O papel do banco de leite humano na promoção da saúde materno infantil: uma revisão sistemática

Rafaela Mara Silva Fonseca Luana Cupertino Milagres Sylvia do Carmo Castro Franceschini Bruno David Henriques Sobre os autores

Resumo

Com o intuito de fortalecer as políticas públicas de saúde voltadas para a temática do aleitamento materno, os Bancos de Leite Humano (BLH) têm cumprido importante papel assistencial junto às puérperas e nutrizes, no sentido de promover, proteger e apoiar esta prática. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática para identificar as atividades dos BLH que demonstrem seu papel na promoção da saúde materno infantil. A pesquisa foi realizada nos portais de pesquisa PubMed e na Biblioteca Virtual de Saúde, sendo as buscas realizadas também pelo portal da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. Após as buscas com os descritores foram incluídos 11 artigos. Os temas abordados foram sobre o perfil das doadoras de leite humano; a importância das informações recebidas dos profissionais do BLH para manutenção do aleitamento materno durante a internação de prematuros e; o ganho de peso em bebês prematuros que receberam leite humano; o apoio ao aleitamento materno por meio das ações do BLH e fatores que levaram à doação de leite humano. As ações desenvolvidas pelos BLH repercutem positivamente na promoção da saúde materno infantil, representando uma estratégia importante de promoção ao aleitamento e de apoio a amamentação dos bebês que não podem mamar diretamente no peito.

Palavras-chave:
Bancos de Leite; Leite Humano; Aleitamento materno; Promoção da Saúde

Introdução

A importância do aleitamento materno é amplamente conhecida, e entre os benefícios desta prática destaca-se o aumento da sobrevivência, por meio da promoção da saúde e no desenvolvimento das crianças, sejam oriundas de populações de alta, média ou baixa rendas11 Brasil. Ministério da Saúde (MS). Bases para discussão da política nacional de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Brasília: Ed. MS; 2017.,22 Victora CG, Bahl R, Ramos AJD, França GVA, Horton S, Krasevek J, Murch S, Sankar MJ, Walker N, Rollins NC. Breastfeeding in the 21 st century: epidemiology, mechanisms, and lifelong effect. Lancet 2016; 387(10017):475-490.. Além de anticorpos, no leite materno se encontram outros fatores com atividade antimicrobiana e imunomoduladora, como enzimas, citocinas, componentes do sistema complemento, oligossacarídeos, nucleotídeos, lipídeos e hormônios, que contribuem para a imunidade e maturação do sistema imunológico do neonato33 Palmeira P, Costa-Carvalho BT, Arslanian C, Pontes GN, Nagao AT, Carneiro-Sampaio MM. Transfer of antibodies across the placenta and in breast milk from mothers on intravenous immunoglobulin. Pediatr Allergy Immunol 2009; 20(6):528-535..

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o leite humano como o alimento mais completo para a criança e recomenda o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, que deverá ser complementado até os dois anos ou mais44 Organização Mundial da Saúde (OMS). Estratégia global para alimentação de crianças e adolescentes. Genebra: OMS; 2003.. O leite humano é a primeira opção para alimentação de recém nascidos prematuros haja visto seus benefícios imunológicos, entre outros55 Schanler RJ. Outcomes of human milk-fed premature infants. Semin Perinatol 2011; 35(1):29-33..

Apesar dos benefícios desta prática serem reconhecidos mundialmente, seus índices encontram-se aquém do esperado. A II Pesquisa de Aleitamento Materno nas capitais brasileiras e no Distrito Federal realizada em 2008 mostrou que a prevalência de amamentação exclusiva em menores de 6 meses foi de 41%, classificada como razoável, quando índices entre 50 e 89% são considerados bons ou acima de 90%, ótimos66 Brasil. Ministério da Saúde (MS). II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito. Brasília: Ed. MS; 2009..

O Brasil se destaca no cenário mundial por suas ações de incentivo à amamentação criadas no âmbito da saúde pública. Destaca-se a criação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança, regulamentação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes (NBCAL) por meio da Lei 11.474/2007 e a criação e expansão dos Bancos de Leite Humano (BLH), principalmente quando este passou a atuar mais eficazmente na assistência ao aleitamento materno, cuidados com o binômio mãe e filho e auxílio na criação de políticas públicas através da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH)11 Brasil. Ministério da Saúde (MS). Bases para discussão da política nacional de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Brasília: Ed. MS; 2017..

