DEBATE DEBATE

 

 

 

 

 

Gil Sevalho 1

1 Departamento de Farmácia Social, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais. Av. Olegário Maciel 2360, 7o andar, Belo Horizonte, MG 30180-112, Brasil.


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Diante das contribuições dos debatedores-colaboradores, inicio minhas considerações relevando algumas características centrais do artigo. Quero dizer, então, que o trabalho apresentado é parte das reflexões que venho desenvolvendo em meu programa de doutoramento na Escola Nacional de Saúde Pública, centrado no tema Epidemiologia e Tempo, sob orientação de Eduardo N. Stotz e co-orientação de Luis D. Castiel. Como tal, é um texto aberto, uma colocação de propostas e dúvidas; que é também procura de informações e de companheiros de discussão e, neste sentido, sua indicação para debate pelos editores dos Cadernos foi extremamente proveitosa, pelo que, desde já, lhes agradeço.

Quanto à escolha de Fernand Braudel e Ilya Prigogine como referências centrais, esta se deve ao fato de serem autores absolutamente contemporâneos e proeminentes no que diz respeito à temática do tempo e, sobretudo, por se oferecerem explicitamente para o trajeto interdisciplinar. Foi devido a isto que os retirei da "caixa de ferramentas" para utilizá-los como instrumentos no esforço de argumentação, como bem percebeu F. R. Schramm em sua intervenção neste debate. Algo que se torna mais convidativo quando consideramos o engajamento desses autores, um na história e outro na física: Braudel, de um lado, tentando endurecer o tempo histórico, cientificizá-lo, e Prigogine, de outro lado, buscando amolecer o tempo físico, torná-lo mais social. Embora sejam perspectivas diversas acerca do tempo, têm ambas no seu cerne algo de fundamental para a ciência de modo geral, mas especialmente caro à epidemiologia: a integração sociedade/natureza que perpassa as categorias indivíduo, coletivo, vida e morte, cultura e meio ambiente.

Penso que houve consenso entre nossos debatedores-colaboradores quanto à pertinência e necessidade de discutir o ponto de vista do tempo no contexto da epidemiologia e, por transcendência, da saúde coletiva. É a partir deste consenso que vários pontos interessantes são apresentados.

E. D. Nunes aponta a importância da consideração do tempo sociológico de G. Gurvitch, o que complementaria a dialética da duração de Braudel. Realmente, a classificação dos agrupamentos humanos desenvolvida por Gurvitch, em que a duração e o ritmo são características fundamentais, pode ser situada nesta posição em relação à dialética de Braudel. No que diz respeito à epidemiologia, esta operação pode contextualizar as características dos grupos populacionais estudados em suas diversas temporalidades, tornando-as mais visíveis e compreensíveis. Há que ser visto que, se Braudel considerava o tempo de Gurvitch muito acontecimental, curto, como aponta Reis (1994), Le Goff (1986: 78-79), outro autor expoente da Nouvelle Histoire, aponta o débito da história para com a sociologia, e "particularmente" com Gurvitch, em relação ao "reconhecimento de uma multiplicidade do tempo". Uma multiplicidade que já pode ser vista no relativismo cultural de E. Durkheim em "Formas elementares da vida religiosa", como bem indica Nunes. Afinal, como explica Reis (1996:11), "o projeto original de uma nouvelle histoire não partiu de historiadores, mas de sociólogos durkheimianos." Sem desprezar, portanto, as críticas de Braudel à Gurvitch, há que se ter em conta, como o próprio Nunes afirma, que "o principal é ... superar a visão que tem no tempo presente a sua única referência."

Penso que outra perspectiva sociológica do tempo a ser visitada é a de N. Elias (1994), que pretende eliminar a separação entre sociedade e natureza, considerando como seu objetivo o estudo dos seres humanos-na-natureza. Da mesma forma que no pensamento de Braudel, nas reflexões de Elias há uma base estruturalista, quando este autor pensa sobre o comportamento humano sendo moldado pelo "processo civilizador", no tempo longo, através da imposição de autocoerções reguladoras. Para Elias, a interiorização do tempo dos relógios mecânicos no comportamento humano, a transformação dos símbolos dos relógios em símbolos de orientação da vida humana propriamente dita, é uma das principais características das sociedades contemporâneas e é prova de que o processo civilizador se dá também através de coerções que partem do coletivo, do social, para o individual. Com este sentido, em trabalho recente tentei relacionar a velocidade social do capitalismo globalizado com as infecções emergentes (Sevalho, no prelo). Penso que as postulações de Elias, pouco utilizadas na área da saúde coletiva, podem ser úteis na compreensão das relações entre subjetividade, comportamento, cultura, modificação ambiental, evolução biológica e doença.

