Ciência & Saúde Coletivahttps://www.scielosp.org/feed/csc/2011.v16n1/2017-01-13T00:12:00ZUnknown authorVol. 16 No. 1 - 2011WerkzeugO campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: identificando contornos e projetando caminhosS1413-812320110001000012017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBosi, Maria Lucia MagalhãesPrado, Shirley Donizete
<em>Bosi, Maria Lucia Magalhães</em>;
<em>Prado, Shirley Donizete</em>;
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Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: constituição, contornos e estatuto científicoS1413-812320110001000022017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBosi, Maria Lúcia MagalhãesPrado, Shirley Donizete
<em>Bosi, Maria Lúcia Magalhães</em>;
<em>Prado, Shirley Donizete</em>;
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Este artigo se propõe a examinar o percurso de constituição da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva, no contexto brasileiro, a partir de seus campos de origem, identificando tensões e confluências, buscando demarcar seus contornos e caracterizar seu estatuto no interior do campo científico. Procuramos evidenciar a existência de um movimento marcado pelo encontro profícuo entre o campo da "Saúde Coletiva" e uma parcela do campo da "Alimentação e Nutrição", ou, mais precisamente, um dos seus núcleos, protagonizado por atores orientados por saberes diferenciados dos demais núcleos nesse campo. Tais fenômenos, que postulamos como desfechos do contato dos núcleos de saberes que identificam a Saúde Coletiva com o campo da "Alimentação e Nutrição", deram origem a um núcleo específico de saberes, bem como a práxis distintas, nesse âmbito correspondendo ao que denominamos "Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva". Trata-se de um processo marcado, desde o início, por tensões entre os paradigmas biológico e social, configurando-se, por um lado, como um importante desafio a ser enfrentado e, por outro, como um caminho promissor para a aproximação entre distintos campos da ciência, tanto os de cunho mais prático como os dirigidos à reflexão conceitual.Espaços (inter)disciplinares: Alimentação/Nutrição/Saúde/Saúde ColetivaS1413-812320110001000032017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZNunes, Everardo Duarte
<em>Nunes, Everardo Duarte</em>;
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Não nos esqueçamos do que é singular e contingente...S1413-812320110001000042017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCamargo Jr., Kenneth Rochel de
<em>Camargo Jr., Kenneth Rochel De</em>;
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Em defesa do pluralismo epistemológicoS1413-812320110001000052017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMattos, Ruben Araujo de
<em>Mattos, Ruben Araujo De</em>;
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Campo fértil para Alimentação e Nutrição em Saúde ColetivaS1413-812320110001000062017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFaerstein, Eduardo
<em>Faerstein, Eduardo</em>;
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As autoras respondemS1413-812320110001000072017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSobre o campo da Alimentação e Nutrição na perspectiva das teorias compreensivasS1413-812320110001000082017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFreitas, Maria do Carmo Soares deMinayo, Maria Cecília de SouzaFontes, Gardênia Abreu Vieira
<em>Freitas, Maria Do Carmo Soares De</em>;
<em>Minayo, Maria Cecília De Souza</em>;
<em>Fontes, Gardênia Abreu Vieira</em>;
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Trata-se de uma breve reflexão sobre o campo da alimentação e nutrição, aproximando o das disciplinas das ciências humanas. Toma-se como referência o pensamento de alguns teóricos e a vivência dos próprios autores. O objetivo principal é motivar a discussão sobre este tema da alimentação e nutrição considerando a complexidade das relações que envolvem o comer e a dietética, além de tentar estimular a reflexão da prática do profissional nutricionista. Justifica-se a importância metodológica de incorporar o uso da hermenêutica para a compreensão dessa temática. Reflete-se a importância de agir em relação à orientação alimentar associando o saber técnico desse campo com as perspectivas das teorias compreensivas.Panorama dos estudos sobre nutrição e doenças negligenciadas no BrasilS1413-812320110001000092017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZWerneck, Guilherme LoureiroHasselmann, Maria HelenaGouvêa, Thaise Gasser
<em>Werneck, Guilherme Loureiro</em>;
<em>Hasselmann, Maria Helena</em>;
<em>Gouvêa, Thaise Gasser</em>;
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O objetivo deste artigo é revisar a literatura acerca da relação entre nutrição e doenças infecciosas negligenciadas em populações brasileiras, focalizando especificamente a doença de Chagas, a malária, a esquistossomose e a leishmaniose visceral. A revisão da literatura foi realizada em janeiro de 2010 a partir de um levantamento bibliográfico nas bases SciELO, LILACS e Medline. Foram captados 293 resumos; dentre estes, 66 foram selecionados para leitura de texto completo e 43 incluídos na revisão. A presente revisão salienta a relevância dos estudos nutricionais no campo da Saúde Coletiva para melhor compreensão dos aspectos envolvidos no risco e prognóstico de malária, esquistossomose, leishmaniose visceral e doença de Chagas. Evidencia-se também certo desbalanceamento na literatura sobre o tema, com muito mais estudos experimentais do que estudos em populações humanas. Ainda que os primeiros sejam essenciais para esclarecer os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à relação entre déficits nutricionais e estas doenças, estudos bem delineados em populações humanas são fundamentais para que o conhecimento científico se traduza em ações efetivas para o controle de doenças negligenciadas.A atuação da sociedade civil na construção do campo da Alimentação e Nutrição no Brasil: elementos para reflexãoS1413-812320110001000102017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBurlandy, Luciene
<em>Burlandy, Luciene</em>;
