Insegurança alimentar e nutricional em famílias do meio rural brasileiro: revisão sistemática

Food and nutritional insecurity in families in the Brazilian rural environment: a systematic review

Paula Torres Trivellato Dayane de Castro Morais Sílvia Oliveira Lopes Elizangela da Silva Miguel Sylvia do Carmo Castro Franceschini Silvia Eloiza Priore Sobre os autores

Resumo

Esta revisão objetivou analisar a insegurança alimentar e nutricional no meio rural brasileiro, bem como os instrumentos de mensuração utilizados na avaliação dessa situação. Realizou-se revisão sistemática nas bases de dados SciELO, Pubmed e o portal de periódicos da CAPES, usando os termos de busca: ‘segurança alimentar’ e ‘rural’. Posteriormente foi realizada busca reversa dentro dos artigos selecionados. Os critérios de inclusão foram: artigos originais, relacionados à (in) segurança alimentar e nutricional na população rural brasileira. Foram incluídos 12 estudos. A maioria utilizou a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar-EBIA e questionários socioeconômicos para avaliar a insegurança alimentar (IA), sendo encontrada associação entre eles. Cinco estudos abordaram o aspecto nutricional pela antropometria, porém não encontraram associação com a IA. O consumo alimentar foi avaliado por quatro estudos e foi observada associação. Os resultados mostram alta prevalência de IA no meio rural em relação à população analisada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio-PNAD nos anos de 2009 e 2013, assim como alta prevalência de IA grave. Conclui-se que o meio rural se apresenta em vulnerabilidade, principalmente quanto à questão alimentar e nutricional e aos determinantes socioeconômicos atrelados.

Segurança alimentar; Rural

Abstract

This review sought to analyze food and nutritional insecurity in the Brazilian rural environment, and the measurement instruments used to assess this situation. A systematic review was conducted in the SciELO, PubMed and CAPES databases, using the search terms: ‘food security’ and ‘rural,’ Subsequently, a reverse search was performed in the 12 articles selected. The inclusion criteria were: original articles related to food and nutritional (in)security in the Brazilian rural population. Twelve studies were included. Most of them used the Escala Brasileira de Insegurança Alimentar – EBIA (Brazilian Scale for Food Insecurity) and socioeconomic questionnaires to assess food insecurity (FI), an association being found between them. Five studies addressed the nutritional aspect by anthropometry but found no association with FI. Food consumption was assessed by four studies and an association was detected. The results show a high prevalence of FI in rural areas in relation to the population analyzed in the Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD (National Household Sample Survey) in the years 2009 and 2013, as well as a high prevalence of severe FI. The conclusion reached is that the rural environment is vulnerable, mainly regarding food and nutritional issues and the associated socioeconomic determinants.

Food security; Rural

Introdução

O conceito de Segurança Alimentar e Nutricional vem sendo construído e evolui em consonância à evolução humana e aos interesses e relações sociais, passando por alterações em função da própria História. O termo segurança alimentar vem sendo debatido desde a 1° Guerra Mundial, passando ao longo dos anos por diferentes conotações e englobando outras dimensões até expandir para segurança alimentar e nutricional11. Burity V, Franceschini T, Valente F, Recine E, Leão M, Carvalho MF. Direito humano à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar e nutricional. Brasília: Abrandh; 2010..

O termo Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), adotado no território brasileiro, é definido pela Lei nº 11.346/2006 como “a garantia de acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais e que respeitem a diversidade cultural, sendo ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis11. Burity V, Franceschini T, Valente F, Recine E, Leão M, Carvalho MF. Direito humano à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar e nutricional. Brasília: Abrandh; 2010. e tendo como princípios básicos o direito humano à alimentação adequada e à soberania alimentar”22. Brasil. Lei n° 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Diário Oficial da União 2006; 18 set.

3. Burlandy L. A construção da política de segurança alimentar e nutricional no Brasil: estratégias e desafios para a promoção da intersetorialidade no âmbito federal de governo. Cien Saude Colet 2009; 14(3):851-860.
-44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118..