Com o intuito de fortalecer as políticas públicas de saúde voltadas para o incentivo ao aleitamento materno (AM), os Bancos de Leite Humano (BLH) têm cumprido importante papel assistencial junto às puérperas e nutrizes, no sentido de promover, proteger e apoiar o AM. Para isso, acompanham as mulheres que apresentam dificuldades na prática do aleitamento, além de realizarem a coleta, processamento e controle de qualidade do colostro, leite de transição e leite maduro77 Santos DT, Vannuchi MTO, Oliveira MMB, Dalmas JC. Perfil das doadoras de leite do banco de leite humano de um hospital universitário. Acta Sci Health Sci 2009; 31(1):15-21.. Destaca-se a ampliação do quantitativo de BLH no país, e a importância deste suporte também para uma população vulnerável que deles dependem como fator de sobrevivência, o recém-nascido prematuro, além do apoio realizado pela equipe do BLH à mãe do prematuro, todo leite coletado passa por um processo que assegure garantir a segurança alimentar e nutricional desta população88 Branco MBLR, Alves VH, Rodrigues DP, Souza RMP, Cruz AFN, Marinho TF. Promoção do aleitamento materno nos Bancos de Leite Humano do Estado do Rio de Janeiro. Rev Enferm 2015; 5(3):434-443..

No entanto, não basta a mulher estar informada das vantagens do aleitamento materno e optar por esta prática. Para levar adiante sua opção, ela precisa estar inserida em um ambiente favorável à amamentação e contar com o apoio de um profissional habilitado a ajudá-la, se necessário. As ações desenvolvidas pelos BLH são um meio efetivo de prevenir o declínio da amamentação. Dessa forma, além de exercerem funções específicas de manipulação do leite materno ordenhado, exercem também atividades educativas de promoção e apoio ao aleitamento materno, sendo considerados centros de referência em amamentação para gestantes e nutrizes99 Giugliani ERJ, Lamounier JA. Aleitamento materno: uma contribuição científica para a prática do profissional de saúde. J Pediatr 2004; 80(5):117-118..

Com objetivo de fundamentar e trazer aspectos teóricos sobre a temática, este estudo propõe realizar uma revisão sistemática com vistas a identificar as atividades dos BLH que demonstrem seu papel na promoção da saúde materno infantil, suprindo a ausência de revisões prévias sobre o tema.

Métodos

A pesquisa foi realizada nos portais de pesquisa PubMed e na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sendo as buscas realizadas nesta última também pelo portal da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, entre os meses de agosto e setembro de 2017, sem limite de data de publicação. Buscou-se artigos que evidenciassem o papel dos bancos de leite humano para promoção da saúde materno infantil. Para organização da revisão, utilizamos a seguinte questão norteadora: “qual o papel dos bancos de leite humano na promoção da saúde materno infantil?”.

Os descritores de assunto utilizados foram “Bancos de Leite”; “Leite Humano”; “Mães”; “Brasil”, catalogados no Medical Subject Headings (MeSH) e nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foi usado o operador booleano “and” para a combinação dos descritores. O resultado da busca nas bases de dados pesquisadas com a combinação dos descritores utilizados encontra-se descrito no Quadro 1.

Quadro 1
Sistematização da busca eletrônica nas bases de dados Pubmed, BVS e BVS AM.

Foram adotados os seguintes critérios de inclusão para seleção dos artigos: artigo de natureza científica, disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês, espanhol e/ou português que respondessem à questão norteadora de pesquisa ou que continham dados que possuíam alguma informação sobre o desenvolvimento (ou a ausência) de ações educativas e de promoção do aleitamento materno foram selecionados. Os critérios de exclusão foram: duplicidade nas bases de dados, teses, dissertações e carta editorial. As referências bibliográficas dos estudos localizados nas bases de dados foram também rastreadas para localizar outras pesquisas de potencial interesse ao assunto estudado.

Para identificação e seleção dos artigos, dois pesquisadores de forma independente, procederam a leitura dos estudos pelos títulos e posteriormente pelos resumos. Após seleção inicial, realizou-se uma nova análise mais criteriosa de todas as publicações na íntegra, e de forma consensual, foram determinados os estudos a serem incluídos.

