Avanços e desafios da saúde bucal após uma década de Programa Brasil Sorridente

Charleni Inês Scherer Magda Duarte dos Anjos Scherer Sobre os autores

RESUMO

OBJETIVO

Analisar as mudanças no trabalho em saúde bucal na atenção primária à saúde após o lançamento das Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.

MÉTODOS

Foi realizada revisão da literatura nas bases de dados Medline, Lilacs, Embase, SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde e The Cochrane Library, de 2000 a 2013, sobre elementos analisadores das mudanças no trabalho. Os descritores utilizados foram: atenção primária à saúde, saúde da família, trabalho, política de saúde, serviços de saúde bucal, odontologia, saúde bucal e Brasil. Foram selecionados e analisados 32 estudos, com predomínio de estudos qualitativos, da região Nordeste, com trabalhadores, sobretudo dentistas, e com foco na integralidade e qualificação da assistência.

RESULTADOS

Os avanços observados concentraram-se nas ações educativas e de educação permanente; no acolhimento, vínculo e responsabilização. Os principais desafios estiveram relacionados à: integralidade; ampliação e qualificação da assistência; trabalho integrado em equipe; condições de trabalho; planejamento, monitoramento e avaliação das ações; estímulo à participação popular e ao controle social; e ações intersetoriais.

CONCLUSÕES

Apesar do novo cenário normativo, as mudanças são incipientes no trabalho em saúde bucal. Os profissionais tendem a reproduzir o modelo biomédico dominante. Serão necessários esforços continuados no campo da gestão do trabalho, da formação e da educação permanente. Dentre as possibilidades, está a ampliação do engajamento dos gestores e dos profissionais num processo de compreensão da dinâmica do trabalho e da formação na perspectiva de construir mudanças significativas para as realidades locais.

Serviços de Saúde Bucal, organização e administração; Odontologia em Saúde Pública, recursos humanos; Atenção Primária à Saúde; Condutas na Prática dos Dentistas; Condições de Trabalho; Políticas Públicas de Saúde; Revisão

INTRODUÇÃO

O Brasil avançou com o Sistema Único de Saúde (SUS) ao estabelecer a universalidade e integralidade como princípios e a ampliação da cobertura da Atenção Primária à Saúde (APS), por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF). Entretanto, prevalece o modelo biomédico assistencial à saúde, que orienta as práticas profissionais, inclusive da odontologia.4. Ardenghi TM, Piovesan C, Antunes JLF. Desigualdades na prevalência de cárie dentária não tratada em crianças pré-escolares no Brasil. Rev Saude Publica. 2013;47 Suppl 3:129-37. DOI:10.1590/S0034-8910.2013047004352,1313 . Esposti CDD, Oliveira AE, Santos Neto ET, Zandonade E. O processo de trabalho do técnico em saúde bucal e suas relações com a equipe de saúde bucal na Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. Saude Soc. 2012;21(2):372-85. DOI:10.1590/S0104-12902012000200011,3535 . Pereira DQ, Pereira JCM, Assis MMA. A prática odontológica em Unidades Básicas de Saúde em Feira de Santana (BA) no processo de municipalização da saúde: individual, curativa, autônoma e tecnicista. Cienc Saude Coletiva. 2003;8(2):599-609. DOI:10.1590/S1413-81232003000200020,4848 . Scherer MDA, Marino SRA, Ramos FRS. Rupturas e resoluções no modelo de atenção à saúde: reflexões sobre a Estratégia Saúde da Família com base nas categorias kuhnianas. Interface (Botucatu). 2005;9(6):53-66. DOI:10.1590/S1414-32832005000100005,5050 . Silva JM, Caldeira AP. Modelo assistencial e indicadores de qualidade da assistência: percepção dos profissionais da atenção primária à saúde. Cad Saude Publica. 2010;26(6):1187-93. DOI:10.1590/S0102-311X2010000600012,5454 . Soares FF, Figueiredo CRV, Borges NCM, Jordão RA, Freire MCM. Atuação da equipe de saúde bucal na Estratégia Saúde da Família: análise dos estudos publicados no período 2001-2008. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(7): 3169-80. DOI:10.1590/S1413-81232011000800017,5555 . Sousa MF, Hamann EM. Programa Saúde da Família no Brasil: uma agenda incompleta? Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1325-35. DOI:10.1590/S1413-81232009000800002

Segundo o último levantamento epidemiológico nacional, o Brasil saiu da condição mundial de média para baixa prevalência de cárie.5959 . World Health Organization, Collaborating Centre for Education, Training and Research in Oral Health. WHO Global Oral Health Database. Malmö; 2011 [cited 2012 Apr 15]. Available from: http://www.mah.se/CAPP/
http://www.mah.se/CAPP/...
Embora os resultados sejam satisfatórios nacionalmente, chamam a atenção: (a) diferenças regionais na prevalência e gravidade da cárie são marcantes, o que indica necessidade de políticas voltadas para a equidade na atenção; (b) pouca redução da cárie na dentição decídua (18,0%) e 80,0% dos dentes afetados continuam não tratados; (c) o déficit em idosos é significativo, apesar das necessidades de próteses terem diminuído em adolescentes e adultos; e (d) prevalência de oclusopatia que requer tratamento em 10,0% dos adolescentes, o que sugere a necessidade de redimensionar a oferta de procedimentos ortodônticos na atenção secundária.3232 . Nascimento AC, Moysés ST, Bisinelli JC, Moysés SJ. Oral health in the family health strategy: a change of practices or semantics diversionism. Rev Saude Publica. 2009;43(3):455-62. DOI:10.1590/S0034-89102009005000015,3333 . Nascimento AC, Moyses ST, Werneck RI, Moyses SJ. Oral health in the context of primary care in Brazil. Int Dent J. 2013;63(5):237-43. DOI:10.1111/idj.12039 Esses resultados estão associados ao perfil da prática odontológica, caracterizado pela realização de ações eminentemente clínicas, com ênfase em atividades restauradoras, e ações preventivas direcionadas a escolares, que se mostraram insuficientes para responder às necessidades da população.3131 . Moysés SJ, Pucca Junior GA, Paludetto Junior M, Moura L. Avanços e desafios à Política de Vigilância à Saúde Bucal no Brasil. Rev Saude Publica. 2013;47 Suppl 3:161-7. DOI:10.1590/S0034-8910.2013047004329

A trajetória brasileira de reorientação do modelo de atenção à saúde bucal na APS é marcada cronologicamente por quatro momentos, com potencial de impulsionar mudanças no trabalho: (i) primeira Conferência Nacional de Saúde Bucal (CNSB) em 1986, seguida da criação da Política Nacional de Saúde Bucal em 1989,aa Ministério da Saúde. Portaria nº 613, de 13 de junho de 1989. Aprova a Política Nacional de Saúde Bucal. Diario Oficial Uniao. 13 jun 1989; Seção I: 42607. e da segunda CNSB em 1993;9. Costa JFR, Chagas LD, Silvestre RM, organizadores. A política nacional de saúde bucal do Brasil: registro de uma conquista histórica. Brasília (DF): Organização Pan-Americana da Saúde; 2006 [cited 2014 May 11]. (Série Técnica Desenvolvimento de Sistemas e Serviços de Saúde, 11). Available from: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/serie_tecnica_11_port.pdf
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2º(ii) inserção dos profissionais de odontologia à ESF em 2000,1717 . Jatrana S, Crampton P, Filoche S. The case for integrating oral health into primary health care. N Z Med J. 2009;122(1301):43-52. enfrentando a restrição histórica de atuação junto ao grupo materno-infantil, e do estabelecimento de incentivo financeiro federal; criação das novas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação da área da saúde;3. Antunes JLF, Narvai PC. Políticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto sobre as desigualdades em saúde. Rev Saude Publica. 2010;44(2):360-5. DOI:10.1590/S0034-89102010005000002 e aprovação das normas e diretrizes de inclusão das equipes de saúde bucal na ESF em 2001; (iii) lançamento do Programa Brasil Sorridente em 20042323 . Matos PES, Tomita NE. A inserção da saúde bucal no Programa Saúde da Família: da universidade aos pólos de capacitação. Cad Saude Publica. 2004;20(6):1538-44. DOI:10.1590/S0102-311X2004000600011 e da terceira CNSB, que contribuiu para a produção democrática e progressista sobre a temática; (iv) responsabilidades e atribuições comuns e específicas dos profissionais de saúde bucal inseridas na Política Nacional de Atenção Básica em 2006bb Ministério da Saúde. Portaria nº 648, de 28 de março de 2006. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diario Oficial Uniao. 29 mar 2006; Seção I: 71. e reiteradas em 2011.cc Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diario Oficial Uniao. 24 out 2011; Seção I: 48.