Para alcançar SAN fica implícito a necessidade de condições socioeconômicas e qualidade de vida adequadas. A Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) pode ser vista tanto em situações de alimentação insuficiente, como fome e desnutrição, quanto em situações de doenças decorrentes da alimentação inadequada, como o excesso de peso e carências específicas. As consequências dessas situações recaem sobre diferentes setores, mais diretamente o de saúde55. Segall-Corrêa AM, Marin-Léon L, Helito H, Pérez-Escamilla R, Santos LPM, Paes-Sousa R. Transferência de renda e segurança alimentar no Brasil: análise dos dados nacionais. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):39-51.

6. Alves KPS, Jaime PC. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição e seu diálogo com a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Cien Saude Colet 2014; 19(11):4331-4339.
-77. Morais DC, Dutra LV, Franceschini SDCC, Priore SE. Insegurança alimentar e indicadores antropométricos, dietéticos e sociais em estudos brasileiros: uma revisão sistemática. Cien Saude Colet 2014; 19(5):1475-1487..

Para o planejamento de programas e políticas públicas de cunho preventivo, de promoção da saúde e de combate à fome, há de se considerar a situação de (in)segurança alimentar e nutricional e para isso é preciso que haja indicadores desta situação. O único método disponível para a medida direta da insegurança alimentar (IA) é a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que aborda e classifica a percepção da família sobre a alimentação nos últimos três meses por meio de quatorze perguntas estruturadas88. Nascimento AL, Gonçalves FCLSP, Maia SR, Schneider S, Liras P. A construção de capacidades e meios de vida na garantia da segurança alimentar do rural pernambucano. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2012; 19(2):50-62.,99. Pedraza DF, Gama JSDFA. Segurança alimentar e nutricional de famílias com crianças menores de cinco anos do município de Campina Grande, Paraíba. Rev Bras Epidemiol 2015; 18(4):906-917..

A (in)segurança alimentar e nutricional também pode ser avaliada por indicadores nutricionais e socioeconômicos, uma vez que possui múltiplas dimensões, porém é válido ressaltar que cada indicador tem sua ótica, tornando-os complementares, e o uso combinado destes é importante para entender e inferir sobre a situação77. Morais DC, Dutra LV, Franceschini SDCC, Priore SE. Insegurança alimentar e indicadores antropométricos, dietéticos e sociais em estudos brasileiros: uma revisão sistemática. Cien Saude Colet 2014; 19(5):1475-1487.,99. Pedraza DF, Gama JSDFA. Segurança alimentar e nutricional de famílias com crianças menores de cinco anos do município de Campina Grande, Paraíba. Rev Bras Epidemiol 2015; 18(4):906-917..

Na população brasileira a IA é mais prevalente no meio rural, como mostram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) realizadas em 2004, 2009 e 20131010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2004. Rio de Janeiro: IBGE; 2006.

11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.
-1212. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2013. Rio de Janeiro: IBGE; 2014.e também a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) 20061313. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher – PNDS 2006: dimensões do processo reprodutivo e da saúde da criança. Brasília: MS; 2009.. Tais inquéritos utilizaram a EBIA para mensurar a IA. O meio rural apresenta níveis de pobreza elevados, combinados a baixa escolaridade e desenvolvimento, que contribuem para a instalação deste quadro44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,77. Morais DC, Dutra LV, Franceschini SDCC, Priore SE. Insegurança alimentar e indicadores antropométricos, dietéticos e sociais em estudos brasileiros: uma revisão sistemática. Cien Saude Colet 2014; 19(5):1475-1487..

Em virtude da situação de vulnerabilidade do meio rural brasileiro faz-se necessário conhecer o perfil de IAN deste segmento da população e como este perfil tem sido avaliado, a fim de inferir sobre os determinantes e levantar possíveis ações de enfrentamento do quadro. Esta revisão objetivou analisar a insegurança alimentar e nutricional no meio rural brasileiro, bem como os instrumentos de mensuração utilizados na avaliação dessa situação.

Metodologia

Trata-se de uma revisão sistemática norteada pelo questionamento: “Qual a situação de (in)segurança alimentar e nutricional na população rural brasileira e como esta situação é medida? ”. A revisão foi realizada em pares seguindo as recomendações PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis)1414. Galvão TF, Pansani TDSA, Harrad D. Principais itens para relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises: A recomendação PRISMA. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2015; 24(2):335-342..

