tende a se casar novamente e com mulheres mais jovens.33. Camarano AA. Mulher idosa: suporte familiar ou agente de mudança? Estud Av. 2003;17(49):35-63. DOI:10.1590/S0103-40142003000300004
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A maioria reside somente com o cônjuge. A maior proporção foi de mulheres entre os que residem sozinhos. Isso pode decorrer da viuvez, do crescimento dos filhos e sua saída de casa para continuar seus próprios caminhos na vida.1111. McGoldrick M. As mulheres e o ciclo de vida familiar para a terapia familiar. In: Carter B, McGoldrick M, et al. As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995. p.30-64.

A prevalência de quedas na população de idosos foi de 33,3%, similar à observada por Siqueira et al1919. Siqueira FV, Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, Thumé E, Silveira DS, et al. Prevalência de quedas em idosos e fatores associados. Rev Saude Publica. 2007;41(5):749-56. DOI:10.1590/S0034-89102007000500009
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(34,8%) em estudo realizado em sete estados brasileiros com idosos acima de 65 anos. A prevalência foi superior em outros estudos nacionais.77. Fabrício-Wehbe SCC, Schiaveto FV, Vendrusculo TRP, Haas VJ, Dantas RAS, Rodrigues RAP. Adaptação cultural e validade da Edmonton Frail Scale - EFS em uma amostra de idosos brasileiros. Rev Latino-Am Enferm. 2009;17(6). DOI:10.1590/S0104-11692009000600018
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, 1414. Ribeiro AP, Souza ER, Atie S, Souza AC, Schilithz AO. A influência das quedas na qualidade de vida dos idosos. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(4):1265-73. DOI:10.1590/S1413-81232008000400023
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A prevalência de fragilidade em idosos que vivem em uma comunidade nos Estados Unidos foi estimada em 6,9%, variando de 3,2%, entre os idosos de 65 a 70 anos, até 23,1%, em maiores de 90 anos,99. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001;56(3):M146-57. DOI:10.1093/gerona/56.3.M146
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consideravelmente diferente da proporção aqui encontrada (63,7%). Entretanto, aquele estudo utilizou evidências fenotípicas para avaliação da fragilidade, diferente deste.

A prevalência de quedas foi de 38,6% no idoso frágil, dados superiores aos encontrados em estudos realizados nos Estados Unidos (20,5%2323. Veras RP, Caldas CP, Coelho FD, Sanchéz MA. Promovendo a saúde e prevenindo a dependência: identificando indicadores de fragilidade em idosos independentes. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(3):355-70. e 14%55. Ensrud KE, Ewing SK, Cawton PM, Fink HA, Taylor BC, Cauley JA, et al. A comparison of frailty indexes for the prediction of falls, disability, fractures and mortality in older men. J Am Geriatr Soc. 2009;57(3):492-8. DOI:10.1111/j.1532-5415.2009.02137.x
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).

A média foi de 1,61 e mediana de duas quedas em idosos que apresentam fragilidade, valor superior aos dados epidemiológicos de quedas que consideram 0,7 queda/pessoa/ano, com intervalo de 0,2 a 1,6.1616. Rubenstein LZ, Josephson KR. The epidemiology of falls and syncope. Clin Geriatr Med. 2002;18(2):141-58.

Cerca de 39,1% dos idosos são frágeis e a síndrome da fragilidade relacionou-se mais ao sexo feminino. Fried et al9 9. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001;56(3):M146-57. DOI:10.1093/gerona/56.3.M146
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associaram a fragilidade a diferentes variáveis, como renda familiar baixa, sofrer de doenças crônicas e sarcopenia, tendo sido encontrada maior prevalência no sexo feminino. Dados similares foram observados nas investigações realizadas por Varela-Pinedo et al,2222. Varela-Pinedo L, Ortiz-Saavedra PJ, Chávez-Jimeno H. Síndrome de fragilidad en adultos mayores de la comunidad de Lima Metropolitana. Rev Soc Peru Med Intern. 2008;21(1):11-5. no Peru , e por Fabricio-Wehbe, ffFabricio-Wehbe SCC. Adaptação cultural e validade da “Edmonton Frail Scale (EFS) – escala de avaliação de fragilidade em idosos [tese de doutorado]. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 2008. no Brasil.