Resultados

Após as buscas com os descritores, foram encontrados 170 artigos, sendo selecionados 11 que elucidavam o papel dos BLH na promoção da saúde materno infantil (Figura 1) segundo os critérios de exclusão e inclusão. Os artigos selecionados, bem como as principais características dos estudos, são descritos nos Quadros 1 e 2.

Figura 1
Número de artigos selecionados após critérios de inclusão e exclusão com os descritores.

Quadro 2
Impacto do BLH no aleitamento materno segundo os estudos selecionados.

Dos estudos listados, observou-se que 27,3% (n = 3) tratam do perfil das doadoras de leite humano77 Santos DT, Vannuchi MTO, Oliveira MMB, Dalmas JC. Perfil das doadoras de leite do banco de leite humano de um hospital universitário. Acta Sci Health Sci 2009; 31(1):15-21.,1010 Afonso VW, Do Valle DA, Ribeiro URVCO, Monteze NM, Ribeiro LC, Vargas ALA, Oliveira BM. Perfil das usuárias de um banco de leite humano, em Juiz de Fora, MG. Rev APS 2015; 18(1):85-91.,1111 Dias RC, Baptista IC, Gazola S, Rona MSS, Matioli G. Perfil das doadoras do banco de leite humano do Hospital Universitário de Maringá, Estado do Paraná, Brasil. Acta Sci Health Sci 2006; 28(2):153-158.; 18,2% (n = 2) avaliaram o impacto da orientação de profissionais do Banco de Leite Humano na manutenção do aleitamento materno para crianças prematuras internadas1212 Azevedo M, Mendes ENW. Manutenção da lactação: um desafio para mães de prematuros hospitalizados. Rev Gaúcha Enferm 2008; 29(1):68-75.,1313 Brod FR, Rocha DLB, Santos RP. Saberes e práticas de mães de recém-nascidos prematuros perante a manutenção do aleitamento materno. Rev Fund Care Online 2016; 8(4):5108-5113.; 18,2% (n = 2) pesquisaram o ganho de peso em bebês prematuros alimentados com leite de banco1414 Aprile MM, Feferbaum R, Andreassa N, Leone C. Growth of very low birth weight infants fed with milk from a human milk bank selected according to the caloric and protein value. Clinics 2010; 65(8):751-756.,1515 Silva RKC, Souza NL, Silva RAR, Silva JB, Ladisláo NBPR, Oliveira SIM. O ganho de peso em prematuros relacionado ao tipo de leite. Rev Eletr Enf 2014; 16(3):535-541.; 27,3% (n = 3) evidenciaram o apoio ao aleitamento materno por meio das ações do banco de leite humano1616 Branco MBLR, Alves VH, Rodrigues DP, Souza RMP, Lopes FO, Marinho TF. Proteção e apoio ao aleitamento materno: uma contribuição do banco de leite humano. Rev Pesqui Cuid Fundam 2016; 8(2):4300-4312.

17 Figueiredo MCD, Bueno MP, Ribeiro CC, Lima PA, Silva IT. Banco de leite humano: o apoio à amamentação e a duração do aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum 2015; 25(2):204-210.
-1818 Silva CM, Pellegrinelli ALR, Pereira SCL, Passos IR, Santos LC. Práticas educativas segundo os "Dez passos para o sucesso do aleitamento materno" em um Banco de Leite Humano. Cien Saude Colet 2017; 22(5):1661-1671.; 9% (n = 1) mostrou os fatores que levaram à doação de leite humano1919 Thomaz ACP, Loureiro LVM, Oliveira TS, Montenegro NCMF, Júnior EDA, Soriano CFR, Cavalcante JC. The Human Milk Donation Experience: Motives, Influencing Factors, and Regular Donation. J Hum Lact 2008; 24(1):69-76..

Dos estudos listados, observou-se uma maior concentração das publicações na região Sudeste (45,5%), seguida da região Sul (36,4%). Estas regiões concentram a maior parte (ou parcela considerável) dos Hospitais credenciados na Iniciativa Amigo da Criança proposta pelo UNICEF desde a década de 1990, sendo 45,5% na região Sudeste e 36,4% na região Sul, o que revela importante envolvimento dessas regiões com a temática do aleitamento materno2020 World Health Organization/United Nations Children's Fund (WHO/Unicef). Innocenti Declaration on the protection, promotion and support of breastfeeding. Meeting "Breast-feeding in the 1990s: A global initiative". Florence: WHO/Unicef; 1990..