A trajetória recente na atenção à saúde bucal sinaliza um novo modelo em construção no País (Figura 1).

Figura 1
Linha do tempo, identificando os momentos e normatizações que marcam o incentivo às mudanças no processo de trabalho em saúde bucal na Atenção Primária à Saúde no Brasil.

O Programa Brasil Sorridente, em formato de Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB),dd Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal. Brasília (DF); 2004. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/pnsb é o maior programa público de saúde bucal do mundo e completou uma década em 2014.2828 . Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.10 anos de Brasil Sorridente: milhões de sorrisos. Rev Bras Saude Familia. 2012;1(1):74-77. Available from: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/revista_saude_familia35_36
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Alterações foram provocadas no trabalho das equipes de saúde bucal na APS nesse período, de forma a cumprir com os objetivos de reorientação do modelo de atenção.2020 . Lucena EHG, Pucca JR GA, Sousa MF. A Política Nacional de Saúde Bucal no Brasil no contexto do Sistema Único de Saúde. Tempus Actas Saude Coletiva [Internet]. 2011[cited 2015 May 11];5(3):53-63. Available from: http://www.tempus.unb.br/index.php/tempus/article/view/1042/951
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A APS constitui-se de um espaço potencial de inovação na gestão e organização do processo de trabalho, um dos eixos centrais da reordenação da atenção à saúde no SUS.

O presente artigo teve por objetivo analisar as mudanças no trabalho em saúde bucal na atenção primária à saúde após lançamento das Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.

MÉTODOS

A revisão da literatura foi guiada por elementos analisadores das mudanças no trabalho da saúde bucal na APS, segundo as normatizações vigentes2727 . Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde bucal. Brasília (DF); 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n. 17). Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad17.pdf
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,cc Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diario Oficial Uniao. 24 out 2011; Seção I: 48.,dd Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal. Brasília (DF); 2004. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/pnsb e a partir da publicação das Diretrizes da PNSB. Foram utilizados os seguintes elementos de análise das mudanças em saúde bucal na APS: acolhimento, vínculo e responsabilização; ampliação e qualificação da assistência; ações intersetoriais; ações educativas; educação permanente; estímulo à participação popular e ao controle social; integralidade; planejamento, monitoramento e avaliação das ações; trabalho integrado em equipe; e condições de trabalho. As questões norteadoras foram: “Quais elementos analisadores são abordados?”, “Há relatos de mudanças, avanços ou dificuldades no trabalho?”, “Há recomendações, críticas ou sugestões para o trabalho em saúde bucal na APS?”.

Os estudos foram coletados nas bases Medline (via PubMed), Lilacs, Embase, SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde e The Cochrane Library (via Bireme). Foram incluídas publicações a partir de 2000 a 2013 (até 3 de novembro de 2013). Foi incluído período anterior a 2004, quando lançadas as Diretrizes da PNSB, momento precedido de experiências e pactuações entre os diversos atores envolvidos na temática e que poderiam ter sido objeto de pesquisas publicadas em periódicos científicos.

Os descritores utilizados na busca na PubMed foram: (“primary health care” OR “family health” OR “work” OR “health policy”) AND (“dental health services” OR “dentistry” OR “oral health”) AND (“Brazil”). Os descritores foram utilizados em inglês e português nas demais bases. A combinação foi realizada com a utilização dos operadores booleanos “AND” e “OR” e utilizando termos do Medical Subject Headings (MeSH) ou análogos disponíveis em cada base pesquisada.

A coleta de dados foi realizada por uma das autoras, enquanto a seleção e avaliação dos estudos foi pareada por outras duas autoras familiarizadas com o tema e com o método. Foram encontrados 77 artigos na Medline, 538 na Lilacs, quatro na Embase, 67 no SciELO, 338 na BVS APS e 13 no The Cochrane Library, totalizando 1.037 artigos.

Foram incluídos os artigos que se referiam ao trabalho ou às práticas ou mudança de modelo na saúde bucal na APS, selecionados pelo título. Foram selecionados aqueles que problematizavam a organização e a gestão dos processos de trabalho em saúde bucal, em especial do trabalho em equipe na APS, um eixo central da reordenação da atenção à saúde no SUS. Foram excluídos os estudos de reflexão teórica, dissertações e teses.

Foram selecionados 211 artigos, dos quais foram excluídos 60 que se repetiram nas distintas bases, resultando em 151 artigos para leitura dos resumos e 52 para leitura integral. Ao final, 32 artigos foram incluídos na análise final (Figura 2).

Figura 2
Busca, seleção, inclusão e exclusão dos estudos sobre o processo de trabalho na saúde bucal na Atenção Primária à Saúde.

APS: Atenção Primária à Saúde

Foram identificados aspectos gerais da publicação, características metodológicas e principais resultados, analisados a partir dos elementos (Tabela 1). A triagem das informações foi realizada independentemente pelos pesquisadores e comparada em reunião de consenso. Os itens consensuais foram considerados adequados e incluídos na descrição dos resultados. Estes foram agrupados em função das categorias temáticas prévias (elementos de análise) e analisados de forma descritiva.

Tabela 1
Aspectos gerais dos estudos selecionados, características metodológicas e sujeitos do estudo.

RESULTADOS

A maioria das pesquisas era da região Nordeste (n = 21; 65,6%), Sudeste (n = 6; 18,7%) e Sul (n = 3; 9,3%) (Tabela 1). Foram identificados estudos qualitativos (n = 24; 75,0%) e quantitativos (n = 3; 9,3%). Em 15,6% dos artigos, utilizou-se combinação de métodos quanti e qualitativos (Tabela 2). Em geral, os principais participantes foram trabalhadores da ESF, destacando o cirurgião-dentista (CD). Cerca de 1/3 incluíram gestores e usuários (Tabela 1). Todos os estudos (n = 32) abordaram um ou mais elementos de análise do trabalho, e nenhum contemplou todos eles (Tabela 2).

Tabela 2
Estudos selecionados que abordam os elementos analisadores do trabalho em saúde bucal na Atenção Primária à Saúde no Brasil apontando desafios e mudanças.

Os avanços incipientes no trabalho em saúde bucal situaram-se em: ações educativas; ações de educação permanente; acolhimento, vínculo e responsabilização. As principais dificuldades e desafios estão relacionados à: integralidade; ampliação e qualificação da assistência; trabalho em equipe; planejamento, monitoramento e avaliação das ações; e condições de trabalho. Poucos estudos1414 . Faccin D, Sebold R, Carcereri, DL. Processo de trabalho em saúde bucal: em busca de diferentes olhares para compreender e transformar a realidade. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 1:1643-52. DOI:10.1590/S1413-81232010000700076,3636 . Pezzato LM, L’Abbate S, Botazzo C. Produção de micropolíticas no processo de trabalho em saúde bucal: uma abordagem sócioanalítica. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(7):2095-104. DOI:10.1590/S1413-81232013000700025,3838 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Junior JLAC, Aciolli RML, Macedo CLSV. Análise da atenção à saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário VI, Recife (PE). Cienc Saude Coletiva. 2010;15(4):2189-96. DOI:10.1590/S1413-81232010000400033,3939 . Pimentel FC, Albuquerque PC, Martelli PJL, Souza WV, Acioli RML. Caracterização do processo de trabalho das equipes de saúde bucal em municípios do Estado de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional: da articulação comunitária à organização do atendimento clínico. Cad Saude Publica. 2012;28 Suppl:s146-57. DOI:10.1590/S0102-311X2012001300015,5757 . Souza TMS, Roncalli AG. Saúde bucal no Programa Saúde da Família: uma avaliação do modelo assistencial. Cad Saude Publica. 2007;23(11):2727-39. DOI:10.1590/S0102-311X2007001100020 abordaram o estímulo à participação popular e ao controle social e ações intersetoriais.

