Ciência & Saúde Coletivahttps://www.scielosp.org/feed/csc/2009.v14n2/2017-01-13T00:12:00ZUnknown authorVol. 14 No. 2 - 2009WerkzeugEditorialS1413-812320090002000012017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAssis, Simone Gonçalves deAvanci, Joviana QuintesPesce, Renata Pires
<em>Assis, Simone Gonçalves De</em>;
<em>Avanci, Joviana Quintes</em>;
<em>Pesce, Renata Pires</em>;
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Situação de crianças e adolescentes brasileiros em relação à saúde mental e à violênciaS1413-812320090002000022017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAssis, Simone Gonçalves deAvanci, Joviana QuintesPesce, Renata PiresXimenes, Liana Furtado
<em>Assis, Simone Gonçalves De</em>;
<em>Avanci, Joviana Quintes</em>;
<em>Pesce, Renata Pires</em>;
<em>Ximenes, Liana Furtado</em>;
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Este artigo reflete sobre as violências cometidas contra crianças e adolescentes brasileiros e suas repercussões sobre a saúde mental, propondo um debate sobre a necessidade das políticas públicas de saúde priorizarem temáticas de tamanha relevância. No país, tem-se verificado que a discussão dos temas "violência e problemas de saúde mental em crianças e adolescentes" vem ocorrendo de forma fragmentada e pouco consistente. Este trabalho traz uma seleção não sistemática de estudos epidemiológicos desenvolvidos em escolas e comunidades brasileiras sobre o assunto. A ampla variedade e a prevalência da violência familiar e comunitária e dos problemas de saúde mental são apontadas, ressaltando-se as diferenças metodológicas dos métodos de aferição e a concentração de estudos nas regiões sul e sudeste do país. A ainda escassa rede de atendimento para os problemas aqui tratados é sinalizada, assim como a falta de preocupação com a prevenção do transtorno mental e com a promoção da saúde mental.Sobre as pesquisas, suas conseqüências e interessesS1413-812320090002000032017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAmarante, Paulo
<em>Amarante, Paulo</em>;
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Debate sobre o artigo de Assis et al.S1413-812320090002000042017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAbelha, Lúcia
<em>Abelha, Lúcia</em>;
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Considerações sobre o texto "Situação de crianças e adolescentes brasileiros em relação à saúde mental e à violência"S1413-812320090002000052017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZReichenheim, Michael Eduardo
<em>Reichenheim, Michael Eduardo</em>;
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Os autores respondemS1413-812320090002000062017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZConceptualization about internalizing problems in children and adolescentsS1413-812320090002000072017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZWilkinson, Paul
<em>Wilkinson, Paul</em>;
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This review will discuss the concept of internalizing disorders. It will describe the two main types of internalizing disorder: depressive and anxiety disorders. It will discuss how they have much in common, but that there are also key differences. The review will use data from modern studies of symptom factor analysis, aetiology, treatment and prognosis to illustrate the commonalities and differences. It will conclude by trying to answer where internalizing disorders should be placed in future diagnostic classification schemes.Quando a convivência com a violência aproxima a criança do comportamento depressivoS1413-812320090002000082017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAvanci, JovianaAssis, SimoneOliveira, RaquelPires, Thiago
<em>Avanci, Joviana</em>;
<em>Assis, Simone</em>;
<em>Oliveira, Raquel</em>;
<em>Pires, Thiago</em>;
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O estudo investiga a associação entre o comportamento retraído/depressivo de crianças escolares e a presença/ausência de violências vividas em casa, na escola e na comunidade. É um estudo descritivo com dados seccionais de 479 alunos entre 6 e 13 anos de idade, da 1ª série do ensino fundamental de escolas públicas de um município do Rio de Janeiro. O desenho amostral é do tipo conglomerado simples em três estágios de seleção, com proporção de 50%, nível de confiança de 98% e erro relativo de 5%. Variáveis sociodemográficas da criança e da família, a subescala de retraimento/depressão (CBCL), a Escala de Conflitos e de violência na escola e na comunidade são investigadas. A análise de correspondência múltipla foi a principal técnica estatística empregada. Os resultados indicam que as diferentes vitimizações de violência tendem a estar mais próximas do comportamento de retraimento/depressão a nível clínico e limítrofe. Programas e políticas públicas necessitam abordar a conjuntura da vida infantil, com o foco na intervenção dos problemas de saúde mental, das violências e da condição de vitimização de crianças e adolescentes, com vistas a interromper as revitimizações pela violência, assim como as suas conseqüências.Uma perspectiva psicossocial da sintomatologia depressiva na adolescênciaS1413-812320090002000092017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAragão, Thais AraújoCoutinho, Maria da Penha de LimaAraújo, Ludgleydson Fernandes deCastanha, Alessandra Ramos
<em>Aragão, Thais Araújo</em>;
<em>Coutinho, Maria Da Penha De Lima</em>;
<em>Araújo, Ludgleydson Fernandes De</em>;
<em>Castanha, Alessandra Ramos</em>;