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A inserção dos temas da Alimentação e Nutrição (AN) na agenda pública ganhou progressiva relevância no Brasil, e a sociedade civil desempenhou um papel importante neste processo. Este artigo examina a influência das organizações sociais na construção do campo da AN, numa perspectiva histórica de sua atuação em espaços de interlocução com o governo federal. A análise foi norteada pelas seguintes questões: (1) os diferentes formatos políticos e institucionais desta participação; (2) os temas e demandas políticas pautados; (3) as possíveis repercussões deste processo na construção de institucionalidade pública. Os instrumentos de pesquisa conjugaram revisão bibliográfica e análise documental. Concluiu-se que a atuação das organizações sociais foi fundamental para a consolidação da Política Nacional de AN e de Segurança Alimentar e Nutricional. A engenharia institucional e o perfil das organizações sociais variaram desde movimentos sociais até redes de políticas. Os temas em pauta modificaram-se ao longo do período estudado, com o fortalecimento das temáticas étnicas, raciais e de gênero. Os ganhos deste processo dependem da capacidade do setor público de regular e apoiar o funcionamento desses espaços e envolver os segmentos governamentais que de fato têm poder decisório.Políticas nacionais e o campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: cenário atualS1413-812320110001000112017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZRecine, ElisabettaVasconcellos, Ana Beatriz
<em>Recine, Elisabetta</em>;
<em>Vasconcellos, Ana Beatriz</em>;
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É apresentado um balanço da implementação das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) contextualizando as ações no cenário do Sistema Único de Saúde (SUS). Aos dez anos de sua publicação, a PNAN se defronta com desafios tanto para expandir como para qualificar as ações de alimentação e nutrição na saúde, e também para se apresentar como interlocutora e representante legítima da área da saúde, no contexto político e institucional da segurança alimentar e nutricional. Questões relacionadas à articulação da PNAN e da futura Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional são analisadas para demonstrar a confluência de agendas entre as prioridades para a garantia da SAN. São apontadas as potencialidades desse campo de ação, a partir do atual cenário institucional, e a necessidade de soluções abrangentes que atendam à complexidade da alimentação e nutrição em Saúde Coletiva.História do campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva no BrasilS1413-812320110001000122017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZVasconcelos, Francisco de Assis Guedes deBatista Filho, Malaquias
<em>Vasconcelos, Francisco De Assis Guedes De</em>;
<em>Batista Filho, Malaquias</em>;
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O objetivo do artigo é traçar a história do campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva (ANSC) no Brasil, procurando descrever os contextos que possibilitaram sua construção, consolidação e ressignificação; identificar os cientistas brasileiros que contribuíram com este processo e abordar os paradigmas que nortearam a atuação destes cientistas. Como critérios metodológicos de análise foram estabelecidos três cortes transversais, correspondentes a contextos da história deste campo: o primeiro referente ao período 1930 a 1963; o segundo entre 1964 a 1984 e o terceiro considera o período 1985 a 2010. Depreende-se que o campo da ANSC assumiu a atual configuração a partir de meados de 1970, no interior do chamado movimento sanitário brasileiro, cujo ideário principal foi a realização da reforma sanitária e a construção do Sistema Único de Saúde. Reafirma-se a importância do caráter multidisciplinar bem como a premissa do relevante papel do campo da ANSC na garantia do direito humano à alimentação saudável, um componente do conjunto de condições necessárias à promoção da saúde, prevenção de doenças, vigilância e recuperação da saúde e melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros.A culinária como objeto de estudo e de intervenção no campo da Alimentação e NutriçãoS1413-812320110001000132017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZDiez-Garcia, Rosa WandaCastro, Inês Rugani Ribeiro de
<em>Diez-Garcia, Rosa Wanda</em>;
<em>Castro, Inês Rugani Ribeiro De</em>;
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A culinária é aqui abordada como objeto de estudos alimentares e nutricionais e de intervenções que visem a mudanças alimentares. Para explorar este potencial da culinária, dois estudos são apresentados: um qualitativo, voltado para a análise do consumo alimentar, com sujeitos de dois segmentos socioeconômicos, submetidos à restrição de sal; e outro que recorre à culinária como eixo estruturante de um método educativo para a promoção da alimentação saudável. Em ambos os estudos pôde-se constatar o potencial da culinária: no primeiro, como um meio que permite acessar informações sobre procedimentos com alimentos que podem melhorar a qualidade da informação sobre o consumo e as práticas alimentares; e no segundo, como um espaço eficaz para intervenções que visem a mudanças alimentares por abordar suas dimensões sensoriais, cognitivas, simbólicas e práticas.A alimentação no contexto contemporâneo: consumo, ação política e sustentabilidadeS1413-812320110001000142017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPortilho, FátimaCastañeda, MarceloCastro, Inês Rugani Ribeiro de
<em>Portilho, Fátima</em>;
<em>Castañeda, Marcelo</em>;
<em>Castro, Inês Rugani Ribeiro De</em>;