Dos 32 estudos analisados, 19 abordavam o tema integralidade, dos quais 145. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,7. Chaves SCL, Silva LMV. As práticas profissionais no campo público de atenção à saúde bucal: o caso de dois municípios da Bahia. Cienc Saude Coletiva. 2007;12(6):1697-710. DOI:10.1590/S1413-81232007000600031,8. Chaves SCL, Vieira-da-Silva LM. Inequalities in oral health practices and social space: an exploratory qualitative study. Health Policy. 2008;86(1):119-28. DOI:10.1016/j.healthpol.2007.10.001,1010 . Cunha BAT, Marques RAA, Castro CGJ, Narvai PC. Saúde bucal em Diadema: da odontologia escolar à Estratégia Saúde da Família. Saude Soc. 2011;20(4):1033-45. DOI:10.1590/S0104-12902011000400019,1414 . Faccin D, Sebold R, Carcereri, DL. 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As práticas profissionais no campo público de atenção à saúde bucal: o caso de dois municípios da Bahia. Cienc Saude Coletiva. 2007;12(6):1697-710. DOI:10.1590/S1413-81232007000600031,1414 . Faccin D, Sebold R, Carcereri, DL. Processo de trabalho em saúde bucal: em busca de diferentes olhares para compreender e transformar a realidade. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 1:1643-52. DOI:10.1590/S1413-81232010000700076,4141 . Rodrigues AAAO, Assis MMA. Oferta e demanda na atenção à saúde bucal: o processo de trabalho no Programa Saúde da Família em Alagoinhas – Bahia. Rev Baiana Saude Publica. 2005;29(2):273-85. As equipes de saúde bucal encontraram dificuldades para as práticas pertinentes à ESF, como visitas domiciliares pelo dentista, ações de prevenção de agravos e de promoção à saúde, bem como reuniões e ações para a articulação com a comunidade.5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,3939 . Pimentel FC, Albuquerque PC, Martelli PJL, Souza WV, Acioli RML. Caracterização do processo de trabalho das equipes de saúde bucal em municípios do Estado de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional: da articulação comunitária à organização do atendimento clínico. Cad Saude Publica. 2012;28 Suppl:s146-57. DOI:10.1590/S0102-311X2012001300015

Mudanças incipientes vinculadas à integralidade foram apresentadas em cinco estudos1818 . Koyashiki GAK, Alves-Souza RA, Garanhani ML. O trabalho em saúde bucal do agente comunitário de saúde em unidades de Saúde da Família. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(4):1343-54. DOI:10.1590/S1413-81232008000400032,3232 . Nascimento AC, Moysés ST, Bisinelli JC, Moysés SJ. Oral health in the family health strategy: a change of practices or semantics diversionism. Rev Saude Publica. 2009;43(3):455-62. DOI:10.1590/S0034-89102009005000015,3636 . Pezzato LM, L’Abbate S, Botazzo C. Produção de micropolíticas no processo de trabalho em saúde bucal: uma abordagem sócioanalítica. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(7):2095-104. DOI:10.1590/S1413-81232013000700025,4343 . Rodrigues AAAO, Santos AM, Assis MMA. Agente comunitário de saúde: sujeito da prática em saúde bucal em Alagoinhas, Bahia. Cienc Saude Coletiva. 2010;15(3):907-15. DOI:10.1590/S1413-81232010000300034,4545 . Sanglard-Oliveira CA, Werneck MAF, Lucas SD, Abreu MHNG. Atribuições dos técnicos em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em Minas Gerais, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2453-60. DOI:10.1590/S1413-81232013000800030 (26,3%), que relataram a introdução do atendimento centrado no usuário com espaço para o diálogo e para o encontro de saberes instituintes da saúde bucal. Ao contrário das atividades individuais, as ações em grupos e os avanços na visão preventiva e na prática de educação em saúde dos profissionais foram expressivas na ESF.1. Almeida GCM, Ferreira MAF. Saúde bucal no contexto do Programa Saúde da Família: práticas de prevenção orientadas ao indivíduo e ao coletivo. Cad Saude Publica. 2008;24(9):2131-40. DOI:10.1590/S0102-311X2008000900019,1414 . Faccin D, Sebold R, Carcereri, DL. Processo de trabalho em saúde bucal: em busca de diferentes olhares para compreender e transformar a realidade. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 1:1643-52. DOI:10.1590/S1413-81232010000700076,3838 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Junior JLAC, Aciolli RML, Macedo CLSV. Análise da atenção à saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário VI, Recife (PE). Cienc Saude Coletiva. 2010;15(4):2189-96. DOI:10.1590/S1413-81232010000400033 Outra mudança refere-se aos técnicos em saúde bucal, que desprendiam seu tempo mais em atividades preventivas e coletivas do que em atividades assistenciais.4545 . Sanglard-Oliveira CA, Werneck MAF, Lucas SD, Abreu MHNG. Atribuições dos técnicos em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em Minas Gerais, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2453-60. DOI:10.1590/S1413-81232013000800030

Dois estudos abordaram o trabalho em equipe e mostraram que a maioria dos CD relatou integração com a equipe, porém poucos participavam das reuniões e utilizavam prontuários únicos.5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,1919 . Lourenço EC, Silva ACB, Meneghin MC, Pereira AC. A inserção dos serviços de saúde bucal no Programa Saúde da Família no Estado de Minas Gerais. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1367-77. DOI:10.1590/S1413-81232009000800009 O trabalho do CD raramente se inseria em práticas partilhadas com profissionais de outras áreas, uma vez que suas ações eram desenvolvidas de forma autônoma, independente e individualizada.3939 . Pimentel FC, Albuquerque PC, Martelli PJL, Souza WV, Acioli RML. Caracterização do processo de trabalho das equipes de saúde bucal em municípios do Estado de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional: da articulação comunitária à organização do atendimento clínico. Cad Saude Publica. 2012;28 Suppl:s146-57. DOI:10.1590/S0102-311X2012001300015

Houve entraves para o trabalho em equipe também entre os profissionais da odontologia.1313 . Esposti CDD, Oliveira AE, Santos Neto ET, Zandonade E. O processo de trabalho do técnico em saúde bucal e suas relações com a equipe de saúde bucal na Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. Saude Soc. 2012;21(2):372-85. DOI:10.1590/S0104-12902012000200011 Os CD reconheciam que a relação com os técnicos em saúde bucal era prejudicada pela desinformação sobre o processo de trabalho, pela falta de clareza sobre a responsabilidade legal dos CD em relação às atividades dos técnicos, bem como pelo receio quanto à possibilidade de os técnicos tornarem-se dentistas práticos e tomarem seu espaço no mercado de trabalho. Por outro lado, os CD valorizavam a participação dos técnicos na reorganização do trabalho odontológico e na construção de uma relação de parceria e cooperação.

As ações intersetoriaisforam abordadas em dois dos 32 estudos,1414 . Faccin D, Sebold R, Carcereri, DL. Processo de trabalho em saúde bucal: em busca de diferentes olhares para compreender e transformar a realidade. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 1:1643-52. DOI:10.1590/S1413-81232010000700076,5757 . Souza TMS, Roncalli AG. Saúde bucal no Programa Saúde da Família: uma avaliação do modelo assistencial. Cad Saude Publica. 2007;23(11):2727-39. DOI:10.1590/S0102-311X2007001100020 relacionadas às ações de prevenção e educação em saúde bucal desenvolvidas na comunidade ou nas escolas.5757 . Souza TMS, Roncalli AG. Saúde bucal no Programa Saúde da Família: uma avaliação do modelo assistencial. Cad Saude Publica. 2007;23(11):2727-39. DOI:10.1590/S0102-311X2007001100020 A intersetorialidade apresentou-se como prática voluntária em parte das equipes e não conduzia aos impactos esperados. Tal circunstância pode levar os profissionais ao descrédito em relação à ESF, considerando a incapacidade do setor saúde enfrentar isoladamente os determinantes sociais do processo saúde-doença.