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Este trabalho objetivou apreender as representações sociais (RS) da depressão entre adolescentes inseridos no contexto do ensino médio. Participaram 222 adolescentes, de ambos os sexos (53% masculino e 47% feminino), com idades entre 14 e 19 anos, que cursavam da primeira a terceira série do ensino médio. Os instrumentos utilizados foram: inventário de Beck para medir depressão (BDI), que serviu de screening na seleção da amostra, sendo o ponto de corte utilizado de 17. Os adolescentes que obtiveram este somatório foram convidados a participar do segundo momento do estudo, no qual foram aplicados os testes de associação livre de palavras com os estímulos indutores: depressão, pessoa deprimida e eu mesmo, posteriormente as entrevistas semi-estruturadas. Verificou-se que os adolescentes ancoraram suas RS da depressão como sinônimo de dor, mágoa, infelicidade, ódio, morte, desânimo, angústia, solidão e choro. As RS elaboradas pelos atores sociais desta pesquisa revelaram uma similitude com a concepção/descrição, tal como descreve a nosologia psiquiátrica. A partir desses resultados, pretende-se, além de compreender o sofrimento provocado pela sintomatologia depressiva, contribuir para uma melhor qualidade de vida desses adolescentes.Análise epidemiológica da morbimortalidade por suicídio entre adolescentes em Minas Gerais, BrasilS1413-812320090002000102017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAbasse, Maria Leonor FerreiraOliveira, Ronaldo Coimbra deSilva, Tiago CamposSouza, Edinilsa Ramos de
<em>Abasse, Maria Leonor Ferreira</em>;
<em>Oliveira, Ronaldo Coimbra De</em>;
<em>Silva, Tiago Campos</em>;
<em>Souza, Edinilsa Ramos De</em>;
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Trata-se de estudo descritivo, com objetivo de realizar análise epidemiológica da morbimortalidade por suicídio na faixa etária de 10-19 anos de residentes em Minas Gerais. Para os dados de mortalidade, utilizou-se o Sistema de Informação sobre Mortalidade - DATASUS/MS, entre 1980 e 2002, e de morbidade, o Sistema de Informação Hospitalar, entre 1998 e 2003. Analisaram-se freqüências simples absoluta e relativa de 2.338 internações e 1.212 óbitos, estratificadas por sexo, faixa etária e meios usados para perpetrar a auto-agressão. Utilizou-se para o cálculo das taxas a população extraída do censo e projeções intercensitárias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Adotou-se a Classificação Internacional de Doenças 9ª revisão (1980 e 1995) e a 10ª revisão a partir de 1996, códigos E950 a E959 e X60 a X84, respectivamente. Os resultados mostraram maior freqüência de internações entre mulheres. A auto-intoxicação foi o meio mais comum nas tentativas de suicídio para ambos os sexos. No entanto, foi observada maior mortalidade entre os homens, cujos principais meios escolhidos foram enforcamento e arma de fogo, formas mais letais do que as utilizadas pelas mulheres (intoxicação). Diante de tais achados, os autores destacam a necessidade de prevenção desse agravo junto à população de adolescentes.Violência e transtorno de estresse pós-traumático na infânciaS1413-812320090002000112017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZXimenes, Liana FurtadoOliveira, Raquel de Vasconcelos Carvalhães deAssis, Simone Gonçalves de
<em>Ximenes, Liana Furtado</em>;
<em>Oliveira, Raquel De Vasconcelos Carvalhães De</em>;
<em>Assis, Simone Gonçalves De</em>;
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O artigo apresenta a prevalência dos sintomas de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) em crianças escolares (6-13 anos) do município de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Investiga também a associação entre TEPT, violência e outros eventos de vida adversos. O processo de amostragem utilizado foi por conglomerados em três estágios de seleção. Quinhentos pais dos estudantes foram entrevistados sobre o comportamento de seus filhos. Para avaliar os sintomas de TEPT, foi utilizado a Child Behavior Checklist -Posttraumatic Stress Disorder Scale (CBCL). Também foi aplicada a Escala Tática de Conflitos (CTS), que avalia violência familiar, e outros instrumentos que investigam o perfil socioeconômico da criança, a relação familiar, as características da criança e outros eventos de vida difíceis. Foi construído um modelo hierárquico de variáveis associadas ao TEPT, a partir do critério de 5% de significância. A prevalência dos sintomas de TEPT foi 6,5%. A análise estatística multivariada sugeriu um modelo explicativo de TEPT caracterizado por dezoito variáveis, como algumas características da criança, específicos eventos de vida adversos, violência familiar e outros fatores familiares. Os resultados revelam a necessidade de se trabalhar com a criança em momentos de sua vida especialmente difíceis, com a intenção de prevenir ou minimizar o seu impacto no funcionamento mental e social.A relação entre professores com sofrimento psíquico e crianças escolares com problemas de comportamentoS1413-812320090002000122017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLyra, Gabriela Franco DiasAssis, Simone Gonçalves deNjaine, KathieOliveira, Raquel de Vasconcellos Carvalhaes dePires, Thiago de Oliveira
<em>Lyra, Gabriela Franco Dias</em>;
<em>Assis, Simone Gonçalves De</em>;
<em>Njaine, Kathie</em>;
<em>Oliveira, Raquel De Vasconcellos Carvalhaes De</em>;
<em>Pires, Thiago De Oliveira</em>;
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O presente estudo tem por objetivo analisar a relação entre professores com sofrimento psíquico e crianças escolares com problemas de comportamento. Um total de 151 professores avaliou a presença de problemas de comportamento em 372 alunos, através da escala Teacher´s Report Form (TRF). Os alunos foram selecionados através de amostragem por conglomerados e estavam matriculados na primeira série do ensino fundamental. Os professores também responderam a um questionário auto-aplicado a fim de avaliar algumas características pessoais e a presença de sofrimento psíquico (Self Reported Questionnaire SRQ-20). A prevalência de sofrimento psíquico encontrada entre os professores foi de 21,8%. Os resultados mostram percentuais mais elevados na identificação de problemas internalizantes pelas professoras que apresentam sofrimento psíquico.Uma reflexão acerca da prevenção da violência a partir de um estudo sobre a agressividade humanaS1413-812320090002000132017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAndrade, Elaine Vasconcelos deBezerra Jr., Benilton
<em>Andrade, Elaine Vasconcelos De</em>;
<em>Bezerra Jr., Benilton</em>;