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O campo interdisciplinar de reflexões sobre a alimentação como campo político passa por um processo de expansão e transbordamento para a esfera privada, cotidiana e rotineira do consumo alimentar. Tal processo parece ser reflexo de transformações nos mercados agroalimentares globais, da ampla percepção e publicização dos riscos alimentares e da politização do consumo. Uma vez que os indivíduos assumem responsabilidades sobre as consequências ambientais e sociais de suas escolhas cotidianas, a especificidade política da alimentação nas sociedades contemporâneas extrapola a esfera institucional (segurança alimentar e nutricional, desigualdades sociais no acesso à alimentação, políticas agrícolas e regulamentação da publicidade de alimentos) para atingir a esfera privada. O artigo aborda alguns dos recentes debates sobre o processo de politização do consumo e faz uma reflexão teórica sobre as dimensões ética, política e ideológica que relacionam hábitos de consumo alimentar, incluindo locais e formas de aquisição e preparo dos alimentos, valores de preservação ambiental, solidariedade com pequenos produtores locais e precaução reflexiva ante os riscos alimentares. Aponta ainda uma agenda de pesquisa capaz de captar processos de politização da comida e práticas de consumo político no campo da alimentação.A pesquisa sobre Alimentação no Brasil: sustentando a autonomia do campo Alimentação e NutriçãoS1413-812320110001000152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPrado, Shirley DonizeteBosi, Maria Lucia MagalhãesCarvalho, Maria Claudia da Veiga SoaresGugelmin, Silvia AngelaSilva, Juliana KlotzDelmaschio, Karen Levy
<em>Prado, Shirley Donizete</em>;
<em>Bosi, Maria Lucia Magalhães</em>;
<em>Carvalho, Maria Claudia Da Veiga Soares</em>;
<em>Gugelmin, Silvia Angela</em>;
<em>Silva, Juliana Klotz</em>;
<em>Delmaschio, Karen Levy</em>;
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Partindo dos pensamentos de Bourdieu acerca dos campos científicos, visitamos o Diretório dos Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) buscando investir em abordagem crítica e reflexiva acerca da parcela da pesquisa brasileira que se dirige à "alimentação". Identificamos um conjunto estável e crescente de grupos de pesquisa, cuja visibilidade fica comprometida uma vez que sua denominação não consta das taxonomias institucionais no âmbito das agências de fomento à pesquisa e à formação de pesquisadores. Seus fundamentos epistemológicos, suas bases teórico-metodológicas, situam-se na esfera das humanidades e incluem uma ampla gama de disciplinas em interação, conformando significativa complexidade em torno de seu objeto central: a "comida". O estudo dos fenômenos alimentares reclama a interdisciplinaridade e apresenta como desafio o enfrentamento das tensões inerentes à vida democrática na qual vislumbramos um devir em que a convivência crescente e colaborativa entre diferentes referências epistêmicas deve ter lugar institucional.Comportamentos de risco para transtornos do comportamento alimentar entre adolescentes do sexo feminino de diferentes estratos sociais do Nordeste do BrasilS1413-812320110001000162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZVale, Antonio Maia Olsen doKerr, Ligia Regina SansigoloBosi, Maria Lúcia Magalhães
<em>Vale, Antonio Maia Olsen Do</em>;
<em>Kerr, Ligia Regina Sansigolo</em>;
<em>Bosi, Maria Lúcia Magalhães</em>;
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Este estudo procurou estimar a prevalência de transtornos do comportamento alimentar (TCA) e identificar fatores de risco entre adolescentes do sexo feminino em Fortaleza (Ceará, Brasil). Realizou-se um estudo seccional com 652 estudantes secundaristas (14-20 anos) usando-se o Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo (BITE). Aplicou-se um modelo de regressão logística. Cerca de um quarto das participantes apresentou padrão alimentar de risco e práticas de controle de peso; em 1,2% encontraram-se indícios de TCA instalado. Medo de engordar foi relatado por 62%, independentemente de estudarem em colégios públicos ou particulares (p>0,05), mas uso de práticas de risco foi superior naquelas procedentes de escolas particulares (p<0,05). Não ter religião (OR: 2.2; 95%CI: 1.1-4.2) e estudar em colégio particular (OR: 1.7; 95%CI: 1.2-2.5) associaram-se com maior risco de apresentar TCA. Os TCA emergem como problema de Saúde Coletiva mesmo em áreas pobres do Brasil, e o desejo pelo corpo magro não se diferenciou entre os diferentes estratos sociais, embora as práticas de risco sejam mais usadas entre as informantes de colégios particulares. Aspectos culturais e subjetivos se apresentam não apenas como fatores de risco, mas também como protetores.Prevalência e determinantes de obesidade e sobrepeso em mulheres em idade reprodutiva residentes na região semiárida do BrasilS1413-812320110001000172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCorreia, Luciano LimaSilveira, Dirlene Mafalda Ildefonso daSilva, Anamaria Cavalcante eCampos, Jocileide SalesMachado, Márcia Maria TavaresRocha, Hermano Alexandre LimaCunha, Antônio José Ledo Alves daLindsay, Ana Cristina
<em>Correia, Luciano Lima</em>;
<em>Silveira, Dirlene Mafalda Ildefonso Da</em>;
<em>Silva, Anamaria Cavalcante E</em>;
<em>Campos, Jocileide Sales</em>;
<em>Machado, Márcia Maria Tavares</em>;
<em>Rocha, Hermano Alexandre Lima</em>;
<em>Cunha, Antônio José Ledo Alves Da</em>;
<em>Lindsay, Ana Cristina</em>;
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O estudo estimou a prevalência e identificou fatores determinantes do sobrepeso e obesidade em mulheres em idade fértil na região semiárida do Brasil. Na amostra por conglomerados de oito mil domicílios do estado do Ceará, foram pesquisadas 6.845 mulheres. Sobrepeso e obesidade foram medidos pelo Índice de Massa Corporal, utilizando-se a análise multivariada para a identificação dos fatores determinantes. As prevalências de sobrepeso e obesidade foram de 32,6% e 16,1%, respectivamente. Na análise ajustada, a obesidade esteve positivamente associada a: idade >30 anos (RP=1,55), estado civil casada (RP=1,36), escolaridade fundamental (RP=1,40), idade na menarca <12 anos (RP=1,59), ter tido >1 filho (RP=1,65), uso de contraceptivos (RP=1,31). Os fatores relacionados à saúde e à nutrição, referentes à obesidade mórbida, foram: hipertensão arterial (RP=3,11), diabetes (RP=2,08), insatisfação com a imagem corporal (RP=4,26) e procedimentos para perder peso (RP=2,73). Sobrepeso e obesidade são altamente prevalentes na região semiárida. A educação foi o único fator socioeconômico passível de ser modificado. Os fatores reprodutivos identificados apontam para a necessidade de mobilização dos serviços de pré-natal, pós-parto e planejamento familiar na prevenção e no controle da obesidade.Simbolismo sobre "natural" na alimentaçãoS1413-812320110001000182017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCarvalho, Maria Claudia da Veiga SoaresLuz, Madel Therezinha
<em>Carvalho, Maria Claudia Da Veiga Soares</em>;
<em>Luz, Madel Therezinha</em>;
