ARTÍCULO DE REVISIÓN REVIEW

 

O que se sabe sobre o homem autor de violência contra a parceira íntima: uma revisão sistemática

 

What we know about men who commit violence against their intimate partners: a systematic review

 

 

Anne Caroline Luz Grüdtner da Silva; Elza Berger Salema Coelho; Rodrigo Otavio Moretti-Pires

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Departamento de Saúde Pública, Florianópolis (SC), Brasil. Correspondência: Anne Caroline Luz Grüdtner da Silva, anne_clg@hotmail.com

 

 


RESUMO

OBJETIVO: Analisar o perfil dos homens envolvidos em situações de violência contra suas parceiras íntimas.
MÉTODOS: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura científica internacional publicada entre 2000 e 2010 nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO. Dos 3 452 artigos identificados, 33 foram selecionados conforme os critérios de inclusão e exclusão para análise dos dados bibliométricos e das características socioeconômicas do homem acusado de perpetrar violência.
RESULTADOS: A maioria dos artigos foi publicada entre os anos de 2007 e 2009, em inglês, com dados informados pela vítima. A violência doméstica associou-se à escolaridade e à situação de trabalho do agressor. O tempo de relacionamento não foi associado à violência doméstica.
CONCLUSÕES: Há uma importante lacuna na literatura quanto às motivações e aos condicionantes associados a quem perpetra a violência doméstica. O estudo desses fatores é importante para que se estabeleçam políticas de combate a esse tipo de violência.

Palavras-chave: Violência doméstica; violência contra a mulher; maus-tratos conjugais; fatores de risco.


ABSTRACT

OBJECTIVE: To analyze the profile of men who commit violence against their female intimate partners.
METHODS: A systematic review of the international literature published between 2000 and 2010 was conducted in the LILACS, MEDLINE, and SciELO databases. The search retrieved 3 452 articles, 33 of which were selected according to inclusion and exclusion criteria. The selected articles were analyzed for bibliometric data and socioeconomic characteristics of the men accused of committing violence against their partners.
RESULTS: Most articles were published between 2000 and 2010, in English, based on data reported by the victims. Some variables were associated with domestic violence, such as educational attainment and employment status of the offender. These variables did not include the duration of the relationships.
CONCLUSIONS: There is a significant gap in literature regarding the study of motivations and conditioning factors behind perpetrators of domestic violence. Investigating these factors is important in order to establish measures against this type of violence.

Key words: Domestic violence; violence against women; spouse abuse; risk factors.


 

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o fenômeno da violência como provável parte da história da própria humanidade, com impactos diversos e amplos, estando presente em todo o mundo. Entretanto, a violência é um problema social e de saúde pública que afeta a qualidade de vida e ameaça o desenvolvimento dos povos, independentemente da raça, idade, condição socioeconômica ou educação (1). Trata-se de uma temática de relevância, uma vez que, no início do século XXI, atingiu proporções epidêmicas, com importância na atenção à saúde (1, 2).

Entre as formas mais comuns de violência está a praticada contra a mulher pelo parceiro íntimo. Segundo definição da Assembleia Geral das Nações Unidas, define-se como violência contra a mulher qualquer ato de violência de gênero que resulte, ou tenha probabilidade de resultar, em prejuízo físico, sexual ou psicológico, ou ainda em sofrimento. Inclui também a ameaça, a coerção e a privação da liberdade, seja em público ou na vida privada (3).

A violência contra a mulher reflete-se no aumento das taxas de suicídio, no abuso de substâncias psicoativas e em problemas de saúde como cefaleias, distúrbios gastrintestinais e sofrimento psíquico. Além disso, impacta também na saúde reprodutiva, como no caso de gravidez indesejada, dor pélvica crônica, doença inflamatória pélvica e doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com Silva, a violência pode, ainda, relacionar-se à ocorrência tardia de morbidades como artrite, problemas cardíacos e hipertensão (4).

Por sua vez, a violência entre parceiros íntimos é caracterizada como qualquer comportamento no âmbito de um relacionamento íntimo que cause dano físico, moral ou sexual ao companheiro. Também chamada de violência doméstica, inclui atos de agressão física, coerção sexual, abuso psicológico e comportamento de controle. É perpetrada pelo parceiro ou cônjuge dentro de um relacionamento íntimo ou pelo ex-parceiro quando a relação termina (1).