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O objetivo deste artigo é oferecer uma ferramenta que ilumine a compreensão acerca dos comportamentos agressivos e das situações violentas comumente encontrados na instituição escolar. As palavras "violência" e "agressividade" não são utilizadas de forma inequívoca e estabelecer uma cartografia que demonstre tal fato permite a designação de lugares e formas de tratamento específicos aos fenômenos. Seguindo o modelo teórico proposto pelo psicanalista Donald Winnicott, faremos uma discussão das diferenças entre agressividade e violência, ilustrando-a com a apresentação de um caso trabalhado por nossa equipe de saúde em uma escola pública do estado do Rio de Janeiro. Diante dos questionamentos levantados e das dificuldades encontradas, procuramos mostrar que a desnaturalização da violência e a despatologização da agressividade nos oferecem a possibilidade de propor ações que não se restrinjam ao controle e à correção de tais manifestações, mas que possam ser mais eficientes em prevenir a irrupção e a reprodução de situações violentas, por levarem em conta o contexto social em que emergem e as experiências subjetivas nelas envolvidas.Eventos estressores em crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Porto AlegreS1413-812320090002000142017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPoletto, MicheleKoller, Sílvia HelenaDell'Aglio, Débora Dalbosco
<em>Poletto, Michele</em>;
<em>Koller, Sílvia Helena</em>;
<em>Dell'aglio, Débora Dalbosco</em>;
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O presente artigo investigou a ocorrência e o impacto de eventos estressores para 297 crianças/adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Porto Alegre (ambos os sexos; 7-16 anos, M = 11,22; SD = 2,13). O grupo 1 (G1) consistiu em 142 participantes, que viviam com suas famílias e o grupo 2 (G2), em 155 institucionalizados. Todos foram entrevistados e responderam individualmente ao Inventário de Eventos Estressores na Infância/Adolescência. Os eventos estressores mais freqüentes para amostra total foram: cumprir ordens dos pais (85,2%); discussão com amigos (72,9%); morte de familiares (71,8%); reprovação escolar (69,2%); e brigas com irmãos (68%). Um teste t de Student revelou diferença significativa entre G1 e G2 (p< 0,001) na variável ocorrência de eventos estressores, sendo que G2 apresentou médias mais altas (M = 26,79; SD = 8,67) que G1 (M = 19,16; SD = 9,37). Os eventos que tiveram maior impacto na amostra estudada foram: morte dos pais e amigos, estupro, rejeição de familiares e sofrer violência. Não houve diferença significativa entre meninos e meninas (p>0,05). A alta ocorrência e impacto de eventos estressores expõem a situação de vulnerabilidade social e familiar, presença de violência e privação de recursos em ambos os grupos.Crianças e adolescentes em situação de rua: contribuições para a compreensão dos processos de vulnerabilidade e desfiliação socialS1413-812320090002000152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGontijo, Daniela TavaresMedeiros, Marcelo
<em>Gontijo, Daniela Tavares</em>;
<em>Medeiros, Marcelo</em>;
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O conceito de vulnerabilidade vem sendo discutido no campo da saúde coletiva como um potencial instrumento para transformação nas práticas de saúde, uma vez que possibilita uma articulação entre indivíduo-coletivo. Entendendo a saúde como um processo de subjetivação determinada por contextos sociais, culturais e históricos, o presente artigo pretende abordar o tema crianças e adolescentes em situação de rua, a partir do conceito de vulnerabilidade, com base nas lentes teóricas apresentadas por Robert Castel. Castel entende a situação de marginalidade vivenciada por diferentes indivíduos e grupos sociais de forma dinâmica, através dos eixos do trabalho e da inserção relacional. No que se refere às crianças e adolescentes em situação de rua, acreditamos que elas refletem um processo de intensificação da vulnerabilidade (que culmina na desfiliação) a que estão submetidas milhares de famílias brasileiras, em virtude do quadro de extrema desigualdade social vivenciado em nosso país. Esperamos que nossas reflexões contribuam para a construção de um referencial teórico em saúde coletiva que forneça subsídios para o planejamento e implementação de ações de saúde direcionadas a esta população.Ações de saúde mental na atenção básica: caminho para ampliação da integralidade da atençãoS1413-812320090002000162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZTanaka, Oswaldo YoshimiRibeiro, Edith Lauridsen
<em>Tanaka, Oswaldo Yoshimi</em>;
<em>Ribeiro, Edith Lauridsen</em>;
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A atenção básica de saúde, impulsionada pela estratégia da saúde da família, tem o grande desafio de incorporar de ações de enfrentamento às situações de violência e problemas de saúde mental. O trabalho analisou a atenção prestada a 411 crianças de cinco a onze anos em uma UBS na cidade de São Paulo. Os dados clínicos foram comparados com um inventário de sintomas padronizados Child Behavior Checklist (CBCL). Entrevistas semi-estruturadas foram aplicadas complementarmente em pediatras. O trabalho mostra que os pediatras têm baixa capacidade de reconhecer problemas de saúde mental em crianças. Os principais fatores relacionados a este baixo desempenho foram: deficiência na formação, carência de possibilidade de atuação concreta frente à queixa ou hipótese diagnóstica. O processo de reorganização do trabalho na atenção básica deveria contemplar a oferta de apoio técnico específico em saúde mental, propiciando a incorporação de tecnologias de intervenção mais apropriadas, como acolhimento e escuta qualificada. A incorporação dos aspectos psicossociais na prática cotidiana da atenção básica possibilitará a ampliação do conceito saúde-doença e abrirá caminho para a abordagem das situações de violência às crianças atendidas na rede básica de serviços de saúde do SUS.Measuring child exposure to violence and mental health reactions in epidemiological studies: challenges and current issuesS1413-812320090002000172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZDuarte, Cristiane SeixasBordin, Isabel Altenfelder SantosGreen, Genevieve RachelHoven, Christina W.