Realizou-se busca para seleção dos estudos nas bases de dados Scientific Electronic Library Online-SciELO e US National Library of Medicine National Institutes of Health-Pubmed, e no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), usando os termos de busca: ‘segurança alimentar’ e ‘rural’. Não se utilizou o termo “segurança alimentar e nutricional” para não limitar a busca, visto que o único instrumento direto desta situação mensura apenas a dimensão alimentar da insegurança.

Os critérios de inclusão foram: artigos originais, relacionados ao tema de interesse desse estudo. Excluiu-se artigos de revisão, resumos de congressos, monografias, dissertações, teses, capítulos de livro, assim como estudos realizados em populações internacionais, indígenas e quilombolas e estudos que não classificaram separadamente o meio rural do urbano quanto a (in) segurança alimentar. Não foi estabelecido o ano de publicação como critério.

Para elaboração da revisão sistemática avaliou-se inicialmente os títulos, seguido da leitura dos resumos e posteriormente a leitura na íntegra dos estudos. Identificou-se 103 artigos originais nas buscas realizadas. Foram excluídos 73 artigos após a leitura dos títulos e 9 por serem repetidos. Em seguida excluiu-se pela leitura dos resumos 11 artigos, sendo selecionados 10 para leitura na íntegra, sendo todos incluídos.

Posteriormente foi realizada busca reversa nos 10 artigos incluídos, buscando pelos termos dentro das listas de referência dos estudos a fim de identificar artigos originais publicados, não localizados inicialmente, e que atendessem aos critérios de inclusão. Foram identificados e incluídos 2 estudos, totalizando assim 12 artigos para essa revisão.

O esquema representativo da busca e número de estudos encontrados e elegíveis, está representado na Figura 1.

Figura 1
Esquema de busca e seleção de estudos incluídos na revisão sistemática.

Resultados

Os estudos utilizados nessa revisão foram publicados no período de 2008 a 2017. Quanto à caracterização das amostras dos estudos selecionados, todos trabalharam com famílias rurais, houve predominância da região Nordeste 60% (n = 6)1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.

16. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.

17. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.

18. Rocha BM, Lima RT, Almeida PC. Insegurança alimentar relacionada à área de residência em município do Semiárido brasileiro. Cad. Saúde Colet. 2014; 22(2):205-211.

19. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.
-2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488. e presença de 33,3% (n = 4)44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.

21. Busato MA, Gallina LS, Dreyer DC, Quadros JC, Lavratti E, Teo CRPA. Segurança alimentar e nutricional e as condições do ambiente em assentamento rural de Santa Catarina. Alimentos e Nutrição Araraquara 2011; 22(4):555-559.
-2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763. de estudos com grupos relacionados ao movimento sem terra. A síntese dos principais dados dos artigos em estudo está representada no Quadro 1.

Quadro 1
Síntese dos estudos que avaliaram a Insegurança Alimentar e Insegurança Alimentar e Nutricional em famílias no meio rural brasileiro.

Dentre os estudos (n = 12) predominou (n = 11) a aplicação da EBIA como método de avaliação da IA na população, utilizada sempre em conjunto a outros métodos de avaliação indireta1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.

16. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.

17. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.

18. Rocha BM, Lima RT, Almeida PC. Insegurança alimentar relacionada à área de residência em município do Semiárido brasileiro. Cad. Saúde Colet. 2014; 22(2):205-211.

19. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.

20. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.

21. Busato MA, Gallina LS, Dreyer DC, Quadros JC, Lavratti E, Teo CRPA. Segurança alimentar e nutricional e as condições do ambiente em assentamento rural de Santa Catarina. Alimentos e Nutrição Araraquara 2011; 22(4):555-559.

22. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763.

23. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31.

24. Rosa TEDC, Mondini L, Gubert MB, Sato GS, Benício MHDA. Segurança alimentar em domicílios chefiados por idosos, Brasil. Rev Bras Geriatr Gerontol 2012; 15(1):69-77.
-2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208..

Questionário socioeconômico e demográfico foi o método de avaliação indireto mais utilizado, estando presente em 66,6% (n = 8) dos trabalhos44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.,1717. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.