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Os sentidos incorporados representam um acervo de possibilidades para a vida futura capaz de construir identidades individuais e coletivas. Este trabalho aprofunda os habitus, nos termos de Bourdieu, associados aos estilos "natural" e fast-food, fazendo uma análise interpretativa das trocas simbólicas de elementos reproduzidos nas práticas de alimentação. Consideramos que o arranjo "bricolista" desses elementos possibilita permutas e hibridismos, marcado por uma tensão que reflete a insegurança das inovações tecnológicas. O "natural" é o representante do ideal de autossustentabilidade, da produção não poluidora, que aponta para um enfrentamento da crise sanitária e ecológica do planeta, resistindo à industrialização em larga escala e à urbanização acelerada, entendidos como fatores de depredação das condições básicas de vida. As trocas se dão em um jogo simbólico articulado com o econômico global, em que os atores sociais fazem apostas, illusio, de acordo com intenções particulares na ação concreta. Há chance para reformulação das regras do jogo "no jogo", pois ainda que com um equilíbrio precário de forças, com perdas para o lado mais fraco, um agente pode ter em seu acervo a possibilidade de não reproduzir as pressões da globalização alimentar, o que está distante do que possa aparecer como sobrenatural.Comer, alimentar e nutrir: categorias analíticas instrumentais no campo da pesquisa científicaS1413-812320110001000192017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCarvalho, Maria Cláudia da Veiga SoaresLuz, Madel TherezinhaPrado, Shirley Donizete
<em>Carvalho, Maria Cláudia Da Veiga Soares</em>;
<em>Luz, Madel Therezinha</em>;
<em>Prado, Shirley Donizete</em>;
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Comer, alimentar ou nutrir circulam na nossa cultura, aproximadamente, como sinônimos e desse modo não dão conta das transformações que vêm ocorrendo na alimentação, que desejadas ou indesejadas contam com um hibridismo de padrões que representa uma mudança tanto de regras como de preferências alimentares. O objetivo do artigo é tornar essas concepções de senso comum categorias de análise e interpretação para pesquisas das Ciências Humanas e da Saúde, numa perspectiva teórica, através da conceituação. Neste espaço interdisciplinar da Nutrição e das Ciências Sociais, o alimento aparece associado a uma função natural (biológica), numa concepção em que natureza se contrapõe à cultura, e a comida assume sentidos e significados culturais (simbólicos). A alimentação expressa divisão do trabalho, da riqueza, é criação histórico-cultural através da qual se pode estudar uma sociedade. Atribui-se à Nutrição um sentido de ação racional, oriundo da constituição dessa ciência na modernidade, inserida num processo histórico de racionalização científica do comer e do alimentar-se. Consideramos que através da conceituação na prática interdisciplinar de pesquisa, que envolve um espaço compartilhado de saberes, podemos ser menos limitados por um modelo teórico uniformizado de saber e mais livres para pensar questões sobre a vida.Nanotechnology and in situ remediation: a review of the benefits and potential risksS1413-812320110001000202017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZKarn, BarbaraKuiken, ToddOtto, Martha
<em>Karn, Barbara</em>;
<em>Kuiken, Todd</em>;
<em>Otto, Martha</em>;
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In this review, we focus on environmental cleanup and provide a background and overview of current practice; research findings; societal issues; potential environment, health, and safety implications; and future directions for nanoremediation. We also discuss nanoscale zero-valent iron in detail. We searched the Web of Science for research studies and accessed recent publicly available reports from the U.S. Environmental Protection Agency and other agencies and organizations that addressed the applications and implications associated with nanoremediation techniques. We also conducted personal interviews with practitioners about specific site remediations. We aggregated information from 45 sites, a representative portion of the total projects under way, to show nanomaterials used, types of pollutants addressed, and organizations responsible for each site. Nanoremediation has the potential not only to reduce the overall costs of cleaning up large-scale contaminated sites but also to reduce cleanup time, eliminate the need for treatment and disposal of contaminated soil, and reduce some contaminant concentrations to near zero - all in situ.Consumo alimentar de população adulta residente em área rural da cidade de Ibatiba (ES, Brasil)S1413-812320110001000212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCarvalho, Edilaine OliveiraRocha, Emersom Ferreira da
<em>Carvalho, Edilaine Oliveira</em>;
<em>Rocha, Emersom Ferreira Da</em>;
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Trata-se de um estudo transversal no qual foi aplicado um questionário de frequência alimentar (QFCA) em 150 adultos residentes em área rural da cidade de Ibatiba (ES). O QFCA classificou o consumo alimentar como: habitual (> 4 vezes na semana), não habitual (<4 vezes na semana) e raramente (uma vez ao mês), com o fim de correlacionar o consumo alimentar encontrado com o fato de risco ou não para a ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis diretamente relacionadas à alimentação que afetam a população brasileira hoje. Os resultados evidenciaram consumo habitual de arroz, pães, folhosos, feijão, leite de vaca, gordura animal, margarina, açúcar e café, e um consumo não habitual de bolo, batata, biscoitos, aipim, batata-doce, chuchu, cenoura, beterraba, abóbora, suco de frutas, banana, laranja, goiaba, manga e tangerina. Conclui-se que o hábito alimentar da população estudada pode vir a incrementar a médio ou longo prazo a prevalência e/ou ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis, sobretudo as relacionadas à alimentação, como hipertensão, diabetes, obesidade e doenças coronárias. O consumo alimentar dessa população requer preocupação, pois se comparado aos padrões nacionais, observam-se algumas inadequações, e sabe-se que este quadro vem a cada dia ocasionando danos à saúde pública.Conceituando e medindo segurança alimentar e nutricionalS1413-812320110001000222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZKepple, Anne WalleserSegall-Corrêa, Ana Maria