Os estudos que visam investigar o perfil das doadoras de leite humano tratam das características econômicas, etárias, de escolaridade, situação conjugal, profissão, local de moradia, além de dados referentes ao pré-natal e parto das mesmas77 Santos DT, Vannuchi MTO, Oliveira MMB, Dalmas JC. Perfil das doadoras de leite do banco de leite humano de um hospital universitário. Acta Sci Health Sci 2009; 31(1):15-21.,1010 Afonso VW, Do Valle DA, Ribeiro URVCO, Monteze NM, Ribeiro LC, Vargas ALA, Oliveira BM. Perfil das usuárias de um banco de leite humano, em Juiz de Fora, MG. Rev APS 2015; 18(1):85-91.,1111 Dias RC, Baptista IC, Gazola S, Rona MSS, Matioli G. Perfil das doadoras do banco de leite humano do Hospital Universitário de Maringá, Estado do Paraná, Brasil. Acta Sci Health Sci 2006; 28(2):153-158..

Quanto ao perfil de doadoras, um dos artigos avaliou as informações gerais recebidas sobre amamentação1111 Dias RC, Baptista IC, Gazola S, Rona MSS, Matioli G. Perfil das doadoras do banco de leite humano do Hospital Universitário de Maringá, Estado do Paraná, Brasil. Acta Sci Health Sci 2006; 28(2):153-158. e verificou que apenas 14% das doadoras não havia recebido qualquer informação. No entanto, a desinformação sobre assuntos mais específicos, como a mama ingurgitada, estimulação da produção de leite e outras funções do leite materno que não fossem a de alimentação, foram mais frequentes (20,8%; 29,1%; 31,3%, respectivamente).

Este verificou também a distribuição de doadoras, segundo a frequência com que amamentavam o filho, sendo a livre demanda referida por metade das doadoras e 18,9% oferecia as mamadas com intervalos de 2 a 3 horas. Pouco mais de um quarto das nutrizes deste estudo teve a indicação do médico para chegar ao BLH e um número ainda menor recebeu indicação do Núcleo Integrado de Saúde. Esses resultados apontam para a importância de os profissionais da saúde estarem comprometidos na orientação das gestantes sobre os benefícios da amamentação e informar sobre o Banco de Leite Humano e a possibilidade de doação.

No que diz respeito à manutenção da lactação durante à internação de seus bebês prematuros, 18,2% (n = 2) dos estudos evidenciaram as situações enfrentadas pelas mães de prematuros para manter o aleitamento materno durante a internação de seus filhos em unidade de terapia intensiva neonatal1212 Azevedo M, Mendes ENW. Manutenção da lactação: um desafio para mães de prematuros hospitalizados. Rev Gaúcha Enferm 2008; 29(1):68-75.,1313 Brod FR, Rocha DLB, Santos RP. Saberes e práticas de mães de recém-nascidos prematuros perante a manutenção do aleitamento materno. Rev Fund Care Online 2016; 8(4):5108-5113..

Azevedo e Mendes1212 Azevedo M, Mendes ENW. Manutenção da lactação: um desafio para mães de prematuros hospitalizados. Rev Gaúcha Enferm 2008; 29(1):68-75. realizaram estudo qualitativo, buscando compreender nas falas expressas pelas mães dos prematuros durante a internação a importância das informações recebidas quanto à amamentação. A maioria das mães valorizaram as informações recebidas e afirmaram que estas às deixaram mais seguras e as aproximaram dos profissionais. Além disso, neste mesmo artigo foi identificado que o ambiente do BLH, apesar de poder ser constrangedor e/ou assustador para a mãe do prematuro no início, é importante para a realização da ordenha das mamas por estimular a produção do leite e prevenir o ingurgitamento mamário.