18. Rocha BM, Lima RT, Almeida PC. Insegurança alimentar relacionada à área de residência em município do Semiárido brasileiro. Cad. Saúde Colet. 2014; 22(2):205-211.
-1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.,2121. Busato MA, Gallina LS, Dreyer DC, Quadros JC, Lavratti E, Teo CRPA. Segurança alimentar e nutricional e as condições do ambiente em assentamento rural de Santa Catarina. Alimentos e Nutrição Araraquara 2011; 22(4):555-559.

22. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763.
-2323. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31., sendo encontrada associação com a IA em todos estes. Observou-se associação entre IA e menor renda1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.,1717. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.,2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.,2323. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31.; produção insuficiente de alimentos44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.; escolaridade1717. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.; endividamento1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.; número de moradores no domicílio maior que cinco1717. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.; ausência de água tratada1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.; local de moradia44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1818. Rocha BM, Lima RT, Almeida PC. Insegurança alimentar relacionada à área de residência em município do Semiárido brasileiro. Cad. Saúde Colet. 2014; 22(2):205-211.,2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763.; e tipo de moradia44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.. Quanto ao local de moradia, a IA foi maior em acampados em relação aos assentados44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.; no bairro dos boias frias em relação aos assentados e acampados2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763.; e em área rural quando comparada à urbana, sendo que famílias que residiam em área rural apresentavam duas vezes mais chance de IA1818. Rocha BM, Lima RT, Almeida PC. Insegurança alimentar relacionada à área de residência em município do Semiárido brasileiro. Cad. Saúde Colet. 2014; 22(2):205-211.. Ao considerar o tipo de moradia, observou-se que a IA era mais prevalente entre os residentes em barracos de lona44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118..

A antropometria, como indicador indireto de IA, foi utilizada por 41,6% (n = 5) dos estudos44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1616. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.,1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.,2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.,2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208.. Entre esses, 60% (n = 3) fizeram avaliação antropométrica somente em crianças44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1616. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.,1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404., 20% (n = 1) em adolescentes2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208., e 20% (n = 1) realizaram antropometria em todos os membros da família, abarcando todas as faixas etárias1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.. Em relação aos índices, os estudos avaliaram peso por idade44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1616. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.,1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404., estatura por idade44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1616. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.,1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.,2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208. e índice de massa corporal por idade44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1616. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.,1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.,2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.,2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208.. Nenhum dos estudos encontrou associação entre estado nutricional (excesso de peso, baixo peso e/ou desnutrição crônica) e IA.

O consumo alimentar também foi utilizado como método indireto sendo relacionado a IA em 33,3% (n = 4) dos estudos1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.,2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.,2323. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31.,2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208.. Entre as metodologias para mensurar o consumo, utilizou-se Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA)1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.,2323. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31., recordatório 24 horas2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488. e aceitabilidade da merenda escolar2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208.. Observou-se associação entre IA e consumo de verduras e sucos de frutas, sendo a insegurança maior entre famílias com consumo menor que cinco vezes por semana desses alimentos2323. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31.. Quanto à variedade da dieta, indivíduos com alimentação não variada apresentavam 2,7 vezes mais chances de IA2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.. Embora sem diferença estatística, o consumo de carne e vegetais foi maior entre crianças em situação de segurança alimentar em um estudo1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.. Não houve diferença em relação a aceitabilidade da alimentação escolar e IA2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208..

A IA, pela EBIA, variou de 32,2% a 88,8%1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.

16. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.

17. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.

18. Rocha BM, Lima RT, Almeida PC. Insegurança alimentar relacionada à área de residência em município do Semiárido brasileiro. Cad. Saúde Colet. 2014; 22(2):205-211.

19. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.

20. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.
-2121. Busato MA, Gallina LS, Dreyer DC, Quadros JC, Lavratti E, Teo CRPA. Segurança alimentar e nutricional e as condições do ambiente em assentamento rural de Santa Catarina. Alimentos e Nutrição Araraquara 2011; 22(4):555-559., 2323. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31.

24. Rosa TEDC, Mondini L, Gubert MB, Sato GS, Benício MHDA. Segurança alimentar em domicílios chefiados por idosos, Brasil. Rev Bras Geriatr Gerontol 2012; 15(1):69-77.
-2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208., e a IA grave de 3% a 39,5%1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.

16. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.

17. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.