<em>Kepple, Anne Walleser</em>;
<em>Segall-Corrêa, Ana Maria</em>;
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Apresenta-se um marco conceitual interdisciplinar de segurança alimentar e nutricional no qual identificam-se determinantes nos níveis macrossocioeconômico, regional-local e domiciliar. Insegurança alimentar e nutricional é vista como tendo consequências para a saúde e o bem-estar, que podem expressar-se ou não em consequências físico-biológicas, como por exemplo baixo peso e/ou carências nutricionais. As implicações de tal perspectiva para questões de mensuração são abordadas. É apresentado um resumo comparativo de indicadores frequentemente usados para mensuração de segurança alimentar, com enfoque especial na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, que foi usada na Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio - 2004. A história do desenvolvimento da escala nos Estados Unidos e a sua validação no Brasil estão descritas. Caracterizada como uma medida direta de insegurança alimentar em nível domiciliar, esta escala psicométrica pode ser usada em conjunto com indicadores e instrumentos de mensuração de diversas áreas, para aprofundar a compreensão desse fenômeno complexo.Formação e práticas em saúde de fonoaudiólogos inseridos em serviços públicos de saúdeS1413-812320110001000232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBarreto, Simone dos SantosCastro, Luciana
<em>Barreto, Simone Dos Santos</em>;
<em>Castro, Luciana</em>;
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A integralidade no cuidado à saúde ainda é um desafio para todos os atores envolvidos com o processo de mudança da formação e das práticas em saúde. Entre os profissionais da saúde, os fonoaudiólogos também são convidados a refletir sobre o assunto. Visando identificar pontos importantes para essas reflexões, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil de formação e de práticas em saúde dos fonoaudiólogos graduados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro inseridos em serviços públicos de saúde. Foi realizado um estudo transversal descritivo, com dez sujeitos, entrevistados a partir de um roteiro semiestruturado. Os dados transcritos foram analisados segundo o conteúdo explícito e a frequência das respostas. Os resultados obtidos revelaram que a maioria dos profissionais entrevistados tinha experiência extracurricular na rede pública de saúde, considerou os estágios como uma das experiências mais importantes da graduação, frequentou cursos de especialização e possuía duplo vínculo público. Além disso, o atendimento clínico-terapêutico individual destacou-se como a principal atividade realizada nos serviços de saúde pelos profissionais. Apesar do caráter preliminar, o estudo identificou pontos importantes para a discussão da formação e das práticas desses profissionais da saúde.Análise do avanço das equipes de saúde bucal inseridas na Estratégia Saúde da Família em Pernambuco, região Nordeste, Brasil, 2002 a 2005S1413-812320110001000242017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Shirley Florêncio daMartelli, Petrônio José de LimaSá, Domício Aurélio deCabral, Amanda Priscila dePimentel, Fernando CastimMonteiro, Ive da SilvaMacedo, Cícera Lissandra Sá Vieira
<em>Silva, Shirley Florêncio Da</em>;
<em>Martelli, Petrônio José De Lima</em>;
<em>Sá, Domício Aurélio De</em>;
<em>Cabral, Amanda Priscila De</em>;
<em>Pimentel, Fernando Castim</em>;
<em>Monteiro, Ive Da Silva</em>;
<em>Macedo, Cícera Lissandra Sá Vieira</em>;
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Aborda-se neste estudo a evolução da saúde bucal, de dezembro de 2002 a dezembro de 2005, na Estratégia Saúde da Família em Pernambuco, Brasil. Observaram-se os aspectos quanto à expansão das equipes, ao percentual de cobertura e à elevação no quantitativo dos procedimentos odontológicos. Foi um estudo descritivo, exploratório e de abordagem quantitativa. O universo se constituiu dos 185 municípios do estado e a amostra comportou todos os municípios inseridos na Saúde da Família contemplados com saúde bucal. Os resultados mostraram que a evolução das equipes de saúde bucal foi de 204,22%, enquanto o percentual de evolução de procedimentos odontológicos foi de 19,19%. Observou-se que a expansão da modalidade tipo I (327,14%) se deu mais intensamente que a tipo II (125,92%). A estimativa da cobertura ficou em 29,56% para 3.450 habitantes (Portaria nº 673/03). Quanto ao financiamento das equipes, a evolução do incentivo repassado à saúde bucal foi de 389,50%. Por fim, verificou-se que, na prática, os serviços existentes de assistência odontológica para atenção básica foram transformados em equipes de saúde bucal.Dor e funcionalidade na atenção básica à saúdeS1413-812320110001000252017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMata, Matheus de SousaCosta, Fabrícia Azevêdo daSouza, Túlio Oliveira deMata, Ádala Nayana de SousaPontes, Jaqueline Fernandes
<em>Mata, Matheus De Sousa</em>;
<em>Costa, Fabrícia Azevêdo Da</em>;
<em>Souza, Túlio Oliveira De</em>;
<em>Mata, Ádala Nayana De Sousa</em>;
<em>Pontes, Jaqueline Fernandes</em>;
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A dor osteoarticular e a funcionalidade são elementos ligados à saúde dos indivíduos e, portanto, influenciam o modo de interação entre si e entre eles e o meio ambiente que os cerca. Contudo, não são muitos os estudos que levantam essas questões de saúde na população em geral, sobretudo quando aproximamos o olhar da atenção básica sobre elas. Este artigo tem o objetivo de fornecer dados iniciais sobre dor e funcionalidade nos indivíduos com queixa osteoarticular em uma população adscrita a uma unidade básica de saúde (UBS) e suscitar o debate sobre integralidade da atenção nesse serviço. O trabalho descritivo foi realizado na UBS (n1=64) e nos domicílios (n2=48), entre indivíduos a partir dos 20 anos de idade. Foi aplicado um instrumento de avaliação de funcionalidade e a Escala Visual Analógica de dor, e foram exploradas questões sociodemográficas. Com esses instrumentos, buscou-se avaliar o perfil dos indivíduos em relação ao seu grau de dor musculoesquelética, o grau de funcionalidade nas atividades da vida diária, idade e ocupação. Nos resultados, encontramos uma predominância do sexo feminino nos dois grupos, 84,37% e 81,25%, respectivamente. Quase metade das pessoas com dor musculoesquelética eram donas de casa, e a média de idade entre os grupos estava acima dos 55 anos.Desvendando os processos de trabalho do agente comunitário de saúde nos cenários revelados na Estratégia Saúde da Família no município de Vitória (ES, Brasil)S1413-812320110001000262017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGalavote, Heletícia ScabeloPrado, Thiago Nascimento doMaciel, Ethel Leonor NoiaLima, Rita de Cássia Duarte