Atenta para a questão da subjetividade que cerca o adoecer coletivo humano, M. T. Luz aponta pertinentemente a utilidade do tempo psicanalítico em uma reflexão que tenha o propósito de rever o estado atual da epidemiologia partindo do ponto de vista do tempo. Poucos são os epidemiologistas que têm enfrentado a questão da subjetividade, sendo, neste contexto e dentre nós, os trabalhos mais expressivos os de L. D. Castiel (1994; 1996), pelo que penso que a proximidade de Castiel nesta discussão sobre epidemiologia e tempo é necessária. Em minhas reflexões apenas tenho sido capaz de tangenciar a questão através de referências aos autores da Nouvelle Histoire, especialmente de Braudel ou àqueles próximos a estes, como é o caso do citado N. Elias. Nestas perspectivas, a subjetividade é reconhecida e mesmo salientada, como no caso da história das mentalidades, mas perde seu poder para a objetividade contida nas estruturas. Dosse (1993), aliás um dos mais severos críticos da Nouvelle Histoire, mostra que o estruturalismo avança em meados do século XX combatendo justamente a subjetividade do existencialismo de J.-P. Sartre.

A questão da consideração da subjetividade e da objetividade também é tema central das reflexões de F. R. Schramm quando aponta a existência de uma aparente oposição entre um tempo "construtivista" e um tempo "objetivista", oposição que procura destacar ao citar H. Bergson e J. Monod. Tal oposição também é reconhecida por Prigogine, como pretendi mostrar no texto em debate, ao indicar estes dois autores como seus inspiradores. A opção dominante da Nouvelle Histoire pela relevância do tempo longo, das estruturas, afasta-se da perspectiva de Bergson. Burke (1991) indica mesmo certa aversão de L. Febvre, um dos fundadores dos Annales, à subjetividade do tempo de Bergson. Na dialética da duração de Braudel, que considera o evento, a mudança, a subjetividade está presente, mas é superada pela estrutura. Penso que esta preferência pela objetividade, que se evidencia na aceitação de uma característica ontológica do tempo, e a percepção de que esta não é exclusiva, posto que o tempo também é construído no viver e no desenvolvimento do conhecimento humanos, parece aproximar o pensamento de Braudel do de Prigogine, embora continuem epistemologicamente (mas, ouso provocar, será que irremediavelmente?) separados. E este é um ponto importante a ser considerado, pois, como esclarece N. de Almeida Filho em sua intervenção neste debate, a dificuldade da "vã temporalidade da epidemiologia" em reconhecer o novo, o evento que emerge com sua singularidade, é um dos problemas principais a ser destacado em nossa discussão quanto à epidemiologia e ao tempo.

W. do V. Barbosa, em sua bela e estimulante reflexão filosófica, percebe o nascimento da ciência da história, e a conformação do seu objeto, no século XIX, sob "o paradigma do transformar-se e modificar-se", e conclui pelo conseqüente distanciamento da história em relação aos pressupostos deterministas. Assim, o envolvimento da epidemiologia com o tempo histórico a aproximaria da pretensão de "compreender os processos humanos e os do universo numa relação dinâmica de interdependência entre o cultural, o histórico, o social, o biológico (o natural) ... de modo a promover uma renovada inteligibilidade do mundo tal como nós o experimentamos." Nesta perspectiva, em que uma interdependência toma o lugar de um determinismo, penso que Barbosa, como eu, e assim também se colocou Schramm, reconhece a necessidade de refletir acerca de um tempo epidemiológico complexo, o que traz, conseqüentemente, a necessidade de rever os pressupostos da causalidade epidemiológica.