Ensrud et al,55. Ensrud KE, Ewing SK, Cawton PM, Fink HA, Taylor BC, Cauley JA, et al. A comparison of frailty indexes for the prediction of falls, disability, fractures and mortality in older men. J Am Geriatr Soc. 2009;57(3):492-8. DOI:10.1111/j.1532-5415.2009.02137.x
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utilizando o índice de estudo de fraturas por osteoporoses (SOF), identificaram 13% de idosos frágeis. Woods et al2323. Veras RP, Caldas CP, Coelho FD, Sanchéz MA. Promovendo a saúde e prevenindo a dependência: identificando indicadores de fragilidade em idosos independentes. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(3):355-70. verificaram que, entre 70 e 79 anos, 61,6% são frágeis e, entre 65 e 69 anos, esse índice é de 38,4%.

O idoso frágil tem maior propensão para sofrer quedas. Poucos estudos sobre esse tema são publicados, pois é recente essa preocupação na área de gerontologia. Veras et al2424. Woods NF, La Croix AZ, Gray SL, Aragaki A, Cochrane BB, Brunner RL, et al. Frailty: emergence and consequences in women aged 65 and older in the Women’s Health Initiative Observational Study. J Am Geriatr Soc. 2005;53(8):1321-30. DOI:10.1111/j.1532-5415.2005.53405.x
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referiram que os idosos que necessitam de maior atenção são aqueles que apresentam maior grau de fragilidade, além de apresentarem maiores probabilidades de ficarem doentes, serem hospitalizados e de sofrerem quedas.

Investigações realizadas por Ensrud et al55. Ensrud KE, Ewing SK, Cawton PM, Fink HA, Taylor BC, Cauley JA, et al. A comparison of frailty indexes for the prediction of falls, disability, fractures and mortality in older men. J Am Geriatr Soc. 2009;57(3):492-8. DOI:10.1111/j.1532-5415.2009.02137.x
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e Galucci et al1010. Gallucci M, Ongaro F, Amici GP, Regini C. Frailty, disability and survival in the elderly over the age of seventy: evidence from “The Treviso Longeva (TRELONG) Study. Arch Gerontol Geriatr. 2009;48(3):281-3. DOI:10.1016/j.archger.2008.02.005
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observam que a ocorrência de quedas entre idosos esteve relacionada, em sua maioria, à síndrome da fragilidade. Isso causa incapacidade funcional grave e pode aumentar os riscos de levar o idoso à situação de institucionalização.

Ensrud et al55. Ensrud KE, Ewing SK, Cawton PM, Fink HA, Taylor BC, Cauley JA, et al. A comparison of frailty indexes for the prediction of falls, disability, fractures and mortality in older men. J Am Geriatr Soc. 2009;57(3):492-8. DOI:10.1111/j.1532-5415.2009.02137.x
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mostraram haver forte associação entre fragilidade e risco de sofrer quedas, fraturas de quadril, diminuição da capacidade funcional e hospitalização; também reforçaram o conceito de fragilidade como síndrome geriátrica.

Silva et al1818. Silva SLA, Vieira RA, Arantes P, Dias RC. Avaliação de fragilidade, funcionalidade e medo de cair em idosos atendidos em um serviço ambulatorial de geriatria e gerontologia. Fisioter Pesq. 2009;16(2):129-5. DOI:10.1590/S1809-29502009000200005
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não encontraram diferenças significativas entre os graus de fragilidade e a ocorrência de quedas, contrapondo-se aos resultados do presente estudo, em que o idoso que sofreu queda apresentou maior probabilidade de ser frágil. Estudos longitudinais podem explorar melhor a relação causal efeitos e desfechos. Fried et al99. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001;56(3):M146-57. DOI:10.1093/gerona/56.3.M146
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relatam que os idosos apresentam maior chance de cair.

A fragilidade e a ocorrência de quedas podem estar relacionadas bidirecionalmente. Assim como a queda pode levar o idoso à fragilidade, esta poderá levá-lo à queda. Este estudo, contudo, não estabeleceu a causalidade entre essas variáveis, uma vez que a coleta de dados foi realizada de forma transversal, i.e., as variáveis foram medidas simultaneamente e uma única vez.