Observou-se na pesquisa de Brod et al.1313 Brod FR, Rocha DLB, Santos RP. Saberes e práticas de mães de recém-nascidos prematuros perante a manutenção do aleitamento materno. Rev Fund Care Online 2016; 8(4):5108-5113., as evidências de conhecimento pouco consistente e déficit de informações sobre aleitamento materno por parte das puérperas, muito embora tenha sido observado em suas falas que elas possuem a percepção da importância da amamentação para ela e para o seu recém-nascido. Nesta pesquisa, foi verificado o impacto da orientação profissional sobre a prática de ordenha do leite materno, sendo possível observar que as mesmas receberam uma orientação profissional considerada positiva sobre as técnicas de ordenha do leite materno.

Em 18,2% (n = 2) dos artigos, foi verificado o ganho de peso dos recém-nascidos em uso do leite materno ou de leite humano pasteurizado de banco1414 Aprile MM, Feferbaum R, Andreassa N, Leone C. Growth of very low birth weight infants fed with milk from a human milk bank selected according to the caloric and protein value. Clinics 2010; 65(8):751-756.,1515 Silva RKC, Souza NL, Silva RAR, Silva JB, Ladisláo NBPR, Oliveira SIM. O ganho de peso em prematuros relacionado ao tipo de leite. Rev Eletr Enf 2014; 16(3):535-541.. Importantes resultados no ganho de peso de bebês prematuros em uso de leite materno e humano de banco de leite foi encontrado no estudo de Silva et al.1515 Silva RKC, Souza NL, Silva RAR, Silva JB, Ladisláo NBPR, Oliveira SIM. O ganho de peso em prematuros relacionado ao tipo de leite. Rev Eletr Enf 2014; 16(3):535-541.. Na referida pesquisa foi possível identificar maior ganho de peso ponderal em prematuros com extremo baixo peso ao nascimento em uso de leite misto (leite materno exclusivo da mãe e leite do BLH), seguido de neonatos com muito baixo peso ao nascer em uso de leite materno exclusivo da própria mãe.

Ainda com relação ao ganho de peso em prematuros, Aprile et al.1414 Aprile MM, Feferbaum R, Andreassa N, Leone C. Growth of very low birth weight infants fed with milk from a human milk bank selected according to the caloric and protein value. Clinics 2010; 65(8):751-756. descreveram o crescimento e a evolução clínica de lactentes de muito baixo peso alimentados durante a internação hospitalar com leite de um banco de leite humano. Neste estudo foram incluídos 40 bebês com muito baixo peso ao nascer: 10 foram alimentados com leite de suas próprias mães e 30 foram alimentados com o banco de leite humano.

Em termos de crescimento, o percentil 50 para os bebês alimentados com leite da própria mãe foi um ganho de peso de 12,1 g/dia e um ganho de comprimento de 0,75 cm/semana versus 15,8 g/dia do grupo alimentado com leite do banco de leite e 1,02 cm/semana. Portanto, o estudo concluiu que o banco de leite humano permitiu um crescimento satisfatório e boa evolução clínica para bebês de muito baixo peso1414 Aprile MM, Feferbaum R, Andreassa N, Leone C. Growth of very low birth weight infants fed with milk from a human milk bank selected according to the caloric and protein value. Clinics 2010; 65(8):751-756..

O apoio ao aleitamento materno oferecido pelo BLH foi objeto de estudo de 27,3% (n = 3) dos estudos1616 Branco MBLR, Alves VH, Rodrigues DP, Souza RMP, Lopes FO, Marinho TF. Proteção e apoio ao aleitamento materno: uma contribuição do banco de leite humano. Rev Pesqui Cuid Fundam 2016; 8(2):4300-4312.

17 Figueiredo MCD, Bueno MP, Ribeiro CC, Lima PA, Silva IT. Banco de leite humano: o apoio à amamentação e a duração do aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum 2015; 25(2):204-210.
-1818 Silva CM, Pellegrinelli ALR, Pereira SCL, Passos IR, Santos LC. Práticas educativas segundo os "Dez passos para o sucesso do aleitamento materno" em um Banco de Leite Humano. Cien Saude Colet 2017; 22(5):1661-1671.. Figueiredo et al.1717 Figueiredo MCD, Bueno MP, Ribeiro CC, Lima PA, Silva IT. Banco de leite humano: o apoio à amamentação e a duração do aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum 2015; 25(2):204-210. buscou comparar a duração do aleitamento materno exclusivo entre mães que receberam orientações sobre aleitamento materno e mães que não receberam. No primeiro grupo, o estudo demonstrou que ter menos filhos e voltar a trabalhar mais rápido favoreceram a interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Já, no segundo grupo a baixa escolaridade e a menor renda foram mais frequentes. Portanto, fatores socioeconômicos e falta de incentivo exercem influência negativa na duração do aleitamento materno exclusivo.