Ações educativasestiveram presentes em nove estudos,1. Almeida GCM, Ferreira MAF. Saúde bucal no contexto do Programa Saúde da Família: práticas de prevenção orientadas ao indivíduo e ao coletivo. Cad Saude Publica. 2008;24(9):2131-40. DOI:10.1590/S0102-311X2008000900019,8. Chaves SCL, Vieira-da-Silva LM. Inequalities in oral health practices and social space: an exploratory qualitative study. Health Policy. 2008;86(1):119-28. DOI:10.1016/j.healthpol.2007.10.001,1111 . Emmi DT, Barroso RFF. Avaliação das ações de saúde bucal no Programa Saúde da Família no distrito de Mosqueiro, Pará. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(1):35-41. DOI:10.1590/S1413-81232008000100008,1414 . Faccin D, Sebold R, Carcereri, DL. Processo de trabalho em saúde bucal: em busca de diferentes olhares para compreender e transformar a realidade. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 1:1643-52. DOI:10.1590/S1413-81232010000700076,2222 . Martelli PJL, Macedo CLSV, Medeiros KR, Silva SF, Cabral APS, Pimentel FC et al. Perfil do cirurgião-dentista inserido na Estratégia de Saúde da Família em municípios do estado de Pernambuco, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 2:3243-8. DOI:10.1590/S1413-81232010000800029,2626 . Mialhe FL, Lefèvre F, Lefèvre AMC. O agente comunitário de saúde e suas práticas educativas em saúde bucal: uma avaliação qualiquantitativa. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(11):4425-32. DOI:10.1590/S1413-81232011001200015,3838 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Junior JLAC, Aciolli RML, Macedo CLSV. Análise da atenção à saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário VI, Recife (PE). Cienc Saude Coletiva. 2010;15(4):2189-96. DOI:10.1590/S1413-81232010000400033,4242 . Rodrigues AAAO, Gallotti AP, Pena SFA, Ledo CAS. Saúde bucal no programa de saúde da família na cidade de Feira de Santana (BA): o perfil do cirurgião-dentista. Rev Baiana Saude Publica. 2009;33(4):582-94.,4545 . Sanglard-Oliveira CA, Werneck MAF, Lucas SD, Abreu MHNG. Atribuições dos técnicos em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em Minas Gerais, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2453-60. DOI:10.1590/S1413-81232013000800030 dos quais sete apontaram avanços nas práticas dos profissionais em relação ao preconizado pelas diretrizes da PNSB. Segundo Martelli et al,2222 . Martelli PJL, Macedo CLSV, Medeiros KR, Silva SF, Cabral APS, Pimentel FC et al. Perfil do cirurgião-dentista inserido na Estratégia de Saúde da Família em municípios do estado de Pernambuco, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 2:3243-8. DOI:10.1590/S1413-81232010000800029 92,3% dos CD as consideraram pertinentes e, desses, 89,6% relataram realizá-las. Rodrigues et al4242 . Rodrigues AAAO, Gallotti AP, Pena SFA, Ledo CAS. Saúde bucal no programa de saúde da família na cidade de Feira de Santana (BA): o perfil do cirurgião-dentista. Rev Baiana Saude Publica. 2009;33(4):582-94. identificaram que todos os CD realizavam atividades de educação em saúde, na unidade de saúde ou em escolas, asilos, igrejas e creches. As ações mais relatadas foram as de prevenção e promoção em grupos,1. Almeida GCM, Ferreira MAF. Saúde bucal no contexto do Programa Saúde da Família: práticas de prevenção orientadas ao indivíduo e ao coletivo. Cad Saude Publica. 2008;24(9):2131-40. DOI:10.1590/S0102-311X2008000900019,1414 . Faccin D, Sebold R, Carcereri, DL. Processo de trabalho em saúde bucal: em busca de diferentes olhares para compreender e transformar a realidade. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 1:1643-52. DOI:10.1590/S1413-81232010000700076 com destaque para os técnicos em saúde bucal como responsável por elas.4545 . Sanglard-Oliveira CA, Werneck MAF, Lucas SD, Abreu MHNG. Atribuições dos técnicos em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em Minas Gerais, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2453-60. DOI:10.1590/S1413-81232013000800030 As de educação em saúde estiveram mais presentes no cotidiano dos profissionais da ESF.3838 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Junior JLAC, Aciolli RML, Macedo CLSV. Análise da atenção à saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário VI, Recife (PE). Cienc Saude Coletiva. 2010;15(4):2189-96. DOI:10.1590/S1413-81232010000400033,4242 . Rodrigues AAAO, Gallotti AP, Pena SFA, Ledo CAS. Saúde bucal no programa de saúde da família na cidade de Feira de Santana (BA): o perfil do cirurgião-dentista. Rev Baiana Saude Publica. 2009;33(4):582-94.

Segundo Mialhe et al,2626 . Mialhe FL, Lefèvre F, Lefèvre AMC. O agente comunitário de saúde e suas práticas educativas em saúde bucal: uma avaliação qualiquantitativa. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(11):4425-32. DOI:10.1590/S1413-81232011001200015 as atividades educativas em saúde bucal eram realizadas esporadicamente e voltadas prioritariamente às gestantes, mães e crianças, em um modelo vertical de transmissão de informações, visando mudanças de comportamentos individuais e incorporação de hábitos saudáveis. Essa visão era compartilhada pela população, que considerava as orientações de higiene bucal como uma das melhorias mais importantes.1111 . Emmi DT, Barroso RFF. Avaliação das ações de saúde bucal no Programa Saúde da Família no distrito de Mosqueiro, Pará. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(1):35-41. DOI:10.1590/S1413-81232008000100008

Oito estudos1. Almeida GCM, Ferreira MAF. Saúde bucal no contexto do Programa Saúde da Família: práticas de prevenção orientadas ao indivíduo e ao coletivo. Cad Saude Publica. 2008;24(9):2131-40. DOI:10.1590/S0102-311X2008000900019,1919 . Lourenço EC, Silva ACB, Meneghin MC, Pereira AC. A inserção dos serviços de saúde bucal no Programa Saúde da Família no Estado de Minas Gerais. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1367-77. DOI:10.1590/S1413-81232009000800009,2121 . Martelli PJL, Cabral APS, Pimentel FC, Macedo CLSV, Monteiro IS, Silva SF. Análise do modelo de atenção à saúde bucal em municípios do estado de Pernambuco. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(5):1669-74. DOI:10.1590/S1413-81232008000500030,3737 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Júnior JLAC, Lima AS, Santana VGD, Macedo CLSV. Evolução da assistência em saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do município do Recife (PE) no período de 2001 a 2007. Rev Baiana Saude Publica. 2008;32(2): 253-64.

38 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Junior JLAC, Aciolli RML, Macedo CLSV. Análise da atenção à saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário VI, Recife (PE). Cienc Saude Coletiva. 2010;15(4):2189-96. DOI:10.1590/S1413-81232010000400033
-3939 . Pimentel FC, Albuquerque PC, Martelli PJL, Souza WV, Acioli RML. Caracterização do processo de trabalho das equipes de saúde bucal em municípios do Estado de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional: da articulação comunitária à organização do atendimento clínico. Cad Saude Publica. 2012;28 Suppl:s146-57. DOI:10.1590/S0102-311X2012001300015,4444 . Rodrigues AAAO, Assis MMA, Nascimento MAA, Fonsêca GS, Siqueira DVS. Saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em um município do semiárido baiano. Rev Baiana Saude Publica. 2011;35(3):695-709.,5757 . Souza TMS, Roncalli AG. Saúde bucal no Programa Saúde da Família: uma avaliação do modelo assistencial. Cad Saude Publica. 2007;23(11):2727-39. DOI:10.1590/S0102-311X2007001100020 relataram que o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações eram práticas incipientes e indicaram dificuldades na realização de levantamentos para reconhecer as necessidades da população, considerando as características sociais e epidemiológicas.3838 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Junior JLAC, Aciolli RML, Macedo CLSV. Análise da atenção à saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário VI, Recife (PE). Cienc Saude Coletiva. 2010;15(4):2189-96. DOI:10.1590/S1413-81232010000400033,4444 . Rodrigues AAAO, Assis MMA, Nascimento MAA, Fonsêca GS, Siqueira DVS. Saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em um município do semiárido baiano. Rev Baiana Saude Publica. 2011;35(3):695-709. Apesar dos avanços, a saúde bucal necessita de muito investimento, além do controle e avaliação de suas ações por meio dos sistemas de informação, fortalecendo o planejamento e a tomada de decisão.3737 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Júnior JLAC, Lima AS, Santana VGD, Macedo CLSV. Evolução da assistência em saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do município do Recife (PE) no período de 2001 a 2007. Rev Baiana Saude Publica. 2008;32(2): 253-64.