18. Rocha BM, Lima RT, Almeida PC. Insegurança alimentar relacionada à área de residência em município do Semiárido brasileiro. Cad. Saúde Colet. 2014; 22(2):205-211.

19. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.
-2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.,2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763.

23. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31.

24. Rosa TEDC, Mondini L, Gubert MB, Sato GS, Benício MHDA. Segurança alimentar em domicílios chefiados por idosos, Brasil. Rev Bras Geriatr Gerontol 2012; 15(1):69-77.
-2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208.. Somente um estudo não utilizou a EBIA44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.. Este avaliou IAN dada pelo resultado da antropometria em crianças, indicando 8% de insegurança pela desnutrição energético proteica ou desnutrição crônica, a relacionando com as condições de saúde e moradia em famílias de trabalhadores rurais sem terra assentados e em acampamentos.

Entre os estudos, 50% (n = 6)44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.,1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.,2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.,2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763.,2323. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31.,2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208. utilizaram indicadores de IAN, abordando a dimensão nutricional da insegurança por meio da avaliação do estado nutricional e do consumo alimentar. Porém, somente Lang et al.44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118., Almeida et al.2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488. e Carneiro et al.2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763. inferiram sobre a situação de IAN utilizando estes indicadores.

Discussão

A (in)segurança alimentar e nutricional apresenta uma abrangência conceitual e uma complexidade de fatores determinantes, por isso se torna tão desafiador mensurar tal condição, devendo ser utilizados indicadores da dimensão alimentar e da dimensão nutricional2626. Segall-corrêa AM. Insegurança alimentar medida a partir da percepção das pessoas. Estudos Avançados 2007; 21(60):143-154.,2727. Kepple AW, Segall-Corrêa AM. Conceituando e medindo segurança alimentar e nutricional. Cien Saude Colet 2011; 16(1),187-199..

Em relação à dimensão alimentar, a EBIA é o único indicador direto e o mais utilizado na literatura para avaliar essa situação. Nesta revisão todos os estudos que avaliaram IA pela EBIA apresentaram valores maiores que 35,2 % e 35,3 %, encontrados pelas PNAD 20091111. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2010. e 20131212. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2013. Rio de Janeiro: IBGE; 2014. para domicílios do meio rural, exceto Rosa et al.2424. Rosa TEDC, Mondini L, Gubert MB, Sato GS, Benício MHDA. Segurança alimentar em domicílios chefiados por idosos, Brasil. Rev Bras Geriatr Gerontol 2012; 15(1):69-77. que encontraram 32,2% de IA em domicílios rurais chefiados por idosos.

Quando analisada a situação de IA grave, que se refere à restrição quantitativa de alimentos nos últimos três meses, a maioria dos estudos1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.

16. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.
-1717. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.,1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.

20. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.

21. Busato MA, Gallina LS, Dreyer DC, Quadros JC, Lavratti E, Teo CRPA. Segurança alimentar e nutricional e as condições do ambiente em assentamento rural de Santa Catarina. Alimentos e Nutrição Araraquara 2011; 22(4):555-559.

22. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763.

23. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31.
-2424. Rosa TEDC, Mondini L, Gubert MB, Sato GS, Benício MHDA. Segurança alimentar em domicílios chefiados por idosos, Brasil. Rev Bras Geriatr Gerontol 2012; 15(1):69-77. apresentou valores de IA grave acima de 5,5%, que foi o valor encontrado pela PNAD 20131212. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2013. Rio de Janeiro: IBGE; 2014. para a população rural. Esses resultados podem ser devido à maioria dos estudos desta revisão ter sido realizada em populações rurais localizadas em áreas de maior vulnerabilidade, principalmente na região Nordeste. Este fato é relevante ao se considerar que 59% do total de 16 milhões de pessoas em condição de extrema pobreza no Brasil, em 2010, estão localizados na região Nordeste, com destaque para Alagoas, Piauí, Paraíba e Pernambuco2828. Ottonelli J, Mariano JL. Pobreza multidimensional nos municípios da Região Nordeste. Rev Administração Pública 2014; 48(5):1253-1280.. Vale destacar que a Paraíba foi cenário de dois estudos1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.,1616. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423. analisados nessa revisão e o Piauí de um1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404..