Na pesquisa em um banco de leite de referência, Silva et al.1818 Silva CM, Pellegrinelli ALR, Pereira SCL, Passos IR, Santos LC. Práticas educativas segundo os "Dez passos para o sucesso do aleitamento materno" em um Banco de Leite Humano. Cien Saude Colet 2017; 22(5):1661-1671. avaliaram as práticas educativas segundo os dez passos para o sucesso do aleitamento materno e identificaram que mulheres que receberam treinamento sobre amamentação, amamentaram exclusivamente e sob livre demanda. Os achados também apontaram importante papel do profissional da saúde no treinamento mãe/filho sobre aleitamento materno e incentivo ao contato pele/pele, amamentação exclusiva e sob livre demanda. Entendeu-se também que as orientações ofertadas necessitam aprimoramento a fim de reduzir o uso de bicos artificiais e potencializar a amamentação exclusiva.

Com relação à prática dos profissionais de saúde dos BLH no que se refere à proteção legal ao aleitamento materno e o banco de leite como espaço de apoio ao manejo clínico da amamentação, Branco et al.1616 Branco MBLR, Alves VH, Rodrigues DP, Souza RMP, Lopes FO, Marinho TF. Proteção e apoio ao aleitamento materno: uma contribuição do banco de leite humano. Rev Pesqui Cuid Fundam 2016; 8(2):4300-4312. evidenciaram que essa temática é um desafio nos Banco de Leite Humano, pois embora haja entendimento dos profissionais quanto a importância do apoio no manejo clínico do aleitamento materno, ainda há desafios para a proteção da amamentação com suas leis e diretrizes.

Quantos aos fatores que levaram à doação de leite humano, 9% (n = 1) dos estudos trabalharam na identificação de fatores que influenciaram ou motivaram as mulheres para doar leite humano para bancos de leite humano1919 Thomaz ACP, Loureiro LVM, Oliveira TS, Montenegro NCMF, Júnior EDA, Soriano CFR, Cavalcante JC. The Human Milk Donation Experience: Motives, Influencing Factors, and Regular Donation. J Hum Lact 2008; 24(1):69-76.. Os motivos mais relatados para doar para mulheres que doaram no BLH de Alagoas foram “encorajamento de um profissional da saúde” (61,3%) mostrando que os profissionais da saúde desempenham um papel indispensável na motivação das mães para se tornarem doadores de leite humano.

Discussão

Esta revisão demonstrou importantes assuntos que evidenciaram o papel do BLH na promoção da saúde materno infantil. Os temas abordados pelos artigos foram sobre o perfil das doadoras de leite humano; a importância das informações recebidas dos profissionais do banco de leite humano para manutenção do aleitamento materno durante a internação de prematuros e; o ganho de peso em bebês prematuros que receberam leite do banco de leite humano; o apoio ao aleitamento materno por meio das ações do banco de leite humano e fatores que levaram à doação de leite humano.

Com objetivo de desenvolver ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e auxiliar no provimento de leite humano aos bebês que possuem necessidades específicas como na prematuridade entre outras condições, os Bancos de Leite Humano (BLH) tiveram seu início em 1943 no Instituto Fernandes Figueiras, e ao longo das décadas, se configuram como locais privilegiados para as ações de incentivo ao aleitamento materno no território nacional2121 Maia PRS, Almeida JAG, Novak FR, Silva DA. Rede Nacional de Bancos de Leite Humano: gênese e evolução. Rev Bras Saúde Matern Infant 2006; 6(3):285-292..