M. H. C. de A. Cardoso nos esclarece sobre a utilização do tempo histórico pela epidemiologia, em especial a dialética da duração de Braudel, e nos alerta para alguns problemas que, em sua opinião, estariam aí envolvidos. Notadamente, quanto a estes problemas, a autora se detém na dimensão de totalidade atribuída à concepção de Braudel. São críticas pertinentes, pois a rotulação de história total pode ser estendida a vários historiadores dos Annales. Reis (1996: 50) aponta que este aspecto pode compreender duas perspectivas diversas no âmbito da Nouvelle Histoire: o total no sentido de tudo em relação aos temas tratados, que diz respeito então ao alargamento do campo histórico, e o total no sentido de todo, de "conhecer uma época como uma totalidade" estruturada "em torno de um princípio unificador." É nesta segunda perspectiva que se poderia situar uma "contaminação" pelos pressupostos de coerência e continuidade da história tradicional, o que comprometeria a prática da história-problema, um dos fundamentos do movimento dos Annales. Cardoso sustenta que o comprometimento da epidemiologia com um historicismo, diferentemente da ligação com uma história total, seria mais produtivo para a disciplina, pois possibilitaria melhor enfrentamento da "ambigüidade" e do "inexato" que "constituem o verdadeiro reino da história." Ocorre que também ao historicismo se atiram rotulações de "um relativismo total; reduzido à impotência, à busca de uma realidade sempre tendenciosa." (Dumoulin, 1993: 388). Penso que a generalização é fase inerente à reflexão científica, pois possibilita a comparação e a diferenciação, e que a atenção à regularidade permite a visualização do acaso, desde que a perspectiva da sua emergência seja reconhecida e considerada na investigação, ou seja, desde que sejam ponderadas multiplicidades, rupturas e mudanças. Assim, reafirmando a importância do pensamento de Braudel nesta discussão relativa à epidemiologia e ao tempo, importância que é reconhecida por Cardoso, prefiro, prudentemente, deixar para os historiadores a solução da querela descrita.

M. Goldbaum aponta a importância das discussões teóricas em epidemiologia e destaca corretamente os sucessos conseguidos pela epidemiologia positivista no controle e na identificação etiológica das doenças. Um modelo que, explica o autor, "tem se mostrado 'útil' para situações específicas, às quais se aplicam modelos explicativos menos complexos e que se consolidaram na Saúde Pública ao lidar com algumas das doenças infecciosas." Trata-se, sem dúvida, de um ponto de vista legítimo, mas sabemos, com Goldbaum, que as construções paradigmáticas reservam áreas que devem ser submetidas a tensões e que isto, de fato, é o que confere força ao paradigma, quando este suporta a absorção de mudanças sem que rupturas críticas ameacem definitivamente sua sobrevivência. Aí é que devem estar as diferenças entre não-modificação, "evoluções ou mudanças de paradigmas." Neste sentido, penso que, em se tratando justamente do conhecimento, mesmo identificando sucessos, devemos colocar perguntas, que é o que conforma o ato próprio da busca do conhecimento. Devemos indagar a respeito de incompletudes, equívocos, permanência de problemas sem solução, áreas obscuras, e, principalmente, quanto à própria possibilidade de ampliar nosso conhecimento da realidade. Neste movimento coloca-se para mim o ponto de vista do tempo ­ em especial este ­ como questão fundamental a ser explorada pela epidemiologia. É esta investigação, apenas iniciada neste debate, que pode "suscitar novas aproximações sobre a definição de variáveis e sobre o pensamento causal na metodologia epidemiológica", como o afirma Goldbaum, e, mais além, incorporar ao "plano individual" as "perspectivas molecular e societárias", o que constitui certamente uma aspiração que dividimos Goldbaum, eu e outros.

Sem dúvida, dentre nós brasileiros e, certamente, com maior transcendência, são de N. de Almeida Filho os estudos mais importantes produzidos a respeito da ordem epistemológica da epidemiologia. Almeida Filho sempre está à frente nesta discussão e, portanto, não é sem razão que me indica artigo da sua autoria, intitulado Caos e causa na epidemiologia (Almeida Filho, 1994), onde aborda a questão do tempo com originalidade. Conheço o artigo, mas, quando o li, meu momento de reflexão não permitiu absorvê-lo, pelo que o reservei para uma necessária releitura posterior. Deveria tê-lo incorporado na discussão que fiz em meu artigo, pois assim certamente a enriqueceria. De qualquer modo, Almeida Filho o recupera e ultrapassa em sua intervenção neste debate ao apresentar os três tempos da epidemiologia: o "tempo físico" ou "real", o "tempo lógico", e o "tempo metafórico". Para o autor, estes tempos compõem e constituem epistemologicamente a disciplina, ou seja, compõem e constituem a sua ligação a uma natureza externa, invariante, imóvel e, portanto, controlável; a sua contextualização segundo uma racionalidade que produz conjuntos identitários de "propósitos cognitivos ou pragmáticos", possibilitando a diferenciação categórica entre causa e efeito e a formulação de inferências preditivas; constituindo seu alinhamento determinista, portanto, e o seu envolvimento por uma matriz causal em que predomina uma ordem de sucessão. Desta forma, aí estariam compreendidas a natureza quantitativa e probabilística da disciplina, de onde surge a noção de risco epidemiológico e sua perspectiva de uma causalidade linear. Penso, então, que Almeida Filho não é discordante das considerações feitas em meu artigo, mas as transcende quando analisa o tempo epidemiológico, que identifiquei como positivista.