<em>Duarte, Cristiane Seixas</em>;
<em>Bordin, Isabel Altenfelder Santos</em>;
<em>Green, Genevieve Rachel</em>;
<em>Hoven, Christina W.</em>;
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This paper examines challenges and current issues involved in measuring exposure to different types of violence which are associated mental health problems in children and adolescents. Standardized measures suitable for epidemiological studies, selected based on their relevance in the current literature, are briefly described and commented. The assessment of child's exposure to violence may focus on a specific event (e.g., kidnapping), a specific context (e.g., war) or even of a certain type of exposure (e.g., intrafamilial physical violence). The assessment of child mental health after exposure to violence has traditionally focused on posttraumatic stress disorder (PTSD) - most frequently measured through non-diagnostic scales. However, other mental health reactions may be present and screening as well as diagnostic instruments which may be used to assess these reactions are also described. Two issues of emerging importance - the assessment of impairment and of traumatic grief in children - are also presented. Availability of culturally appropriate instruments is a crucial step towards proper identification of child mental health problems after exposure to violence.Resiliência: nova perspectiva na promoção da saúde da família?S1413-812320090002000182017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZNoronha, Maria Glícia Rocha da Costa e SilvaCardoso, Paloma SodréMoraes, Tatiana Nemoto PiccoliCenta, Maria de Lourdes
<em>Noronha, Maria Glícia Rocha Da Costa E Silva</em>;
<em>Cardoso, Paloma Sodré</em>;
<em>Moraes, Tatiana Nemoto Piccoli</em>;
<em>Centa, Maria De Lourdes</em>;
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O estudo é descritivo a respeito de alguns conceitos sobre resiliência, buscando um entendimento, considerando os pressupostos da promoção da saúde no contexto do Programa Saúde da Família (PSF). A resiliência apresenta-se na área das ciências humanas e da saúde como um tema novo. Nas ciências humanas, a resiliência representa a capacidade de um indivíduo construir-se positivamente frente às adversidades, procura abranger outras dimensões mais atentas às condições sociais. Observou-se que não há consenso sobre o tema, mas que este apresenta aspectos concernentes com a promoção da saúde. Destacou-se o entendimento moderno de promoção da saúde de modo a ilustrar aspectos que se relacionam à resiliência, como a ampliação da capacidade dos indivíduos de apropriarem-se dos determinantes das condições de saúde. Considerando que a promoção da saúde é uma das atribuições do PSF, contextualizou-se esse programa, enfatizando a atuação dos profissionais dessa área e sua relação com o tema, buscando a promoção da saúde e trabalhando com a resiliência. A equipe multiprofissional de Saúde da Família é fator de proteção junto às famílias, identificando possíveis fatores de risco e, ao mesmo tempo, se mostrando como uma rede de apoio e de proteção. A ênfase na promoção da resiliência não deve substituir as políticas de combate à desigualdade social e condições de vida precárias de alguns sujeitos.Violência familiar e comportamento agressivo e transgressor na infância: uma revisão da literaturaS1413-812320090002000192017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPesce, Renata
<em>Pesce, Renata</em>;
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Neste artigo, realizou-se uma revisão da literatura mundial sobre dois temas importantes: violência familiar e problemas de comportamento agressivo e desafiador opositivo na infância. Optou-se por selecionar publicações que utilizaram a CBCL- Child Behavior Checklist como instrumento para mensurar os problemas comportamentais em crianças. Este inventário é internacionalmente conhecido por sua boa confiabilidade e validade, sendo considerado eficiente para rastrear problemas de comportamento na infância. O material encontrado mostrou que a violência conjugal predomina nos estudos como tipo de maus tratos familiar com potencial para causar problemas de agressividade e transgressão em crianças. Outro ponto discutido foi a falta de consenso sobre as nomenclaturas utilizadas nos artigos para referir-se a tais problemas comportamentais. A revisão mostrou que ainda se fazem necessárias pesquisas mais aprofundadas sobre a temática em questão, principalmente para se pensar em prevenção e promoção da saúde na infância e adolescência. Comportamentos agressivos em crianças tendem a manter-se ao longo do tempo e de forma cada vez mais acentuada, fato que aponta para estratégias de prevenção desses agravos a serem desenvolvidas nos contextos escolar, familiar e da saúde.Conceptual model of comprehensive research metrics for improved human health and environmentS1413-812320090002000202017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZEngel-Cox, JillVan Houten, BennettPhelps, JerryRose, Shyanika
<em>Engel-Cox, Jill</em>;
<em>Van Houten, Bennett</em>;
<em>Phelps, Jerry</em>;
<em>Rose, Shyanika</em>;
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Performance measurement predominantly consisted of near-term outputs measured through bibliometrics, but the recent focus is on accountability for investment based on long-term outcomes. Our objective is to build a logic model and associated metrics through which to measure the contribution of environmental health research programs to improvements in human health, the environment, and the economy. We developed a logic model that defines the components and linkages between extramural environmental health research grant programs and the outputs and outcomes related to health and social welfare, environmental quality and sustainability, economics, and quality of life, focusing on the environmental health research portfolio of the National Institute of Environmental Health Sciences (NIEHS) Division of Extramural Research and Training and delineates pathways for contributions by five types of institutional partners in the research process. The model is being applied to specific NIEHS research applications and the broader research community. We briefly discuss two examples and discuss the strengths and limits of outcome- based evaluation of research programs.Why are adolescents violent?S1413-812320090002000212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGarbarino, James