Embora a EBIA seja um instrumento validado tanto para a população urbana quanto para a rural, ela não tem objetivo de fazer menção à possibilidade de produção agrícola para autoconsumo e nem práticas de cultivos coletivos e trocas de alimentos como formas de acesso e promotoras de segurança alimentar. Também não objetiva considerar a posse de terra, acesso à água ou a insumos agrícolas no meio rural88. Nascimento AL, Gonçalves FCLSP, Maia SR, Schneider S, Liras P. A construção de capacidades e meios de vida na garantia da segurança alimentar do rural pernambucano. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2012; 19(2):50-62.. A mesma condiciona o acesso ao alimento à renda, sendo que no meio rural essa condição pode ser diferente. Portanto, para uma abordagem mais completa da IA, faz-se necessário aprofundar em fatores socioeconômicos e de acesso a bens e serviços, levando a uma compreensão mais abrangente, condizente com a pluralidade da questão2929. Takagi M, Silva JG, Grossi MD. Pobreza e Fome: em busca de uma metodologia para quantificação do problema no Brasil [texto para discussão]. Campinas: Unicamp; 2001..

A posse de terra tem sido atribuída ao possível sustento da família e produção de alimentos para autoconsumo44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118.,1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.,2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763., contribuindo para SAN. Carneiro et al.2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763. encontraram que 57% das famílias de assentados conseguiam viver apenas da produção do lote o que as diferenciavam dos acampados e bóias-frias, assim como Busato et al.2121. Busato MA, Gallina LS, Dreyer DC, Quadros JC, Lavratti E, Teo CRPA. Segurança alimentar e nutricional e as condições do ambiente em assentamento rural de Santa Catarina. Alimentos e Nutrição Araraquara 2011; 22(4):555-559.que encontraram, na localidade rural estudada, que a maioria dos alimentos consumidos pelas famílias advinha da própria produção, afirmando a relevância da posse da terra e da produção para autoconsumo na promoção da SAN. Outros autores, não incluídos nesta revisão, também observaram que o acesso à terra e à possibilidade de plantio para autoconsumo, contribuem para melhorias nas condições de alimentação3030. Leite SP. Impacto dos Assentamentos: um estudo sobre o meio rural brasileiro. São Paulo: Editora UNESP; 2004..

Apenas um44. Lang RMF, Almeida CCB, Taddei JAAC. Segurança alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra. Cien Saude Colet 2011; 16(7):3111-3118. dos estudos incluídos nessa revisão considerou a presença de desnutrição como indicador de IAN. Embora alguns estudos1616. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.,1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.,2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.,2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208. tenham utilizado a antropometria, estes não classificaram a insegurança pela presença de distrofia nutricional. Nesta revisão, nenhum dos estudos encontraram associação entre o estado nutricional e a IA pela EBIA, porém a literatura tem apresentado associação da IA com obesidade3131. Valásquez-Melendez G, Schlussel MM, Brito AS, Silva AAM, Lopes-Filho J, Kac G. Mild but not light or severe food insecurity is associated with obesity among brazilian women. J Nutr 2011; 141(5):898-902., baixa estatura3232. Oliveira JS, Lira PIC, Veras ICL, Maia SR, Lemos MCC, Andrade SLLS, Viana Junior MJ, Pinto FCL, Leal VS, Batista Filho M. Estado nutricional e insegurança alimentar de adolescentes e adultos em duas localidades de baixo índice de desenvolvimento humano. Rev Nutr 2009; 22(4):453-465.,3333. Oliveira JS, Lira PIC, Maia SR, Sequeira LAS, Amorim RCA, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de Gameleira, zona da mata do Nordeste brasileiro. Rev Bras Saude Matern Infant 2010; 10(2):237-245. e baixo peso3434. Pimentel PG, Sichieri R, Salles-Costa R. Insegurança alimentar, condições socioeconômicas e indicadores antropométricos em crianças em região metropolitana do Rio de Janeiro/Brasil. Rev Bras Est Pop 2009; 26(2):283-294., sem restrição quanto ao local de moradia.

