Ciência & Saúde Coletivahttps://www.scielosp.org/feed/csc/2017.v22n10/2017-01-13T00:12:00ZVol. 22 No. 10 - 2017WerkzeugVigilância em Saúde: direito social à promoção e proteção da saúde10.1590/1413-812320172210.216220172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSantos, Ronald Ferreira dos
<em>Santos, Ronald Ferreira Dos</em>;
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Vigilância em Saúde brasileira: reflexões e contribuição ao debate da 1a Conferência Nacional de Vigilância em Saúde10.1590/1413-812320172210.180920172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFranco Netto, GuilhermeVillardi, Juliana Wotzasek RulliMachado, Jorge Mesquita HuetSouza, Maria do Socorro deBrito, Ivo FerreiraSantorum, Juliana AcostaOcké-Reis, Carlos OctávioFenner, André Luiz Dutra
<em>Franco Netto, Guilherme</em>;
<em>Villardi, Juliana Wotzasek Rulli</em>;
<em>Machado, Jorge Mesquita Huet</em>;
<em>Souza, Maria Do Socorro De</em>;
<em>Brito, Ivo Ferreira</em>;
<em>Santorum, Juliana Acosta</em>;
<em>Ocké-Reis, Carlos Octávio</em>;
<em>Fenner, André Luiz Dutra</em>;
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Resumo Trata-se de pesquisa sobre os desafios da Vigilância em Saúde, considerando suas teorias e práticas. Procedeu-se ampla revisão da literatura internacional e nacional, e de documentos institucionais; alguns dos autores participaram na formulação do documento orientador elaborado pela Comissão de Formulação e Relatoria da 1a Conferência Nacional de Vigilância em Saúde. A complexidade da realidade brasileira impõe que a Vigilância em Saúde se oriente de forma universal, integrada, participativa e territorial, tendo como protagonistas a sociedade e os trabalhadores do SUS. Discute a necessidade de conceber um sistema de vigilância estruturado a partir das dinâmicas de produção, consumo e formas de viver das comunidades. A Política Nacional de Vigilância em Saúde deve incorporar, em seu núcleo central, as categorias e os valores da determinação social da saúde, da responsabilidade do Estado na regulação sanitária, da integralidade, do território, da participação da sociedade e do direito à informação.Pode a Vigilância em Saúde ser emancipatória? Um pensamento alternativo de alternativas em tempos de crise10.1590/1413-812320172210.166120172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPorto, Marcelo Firpo de Souza
<em>Porto, Marcelo Firpo De Souza</em>;
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Resumo Este artigo, na forma de ensaio, é um convite à reflexão sobre o caráter emancipatório da vigilância em/da saúde, um debate interrompido na década de 1990. Em tempos de grave crise política e institucional no Brasil e no ano da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (1ª CNVS), é estratégico renovar as discussões teóricas e epistemológicas críticas que fundamentaram a trajetória da medicina social latino-americana e da saúde coletiva nos últimos 40 anos. Para isso, baseamo-nos nos pensamentos críticos da modernidade que articulam o capitalismo, o colonialismo (ou a colonialidade) e o patriarcalismo como os três pilares da dominação, segundo o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. Em um contexto de crise civilizatória, repensar a emancipação significa atualizar o significado das lutas sociais em seu relacionamento com o conhecimento e as epistemologias desprezadas pela civilização moderna e ainda presentes no Sul Global, seja nos espaços indígenas e camponeses ou nas periferias urbanas.Solidariedade: uma perspectiva inovadora na gestão e organização das ações de Vigilância Sanitária10.1590/1413-812320172210.180220172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLeal, Cristian Oliveira Benevides SanchesTeixeira, Carmen Fontes de Souza
<em>Leal, Cristian Oliveira Benevides Sanches</em>;
<em>Teixeira, Carmen Fontes De Souza</em>;
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Resumo Ensaio teórico sobre o desenvolvimento do conceito de solidariedade, palavra que vem sendo utilizada no marco normativo e nas propostas políticas de reorientação da gestão do SUS. A metodologia consistiu no mapeamento de autores que abordaram aspectos da ação humana relacionados a esta temática a partir da tradição durkheimiana, conectando-os a seus seguidores, como Marcel Mauss e autores do Movimento Antiutilitarista nas Ciências Sociais. Destaca-se que a solidariedade é uma das formas de expressão da dádiva, do dom e apresenta-se como ação multidimensional, onde obrigação e liberdade; interesse instrumental e desinteresse se interpõem e entrelaçam. Discute-se