<em>Galavote, Heletícia Scabelo</em>;
<em>Prado, Thiago Nascimento Do</em>;
<em>Maciel, Ethel Leonor Noia</em>;
<em>Lima, Rita De Cássia Duarte</em>;
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O agente comunitário de saúde (ACS) tem um papel singular como "elo" entre a comunidade e o serviço de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a produção dos processos de trabalho dos ACSs na Estratégia Saúde da Família no município de Vitória (ES). Trata-se de um estudo descritivo de caráter qualitativo, desenvolvido na região de saúde da Grande Maruípe. A amostra foi constituída por 14 ACS, sendo empregada, na coleta dos dados, a entrevista semiestruturada, com base em um roteiro-guia contendo 24 questões. O processo de trabalho em saúde foi conceituado pelos agentes em estudo como "prevenção e promoção à saúde", e as visitas domiciliares foram referidas como a atividade básica do cotidiano. Os agentes detêm interpretações diversas sobre o processo de trabalho e associam a equipe ao conceito de união. Verifica-se uma idealização das competências referentes ao trabalho do ACS, o que gera um sentimento de impotência e limitação em face dos desafios impostos. Conclui-se que o ACS necessita de ferramentas e habilidades que superem o conhecimento técnico, permitindo-lhe atuar no âmbito social de cada família, considerando o campo das necessidades de saúde de cada usuário.A dinâmica da vinculação de recursos para a saúde no Brasil: 1995 a 2004S1413-812320110001000272017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFrança, José Rivaldo Melo deCosta, Nilson do Rosário
<em>França, José Rivaldo Melo De</em>;
<em>Costa, Nilson Do Rosário</em>;
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Este estudo examina a participação federal no financiamento da saúde no Brasil, no período de 1995 a 2004, a partir das iniciativas institucionais de vinculação e indexação de recursos, levando em consideração o ajuste macroeconômico praticado no período e a influência do papel das instituições na proteção do fluxo financeiro. Examina-se a eficiência dos mecanismos institucionais adotados com o propósito de garantir a regularidade e a ampliação do fluxo de meios, analisando-se o desempenho da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) e da Emenda Constitucional nº 29 (EC 29), iniciativas que vêm tendo seus efeitos questionados em termos de ampliação de valores. Demonstra-se o impacto alocativo de tais medidas a partir da análise estatística do emprego em saúde dos recursos da CPMF em relação a sua arrecadação e dos efeitos das medidas de indexação de recursos da União, via EC 29, por meio da comparação do aporte federal em saúde antes e após a sua aplicação.Extensão fenomenológica dos conceitos de saúde e enfermidade em HeideggerS1413-812320110001000282017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZNogueira, Roberto Passos
<em>Nogueira, Roberto Passos</em>;
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Heidegger deu uma extraordinária contribuição ao estudo fenomenológico da saúde e da enfermidade nos seminários de Zollikon, a única oportunidade, ao longo de sua vida, em que o filósofo pôde tratar com profundidade dessas questões. Aí a enfermidade foi ontologicamente determinada como sendo uma privação da saúde. Contudo, Heidegger não desenvolveu explicitamente o conceito de saúde. O autor busca extrair consequências fenomenológicas das teses expostas nesses seminários a partir de duas determinações aí esboçadas: a essência da saúde humana é a própria essência extática do Dasein em sua abertura ao ser; toda enfermidade é uma "limitação da possibilidade de viver".Avaliação do custo do tratamento de úlceras por pressão em pacientes hospitalizados usando curativos industrializadosS1413-812320110001000292017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLima, Angela Cristina BeckGuerra, Diana Mendonça
<em>Lima, Angela Cristina Beck</em>;
<em>Guerra, Diana Mendonça</em>;
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Este trabalho avaliou o uso de curativos industrializados: poliuretano, hidrogel, carvão ativo e também hidrogel com alginato, no tratamento de úlcera por pressão na Clínica Neurocirúrgica do Hospital da Restauração. O objetivo foi identificar o fator crítico que aumenta a demanda e custos com curativos industrializados. A avaliação, realizada na Clínica Neurocirúrgica, identificou os indivíduos que apresentaram risco de desenvolver úlcera por pressão. 62 pacientes foram avaliados e a prevalência foi de 22,6%, segundo escore obtido na escala de Braden. A avaliação comparativa entre indivíduos que receberam medidas preventivas e entre os que não receberam mostrou que o custo médio diário de hospitalização para o primeiro grupo foi 45% maior que para o segundo grupo. O teste de Wilcoxon-Mann-Withiney comparou a população de risco com a população de baixo risco, mostrando que a análise dos escores da Escala de Braden entre os grupos apresenta diferenças estatisticamente significativas quando estas duas populações são comparadas, intervalo de confiança de 95%. Úlcera por pressão é um indicador de qualidade dos serviços de saúde. Pode-se reduzir custo e oferecer serviços públicos de maior qualidade se forem implantados treinamentos com a equipe de enfermagem, usando um protocolo de medidas preventivas baseado em um teste de avaliação de risco como a escala de Braden.Avaliação da capacidade de governo de uma secretaria estadual de saúde para o monitoramento e avaliação da Atenção Básica: lições relevantesS1413-812320110001000302017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSampaio, JulianaCarvalho, Eduardo Maia Freese dePereira, Gladys Fernanda CoelhoMello, Fernanda Maria Bezerra de
<em>Sampaio, Juliana</em>;