Os estudos desta revisão, em sua maioria, utilizaram dados socioeconômicos e demográficos em complementação à análise de IA dada pela EBIA. A baixa renda esteve associada à IA, podendo essa relação estar atribuída ao fato de que a EBIA está atrelada a questões de renda. As demais condições socioeconômicas e demográficas, como acesso a bens e serviços, escolaridade, tipo e condições de moradia, quando precárias, estão condicionadas à baixa renda e consequentemente a situação de IA. Essas condições quando presentes no meio rural se intensificam em função da pobreza, baixos índices de educação e desenvolvimento e má distribuição de terra, corroborando com a instalação da IAN neste público33. Burlandy L. A construção da política de segurança alimentar e nutricional no Brasil: estratégias e desafios para a promoção da intersetorialidade no âmbito federal de governo. Cien Saude Colet 2009; 14(3):851-860..

A IA no meio rural tem-se mostrado mais prevalente em relação ao urbano, como demonstrado pela PNAD1010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2004. Rio de Janeiro: IBGE; 2006.

11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.
-1212. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2013. Rio de Janeiro: IBGE; 2014.. Esses resultados podem ser atribuídos às maiores dificuldades encontradas no desenvolvimento das políticas públicas de saúde e saneamento no meio rural. O processo de modernização da agricultura no Brasil, excludente a muitos produtores rurais, também contribui, uma vez que amplia a vulnerabilidade socioambiental dessa população2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763..

Em relação ao consumo alimentar, observou-se menor ingestão de frutas, verduras, carnes e ovos, maior intervalo entre as refeições e alimentação não variada associados à presença de IA1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404.,2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488.,2323. Nobre LN, Murta NMG, Souza MM, Ferreira NC, Cardoso LM, Hamacek FR. Segurança Alimentar em uma Comunidade Rural no Alto Vale do Jequitinhonha/MG. Rev Segurança Alimentar e Nutricional 2009; 16(1):18-31.,2424. Rosa TEDC, Mondini L, Gubert MB, Sato GS, Benício MHDA. Segurança alimentar em domicílios chefiados por idosos, Brasil. Rev Bras Geriatr Gerontol 2012; 15(1):69-77.. A alimentação monótona, reduzida em micronutrientes e proteína, pode estar associada à renda familiar insuficiente, refletindo nas escolhas alimentares não saudáveis características da situação de IAN2626. Segall-corrêa AM. Insegurança alimentar medida a partir da percepção das pessoas. Estudos Avançados 2007; 21(60):143-154.,3535. Motta DG, Peres MTM, Calçada MLM, Vieira CM, Tasca APW, Passarelli C. Consumo alimentar de famílias de baixa renda no município de Piracicaba/SP. Saúde Rev 2004; 6(13):63-70.,3636. Silva CCS, Oliveira KBB, Alves AS, Neves JA, Modesto CAC, Vianna RPT. Associação entre consumo alimentar e (in) segurança alimentar e nutricional em São José dos Ramos-PB. Braz J Food Technol 2012; 15(n. esp.):23-30.. Ressalta-se que nenhum dos estudos avaliou a ingestão de nutrientes e energia e sim relacionaram a SAN a grupos de alimentos.

O baixo consumo de frutas, vegetais e carnes magras presente nas famílias residentes do meio rural1111. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Segurança Alimentar: 2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.,3737. Bortolini GA, Gubert MB, Santos LMP. Consumo alimentar entre crianças brasileiras com idade de 6 a 59 meses. Cad Saude Publica 2012; 28(9):1759-1771. as tornam mais vulneráveis em relação à dimensão nutricional da insegurança, podendo levar a inadequação do estado nutricional e fome oculta3838. Maluf RS. Segurança alimentar e fome no Brasil – 10 anos da Cúpula Mundial de Alimentação. Rio de Janeiro: Centro de Segurança Alimentar e Nutricional (CERESAN); 2006. (Relatórios técnicos, n. 2 CERESAN)..

Na avaliação da IAN faz-se necessário a utilização de métodos complementares à EBIA com o intuito de abranger as dimensões alimentar e nutricional desta situação2626. Segall-corrêa AM. Insegurança alimentar medida a partir da percepção das pessoas. Estudos Avançados 2007; 21(60):143-154.,2727. Kepple AW, Segall-Corrêa AM. Conceituando e medindo segurança alimentar e nutricional. Cien Saude Colet 2011; 16(1),187-199.. Portanto destaca-se a importância de relacionar os diferentes indicadores, de ambas as dimensões da IAN, e não apenas considerá-los de forma isolada.