Dados da OMS referentes a 48 estudos realizados em todo o mundo identificaram que entre 10% e 69% das mulheres foram agredidas pelo parceiro ao menos uma vez na vida (1). Segundo Venturi et al. (5), 11% das mulheres com 15 anos ou mais já foram vítimas de espancamento, e uma em cada cinco mulheres já foi agredida pelo menos uma vez na vida. O marido ou companheiro foi o agressor em 56% desses casos. No Brasil, no município de São Paulo, em 2000, 586 248 mulheres relataram algum episódio de violência psicológica; 260 206 relataram alguma forma de violência física; e 87 780 mulheres foram vítimas de violência sexual cometida pelo parceiro íntimo (6).

A despeito de sua relevância, a violência contra a mulher cometida pelo parceiro íntimo ainda precisa ser mais bem investigada, especialmente como subsídio para a implantação, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas que a enfoquem. Segundo a literatura, há uma tendência de se estudar mais a situação da própria vítima da violência do que a de seu agressor. Com isso, há carência de informações sobre o autor da violência, apesar da importância desse conhecimento para o desenho de políticas e intervenções focadas na redução e combate da violência contra a mulher em um sentido amplo (6, 7).

O objetivo do presente estudo foi revisar de forma sistemática a literatura científica para determinar o perfil do parceiro íntimo envolvido na violência contra a mulher.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

De março a maio de 2010, pesquisaram- se as bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO utilizando os termos "partner violence", "domestic violence", "violence against women", "agressor", "parceiro íntimo", "violência doméstica" e "violência contra a mulher".

Foram considerados os artigos originais, publicados em inglês, português e espanhol entre janeiro de 2000 e abril de 2010. O período foi escolhido por compreender os 10 anos iniciais do século XXI e também por apresentar maior número de artigos sobre o tema em relação a decênios anteriores. Foram incluídos na análise os artigos que abordaram qualquer forma de violência contra a mulher perpetrada por parceiro íntimo e que apresentaram aspectos relacionados ao agressor. Foram excluídos artigos que tratavam de outros grupos de vítimas, tais como crianças, adolescentes, idosos ou homens, assim como os que, apesar de relacionarem-se à violência contra a mulher, não traziam características do homem agressor (figura 1). A seleção dos artigos foi realizada de forma independente por duas pesquisadoras. Nos casos de discordância, as duas pesquisadoras discutiram presencialmente a inclusão ou exclusão do artigo.

 

 

Com base nos critérios de inclusão e de exclusão, foram selecionados 31 artigos. As listas de referências desses artigos foram analisadas a fim de identificar outros trabalhos que atendessem aos critérios de inclusão estabelecidos. A partir dessa busca manual, mais dois artigos foram selecionados, resultando em 33 artigos para leitura (8 - 40). Esses 33 artigos foram analisados de acordo com suas características bibliométricas: ano e revista de publicação, número e sexo dos autores, local em que o estudo foi realizado, idioma em que foi publicado, enfoque metodológico e tamanho da amostra. Também foram levantadas as características relacionadas ao agressor: idade, escolaridade, emprego, tempo de relacionamento com a parceira, uso de álcool e drogas e histórico de violência na família.

 

RESULTADOS

Dos 33 artigos analisados, 18 (54,6%) foram publicados entre 2007 e 2009. Houve ainda um acréscimo no número de artigos publicados entre 2008 e 2009 em relação ao período compreendido entre os anos de 2000 e 2007. Não foram encontrados artigos publicados em 2000, 2002 e 2010 (tabela 1). Quanto ao sexo dos autores, houve um pequeno predomínio das mulheres, com 72 autoras (53,3%). Vinte e um artigos (63,6%) foram publicados em inglês.

 

 

Foram identificadas 28 revistas que publicaram artigos sobre violência de parceiro íntimo contra a mulher. Dos 33 artigos, 30 (91%) foram publicados em revistas da área de ciências médicas. Os outros três periódicos (9%) eram relacionados à temática da violência. Quanto ao local de pesquisa, houve predomínio da América do Sul, com 13 (39,3%) artigos, e menor participação da Europa, com dois artigos (6,1%).

Com relação à fonte dos dados, em 22 artigos (66,7%), as informações foram obtidas através de contato direto com a vítima. Em cinco artigos (15,1%), os dados foram obtidos diretamente do autor da violência; em quatro (12,1%), o casal foi ouvido; e em dois estudos (6,1%) as informações foram oriundas de análise de documentos. A abordagem metodológica mais frequente foi a quantitativa, utilizada em 29 estudos (87,8%), enquanto os enfoques qualitativo e quali-quantitativo apareceram em apenas dois artigos cada (6,1%). A amostra média utilizada nos estudos foi de 894 sujeitos, e a mediana correspondeu a 457. A menor amostra foi de 11 indivíduos, e a maior, de 4 411. Nos estudos quantitativos, a amostra variou de 78 a 4 411 sujeitos (média 997, mediana 600); nos qualitativos, de 11 a 60; e nos quali-quantitativos, a variação foi de 37 a 457. A tabela 2 mostra os resultados relativos às características do agressor.