O estímulo à participação popular e ao controle social foi abordado em três estudos3636 . Pezzato LM, L’Abbate S, Botazzo C. Produção de micropolíticas no processo de trabalho em saúde bucal: uma abordagem sócioanalítica. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(7):2095-104. DOI:10.1590/S1413-81232013000700025,3838 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Junior JLAC, Aciolli RML, Macedo CLSV. Análise da atenção à saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário VI, Recife (PE). Cienc Saude Coletiva. 2010;15(4):2189-96. DOI:10.1590/S1413-81232010000400033,3939 . Pimentel FC, Albuquerque PC, Martelli PJL, Souza WV, Acioli RML. Caracterização do processo de trabalho das equipes de saúde bucal em municípios do Estado de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional: da articulação comunitária à organização do atendimento clínico. Cad Saude Publica. 2012;28 Suppl:s146-57. DOI:10.1590/S0102-311X2012001300015 como uma ação a ser fomentada pelas equipes. Pezatto et al3636 . Pezzato LM, L’Abbate S, Botazzo C. Produção de micropolíticas no processo de trabalho em saúde bucal: uma abordagem sócioanalítica. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(7):2095-104. DOI:10.1590/S1413-81232013000700025 ressaltaram que a apropriação dos temas da saúde bucal pelos espaços do controle social é um dos desafios para a implementação dos serviços de saúde bucal no SUS.

A ampliação e qualificação da assistênciaem saúde bucal foram abordadas em 19 dos 32 estudos. Desses, cinco1111 . Emmi DT, Barroso RFF. Avaliação das ações de saúde bucal no Programa Saúde da Família no distrito de Mosqueiro, Pará. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(1):35-41. DOI:10.1590/S1413-81232008000100008,1919 . Lourenço EC, Silva ACB, Meneghin MC, Pereira AC. A inserção dos serviços de saúde bucal no Programa Saúde da Família no Estado de Minas Gerais. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1367-77. DOI:10.1590/S1413-81232009000800009,3636 . Pezzato LM, L’Abbate S, Botazzo C. Produção de micropolíticas no processo de trabalho em saúde bucal: uma abordagem sócioanalítica. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(7):2095-104. DOI:10.1590/S1413-81232013000700025,3737 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Júnior JLAC, Lima AS, Santana VGD, Macedo CLSV. Evolução da assistência em saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do município do Recife (PE) no período de 2001 a 2007. Rev Baiana Saude Publica. 2008;32(2): 253-64.,5353 . Silva SF, Martelli PJL, Sá DA, Cabral AP, Pimentel FC, Monteiro IS et al. Análise do avanço das equipes de saúde bucal inseridas na Estratégia Saúde da Família em Pernambuco, região Nordeste, Brasil, 2002 a 2005. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(1):211-20. DOI:10.1590/S1413-81232011000100024 abordaram avanços, porém as dificuldades prevaleceram (73,6%) em relação ao atendimento às demandas da população adscrita.5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005 A demanda excessiva destacou-se como ponto negativo, com predominância das ações curativas pelo CD.1919 . Lourenço EC, Silva ACB, Meneghin MC, Pereira AC. A inserção dos serviços de saúde bucal no Programa Saúde da Família no Estado de Minas Gerais. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1367-77. DOI:10.1590/S1413-81232009000800009 Mesmo com a ampliação do acesso aos serviços de saúde bucal, a organização da demanda foi um nó crítico, pois há várias portas de entrada, grande demanda reprimida e pouca oferta.1919 . Lourenço EC, Silva ACB, Meneghin MC, Pereira AC. A inserção dos serviços de saúde bucal no Programa Saúde da Família no Estado de Minas Gerais. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1367-77. DOI:10.1590/S1413-81232009000800009,3232 . Nascimento AC, Moysés ST, Bisinelli JC, Moysés SJ. Oral health in the family health strategy: a change of practices or semantics diversionism. Rev Saude Publica. 2009;43(3):455-62. DOI:10.1590/S0034-89102009005000015,3434 . Nuto SAS, Oliveira GC, Andrade JV, Maia MCG. O acolhimento em saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família, Fortaleza-CE: um relato de experiência. Rev APS. 2010;13(4):505-9. Ampliar e qualificar a assistência requer enfrentar desafios relacionados ao investimento público insuficiente; às dificuldades de encaminhamento para especialidades; às ações com foco no atendimento clínico com valorização excessiva da técnica e da especialidade; e à crescente demanda por serviços pela população, focalizadas nas ações curativas.3434 . Nuto SAS, Oliveira GC, Andrade JV, Maia MCG. O acolhimento em saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família, Fortaleza-CE: um relato de experiência. Rev APS. 2010;13(4):505-9. Apesar das dificuldades, pontos positivos foram observados nos estudos: delimitação da clientela, possibilitando melhor acompanhamento; mudança no perfil dos procedimentos odontológicos realizados; e cobertura populacional de acordo com o mínimo estipulado pelo Ministério da Saúde.1111 . Emmi DT, Barroso RFF. Avaliação das ações de saúde bucal no Programa Saúde da Família no distrito de Mosqueiro, Pará. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(1):35-41. DOI:10.1590/S1413-81232008000100008,3737 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Júnior JLAC, Lima AS, Santana VGD, Macedo CLSV. Evolução da assistência em saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do município do Recife (PE) no período de 2001 a 2007. Rev Baiana Saude Publica. 2008;32(2): 253-64.,5353 . Silva SF, Martelli PJL, Sá DA, Cabral AP, Pimentel FC, Monteiro IS et al. Análise do avanço das equipes de saúde bucal inseridas na Estratégia Saúde da Família em Pernambuco, região Nordeste, Brasil, 2002 a 2005. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(1):211-20. DOI:10.1590/S1413-81232011000100024

Estabelecer o acolhimento, vínculo e responsabilização permite a negociação entre usuários e profissionais do cuidado integral à saúde, contribuindo para que o ato terapêutico esteja centrado no profissional, mas que seja realizado pela manifestação de desejo do usuário. Esses elementos foram abordados por sete estudos.5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,1010 . Cunha BAT, Marques RAA, Castro CGJ, Narvai PC. Saúde bucal em Diadema: da odontologia escolar à Estratégia Saúde da Família. Saude Soc. 2011;20(4):1033-45. DOI:10.1590/S0104-12902011000400019,3232 . Nascimento AC, Moysés ST, Bisinelli JC, Moysés SJ. Oral health in the family health strategy: a change of practices or semantics diversionism. Rev Saude Publica. 2009;43(3):455-62. DOI:10.1590/S0034-89102009005000015,3434 . Nuto SAS, Oliveira GC, Andrade JV, Maia MCG. O acolhimento em saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família, Fortaleza-CE: um relato de experiência. Rev APS. 2010;13(4):505-9.,4545 . Sanglard-Oliveira CA, Werneck MAF, Lucas SD, Abreu MHNG. Atribuições dos técnicos em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em Minas Gerais, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2453-60. DOI:10.1590/S1413-81232013000800030