<em>Garbarino, James</em>;
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This article discusses how adolescents become violent from the perspective of human development, in which the process of formation of the child and the youth depends on diverse biological, psychological e social variables that constitute the context of life of these individuals. The ecological perspective of human development opposes simple cause-effect relations between antisocial adversities and behaviors and believes that factors such as gender, temperament, cognitive ability, age, family, social environment and culture combine in a complex way influencing the behavior of the child and the adolescent. Some conclusions point to the fact that violence in adolescence usually starts from a combination of early difficulties in relationships associated with a combination of temperamental difficulties. It is concluded that the young seem to be as bad as the social environment surrounding them.Maus-tratos: estudo através da perspectiva da delegacia de proteção à criança e ao adolescente em Salvador, BahiaS1413-812320090002000222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCarvalho, Ana Clara de RebolçasBarros, Sandra Garrido deAlves, Alessandra CastroGurgel, Clarissa Araújo
<em>Carvalho, Ana Clara De Rebolças</em>;
<em>Barros, Sandra Garrido De</em>;
<em>Alves, Alessandra Castro</em>;
<em>Gurgel, Clarissa Araújo</em>;
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Este estudo transversal descreve a ocorrência de maus-tratos em uma delegacia de proteção a crianças e adolescentes em Salvador, Bahia, entre 1997 e 1999. Dados sociodemográficos e físicos das vítimas, agressores e denunciantes foram investigados a partir de uma amostra de 2.073 casos. As vítimas apresentaram idades entre 0 e 18 anos, 56,1% do sexo feminino. De todas as manifestações de maus-tratos, exceto o abuso físico, prevaleceram as sobre o sexo feminino. O subgrupo de pré-adolescentes foi o mais atingido. O tipo de maltrato mais freqüente foi o abuso físico (64,7%). Lesões corporais ocorreram em 22,2% dos casos, a maioria concentrando-se na cabeça e pescoço (65,3%). Observou-se intensa participação do sexo masculino entre os agressores (71,8%). Houve correlação positiva entre sexo feminino e abuso sexual e o sexo masculino e abuso físico, inclusive de forma mais severa em relação à presença de lesões corporais. As denúncias foram feitas pelos pais das vítimas (72,9%), sendo o sexo feminino mais freqüente. Neste estudo, não foi identificada nenhuma denúncia realizada pelos profissionais de saúde, refletindo maior necessidade de comprometimento destes na problemática, conforme as recomendações da política de redução da morbimortalidade por acidentes e violência.Atenção ao adolescente vítima de violência: participação de gestores municipais de saúdeS1413-812320090002000232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSouza, Mariluce Karla Bomfim deSantana, Judith Sena da Silva
<em>Souza, Mariluce Karla Bomfim De</em>;
<em>Santana, Judith Sena Da Silva</em>;
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Estudo qualitativo que tem como objetivo geral analisar a participação dos gestores municipais de saúde na atenção ao adolescente, vítima de violência, no município de Itabuna, Bahia. São objetivos específicos: identificar percepções dos gestores municipais de saúde acerca da violência e suas repercussões na adolescência; identificar as políticas públicas de atenção ao adolescente implantadas no sistema municipal de saúde de Itabuna, Bahia, focalizando a violência e descrever as ações desenvolvidas pelos gestores municipais de saúde para a conformação e efetivação das políticas de atenção ao adolescente vítima de violência. Utilizamos como técnica de coleta de dados a entrevista e a análise documental. Os dados foram analisados com base na técnica de análise de conteúdo. Identificamos três categorias analíticas: a violência enquanto qualquer forma de agressão física, moral, psíquica, social, omissão e desrespeito aos direitos humanos; a violência que repercute psicologicamente na adolescência causa dor, sofrimento, desestrutura a vida e o futuro e gera violência; a atenção ao adolescente vítima de violência: limites e avanços de uma política em construção. Os achados apontam que os gestores têm direcionado suas ações para a implementação efetiva do Programa de Saúde do Adolescente com o propósito de incluir a abordagem da violência como foco de ação.Os adolescentes infratores e o empobrecimento da rede social quando do retorno à comunidadeS1413-812320090002000242017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBranco, Bianca de MoraesWagner, Adriana
<em>Branco, Bianca De Moraes</em>;
<em>Wagner, Adriana</em>;
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O objetivo deste estudo foi compreender o sucesso ou não do cumprimento da medida de ICPAE (Interno com Possibilidade de Atividade Externa) na Fase-RS (Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul), à luz das características da rede social desses jovens infratores, bem como da percepção do funcionamento de sua família. Foram investigados quatro adolescentes, no começo e ao final do cumprimento desta medida, através da metodologia de estudo de caso. Utilizou-se o mapa da rede social e, para a avaliação do funcionamento familiar, foi utilizada a escala GARF (Global Assessment of Relational Functioning Scale). Houve uma tendência geral de empobrecimento da rede social desses jovens em relação ao primeiro mapa, bem como de centralização na família. A segunda avaliação do cumprimento da medida de ICPAE teve uma piora significativa em relação à primeira, excetuando-se o adolescente que teve a rede social mais completa, em ambos os momentos.Concepções de normalidade e saúde mental entre infratores presos de uma unidade prisional da cidade do SalvadorS1413-812320090002000252017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCoelho, Maria Thereza Ávila Dantas