que o planejamento, programação e execução das ações de Vigilância sanitária (Visa) demandam a compreensão de formas de organização e gestão de relações solidárias entre agentes envolvidos no controle do risco sanitário, superando-se o caráter fortemente normativo das ações expressas no predomínio das ações de fiscalização e sugere-se o desenvolvimento de ações associativas envolvendo profissionais de Visa, agentes econômicos e consumidores objetivando o compartilhamento de responsabilidades no controle do risco sanitário de produtos, serviços e ambientes sujeitos ao controle da Visa.O lugar da vigilância no SUS – entre os saberes e as práticas de mobilização social10.1590/1413-812320172210.17720172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFernandes, Valcler RangelLuz, Zélia Profeta daAmorim, Annibal Coelho deSérgio, Juraci VieiraSilva, José Paulo Vicente daCastro, Marcia Correa eMonken, MaurícioGondim, Grácia Maria de Miranda
<em>Fernandes, Valcler Rangel</em>;
<em>Luz, Zélia Profeta Da</em>;
<em>Amorim, Annibal Coelho De</em>;
<em>Sérgio, Juraci Vieira</em>;
<em>Silva, José Paulo Vicente Da</em>;
<em>Castro, Marcia Correa E</em>;
<em>Monken, Maurício</em>;
<em>Gondim, Grácia Maria De Miranda</em>;
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Resumo A Vigilância em Saúde pressupõe olhar atento sobre a situação de saúde de populações, de modo que se compreenda a saúde, a doença e o cuidado como manifestações indissociáveis da existência humana. Considerando esta perspectiva, o artigo se propõe a examinar as práticas de saúde a partir de alguns de seus processos comunicacionais, estes marcados por uma lógica profissional-centrada, que privilegia o discurso cientificista, vertical e autoritário, predominante nos espaços do Sistema Único de Saúde. No território, o processo de comunicação é determinante. Por seu intermédio se dá a interação social e o fazer cotidiano que reterritorializam os elementos da totalidade social: homens, empresas, instituições são redimensionadas na lógica: a do localmente vivido, abrindo espaço para uma comunicação mais horizontalizada e democrática.Caminhos possíveis para a avaliação das práticas da Vigilância em Saúde10.1590/1413-812320172210.177520172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZVilela, Maria Filomena de GouveiaSantos, Dario Nunes dosKemp, Brigina
<em>Vilela, Maria Filomena De Gouveia</em>;
<em>Santos, Dario Nunes Dos</em>;
<em>Kemp, Brigina</em>;
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Resumo Trata-se de pesquisa avaliativa, qualitativa que se propôs investigar a autoavaliação como dispositivo de análise das práticas da Vigilância em Saúde, valendo-se de questionário construído pelos pesquisadores, adaptado da Autovaliação da Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ) e disponibilizado na plataforma FORMSUS. Quarenta e um trabalhadores e gestores da Vigilância em Saúde de um município de grande porte do estado de São Paulo avaliaram as dimensões da “gestão” e “trabalho da equipe” e suas respectivas subdimensões. Criaram-se duas categorias de análise dos resultados: “Gestão” e “Equipe”, em diálogo com referenciais da Gestão, Avaliação e Vigilância em Saúde. A maior parte das subdimensões da “gestão” e “trabalho da equipe” foram avaliadas como satisfatórias. A autoavaliação, mediante o instrumento aplicado, mostrou-se potente para a análise das práticas da Vigilância em Saúde, em conjunto com outros dispositivos adotados no SUS. Diferentemente dos processos habituais de avaliação, pautados em indicadores quantitativos, este processo autoavaliativo incluiu os sujeitos e trouxe a possibilidade de incorporar aos modos de fazer da Vigilância em Saúde o olhar para si e sustentar futuros contratos de gestão entre trabalhadores e gestores.Adequação das informações de mortalidade e correção dos óbitos informados a partir da Pesquisa de Busca Ativa10.1590/1413-812320172210.120020162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAlmeida, Wanessa da Silva deSzwarcwald, Célia Landmann
<em>Almeida, Wanessa Da Silva De</em>;