No contexto de um BLH é extremamente importante a participação da doadora, pois os BLH só podem funcionar com o auxílio das mesmas e cumprir alguns dos seus objetivos que são coletar e distribuir o leite humano de forma a suprir as necessidades de seus receptores, sendo que as prioridades de atendimento de um BLH são os portadores de necessidades nutricionais especiais, como recém-nascidos prematuros, lactentes portadores de infecção como enteroinfecções, portadores de deficiências imunológicas, especialmente aqueles com alergia à proteína heteróloga, e os casos considerados especiais, mediante justificativa médica2222 Brito NOS, Fonseca PCB, Araújo SRL, Pereira ISSD, Silva TF. Perfil das mulheres cadastradas no banco de leite humano de uma maternidade. Rev Enferm UFPE 2015; 9(12):1161-1167..

Dessa forma, conhecer quem são essas mulheres, o perfil sociodemográfico e demais características que dizem respeito à mãe doadora como visto nos artigos dessa revisão77 Santos DT, Vannuchi MTO, Oliveira MMB, Dalmas JC. Perfil das doadoras de leite do banco de leite humano de um hospital universitário. Acta Sci Health Sci 2009; 31(1):15-21.,1010 Afonso VW, Do Valle DA, Ribeiro URVCO, Monteze NM, Ribeiro LC, Vargas ALA, Oliveira BM. Perfil das usuárias de um banco de leite humano, em Juiz de Fora, MG. Rev APS 2015; 18(1):85-91.,1111 Dias RC, Baptista IC, Gazola S, Rona MSS, Matioli G. Perfil das doadoras do banco de leite humano do Hospital Universitário de Maringá, Estado do Paraná, Brasil. Acta Sci Health Sci 2006; 28(2):153-158. é de extrema importância para direcionar as ações de incentivo à amamentação e doação de leite em locais ou extratos sociais onde esta prática não é comum. Desse modo, os estudos que avaliaram o perfil das doadoras encontraram que são em sua maioria mulheres com ensino superior incompleto ou completo, jovens entre 20 a 29 anos, poucos estudos avaliaram renda e estado civil das doadoras, sendo que apenas um artigo detalhou este perfil mostrando vínculo empregatício e motivações para doação de leite1010 Afonso VW, Do Valle DA, Ribeiro URVCO, Monteze NM, Ribeiro LC, Vargas ALA, Oliveira BM. Perfil das usuárias de um banco de leite humano, em Juiz de Fora, MG. Rev APS 2015; 18(1):85-91..

Santos et al.77 Santos DT, Vannuchi MTO, Oliveira MMB, Dalmas JC. Perfil das doadoras de leite do banco de leite humano de um hospital universitário. Acta Sci Health Sci 2009; 31(1):15-21. encontraram que o segundo maior percentual (24,2%) de doadoras em um BLH de Londrina corresponderam àquelas que tiveram seus partos realizados em hospital que é credenciado como Hospital Amigo da Criança. Estudos mostram que após a implantação desta iniciativa nos hospitais há uma melhora nas ações pró-amamentação conhecidas como “dez passos” para o sucesso do aleitamento materno, mudando a rotina e práticas hospitalares referentes à prática e também à doação de leite materno2323 Vannuchi MTO, Monteiro CA, Réa MF, Andrade SM, Matsuo T. Iniciativa Hospital Amigo da Criança e aleitamento materno em unidade de neonatologia. Rev Saúde Pública 2004; 38(3):422-428.,2424 Vannuchi MTO. Implantação e avaliação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança na unidade de neonatologia do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná, Londrina. 2002 [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2002..

Os profissionais que realizam atendimento no BLH e em toda área materno infantil, desde a gestação à concepção, devem ser rotineiramente capacitados para atendimento das demandas apresentadas pelo binômio mãe-filho, principalmente aquelas relacionadas às dificuldades iniciais da amamentação. Além disso, devem ser capacitados para ajudar na captação de doadoras como ressaltado por Branco et al.1616 Branco MBLR, Alves VH, Rodrigues DP, Souza RMP, Lopes FO, Marinho TF. Proteção e apoio ao aleitamento materno: uma contribuição do banco de leite humano. Rev Pesqui Cuid Fundam 2016; 8(2):4300-4312., em que demonstrou o grande impacto do encorajamento do profissional de saúde para doação de leite humano após esta abordagem inicial.