<em>Coelho, Maria Thereza Ávila Dantas</em>;
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Apesar de recentemente no Brasil alguns estudos terem se dedicado à investigação dos conceitos de normalidade e saúde mental, inexistem ainda pesquisas que tratem desta questão entre infratores presos. Este trabalho pretendeu, justamente, investigar tal tema nessa parcela da população. Para tanto, utilizou o referencial metodológico de coleta e análise de dados da teoria dos sistemas de signos, significados e práticas. Verificamos que, na perspectiva dos entrevistados, a normalidade e a saúde mental estão associadas aos comportamentos apontados pela literatura científica como normais e saudáveis, o inverso ocorrendo em relação aos conceitos de anormalidade e doença mental. Um aspecto relevante deste estudo é a forma pela qual a violência criminal foi abordada pelos detentos. Ao mesmo tempo em que eles consideraram tal tipo de violência como característico de uma anormalidade ou doença, não se consideraram nem anormais nem violentos por terem cometido um delito. Esse aspecto parece apontar para a existência de duas diferentes visões: uma que reproduz o primeiro tipo de associação, e outra que admite a co-existência de um momento de violência criminal com o estado de normalidade e saúde mental.Protagonismo e vitimização na trajetória de mulheres envolvidas na rede do tráfico de drogas no Rio de JaneiroS1413-812320090002000262017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBarcinski, Mariana
<em>Barcinski, Mariana</em>;
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O presente artigo tem o objetivo de problematizar a tradicional vitimização de mulheres que se envolvem com atividades criminosas, chamando a atenção para o protagonismo e a iniciativa pessoal como motivadores para trajetórias criminosas femininas. A partir da análise discursiva de entrevistas qualitativas com cinco mulheres com uma história passada de envolvimento na rede do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, a intenção é captar os dilemas que caracterizam a forma como estas mulheres justificam a sua inserção numa atividade criminosa primordialmente masculina. Ao nível micro, a análise tratará da eficácia retórica dos diversos posicionamentos assumidos pelas participantes¹. De forma complementar, investigará de que forma as entrevistadas se apropriam de discursos hegemônicos acerca da feminilidade para dar sentido às suas estórias pessoais². Os resultados demonstram que as participantes ora apelam para os motivos externos que justificam suas escolhas (como a falta de opção que marca a trajetória de populações marginalizadas como os favelados ou o envolvimento com parceiros criminosos), ora assumem total responsabilidade por terem se envolvido com o tráfico de drogas. Neste último caso, é comum que citem o poder e o respeito que experimentavam como traficantes como o principal motivador para suas escolhas.Percepção da violência doméstica por mulheres gestantes e não gestantes da cidade de Campinas, São PauloS1413-812320090002000272017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAudi, Celene Aparecida FerrariCorrêa, Ana Maria SegallTurato, Egberto RibeiroSantiago, Silvia MariaAndrade, Maria da Graça GarciaRodrigues, Maria Socorro Pereira
<em>Audi, Celene Aparecida Ferrari</em>;
<em>Corrêa, Ana Maria Segall</em>;
<em>Turato, Egberto Ribeiro</em>;
<em>Santiago, Silvia Maria</em>;
<em>Andrade, Maria Da Graça Garcia</em>;
<em>Rodrigues, Maria Socorro Pereira</em>;
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Este estudo procurou analisar a percepção da violência doméstica referida por mulheres vítimas desse tipo de violência e comparar com a percepção de gestantes, vítimas ou não desse evento, assim como buscar subsídios para o planejamento e execução de estudo de coorte sobre violência doméstica entre gestantes. Realizamos pesquisa qualitativa exploratória com seleção intencional dos sujeitos, utilizando-se a técnica de grupo focal. Os sujeitos constaram de vinte e quatro mulheres subdivididas em dois grupos: (1) treze mulheres acompanhadas no Centro de Referência e Apoio às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e (2) onze mulheres grávidas atendidas no pré-natal de Unidade Básica de Saúde, selecionadas independente de serem ou não expostas à violência. Os conteúdos das falas das mulheres foram organizados em categorias temáticas e analisados, tendo-se percebido que a compreensão sobre violência doméstica é expressa de forma semelhante por mulheres, que vivenciem ou não a situação. A compreensão e discussão dos tópicos propostos para esses grupos possibilitaram o desenvolvimento de uma abordagem mais adequada das mulheres pesquisadas. O conteúdo das perguntas e sua formulação foram considerados de fácil compreensão pelas mulheres de ambos os grupos.Violência conjugal, um problema social e de saúde pública: estudo em uma delegacia do interior do Estado do Rio de JaneiroS1413-812320090002000282017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLamoglia, Cláudia Valéria AbdalaMinayo, Maria Cecília de Souza
<em>Lamoglia, Cláudia Valéria Abdala</em>;
<em>Minayo, Maria Cecília De Souza</em>;
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Neste artigo, se apresentam dados de uma pesquisa que traçou o perfil de mulheres e homens envolvidos em situações de violência conjugal, realizada a partir de queixas notificadas em uma delegacia do interior do estado do Rio de Janeiro, no período de 1997 a 2001. Dados dos registros foram cruzados com falas de casais no balcão de atendimento. Os resultados mostram que determinantes culturais têm papel fundamental na construção dos papéis masculinos e femininos, legitimam o poder masculino sobre as mulheres, tornando-os violentos, quando por algum motivo perdem o controle das situações familiares. Mais da metade das queixas das mulheres sobre violência conjugal (53%) ocorreu por lesão corporal, e o restante configura ameaça e tentativa de homicídio (39%) e abuso psicológico (8%) por injúrias e difamações. O rosto é o lugar preferido dos homens para dar socos e provocar lesões que afetaram, especialmente, os olhos e os dentes. O artigo traz informações sobre perfil, status profissional, cor e raça dos agressores e vítimas. O texto conclui que, apesar do movimento de mulheres e de todas as conquistas, a violência conjugal continua a se reproduzir, necessitando de investimentos para ser compreendida, denunciada e superada.O discurso sobre a adesão de adolescentes ao tratamento da dependência química em uma instituição de saúde públicaS1413-812320090002000292017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZScaduto, Alessandro AntonioBarbieri, Valéria