<em>Carvalho, Eduardo Maia Freese De</em>;
<em>Pereira, Gladys Fernanda Coelho</em>;
<em>Mello, Fernanda Maria Bezerra De</em>;
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A descentralização do SUS exige que as secretarias estaduais de saúde assumam novas competências como o monitoramento e avaliação da Atenção Básica. Este artigo busca avaliar a "capacidade de governo" de uma secretaria estadual de saúde do Nordeste brasileiro para o monitoramento e avaliação da Atenção Básica. A partir da colaboração técnica realizada via componente III do Programa de Expansão e Consolidação da Saúde da Família (Proesf), foram entrevistados gestores estratégicos, analisados documentos de gestão e realizada observação participativa das atividades do centro formador junto à secretaria, com "análise de conteúdo" do material disponível. Como resultados, destacam-se: ausência de "projeto de governo"; problemas de estrutura física, recursos humanos e materiais; profissionais com baixa qualificação no uso de sistemas de informação, monitoramento e avaliação, e planejamento estratégico, promovendo trabalhos burocráticos e frágil uso de dados epidemiológicos. Em 2006, a secretaria usou recursos federais para fortalecer o monitoramento e avaliação da Atenção Básica, ampliando sua estrutura física, adquirindo equipamentos e capacitando pessoal, sem investir recurso próprio. Conclui-se que esta secretaria tem dificuldades em se adequar à descentralização, com a institucionalização de novos processos de trabalhoOs impasses da pobreza absoluta: a experiência da Ouvidoria Coletiva na região da Leopoldina, Rio de Janeiro (RJ, Brasil)S1413-812320110001000312017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGuimarães, Maria Beatriz LisboaLima, Carla MouraSavi, Elaine AmorimCardoso, ElianeValla, Victor VincentStotz, Eduardo NavarroLacerda, AldaSantos, Marta Sorvi
<em>Guimarães, Maria Beatriz Lisboa</em>;
<em>Lima, Carla Moura</em>;
<em>Savi, Elaine Amorim</em>;
<em>Cardoso, Eliane</em>;
<em>Valla, Victor Vincent</em>;
<em>Stotz, Eduardo Navarro</em>;
<em>Lacerda, Alda</em>;
<em>Santos, Marta Sorvi</em>;
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A experiência de Ouvidoria Coletiva desenvolvida na região da Leopoldina, na cidade do Rio de Janeiro, amplia a visão tradicional de vigilância em saúde e objetiva organizar um sistema de vigilância capaz de identificar os problemas de saúde da população e os recursos utilizados na tentativa de superá-los. Profissionais de saúde, líderes comunitários e religiosos se reuniram em fóruns mensais para apresentar e discutir as condições de vida percebidas nas comunidades em que atuam. A partir do olhar das dimensões sociais envolvidas nos processos de saúde-doença, este trabalho visa discutir de que forma a pobreza compromete a saúde das classes populares, especialmente no que se refere à saúde mental e ao "sofrimento difuso". A metodologia permitiu organizar, de modo sistemático, a escuta e favoreceu o reconhecimento do saber local, construído a partir das experiências de vida das pessoas que lidam com o sofrimento, a doença e seus determinantes nas condições de vida da população. A situação de pobreza absoluta de uma parcela significativa da população foi percebida como geradora de impasses para a resolução de problemas de saúde. Os resultados confirmam a importância de se compreenderem as estratégias de enfrentamento da população e as propostas para possíveis ações no campo da saúdeA construção do cuidado pela equipe de saúde e o cuidador em um programa de atenção domiciliar ao acamado em Porto Alegre (RS, Brasil)S1413-812320110001000322017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFreitas, Ivani Bueno de AlmeidaMeneghel, Stela NazarethSelli, Lucilda
<em>Freitas, Ivani Bueno De Almeida</em>;
<em>Meneghel, Stela Nazareth</em>;
<em>Selli, Lucilda</em>;
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Este artigo é um estudo de caso cujo objetivo principal foi compreender a construção do cuidado no Programa de Atendimento Domiciliar ao Acamado (PADA) de uma unidade básica de saúde (UBS) em Porto Alegre, RS. Os dados foram obtidos em 13 grupos de cuidadores na UBS e em observação participante registrada em diário de campo nos domicílios. Foi realizada análise das práticas discursivas, inspirada nos conceitos de discurso de Foucault e nos estudos sobre ética e cuidado de si. No transcurso dos grupos, os cuidadores ocuparam um espaço que chamamos metaforicamente de Oráculo de Delfos, lócus de acolhimento, escuta e de suporte. Escutar os diálogos travados entre equipe e cuidadores defrontou-nos com a contradição presente no discurso institucional que ao mesmo tempo que estimula o cuidado de si impõe normas, deveres e fazeres. O cuidado como direito de cidadania em contraposição ao cuidado como submissão e assujeitamento tensionou o grupo em vários momentos. A noção foucaultiana de cuidado compreende uma síntese entre o exercício de uma pessoa sobre ela mesma, tornando-a melhor como ser humano e, ao mesmo tempo, capacitando-a a se tornar melhor como cidadãoRepresentações e intenção de uso da fitoterapia na atenção básica à saúdeS1413-812320110001000332017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZRosa, Caroline daCâmara, Sheila GonçalvesBéria, Jorge Umberto
<em>Rosa, Caroline Da</em>;
<em>Câmara, Sheila Gonçalves</em>;
<em>Béria, Jorge Umberto</em>;
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O presente estudo observacional, de caráter exploratório, objetivou conhecer as representações e a utilização da fitoterapia na atenção básica à saúde e os fatores relacionados à intenção de uso dessa terapia. A população em estudo foi composta por 27 médicos do Programa de Saúde da Família no município de Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil. A pesquisa de abordagem qualitativa foi realizada através de um roteiro de entrevista semiestruturada abrangendo: conceitualização, experiências com fitoterápicos e fitoterapia na atenção básica. Tais temas originaram subcategorias como atitudes, percepção de pares, controle sobre a prescrição e intenção de uso de fitoterápicos na atenção básica. Os resultados demonstraram que os médicos não possuem conhecimento institucionalizado sobre o assunto; maior intenção de uso vincula-se ao conhecimento dos profissionais sobre essa modalidade terapêutica, decorrente da crença em sua comprovação científica. Para a institucionalização da fitoterapia na atenção básica, faz-se necessária maior divulgação de estudos acerca da comprovação científica, além de investimentos na capacitação dos profissionais. Dessa forma, a população poderá se beneficiar da fitoterapia, como uma alternativa mais acessível aos cuidados da saúdeAs práticas educativas em saúde e a Estratégia Saúde da FamíliaS1413-812320110001000342017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAlves, Gehysa GuimarãesAerts, Denise