 

 

DISCUSSÃO

No presente estudo, houve predomínio de publicações entre os anos de 2007 e 2009 e no idioma inglês. Essa distribuição do número de artigos sobre o tema também foi observada por outras revisões, assim como o predomínio da língua inglesa. Por outro lado, o equilíbrio quanto ao sexo dos autores dos artigos difere de outras investigações, que encontraram o predomínio de um ou outro sexo (7, 41, 42).

A maioria dos estudos foi conduzida com as vítimas da violência, o que pode ser um limitador para a compreensão do fenômeno, com importante lacuna sobre a perspectiva do agressor nas pesquisas realizadas, conforme levantado no estudo conduzido por Toneli e Beiras (43). Isso mostra a necessidade de maiores investigações, ainda mais em se tratando da maior parte dos artigos publicados, conforme os descritores e critérios de inclusão e exclusão utilizados. Uma possível explicação para esse panorama pode estar ligada ao número de estudos que abordam a problemática da violência conjugal a partir de dados das Delegacias Especializadas no Atendimento às Mulheres (DEAM). Nesse caso, o principal sujeito de pesquisa é a mulher, o que contribui para a maior visibilidade dos dados relatados por esse grupo. De acordo com Leôncio et al. (8) e Marinheiro et al. (9), a mulher vítima tende a subestimar a violência diante das promessas do companheiro de não cometer mais agressão, da falta de condições materiais para um recomeço, da vergonha e da falta de apoio da família.

Nesta revisão, a maioria dos artigos foi publicada em periódicos da área de ciências médicas, o que vai ao encontro dos achados de outras revisões. Entretanto, observamos uma diferença quanto ao local de estudo, uma vez que as pesquisas norte-americanas foram mais prevalentes em outras revisões, enquanto que na presente revisão houve destaque para a América do Sul (7, 41). Essa diferença pode ser explicada pela escolha das bases de dados LILACS e SciELO, que têm grande representatividade da produção científica da América Latina (41, 42).

Corroborando outros achados da literatura, as variáveis que compuseram o perfil do agressor e que se associaram à violência contra a parceira foram: idade, anos de estudo e ocupação (8 - 10). Entretanto, as diferenças metodológicas entre os estudos analisados dificultam a determinação do perfil do homem que comete violência contra a parceira, uma limitação encontrada pela presente revisão. Essa dificuldade também foi relatada por Carrasco-Portiño et al. (7).

Os presentes achados apontam que os homens agressores encontram-se entre 25 e 30 anos de idade, dado que corrobora os resultados de Ansara et al., para quem a maior prevalência de violência ocorre entre as mulheres com esposos com até 30 anos de idade (11). Existem indícios de relação entre a idade do companheiro e o tipo de violência. De acordo com Dalal et al., os maridos com idades entre 30 e 49 anos são quatro vezes mais abusivos verbalmente que os homens mais jovens; enquanto os homens acima de 40 anos são duas vezes mais propensos a abusar fisicamente de suas esposas (12). O estudo conduzido por Audi et al. concluiu que a idade do parceiro maior que 19 anos está positivamente associada a violência psicológica (13). Todavia, é provável que a idade, isoladamente, não seja um fator desencadeador de violência contra a parceira íntima, e sim a diferença de idade entre os parceiros.

Isso também pode se aplicar à diferença no nível de escolaridade entre os parceiros íntimos (12, 14). Segundo Frye et al., a violência contra a parceira íntima pode estar especialmente associada à baixa escolaridade, ensino fundamental incompleto ou menos de 7 anos de estudo por parte do parceiro (15). De acordo com Vung et al., maridos com educação primária completa têm mais que o dobro de probabilidade de perpetrar violência física ou sexual em relação aos maridos com mais anos de estudo. A baixa escolaridade relaciona-se aos recursos pessoais para a resolução de problemas em geral e no âmbito do relacionamento íntimo. Também é possível pressupor uma interferência da baixa escolaridade no processo de qualificação profissional, resultando em salários inadequados ou desemprego, tornando-se um estressor diante da necessidade de aquisição de condições mínimas de sobrevivência (16).