<em>Szwarcwald, Célia Landmann</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é propor indicadores de adequação e estimar fatores de correção para os óbitos informados ao SIM. Em 2014, foi realizada uma Pesquisa de Busca Ativa para captar óbitos ocorridos no ano de 2012 em uma amostra de municípios das regiões Norte e Nordeste, e dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Para caracterizar a cobertura das informações de óbitos, foram propostos indicadores de adequação por município. Os fatores de correção foram estimados para indivíduos com um ano ou mais de idade e para crianças menores de 1 ano. Entre os óbitos de 1 ano ou mais, as coberturas são superiores a 90% em 12 estados. Já para óbitos infantis, a cobertura foi inferior a 80% em 7 estados. Os resultados dos modelos de regressão mostraram associação entre os fatores de correção estimados e os indicadores de adequação propostos. Verificou-se grande precariedade das informações em 227 municípios, para os quais o número informado de óbitos infantis, mesmo corrigido, não conseguiu atingir o mínimo esperado. Embora os avanços conseguidos na informação dos dados vitais no Brasil sejam reconhecidos, os resultados mostram que o nosso maior desafio está em alcançar municípios rurais e remotos, que ainda não dispõem de informações vitais adequadas.Avaliação de Impactos à Saúde (AIS): análises e desafios para a Vigilância em Saúde do Brasil10.1590/1413-812320172210.182720172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilveira, MissifanyFenner, André Luiz Dutra
<em>Silveira, Missifany</em>;
<em>Fenner, André Luiz Dutra</em>;
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Resumo O presente artigo tem como objetivo discutir sobre a Avaliação de Impacto à Saúde (AIS), apontando as principais iniciativas do setor saúde, desafios e perspectivas para a sua aplicação no Brasil. A AIS é uma metodologia preconizada pela OMS já bastante difundida em diversos países, mas com poucas iniciativas no Brasil. As questões de saúde no âmbito dos grandes empreendimentos no país são comumente realizadas de forma pontual nos processos de licenciamento ambiental, diferentemente da AIS que traz uma abordagem integrada, com a participação dos atores sociais no território desde o início do projeto. Trata-se de uma pesquisa de natureza analítica e exploratória. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática sobre o tema, bem como o levantamento de documentos governamentais das principais iniciativas já realizadas pelo Ministério da Saúde, no âmbito da Vigilância em Saúde Ambiental, nos processos de licenciamento de empreendimentos. Buscou-se analisar os principais marcos conceituais, apontando possibilidades para sua aplicação no Brasil, assim como novas perspectivas para atuação do campo da Vigilância em Saúde nessa temática, permitindo que a variável saúde seja avaliada durante as diferentes intervenções de uma política, programa ou projeto.Saberes sociais e a construção da preferência pela água de consumo humano10.1590/1413-812320172210.177020172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSoares, Ana Carolina CordeiroCarmo, Rose FerrazBevilacqua, Paula Dias
<em>Soares, Ana Carolina Cordeiro</em>;
<em>Carmo, Rose Ferraz</em>;
<em>Bevilacqua, Paula Dias</em>;
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Resumo A territorialização em Vigilância em Saúde e o cotidiano como categorias analíticas nortearam o delineamento do presente estudo, que procurou, a partir do referencial metodológico da pesquisa qualitativa, compreender fatores imbricados na utilização de soluções de abastecimento individual como fonte de água para consumo humano. Realizamos entrevistas semiestruturadas com moradores de 22 domicílios, de um município da Zona da Mata Mineira. Os depoimentos foram integralmente transcritos, tratados pela análise de conteúdo e interpretados com base na teoria psicossocial das representações sociais. Foi possível apreender os componentes social e afetivo das representações sociais. O componente social, revelado pela representação da água proveniente de soluções de abastecimento individual (SAI)como limpa e de boa qualidade, pareceu conduzir ou justificar a “resistência” dos indivíduos em usar a água do abastecimento público. O componente afetivo esteve relacionado ao uso da água proveniente de SAI como retorno e defesa das origens, como forma de reforçar a identidade dos sujeitos. Os resultados sinalizaram que percepções e demandas da população podem nortear ações que visem estimular a confiança na água proveniente do sistema público e a opção por essa fonte de abastecimento contribuindo com a proteção da saúde.Proteção à saúde no Brasil: o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária10.1590/1413-812320172210.166720172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSeta, Marismary Horsth DeOliveira, Catia Veronica dos SantosPepe, Vera Lúcia Edais
<em>Seta, Marismary Horsth De</em>;
<em>Oliveira, Catia Veronica Dos Santos</em>;
<em>Pepe, Vera Lúcia Edais</em>;