<em>Alves, Gehysa Guimarães</em>;
<em>Aerts, Denise</em>;
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Este trabalho tem por objetivo refletir sobre a educação em saúde, enfatizando a educação popular em saúde (EPS) como proposta metodológica e sua utilização na rede básica de saúde, em especial na Estratégia Saúde da Família. Para tanto, foi realizada revisão bibliográfica sobre educação em saúde, prática educativa nos serviços de saúde e educação popular em saúde. Observou-se que, ainda hoje, as práticas educativas nos serviços de saúde obedecem a metodologias tradicionais, não privilegiando a criação de vínculo entre trabalhadores e população. Para que a educação popular em saúde possa se consolidar como uma prática educativa, deve ser incorporada no cotidiano do trabalho em saúde. Nesse sentido, a formação profissional deve valorizar as ações coletivas promotoras da saúde e desencadear um processo de reflexão crítica nos sujeitos envolvidos nas relações de ensino-aprendizagemAvaliação de risco dos organismos geneticamente modificadosS1413-812320110001000352017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCosta, Thadeu Estevam Moreira MaramaldoDias, Aline Peçanha MuzyScheidegger, Érica Miranda DamasioMarin, Victor Augustus
<em>Costa, Thadeu Estevam Moreira Maramaldo</em>;
<em>Dias, Aline Peçanha Muzy</em>;
<em>Scheidegger, Érica Miranda Damasio</em>;
<em>Marin, Victor Augustus</em>;
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Desde o começo de sua comercialização, em 1996, a área global de plantações transgênicas aumentou mais de cinquenta vezes. Nas duas últimas décadas, organizações governamentais e intergovernamentais têm planejado estratégias e protocolos para o estudo da segurança de alimentos derivados de cultivos geneticamente modificados. Os testes de segurança são realizados caso a caso e conduzidos de acordo com as características específicas das culturas modificadas e as mudanças introduzidas através da modificação genética, levando em conta o conceito de equivalência substancial. No presente trabalho, estão relatadas algumas abordagens de avaliação de risco de alimentos geneticamente modificados, assim como alguns problemas relacionados à construção genética ou mesmo à expressão do gene inseridoA participação popular em Ipatinga (MG, Brasil): conquistas e desafios do setor de saúdeS1413-812320110001000362017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBatista, Elizabeth da CostaMelo, Elza Machado de
<em>Batista, Elizabeth Da Costa</em>;
<em>Melo, Elza Machado De</em>;
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Com a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir dos anos 90, observase a passagem de um sistema político, administrativo e financeiramente centralizado para um cenário em que milhares de agentes passam a se constituir sujeitos fundamentais no campo da saúde. Entender como esses diferentes atores conseguiram absorver e garantir à comunidade o direito de participar na tomada de decisão em política pública de saúde foi o objetivo deste trabalho, que procura investigar o discurso democrático e a prática participativa implementada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no município de Ipatinga (MG). Utilizamos como referencial a Teoria da Ação Comunicativa, de Habermas, e a partir dela um modelo de democracia entendido como a institucionalização dos processos discursivos de formação da opinião e da vontade. A partir desse referencial teórico, integrado aos principais pressupostos da Reforma Sanitária Brasileira, foi feito o estudo das políticas municipais de saúde de Ipatinga, no que diz respeito às suas bases e relações democráticas. Os resultados obtidos indicam que há uma importante história democrática no município, com indícios, no entanto, de retrocessos na prática participativa do setor saúde, pois atualmente verifica-se uma reprodução de práticas tradicionais de governarO Programa de Agentes Comunitários de Saúde no Ceará: o caso de UruburetamaS1413-812320110001000372017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZÁvila, Maria Marlene Marques
<em>Ávila, Maria Marlene Marques</em>;
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O Programa de Agentes Comunitários de Saúde, institucionalizado em 1991, foi a primeira estratégia para a atenção primária no Brasil, sendo a segunda o Programa Saúde da Família. No Ceará, o trabalho com agentes de saúde existe desde 1986. O estudo objetivou identificar as práticas das agentes em Uruburetama (CE). As técnicas utilizadas foram a observação e entrevistas. As principais informantes do estudo foram 15 agentes de saúde que acompanhavam 19 crianças de 0 a 12 meses de idade, no período de agosto de 2004 até agosto de 2005. A partir da categoria analítica agente educador, foram identificadas as categorias empíricas: agente de saúde com conhecimentos insuficientes; agente de saúde impotente diante dos determinantes socioeconômicos; agente porta de entrada do PSF; agente pau pra toda obra; e os temas: práticas de saúde descontextualizadas das condições sociais e uma relação de conflitos. Considera-se que as agentes de saúde precisam ser mais capacitadas para desenvolver suas atividades; não têm a compreensão mais ampla dos problemas vivenciados pela comunidade e lhes falta maior apoio no PSF. Aponta-se a necessidade de reforçar a capacitação da agente de saúde, mas prioritariamente fortalecer sua ação como educadora popular em saúde.Saúde sexual e reprodutiva de mulheres imigrantes africanas e brasileiras: um estudo qualitativoS1413-812320110001000382017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBonan, Claudia
<em>Bonan, Claudia</em>;
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ErrataS1413-812320110001000392017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00Z