Em nossa revisão, observamos que a violência perpetrada pelo companheiro relaciona-se à situação de trabalho e a dificuldades financeiras, o que vai ao encontro dos achados de muitos dos artigos revisados (8, 13, 17). O fato de o parceiro estar desempregado, ser aposentado ou ter um trabalho informal associa-se a um risco de violência duas vezes maior em relação ao parceiro com trabalho formal (18). Entretanto, de acordo com Leôncio et al., o homem com emprego regular ou ocasional pode se associar também à conduta violenta (8).

A relação entre situação de trabalho e a violência tem como possível explicação o sentimento de impotência do homem ao não conseguir manter uma boa posição social ou não ter um emprego adequado. Outra explicação pode ser a consequente dificuldade financeira e a desestruturação familiar. Esse aspecto corrobora os achados de outras investigações sobre o tema, que relatam que a baixa escolaridade e o exercício de ocupações não especializadas podem ser reflexos da pobreza (11, 12, 17). Marinheiro et al. afirmam que a violência doméstica é predominante nos níveis sociais de baixa renda, em que a maior dificuldade financeira e a desestruturação familiar favoreceriam os comportamentos agressivos (9). Todavia, Dossi et al. chamam a atenção para o fato de que a maior prevalência da violência nos estratos sociais menos favorecidos pode estar relacionada à tendência das pessoas mais pobres de denunciar mais por se encontrarem em situação de vulnerabilidade social, enquanto os estratos privilegiados economicamente tendem a ocultar o problema da sociedade (14).

No estudo de Audi et al., todas as variáveis relacionadas ao homem associavam-se à violência contra a parceira, exceto o tempo de relacionamento (13). Por outro lado, Ntaganira et al. revelaram que casais com 4 anos ou menos de relacionamento estavam mais propensos a relatar violência, mostrando que essa variável necessita de maiores investigações (19).

Há certo consenso na relação entre o consumo de álcool pelo agressor como fator de risco para violência (12, 19, 20). Há a hipótese de que o uso de álcool reduza as inibições e dificulte o discernimento, levando ao uso de recursos mais primitivos para a resolução de problemas, facilitando a perpetração de violência (21). De acordo com Deeke et al., cerca de 30% dos agressores estavam alcoolizados no momento da agressão. Ainda, a violência entre casais muitas vezes foi desencadeada pelo homem ao não aceitar que a parceira interfira em seus hábitos e comportamentos em relação ao uso do álcool (22).

Quanto ao uso de tabaco, Dalal et al. observaram que homens fumantes são mais violentos física e verbalmente quando comparado aos não tabagistas (12). Já na pesquisa que investigou o uso de drogas ilícitas, segundo Dossi et al., os indícios são limitados, uma vez que é possível que a vítima omita essa informação em tentativa de proteger o agressor (14).

Apesar de ser abordada em poucos artigos, a história de violência na família do parceiro associou-se a conduta violenta (20), relacionando-se especialmente a ser vítima de violência física ou psicológica durante a infância e/ou testemunhar violência contra a mãe. Segundo Gupta et al., homens que relataram ter testemunhado violência entre os pais apresentam quatro vezes mais chance de agredir a parceira, provavelmente pela naturalização desse comportamento desde a infância (23).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de os estudos avaliarem as características do agressor através de diferentes categorizações e à luz de informações prestadas pela vítima, foi possível perceber, a partir da presente revisão, um maior risco de violência contra a parceira entre homens desempregados, com baixa escolaridade, usuários de álcool e/ou drogas e testemunhas de violência na família. Outras características, como a idade e o tempo de relacionamento, precisam ser mais bem investigadas, assim como algumas variáveis que foram citadas em apenas um ou dois artigos, como o número de parceiras, o número de filhos e o local e horário da violência.

Esta pesquisa, embora limitada a informações secundárias, mostra a necessidade de melhor conhecer os aspectos do homem envolvido na violência por parceiro íntimo, tanto suas características quanto seu ponto de vista. Dessa forma, será possível ampliar as políticas públicas que visam a abordar a violência contra a mulher e a ampliar os programas de prevenção, incluindo os homens autores ou não de violência, além de avançar nas discussões sobre violência de gênero.

Conflitos de interesse. Nada declarado pelos autores.

 

REFERÊNCIAS

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Manuscrito recebido em 24 de agosto de 2012
Aceito em versão revisada em 24 de fevereiro de 2014

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