46 . Santos AM, Assis MMA, Rodrigues AAAO, Nascimento MAA, Jorge MSB. Linhas de tensões no processo de acolhimento das equipes de saúde bucal do Programa Saúde da Família: o caso de Alagoinhas, Bahia, Brasil. Cad Saude Publica. 2007;23(1):75-85. DOI:10.1590/S0102-311X2007000100009
-4747 . Santos AM, Assis MMA, Nascimento MAA, Jorge MSB. Vínculo e autonomia na prática de saúde bucal no Programa Saúde da Família. Rev Saude Publica. 2008;42(3):464-70. DOI:10.1590/S0034-89102008005000025 Desses, seis apontaram mudanças: a influência das novas diretrizes curriculares nacionais na prática mais humanizada de odontólogos, reforçando o vínculo, o olhar ampliado para o território e para a comunidade; e o potencial trabalho dos agentes comunitários em saúde no estabelecimento de vínculo, acolhimento e autonomia dos usuários.5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,4747 . Santos AM, Assis MMA, Nascimento MAA, Jorge MSB. Vínculo e autonomia na prática de saúde bucal no Programa Saúde da Família. Rev Saude Publica. 2008;42(3):464-70. DOI:10.1590/S0034-89102008005000025

Foram identificados 11 estudos5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,1414 . Faccin D, Sebold R, Carcereri, DL. Processo de trabalho em saúde bucal: em busca de diferentes olhares para compreender e transformar a realidade. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 1:1643-52. DOI:10.1590/S1413-81232010000700076,1919 . Lourenço EC, Silva ACB, Meneghin MC, Pereira AC. A inserção dos serviços de saúde bucal no Programa Saúde da Família no Estado de Minas Gerais. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1367-77. DOI:10.1590/S1413-81232009000800009,2121 . Martelli PJL, Cabral APS, Pimentel FC, Macedo CLSV, Monteiro IS, Silva SF. Análise do modelo de atenção à saúde bucal em municípios do estado de Pernambuco. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(5):1669-74. DOI:10.1590/S1413-81232008000500030,2222 . Martelli PJL, Macedo CLSV, Medeiros KR, Silva SF, Cabral APS, Pimentel FC et al. Perfil do cirurgião-dentista inserido na Estratégia de Saúde da Família em municípios do estado de Pernambuco, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 2:3243-8. DOI:10.1590/S1413-81232010000800029,3030 . Moura MS, Ferro FEFD, Cunha NL, Nétto OBS, Lima MDM, Moura LFAD. Saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família em um colegiado gestor regional do estado do Piauí. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(2):471-80. DOI:10.1590/S1413-81232013000200018,4040 . Rocha ECA, Araújo MAD. Condições de trabalho das equipes de saúde bucal no Programa Saúde da Família: o caso do Distrito Sanitário Norte em Natal, RN. Rev Adm Publica; 2009;43(2):481-517. DOI:10.1590/S0034-76122009000200010,4242 . Rodrigues AAAO, Gallotti AP, Pena SFA, Ledo CAS. Saúde bucal no programa de saúde da família na cidade de Feira de Santana (BA): o perfil do cirurgião-dentista. Rev Baiana Saude Publica. 2009;33(4):582-94.,4646 . Santos AM, Assis MMA, Rodrigues AAAO, Nascimento MAA, Jorge MSB. Linhas de tensões no processo de acolhimento das equipes de saúde bucal do Programa Saúde da Família: o caso de Alagoinhas, Bahia, Brasil. Cad Saude Publica. 2007;23(1):75-85. DOI:10.1590/S0102-311X2007000100009,4747 . Santos AM, Assis MMA, Nascimento MAA, Jorge MSB. Vínculo e autonomia na prática de saúde bucal no Programa Saúde da Família. Rev Saude Publica. 2008;42(3):464-70. DOI:10.1590/S0034-89102008005000025,5656 . Souza LGS, Menandro MCS. Atenção primária à saúde: diretrizes, desafios e recomendações: revisão de bibliografia internacional. Physis Rev Saude Coletiva. 2011;21(2):517-39. DOI:10.1590/S0103-73312011000200010 dos 12 que abordavam dificuldades relativas às condições de trabalho no SUS. Foram nós críticos: a precarização das relações de trabalho com baixos salários e contratações instáveis,5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,1919 . Lourenço EC, Silva ACB, Meneghin MC, Pereira AC. A inserção dos serviços de saúde bucal no Programa Saúde da Família no Estado de Minas Gerais. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1367-77. DOI:10.1590/S1413-81232009000800009,2222 . Martelli PJL, Macedo CLSV, Medeiros KR, Silva SF, Cabral APS, Pimentel FC et al. Perfil do cirurgião-dentista inserido na Estratégia de Saúde da Família em municípios do estado de Pernambuco, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 2:3243-8. DOI:10.1590/S1413-81232010000800029 com prováveis reflexos na rotatividade e na satisfação profissional, comprometendo a qualidade da assistência à saúde;5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,2222 . Martelli PJL, Macedo CLSV, Medeiros KR, Silva SF, Cabral APS, Pimentel FC et al. Perfil do cirurgião-dentista inserido na Estratégia de Saúde da Família em municípios do estado de Pernambuco, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 2:3243-8. DOI:10.1590/S1413-81232010000800029 a dupla jornada de trabalho do CD entre o setor público e o privado; e o descumprimento da jornada semanal de 40 horas na ESF como algo pactuado entre gestores e trabalhadores.4242 . Rodrigues AAAO, Gallotti AP, Pena SFA, Ledo CAS. Saúde bucal no programa de saúde da família na cidade de Feira de Santana (BA): o perfil do cirurgião-dentista. Rev Baiana Saude Publica. 2009;33(4):582-94.,4444 . Rodrigues AAAO, Assis MMA, Nascimento MAA, Fonsêca GS, Siqueira DVS. Saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em um município do semiárido baiano. Rev Baiana Saude Publica. 2011;35(3):695-709. A falta de recursos financeiros, estruturais, físicos e humanos também refletiu nas condições de trabalho.5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,3030 . Moura MS, Ferro FEFD, Cunha NL, Nétto OBS, Lima MDM, Moura LFAD. Saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família em um colegiado gestor regional do estado do Piauí. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(2):471-80. DOI:10.1590/S1413-81232013000200018