<em>Scaduto, Alessandro Antonio</em>;
<em>Barbieri, Valéria</em>;
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A promoção da adesão ao tratamento da dependência química (DQ) tem se mostrado um desafio em diversos contextos, em especial no caso de adolescentes, relacionando-se a pressupostos sobre quem são estes, o que se entende por dependência e qual é seu tratamento. Foram entrevistados doze profissionais de um serviço de atenção à DQ da região de Ribeirão Preto (SP), abordando os significados por eles atribuídos aos temas adolescência, uso de substâncias/dependência e seu tratamento e adesão a ele. Observou-se por parte dos entrevistados a consideração de diversos determinantes na explicação da adolescência, com a predominância, contudo, de argumentos individualizantes acerca do tema. A DQ foi entendida como uma perda pelo indivíduo do controle sobre si, implicando uma consideração do tratamento como a busca por favorecer reflexões sobre o papel do uso de substâncias em sua vida. Houve por parte dos entrevistados um discurso crítico na busca por fatores institucionais, da equipe e externos a estes na explicação da adesão ao tratamento. São discutidas as inter-relações das formações discursivas com a literatura sobre os temas abordados e suas implicações para o tratamento da DQ.Processos de saúde e doença entre crianças institucionalizadas: uma visão ecológicaS1413-812320090002000302017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCavalcante, Lília Iêda ChavesMagalhães, Celina Maria ColinoPontes, Fernando Augusto Ramos
<em>Cavalcante, Lília Iêda Chaves</em>;
<em>Magalhães, Celina Maria Colino</em>;
<em>Pontes, Fernando Augusto Ramos</em>;
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Este artigo discute aspectos do processo de saúde e doença entre crianças assistidas em um abrigo infantil de Belém, entre 2004 a 2005. Os dados foram coletados em fontes documentais e por meio de entrevista com técnicos da instituição. De um total de 287 crianças, constatou-se que 49,47% apresentavam doenças, deficiências e lesões corporais quando do seu encaminhamento ao abrigo, que podem ser associadas à situação de pobreza e negligência familiar experimentadas desde o nascimento. Em relação ao período de permanência na instituição, verificou-se que as crianças contraíram doenças infecto-contagiosas (42,5%) e manifestaram problemas de ordem emocional (18,83%), que podem estar relacionados às características ambientais da instituição proporção adulto/criança inadequada (1:8), superlotação do espaço (75/mês). Os resultados permitem concluir que a condição de saúde das crianças traduz as situações de privação material e emocional a que foram submetidas no convívio com a família e ao longo de sua permanência no abrigo. Nesses termos, os processos de saúde e doença são discutidos a partir de uma perspectiva ecológica, que reconhece fatores biológicos, sociais e culturais que constituem a família e o abrigo como contextos de desenvolvimento da criança institucionalizada.O olhar do adolescente sobre saúde: um estudo de representações sociaisS1413-812320090002000312017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCromack, Luiza Maria FigueiraBursztyn, IvaniTura, Luiz Fernando Rangel
<em>Cromack, Luiza Maria Figueira</em>;
<em>Bursztyn, Ivani</em>;
<em>Tura, Luiz Fernando Rangel</em>;
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O estudo das representações sociais de saúde (RSS) elaboradas por adolescentes objetiva conceber caminhos para avaliar a implantação do Programa de Saúde do Adolescente (PROSAD) no Rio de Janeiro. Baseou-se na teoria das representações sociais na sua abordagem estrutural. Foram utilizados teste de evocação de palavras e questionário com questões fechadas e abertas. Participaram 1.843 adolescentes de 12 a 18 anos distribuídos nas dez áreas programáticas municipais. Compararam-se as estruturas das RSS dos sujeitos com 12/13 e 17/18 anos. São componentes comuns do núcleo central das RSS nesses estratos: importante, alimentação, médicos e hospital; no sistema periférico: corpo e sexo. Ao se associar representações e práticas em saúde, não se quer estabelecer a crença de uma relação linear entre representações sociais e práticas, mas considerar a função reguladora das representações, um saber prático que se estrutura como um guia de opiniões, atitudes e comportamentos. Ao PROSAD cabe o desafio de fazer seus profissionais conhecerem estas RSS, valorizando mais os jovens nos serviços para discutir divergências, incorporar diferenças, explorar mais o seu potencial, criando fóruns que possibilitem aos adolescentes a discussão de seu papel como cidadãos na avaliação e reformulação dos serviços oferecidos.As ações de educação em saúde para crianças e adolescentes nas unidades básicas da região de Maruípe no município de VitóriaS1413-812320090002000322017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOliveira, Carla BragaFrechiani, Janaína MenezesSilva, Fátima MariaMaciel, Ethel Leonor Noia
<em>Oliveira, Carla Braga</em>;
<em>Frechiani, Janaína Menezes</em>;
<em>Silva, Fátima Maria</em>;
<em>Maciel, Ethel Leonor Noia</em>;