Os estudos incluídos nesta revisão sistemática apresentaram como limitações o fato de todos serem transversais, não permitindo relação causal; não avaliação da dimensão nutricional da insegurança1515. Vianna RPT, Segall-Corrêa AM. Insegurança alimentar das famílias residentes em municípios do interior do estado da Paraíba, Brasil. Rev Nutr 2008; 21(Supl.):111-122.,1717. Aires JS, Martins MC, Joventino ES, Ximenes LB. (in)segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural do Ceará. Acta Paul Enferm 2012; 25(1):102-108.,1818. Rocha BM, Lima RT, Almeida PC. Insegurança alimentar relacionada à área de residência em município do Semiárido brasileiro. Cad. Saúde Colet. 2014; 22(2):205-211.,2222. Carneiro FF, Tambellini AT, Silva JAD, Haddad JPA, Búrigo AC, Sá WRD, Bertolini VA. Saúde de famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e de bóias-frias, Brasil, 2005. Rev Saude Publica 2008; 42(4):757-763., uma vez que utilizaram apenas a EBIA e indicadores socioeconômicos. Destaca-se também a não associação entre os diferentes indicadores da IAN, mesmo estes tendo sido coletados1616. Oliveira JS, Lira PIC, Andrade SLLS, Sales AC, Maia SR, Batista Filho M. Insegurança alimentar e estado nutricional de crianças de São João do Tigre, no semi-árido do Nordeste. Rev Bras Epidemiol 2009; 12(3):413-423.,1818. Rocha BM, Lima RT, Almeida PC. Insegurança alimentar relacionada à área de residência em município do Semiárido brasileiro. Cad. Saúde Colet. 2014; 22(2):205-211.,2121. Busato MA, Gallina LS, Dreyer DC, Quadros JC, Lavratti E, Teo CRPA. Segurança alimentar e nutricional e as condições do ambiente em assentamento rural de Santa Catarina. Alimentos e Nutrição Araraquara 2011; 22(4):555-559.. A EBIA ter sido enviada aos pais dos adolescentes e não aplicada por entrevistador treinado2525. Barros MS, Fonseca VM, Meio MDBB, Chaves CR. Excesso de peso entre adolescentes em zona rural e a alimentação escolar oferecida. Cad. Saúde Colet 2013; 21(2):201-208.e junção das situações de segurança alimentar e insegurança alimentar leve2020. Almeida JA, Santos AS, Nascimento MAO, Oliveira JVC, Silva DG, Mendes-Neto RS. Fatores associados ao risco de insegurança alimentar e nutricional em famílias de assentamentos rurais. Cien Saude Colet 2017; 22(2):479-488. nas análises são pontos negativos para obtenção de resultados mais fidedignos. Outra limitação identificada foi a utilização de índice antropométrico não recomendado para avaliação de crianças acima de cinco anos, como o índice peso/idade, principalmente em estudo transversal1919. Aquino JS, Sequeira-de-Andrade LS, Silvia PEBA, Silva AP, Vieira CRS, Lira PIC. Food insecurity and socioeconomic, food and nutrition profile of schoolchildren living in urban and rural areas of Picos, Piauí. Rev. Nutr. 2014; 27(4):395-404..

Considerações finais

Os resultados expõem a situação vulnerável no meio rural, principalmente quanto à questão alimentar e nutricional e aos determinantes socioeconômicos atrelados, e indica a pertinente necessidade de ações voltadas a esse público.

A SAN, por ser multifacetada, necessita de abordagem metodológica variada e complementar. A EBIA tem sido utilizada por ser o único método de avaliação direta da IA, porém essa escala não contempla a dimensão nutricional, fazendo-se necessária a utilização de outros métodos.

A temática abordada nesta revisão busca trazer o debate sobre a IAN no meio rural e despertar a atenção a essa importante parcela da população brasileira, que muitas vezes é marginalizada. Pretende-se contribuir com um referencial científico e somar informações para que medidas de avaliação e promoção da segurança alimentar possam ser efetivas.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Mar 2019

Histórico

  • Recebido
    20 Nov 2016
  • Revisado
    01 Jun 2017
  • Aceito
    03 Jun 2017
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