De 15 estudos que abordavam a educação permanente em saúde, oito1818 . Koyashiki GAK, Alves-Souza RA, Garanhani ML. O trabalho em saúde bucal do agente comunitário de saúde em unidades de Saúde da Família. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(4):1343-54. DOI:10.1590/S1413-81232008000400032,1919 . Lourenço EC, Silva ACB, Meneghin MC, Pereira AC. A inserção dos serviços de saúde bucal no Programa Saúde da Família no Estado de Minas Gerais. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1367-77. DOI:10.1590/S1413-81232009000800009,2121 . Martelli PJL, Cabral APS, Pimentel FC, Macedo CLSV, Monteiro IS, Silva SF. Análise do modelo de atenção à saúde bucal em municípios do estado de Pernambuco. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(5):1669-74. DOI:10.1590/S1413-81232008000500030,2222 . Martelli PJL, Macedo CLSV, Medeiros KR, Silva SF, Cabral APS, Pimentel FC et al. Perfil do cirurgião-dentista inserido na Estratégia de Saúde da Família em municípios do estado de Pernambuco, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 2:3243-8. DOI:10.1590/S1413-81232010000800029,2626 . Mialhe FL, Lefèvre F, Lefèvre AMC. O agente comunitário de saúde e suas práticas educativas em saúde bucal: uma avaliação qualiquantitativa. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(11):4425-32. DOI:10.1590/S1413-81232011001200015,3030 . Moura MS, Ferro FEFD, Cunha NL, Nétto OBS, Lima MDM, Moura LFAD. Saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família em um colegiado gestor regional do estado do Piauí. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(2):471-80. DOI:10.1590/S1413-81232013000200018,3939 . Pimentel FC, Albuquerque PC, Martelli PJL, Souza WV, Acioli RML. Caracterização do processo de trabalho das equipes de saúde bucal em municípios do Estado de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional: da articulação comunitária à organização do atendimento clínico. Cad Saude Publica. 2012;28 Suppl:s146-57. DOI:10.1590/S0102-311X2012001300015,4444 . Rodrigues AAAO, Assis MMA, Nascimento MAA, Fonsêca GS, Siqueira DVS. Saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em um município do semiárido baiano. Rev Baiana Saude Publica. 2011;35(3):695-709. identificaram que profissionais que atuavam na ESF eram capacitados após inserção na estratégia, sem preparo prévio4444 . Rodrigues AAAO, Assis MMA, Nascimento MAA, Fonsêca GS, Siqueira DVS. Saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em um município do semiárido baiano. Rev Baiana Saude Publica. 2011;35(3):695-709. e que não havia processos formadores voltados à qualificação profissional em saúde bucal, de modo a tornar a prática do cuidado mais integral.1818 . Koyashiki GAK, Alves-Souza RA, Garanhani ML. O trabalho em saúde bucal do agente comunitário de saúde em unidades de Saúde da Família. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(4):1343-54. DOI:10.1590/S1413-81232008000400032,1919 . Lourenço EC, Silva ACB, Meneghin MC, Pereira AC. A inserção dos serviços de saúde bucal no Programa Saúde da Família no Estado de Minas Gerais. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1367-77. DOI:10.1590/S1413-81232009000800009,2626 . Mialhe FL, Lefèvre F, Lefèvre AMC. O agente comunitário de saúde e suas práticas educativas em saúde bucal: uma avaliação qualiquantitativa. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(11):4425-32. DOI:10.1590/S1413-81232011001200015,3030 . Moura MS, Ferro FEFD, Cunha NL, Nétto OBS, Lima MDM, Moura LFAD. Saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família em um colegiado gestor regional do estado do Piauí. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(2):471-80. DOI:10.1590/S1413-81232013000200018,3838 . Pimentel FC, Martelli PJL, Araújo Junior JLAC, Aciolli RML, Macedo CLSV. Análise da atenção à saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário VI, Recife (PE). Cienc Saude Coletiva. 2010;15(4):2189-96. DOI:10.1590/S1413-81232010000400033 Entretanto, sete estudos1010 . Cunha BAT, Marques RAA, Castro CGJ, Narvai PC. Saúde bucal em Diadema: da odontologia escolar à Estratégia Saúde da Família. Saude Soc. 2011;20(4):1033-45. DOI:10.1590/S0104-12902011000400019,1313 . Esposti CDD, Oliveira AE, Santos Neto ET, Zandonade E. O processo de trabalho do técnico em saúde bucal e suas relações com a equipe de saúde bucal na Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. Saude Soc. 2012;21(2):372-85. DOI:10.1590/S0104-12902012000200011,1616 . Holanda ALF, Barbosa AAA, Brito EWG. Reflexões acerca da atuação do agente comunitário de saúde nas ações de saúde bucal. Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1507-12. DOI:10.1590/S1413-81232009000800024,2929 . Moura MS, Carvalho CJ, Amorim JTC, Marques MFSS, Moura LFAD, Mendes RF. Perfil e práticas de saúde bucal do agente comunitário de saúde em municípios piauienses de pequeno porte. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 1:1487-95. DOI:10.1590/S1413-81232010000700061,3434 . Nuto SAS, Oliveira GC, Andrade JV, Maia MCG. O acolhimento em saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família, Fortaleza-CE: um relato de experiência. Rev APS. 2010;13(4):505-9.,3939 . Pimentel FC, Albuquerque PC, Martelli PJL, Souza WV, Acioli RML. Caracterização do processo de trabalho das equipes de saúde bucal em municípios do Estado de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional: da articulação comunitária à organização do atendimento clínico. Cad Saude Publica. 2012;28 Suppl:s146-57. DOI:10.1590/S0102-311X2012001300015,4242 . Rodrigues AAAO, Gallotti AP, Pena SFA, Ledo CAS. Saúde bucal no programa de saúde da família na cidade de Feira de Santana (BA): o perfil do cirurgião-dentista. Rev Baiana Saude Publica. 2009;33(4):582-94.,4545 . Sanglard-Oliveira CA, Werneck MAF, Lucas SD, Abreu MHNG. Atribuições dos técnicos em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em Minas Gerais, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2453-60. DOI:10.1590/S1413-81232013000800030 apontaram mudanças: mais de 90,0% dos CD de um estudo5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005 afirmaram ter participado de cursos de capacitação e os que não participaram tinham sido recém-contratados; outro estudo2222 . Martelli PJL, Macedo CLSV, Medeiros KR, Silva SF, Cabral APS, Pimentel FC et al. Perfil do cirurgião-dentista inserido na Estratégia de Saúde da Família em municípios do estado de Pernambuco, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2010;15 Supl 2:3243-8. DOI:10.1590/S1413-81232010000800029 mostrou que 67,8% dos CD possuíam formação voltada para a ESF e sentiam necessidade de fazer especialização em saúde pública, buscando a aptidão necessária para o trabalho na ESF.

DISCUSSÃO

A maioria dos estudos analisados foi publicada a partir de 2008, o que indica recente interesse na área. O aumento de estudos qualitativos nos últimos anos acrescenta uma dimensão importante à avaliação das ações na área da saúde bucal ao produzir conhecimento a partir da experiência dos profissionais.

Predominaram estudos da região Nordeste, indicando que os resultados caracterizam uma região e não o País em sua totalidade. Segundo Soares et al,5454 . Soares FF, Figueiredo CRV, Borges NCM, Jordão RA, Freire MCM. Atuação da equipe de saúde bucal na Estratégia Saúde da Família: análise dos estudos publicados no período 2001-2008. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(7): 3169-80. DOI:10.1590/S1413-81232011000800017 como o Nordeste é a região com maior número de equipes de saúde da família no País, isso poderia explicar o predomínio de estudos na região.

Os elementos de análise do trabalho em saúde bucal na APS mais investigados foram a integralidade e a ampliação e qualificação da assistência. A literatura sugere que esses são dois dos elementos mais comumente analisados e que podem contribuir de maneira positiva para melhoria e orientação das políticas públicas (na superação de desigualdades no acesso aos serviços de saúde, no alcance da equidade dentro do sistema e na efetivação da integralidade relativa às práticas e ao trabalho em equipe).5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,5252 . Silva LA, Casotti CA, Chaves SCL. A produção científica brasileira sobre a Estratégia Saúde da Família e a mudança no modelo de atenção. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(1):221-32. DOI:10.1590/S1413-81232013000100023

Apesar da significativa ampliação de cobertura de atenção à saúde bucal na APS na última década, existem barreiras de acesso que privam brasileiros dos serviços.2424 . Mattos RA. A integralidade na prática (ou sobre a prática da integralidade). Cad Saude Publica. 2004;20(5):1411-6. DOI:10.1590/S0102-311X2004000500037 São poucos os avanços na ampliação e qualificação da assistência à população e o processo de trabalho em saúde bucal pode ser prejudicado pela permanente demanda excessiva e predomínio de ações curativas.