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Estudo descritivo do tipo corte transversal, realizado em seis Unidades Básicas de Saúde da Família, por observação direta das ações de Educação em Saúde. Teve por objetivo avaliar as ações que abordavam os seguintes temas: planejamento familiar, aleitamento materno, famílias cadastradas no Programa Bolsa Família e crianças em risco nutricional. Para efeito de padronização dos dados, optou-se por considerar neste estudo as atividades que foram realizadas fora do atendimento individual agendado para resolução de problemas específicos. Observamos o despreparo de alguns profissionais para o pleno funcionamento das atividades e poucas ações sobre planejamento familiar para adolescentes. Assuntos relevantes como a importância de comparecer às atividades educativas da unidade foram abordados na maior parte das ações desenvolvidas para as famílias do Programa Bolsa Família. As atividades para crianças em risco nutricional são realizadas juntamente com as famílias do Programa Bolsa Família. Concluiu-se que há necessidade de se garantir que a equipe trabalhe de forma multidisciplinar e integrada nas atividades educativas como forma de contribuir para os ajustes necessários à implementação da Educação em Saúde efetiva, integral e humanizada.O protagonismo da criança no cenário hospitalar: um ensaio sobre estratégias de sociabilidadeS1413-812320090002000332017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMoreira, Martha Cristina NunesMacedo, Aline Duque de
<em>Moreira, Martha Cristina Nunes</em>;
<em>Macedo, Aline Duque De</em>;
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Nesse artigo, trabalhamos com a temática da doença crônica e suas marcas na infância. Recorremos à experiência da criação de espaços lúdicos no interior dos hospitais como estratégia para afirmar o lugar de sujeito da criança e sua condição de liberdade para fazer escolhas e questionar valores. Discutimos a visão da socialização como diferenciada da sociabilidade. Abordamos a perspectiva interacionista da sociologia da infância e discutimos conceitualmente a utilização do brincar como ferramenta de humanização das relações. Concluímos apontando a necessidade de realização de pesquisas que tenham as crianças como sujeitos de expressão e apontamos o potencial do brincar enquanto dispositivo de humanização e construção de referência e de uma clínica ampliada.Iniciação sexual, masculinidade e saúde: narrativas de homens jovens universitáriosS1413-812320090002000342017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZRebello, Lúcia Emilia Figueiredo de SousaGomes, Romeu
<em>Rebello, Lúcia Emilia Figueiredo De Sousa</em>;
<em>Gomes, Romeu</em>;
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O objetivo do trabalho é analisar narrativas de homens jovens universitários sobre a experiência de iniciação sexual. O referencial teórico-conceitual foi o de scripts ou roteiros sexuais que se caracterizam como aprendizados sociais que informam os sujeitos sobre quando, como, onde e com quem devem ter experiências sexuais, indicando como agir sexualmente e as razões pelas quais devem ter algum tipo de atividade sexual. O método da investigação se configura como um estudo de narrativas, ancorado na abordagem de pesquisa qualitativa a partir da perspectiva hermenêutica dialética. O desenho metodológico envolve a compreensão de contextos, cenários, enredos e personagens das narrativas acerca da iniciação sexual. A análise se refere a narrativas de universitários na cidade do Rio de Janeiro. Dentre os significados da iniciação sexual, destacam-se os de coito, demarcação de uma etapa da vida, despertar para o gênero oposto e descoberta do corpo. Observa-se, ainda, como resultado do estudo, que as narrativas dos jovens foram coerentes com um modo de ser homem que se faz presente no discurso de diferentes gerações. Concluiu-se que é preciso um trabalho conjunto em saúde e educação que privilegie o protagonismo dos homens jovens em ações com vistas à promoção de saúde sexual e reprodutiva.Vulnerabilidades no uso de métodos contraceptivos entre adolescentes e jovens: interseções entre políticas públicas e atenção à saúdeS1413-812320090002000352017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAlves, Camila AloisioBrandão, Elaine Reis
<em>Alves, Camila Aloisio</em>;
<em>Brandão, Elaine Reis</em>;
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O artigo discute situações de vulnerabilidade no uso de métodos contraceptivos nas relações afetivo-sexuais na adolescência e juventude. O material analisado reúne dezessete entrevistas, semi-estruturadas, com jovens de 18 a 24 anos (nove moças e oito rapazes), de classes populares do município do Rio de Janeiro, que haviam tido ao menos um episódio de gravidez na adolescência. Também foram discutidos a recente implementação de políticas públicas voltadas à sexualidade e à saúde reprodutiva dos adolescentes e o posicionamento de profissionais de saúde sobre o tema, no âmbito do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (PAISMCA/SES-RJ). Os resultados mostram que existem descontinuidades no uso dos métodos contraceptivos, tendo em vista que os relacionamentos entre adolescentes são marcados por forte hierarquia de gênero e pela ausência de uma formação adequada sobre sexualidade no contexto familiar e escolar. Há pouco espaço para o acolhimento dos jovens nos serviços de saúde e escolas, impedindo que as questões sobre sexualidade sejam tratadas de maneira a sensibilizá-los. Há também barreiras culturais que dificultam uma abertura maior da sociedade para que o tema seja abordado de maneira menos preconceituosa, tornando a iniciação sexual um processo repleto de silêncios e reprovação moral.Problemas de saúde mental em crianças: abordagem na atenção básicaS1413-812320090002000362017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZXimenes, Liana FurtadoPesce, Renata Pires
<em>Ximenes, Liana Furtado</em>;
<em>Pesce, Renata Pires</em>;
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Exercício da informação: governo dos corpos no mercado da vida ativaS1413-812320090002000372017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGoellner, Silvana Vilodre
<em>Goellner, Silvana Vilodre</em>;
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Sexualidade masculina, gênero e saúdeS1413-812320090002000382017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCouto, Márcia Thereza
<em>Couto, Márcia Thereza</em>;
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Erratum in: Ciência & Saúde Coletiva, volume 13, número 3, maio/junho de 2008S1413-812320090002000392017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00Z