Outra situação apontada nos estudos desta revisão se refere ao desafio das mães em manter a lactação durante a internação de seus filhos. Meier et al.2525 Meier PP, Patel AL, Bigger HR, Rossman B, Engstrom JL. Sup-porting breastfeeding in the neonatal intensive care unit: Rushmother's milk club as a case study of evidence-based care. Pediatr Clin North Am 2013; 60(2):209-226. ressaltam que o aleitamento materno ainda não tem prioridade se comparado com outras terapias nutricionais nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Membros das equipes de UTIN e pacientes têm informações inconsistentes, aliadas à falta de informações sobre o manejo da lactação para aprimorar a quantidade e o período de exposição das mamadas. Giugliani2626 Giugliani ERJ. Rede Nacional de Bancos de Leite Humano do Brasil: tecnologia para exportar. J.Pediatr. Editorial 2002; 78(3):183-184. afirma que a existência de BLH, no âmbito hospitalar, podem estimular a relação mãe-filho e ajudam as mães de recém-nascidos internados em UTI-Neonatal a manter a lactação. Um exemplo disso se encontra em estudo que avaliou que os hospitais com Banco de Leite Humano auxiliam na implantação de práticas de assistência ao recém-nascido, como o Método Mãe Canguru2727 Colameo AJ, Rea MF. O Método Mãe Canguru em hospitais públicos do Estado de São Paulo, Brasil: uma análise do processo de implantação. Cad Saúde Pública 2006; 22(3):597-607..

As ações de apoio ao aleitamento materno executadas pelos profissionais de saúde do BLH perpassam pelo auxílio as mulheres/nutrizes que estão com seus recém-nascidos internados na UTI Neonatal a fim de que possam iniciar o estímulo à descida do leite até que haja condições clínicas que permitam iniciar a sucção no seio materno e possam ter alta hospitalar sendo amamentados exclusivamente2626 Giugliani ERJ. Rede Nacional de Bancos de Leite Humano do Brasil: tecnologia para exportar. J.Pediatr. Editorial 2002; 78(3):183-184..

Destaca-se que a mudança da composição do leite materno de suas mães; com maior concentração de proteína, sódio, cálcio, lipídios e partículas anti-infecciosas2828 Tamez RN, Silva MJP, organizadores. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2009.. Em especial para os bebês pré-termo, as vantagens do aleitamento materno se sobrepõem devido ao fato de que as propriedades nutritivas e imunológicas do leite humano favorecem a maturação gastrintestinal, o fortalecimento do vínculo mãe-filho, menor incidência de infecções, menor tempo de hospitalização e menor incidência de reinternações2929 Alves AML, Silva EHAA, Oliveira AC. Desmame precoce em prematuros participantes do método mãe-canguru. Rev Soc Bras Fonoaudiol 2007; 12(1):23-28..

Outro assunto abordado nas pesquisas sobre os BLH foi a intenção de doar, onde foi observado maior frequência de doação quando a mulher era abordada ainda no ambiente hospitalar, sendo sensibilizada para o ato. Ainda hoje observa-se que o volume de leite doado e estocado nos BLH é bem incipiente quando comparada à sua demanda, impedindo a obtenção de maiores impactos sobre a redução da mortalidade neonatal e infantil. Neste aspecto, é visível a necessidade de maior sensibilização das nutrizes para a doação3030 Luna FDT, Oliveira JDL, Silva LRM. Banco de leite humano e estratégia saúde da família: parceria em favor da vida. Rev Bras Med Fam Comunidade 2014; 9(33):358-364..

Conclusão

Pesquisas sobre os BLH como promotores da saúde materno infantil são escassas e mais estudos são necessários para embasar estratégias de saúde pública em prol da amamentação.

Os estudos selecionados demonstraram que os BLH assumem importante papel no apoio ao aleitamento materno com repercussões positivas para a mãe e a criança. Além disso apontaram o impacto da orientação dos profissionais de saúde contribuindo para manutenção do aleitamento materno de prematuros durante a internação e sucesso do AM em mães que buscam apoio nos BLH, além da captação de doadoras.

Os BLH, organizados no Brasil por meio da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, representam uma estratégia importante de promoção ao aleitamento e de apoio a amamentação dos bebês que não podem mamar diretamente no peito. Essas ações repercutem positivamente na promoção da saúde materno infantil.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    25 Jan 2021
  • Data do Fascículo
    Jan 2021

Histórico

  • Recebido
    08 Jan 2018
  • Aceito
    12 Abr 2019
  • Publicado
    14 Abr 2019
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revscol@fiocruz.br