Dentre os princípios e diretrizes do SUS, talvez o da integralidade seja o menos visível na trajetória do sistema de saúde e de suas práticas.2424 . Mattos RA. A integralidade na prática (ou sobre a prática da integralidade). Cad Saude Publica. 2004;20(5):1411-6. DOI:10.1590/S0102-311X2004000500037 O estudo apontou que a integralidade é incipiente e com fragilidades a serem enfrentadas no trabalho das equipes da ESF. Essas análises podem estar associadas à polissemia e à abrangência do conceito de integralidade. Para sua efetividade, são necessárias clínica ampliada, integração de práticas individuais e coletivas e resolutividade com garantia de acesso e articulação com outros níveis de atenção.2424 . Mattos RA. A integralidade na prática (ou sobre a prática da integralidade). Cad Saude Publica. 2004;20(5):1411-6. DOI:10.1590/S0102-311X2004000500037,5252 . Silva LA, Casotti CA, Chaves SCL. A produção científica brasileira sobre a Estratégia Saúde da Família e a mudança no modelo de atenção. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(1):221-32. DOI:10.1590/S1413-81232013000100023

O trabalho em equipe influencia diretamente a integralidade.5858 . Viegas SMF, Penna CMM. A construção da integralidade no trabalho cotidiano da equipe saúde da família. Esc Anna Nery. 2013;17(1):133-41. DOI:10.1590/S1414-81452013000100019 Para os profissionais de saúde bucal, a integração no trabalho da equipe de saúde da família está limitada pelo histórico isolamento dessas categorias profissionais, associado à introdução tardia da saúde bucal na ESF e à formação individualista e tecnicista dos profissionais. Isso dificulta a abordagem integral do ser humano.5. Baldani MH, Fadel CB, Possamai T, Queiroz MGS. A inclusão da odontologia no Programa Saúde da Família no Estado do Paraná. Cad Saude Publica. 2005;21(4):1026-35. DOI:10.1590/S0102-311X2005000400005,4545 . Sanglard-Oliveira CA, Werneck MAF, Lucas SD, Abreu MHNG. Atribuições dos técnicos em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família em Minas Gerais, Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2453-60. DOI:10.1590/S1413-81232013000800030

Será preciso que os profissionais aprendam e reaprendam com a experiência vivida na singularidade das situações de trabalho coletivo. O trabalho é resultado de um debate de normas e de valores do trabalhador consigo mesmo, sobre como estar em condições de gerir a complexidade de questões relacionadas ao trabalho coletivo.ee Schwartz Y. Trabalho e uso de si. Pro-Posições. 2000;1(5)(32):34-50, jul. 2000. Disponível em: http://www.proposicoes.fe.unicamp.br/proposicoes/textos/32-artigos-schwartzy.pdf Nesse sentido, a educação permanente em saúde surge como dispositivo fundamental. Porém, a revisão da literatura mostrou que a formação concentra-se em capacitações,1818 . Koyashiki GAK, Alves-Souza RA, Garanhani ML. O trabalho em saúde bucal do agente comunitário de saúde em unidades de Saúde da Família. Cienc Saude Coletiva. 2008;13(4):1343-54. DOI:10.1590/S1413-81232008000400032 em geral distantes do cotidiano de trabalho e restritas a núcleos profissionais.

As ações intersetoriais e estímulo à participação popular e ao controle social foram pouco investigados, coincidindo com a literatura.5454 . Soares FF, Figueiredo CRV, Borges NCM, Jordão RA, Freire MCM. Atuação da equipe de saúde bucal na Estratégia Saúde da Família: análise dos estudos publicados no período 2001-2008. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(7): 3169-80. DOI:10.1590/S1413-81232011000800017,5555 . Sousa MF, Hamann EM. Programa Saúde da Família no Brasil: uma agenda incompleta? Cienc Saude Coletiva. 2009;14 Supl 1:1325-35. DOI:10.1590/S1413-81232009000800002 O caráter voluntário de algumas equipes ou profissionais pode ser parcialmente explicado pelo fato de que atuar segundo o princípio da intersetorialidade requer disponibilidade para períodos não estabelecidos no contrato de trabalho.1515 . Gonçalves RJ, Soares RA, Troll T, Cyrino EG. Ser médico no PSF: formação acadêmica, perspectivas e trabalho cotidiano. Rev Bras Educ Med. 2009;33(3):382-92. DOI:10.1590/S0100-55022009000300009 Apesar de existir consenso acerca da necessidade da intersetorialidade na APS, ela é um processo em construção na ESF.4848 . Scherer MDA, Marino SRA, Ramos FRS. Rupturas e resoluções no modelo de atenção à saúde: reflexões sobre a Estratégia Saúde da Família com base nas categorias kuhnianas. Interface (Botucatu). 2005;9(6):53-66. DOI:10.1590/S1414-32832005000100005 Um dos desafios para que ela se efetive é a formação de profissionais orientada à percepção da complexidade dos problemas e ao reconhecimento da necessidade de ações intersetoriais para intervir em tais problemas.5151 . Silva KL, Rodrigues AT. Ações intersetoriais para promoção da saúde na Estratégia Saúde da Família: experiências, desafios e possibilidades. Rev Bras Enferm. 2010;63(5):762-69. DOI:10.1590/S0034-71672010000500011

O planejamento, monitoramento e avaliação das ações estão distantes do cotidiano da equipe de saúde bucal.5454 . Soares FF, Figueiredo CRV, Borges NCM, Jordão RA, Freire MCM. Atuação da equipe de saúde bucal na Estratégia Saúde da Família: análise dos estudos publicados no período 2001-2008. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(7): 3169-80. DOI:10.1590/S1413-81232011000800017 É um desafio que exige mobilização, engajamento e decisão de gestores e profissionais.

A melhoria das condições de trabalho no SUS está diretamente relacionada à melhoria da qualidade da assistência, mas não se trata de uma relação linear. Em contextos considerados favoráveis ao trabalho, segundo os princípios da ESF, as equipes centram suas práticas no atendimento à demanda espontânea ou programada.2525 . Mendonça MHM, Martins MIC, Giovanella L, Escorel S. Desafios para gestão do trabalho a partir de experiências exitosas de expansão da Estratégia de Saúde da Família. Cienc Saude Coletiva. 2010;15(5):2355-65. DOI:10.1590/S1413-81232010000500011 Ao mesmo tempo, em contextos adversos, profissionais buscam alternativas para serem eficazes.6. Bertoncini JH, Pires DEP, Scherer MDA. Condições de trabalho e renormalizações nas atividades das enfermeiras na saúde da família. Trab Educ Saude. 2011;9 Suppl 1:157-73. DOI:10.1590/S1981-77462011000400008 É difícil precisar em que medida as condições de trabalho influenciam a mudança das práticas profissionais.

A literatura mostra que, após uma década de implantação do Programa Brasil Sorridente, os principais problemas e dificuldades no trabalho das equipes de saúde bucal não são exclusivos da odontologia. A rigor, acompanham a realidade do trabalho das equipes da ESF, em consonância com o indicado por estudos recentes sobre o trabalho das equipes de saúde da família.2. Anjos FS, Mestriner SF, Bulgarelli AF, Pinto IC, Mestriner Jr W. Equipes de saúde bucal no Brasil: avanços e desafios. Cienc Cuid Saude. 2011;10(3):601-7. DOI:10.4025/cienccuidsaude.v10i3.10921,4949 . Scherer MDA, Pires DEP, Soratto J. O trabalho na Estratégia Saúde da Família. In: Sousa MF, Franco MS, Mendonça, AVM, organizadores. Saúde da Família nos municípios brasileiros: os reflexos dos 20 anos do espelho do futuro. Campinas: Saberes; 2014. p.521-71.,5656 . Souza LGS, Menandro MCS. Atenção primária à saúde: diretrizes, desafios e recomendações: revisão de bibliografia internacional. Physis Rev Saude Coletiva. 2011;21(2):517-39. DOI:10.1590/S0103-73312011000200010

Os avanços concentram-se nas ações educativas e de educação permanente, no acolhimento, vínculo e responsabilização. Os principais desafios estão relacionados à: integralidade; ampliação e qualificação da assistência; trabalho integrado em equipe; condições de trabalho; planejamento, monitoramento e avaliação das ações; estímulo à participação popular e ao controle social; e ações intersetoriais.

Apesar do novo cenário normativo, as mudanças são incipientes no trabalho em saúde bucal. Os profissionais tendem a reproduzir o modelo biomédico dominante. São necessários esforços continuados na gestão do trabalho, formação e educação permanente. Ampliar o engajamento dos gestores e dos profissionais no processo de compreensão da dinâmica do trabalho e da formação na perspectiva de construir mudanças significativas para as realidades locais é uma das possibilidades para que haja substituição das práticas tradicionais e um novo modo de se fazer saúde.

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  • Trabalho financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Ministério da Saúde – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos EstratégicosDepartamento de Ciência e Tecnologia (MCTI/CNPq/MS - SCTIE - DECIT – Edital 10/2012 - Pesquisa em Saúde Bucal – Processo 403367/2012-3).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Jan 2016

Histórico

  • Recebido
    2 Nov 2014
  • Aceito
    9 Mar 2015
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revsp@org.usp.br