M. E. Uchôa, estudiosa da antropologia médica e das suas relações com a epidemiologia, interroga sobre "a possibilidade de operacionalizar conceitos como cultura, relações sociais ou tempo histórico dentro do projeto teórico e metodológico da epidemiologia." Luz indaga se a proposta de intervir e controlar doenças em curto prazo, que marca a epidemiologia, e, mais além, se o estatuto paradigmático da disciplina permitem a "flexibilização" dos tempos implicados no raciocínio epidemiológico. E Shramm pergunta se perspectivas "objetivistas" e "subjetivistas" do tempo poderiam ser "igualmente utilizáveis" pela disciplina e se é possível uma concepção específica de tempo que sirva à epidemiologia.

Grande parte das respostas a estes questionamentos pode ser direcionada, penso, a partir do próprio desenvolvimento deste debate, tanto do que já foi até aqui comentado como de formulações mais explicitamente apresentadas pelos nossos debatedores-colaboradores. Nesta última categoria se enquadram as elaborações de Nunes, ao sugerir uma sistematização onde coexistam uma "epidemiologia estrutural", uma "conjuntural" e uma "epidemiologia dos eventos"; a de Luz, ao indicar uma operação "sincrética", vista por ela como já em desenvolvimento, através da qual a epidemiologia absorva pragmaticamente as diversas noções ou representações de tempo; e a de Schramm ao apontar as possibilidades da aceitação de uma "pluralidade legítima de concepções da temporalidade ... servindo para finalidades diferentes ... dependendo do ponto de vista adotado", ou da construção de uma reflexão através do desenvolvimento de um exercício filosófico investigativo que considere "pelo menos três sentidos gerais de tempo ... a ordem de sucessão entre eventos (o tempo como intervalo), a transformação de seres e coisas que as leva ao seu amadurecimento e conclusão (o tempo do Kronos)" e "o contexto em que se desenvolvem coisas e fenômenos." São idéias sobre as quais devemos nos debruçar a partir deste debate, atentos para os concursos da interdisciplinaridade e da complexidade.

Vejo um arcabouço, uma arquitetura a partir da qual tenho construído minhas reflexões acerca do tempo e da epidemiologia, que pode ser útil aos interessados pelo tema. Penso que há um tempo real, que não é o tempo físico ao qual Almeida Filho faz referência em sua intervenção, mas o tempo vivido e sentido; um tempo epistemológico; e um tempo do pesquisador. O tempo real é aquele que o conhecimento científico humano tenta apreender, sem nunca conseguir representá-lo em sua essência; é o tempo que o conhecimento persegue sempre, mas que sempre lhe escapa, que se solta e volta a se apresentar adiante, desconhecido e atraente. O tempo epistemológico é o tempo do conhecimento propriamente dito, alinhado e demarcado segundo as formas do pensamento científico. Mas é o pesquisador quem constrói e desconstrói estas demarcações de acordo com saberes, interesses e outros sentimentos ligados a sua visão de mundo, e assim também há um tempo do pesquisador, que é aquele situado entre o tempo da realidade e o do conhecimento, pois está irremediavelmente ligado a ambos, e que promove aproximações. É o tempo do pesquisador que permite um exercício meta-epidemiológico como o deste debate e pode ser evidenciado no trabalho de alguns epidemiologistas como P. C. Sabroza, quando em suas aulas e publicações (Sabroza et al., 1995, como exemplo) revela-se marcante um sentido histórico que comporta tanto evolução social quanto biológica. Este arcabouço, a que me referi, pode permitir-nos a departamentalização e visualização de outros tempos ou temporalidades e sua análise.

O tempo, como reconheceu Barbosa em sua intervenção, é um tema fascinante. Elias (1994) afirma mesmo que, ao explorar a problemática do tempo, podemos dar-nos conta de revelações concernentes a nós mesmos que não seriam compreendidas antes. Aqui, Almeida Filho deixou firmado o ponto de vista de que "enfim, a análise da natureza do tempo na desconstrução do discurso epidemiológico termina por revelar os principais pontos-cegos do paradigma dominante no campo da epidemiologia ... ." Recentemente conversávamos, eu e Luis Castiel, quanto à necessidade da epidemiologia enfrentar uma realidade onde se inscrevem outras pessoas, outros lugares e, principalmente, outros tempos.

Quero agradecer o interesse dos debatedores-colaboradores, meus companheiros de discussão, pelo artigo e dizer que se minhas interpretações no que diz respeito a suas intervenções foram corretas, ainda que, por certo, incompletas, estas são as minhas contribuições a este debate, que, aguardo e desejo, prossiga.

 

 

Referências

 

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Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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