O local de ocorrência das quedas apresentou-se de forma variada. Achados de estudos sobre o tema foram similares, sugerindo predomínio de quedas em casa, especialmente na sala, seguida do banheiro e da cozinha. Resultados semelhantes foram relatados por Gai, ggGai J. Fatores associados a quedas em mulheres idosas residentes na comunidade [dissertação de mestrado]. Brasília (DF): Universidade Católica de Brasília; 2008. segundo o qual as principais consequências foram: lesões graves, incluindo fraturas e escoriações. Shin et al1717. Shin KR, Kang Y, Hwang EH, Jung D. The prevalence, characteristics and correlates of falls in Korean community-dwelling older adults. Int Nurs Rev. 2009;56(3):387-92. DOI:10.1111/j.1466-7657.2009.00723.x
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mostraram que as quedas causaram fraturas e ferimentos que necessitaram de suturas, e estas foram as consequências mais graves.

Nunes et al1313. Nunes MCR, Ribeiro RCL, Rosado LEFPL, Franceschini SC. Influência das características sociodemográficas e epidemiológicas na capacidade funcional de idosos residentes em Ubá, Minas Gerais. Rev Bras Fisioter, 2009;13(5):376-82. DOI:10.1590/S1413-35552009005000055
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afirmam que a queda pode levar à diminuição da capacidade funcional. Está relacionada à interação de fatores multidimensionais que incluem aspectos interligados à saúde física e mental do idoso.

Woods et al2323. Veras RP, Caldas CP, Coelho FD, Sanchéz MA. Promovendo a saúde e prevenindo a dependência: identificando indicadores de fragilidade em idosos independentes. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(3):355-70. e Ensrud et al55. Ensrud KE, Ewing SK, Cawton PM, Fink HA, Taylor BC, Cauley JA, et al. A comparison of frailty indexes for the prediction of falls, disability, fractures and mortality in older men. J Am Geriatr Soc. 2009;57(3):492-8. DOI:10.1111/j.1532-5415.2009.02137.x
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referiram que a fragilidade é uma das causas que leva o idoso a ter necessidades de cuidados na residência ou em instituições de cuidados geriátricos.

Os idosos com quedas recorrentes, que também apresentam certo grau de fragilidade, podem ser considerados um grupo de alto risco para novas quedas, risco que aumenta com a idade. As consequências podem ser leves ou graves, o que pode gerar alto custo para a sociedade (gastos com hospitalização, tratamento e reabilitação), e custos significativos para a família em razão da necessidade de mudança do ambiente físico, dependência e cuidado do idoso por algum familiar ou cuidador particular.

A “síndrome pós-queda” está entre as principais consequências descritas66. Fabrício SCC, Rodrigues RAP, Costa Júnior ML. Causas e consequências de quedas de idosos atendidos em hospital público. Rev Saude Publica. 2004;38(1):93-9. DOI:10.1590/S0034-89102004000100013
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e é citada na pesquisa de Carvalhaes et al hhCarvalhaes N, Rodrigues RAP, Costa Júnior ML. Quedas. In: 1° Congresso Paulista de Geriatria e Gerontologia; 1998 jun 24-27; São Paulo, Brasil. Consensos de Gerontologia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia; 1998. p.5-18.supported-by: Pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (bolsa CNPq-PEC-PG). envolvendo idosos entre 75 a 84 anos. Os autores identificaram que suas dificuldades em realizar tarefas consideradas por eles complexas podem gerar maior probabilidade de sofrerem quedas. Idosos com histórico de quedas e de co-morbidades podem ter redução das atividades de vida diária, o que contribui para que se tornem mais frágeis.2323. Veras RP, Caldas CP, Coelho FD, Sanchéz MA. Promovendo a saúde e prevenindo a dependência: identificando indicadores de fragilidade em idosos independentes. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(3):355-70. Tal situação pode ocasionar maior impacto psicossocial, como a “síndrome pós-queda”, causando limitação ainda maior das atividades.

Os resultados da presente investigação podem conduzir os profissionais de saúde a repensar a importância destas duas grandes síndromes geriátricas: a queda e a fragilidade, que afligem essa população, restringido sua capacidade funcional.

Uma das limitações do estudo transversal é que não se pode determinar se a fragilidade é um dos preditores das quedas. Para essa evidência há necessidade de estudos de seguimento para avaliar essa síndrome.

A atenção à saúde do idoso frágil, principalmente diante de maior expectativa de vida e das diversas síndromes decorrentes do processo de envelhecimento, exige maior investimento em estratégias de promoção da saúde e prevenção de agravos. Dentre esses agravos, a avaliação de riscos de quedas, bem como a formação de recursos humanos preparados são uma estratégia fundamental para a atenção de saúde dessa população.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 2013

Histórico

  • Recebido
    15 Jun 2011
  • Aceito
    9 Set 2012
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revsp@org.usp.br