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Resumo Neste ensaio se apresenta o singular arranjo denominado Vigilância em Saúde no Brasil e as especificidades das vigilâncias que o compõem: Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica Ampliada, Vigilância em Saúde do Trabalhador e Vigilância Ambiental em Saúde, bem como a determinação constitucional de realização das ações de Vigilância Sanitária e Epidemiológica e de Saúde do Trabalhador. São discutidos os dois sistemas nacionais de proteção da saúde - Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, ressaltando-se a regulação sanitária efetuada por este último e alguns constrangimentos à sua ação pelo Poder Legislativo. Reafirma-se o dever constitucional do Estado brasileiro na proteção da saúde, provendo meios para o adequado funcionamento dos dois sistemas, tendo em vista que a defesa dos interesses sanitários representa o enfrentamento de interesses econômicos transnacionais oligopolizados. O argumento da crise financeira do Estado brasileiro não pode prevalecer sobre direitos da cidadania, na vigência do subfinanciamento público da saúde no Brasil.Vigilância em Saúde Mental e Trabalho no Brasil: características, dificuldades e desafios10.1590/1413-812320172210.175520172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAraújo, Tania Maria dePalma, Tarciso de FigueiredoAraújo, Natália do Carmo
<em>Araújo, Tania Maria De</em>;
<em>Palma, Tarciso De Figueiredo</em>;
<em>Araújo, Natália Do Carmo</em>;
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Resumo Este artigo aborda as dificuldades e os desafios da Vigilância em Saúde Mental Relacionada ao Trabalho (SMRT) no Brasil, com base em levantamento de produção bibliográfica. Busca-se, a partir da compilação da produção identificada, fomentar reflexões sobre o panorama atual em que se encontram as ações em Vigilância nesse campo, seus principais entraves e possibilidades de avanços. Efetuou-se levantamento de publicações nacionais nas bases do Scielo, Lilacs e PubMed, de 2002 a 2017. A sistematização dos dados permitiu a sua estruturação nas seguintes temáticas: Epidemiologia da SMRT no Brasil; Políticas para a SMRT e a VISAT; Organização do Trabalho e Saúde Mental; e, Ações e Intervenções em VISAT e SMRT. As ações para Vigilância encontram-se, ainda, em estado incipiente, porém há esforços para o fortalecimento da RENAST, materializado na construção de protocolos e na promoção de encontros nacionais que visam à reflexão e à construção de um novo modelo de Vigilância em Saúde do Trabalhador. Registra-se a busca por novos modelos e concepções de adoecimento mental, de redefinição do foco de atenção, de modos de intervenção com destaque para o papel ativo dos trabalhadores, protagonistas imprescindíveis ao enfrentamento dos desafios nesse campo.Tecnovigilância no Brasil: panorama das notificações de eventos adversos e queixas técnicas de cateteres vasculares10.1590/1413-812320172210.176120172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOliveira, Cheila Gonçalves deRodas, Andrea Cecilia Dorion
<em>Oliveira, Cheila Gonçalves De</em>;
<em>Rodas, Andrea Cecilia Dorion</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é identificar, quantificar e categorizar a ocorrência de notificações de eventos adversos e queixas técnicas relacionados ao uso de cateter vascular recebidas pelo sistema NOTIVISA no período de janeiro de 2007 a junho de 2016. Estudo descritivo, retrospectivo, documental, com abordagem quantitativa. Os dados solicitados e fornecidos pela Anvisa foram analisados e apresentados na forma de gráficos e tabelas. Fizeram parte do estudo 4682 notificações de queixas técnicas e 671 de eventos adversos. Houve aumento progressivo das notificações no período estudado. Quanto ao tipo de queixa técnica, a maioria delas se referiu a ‘produto com suspeita de desvio de qualidade’ sendo em maior quantidade o motivo ‘rompimento do cateter durante o procedimento’. O evento adverso mais notificado foi ‘Cateter rompeu na veia e migrou para outra parte do corpo’. Destaca-se que no período estudado ocorreram 4 notificações de óbitos, a forma mais grave de evento adverso. O estudo permitiu visualizar a importância da vigilância pós-comercialização dos cateteres vasculares além de fornecer um panorama de seu uso, o que pode apoiar ações de Tecnovigilância e subsidiar as políticas públicas voltadas a esse produto.Metodologia participativa como instrumento para a territorialização das ações da Vigilância em Saúde Ambiental10.1590/1413-812320172210.177220172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBezerra, Anselmo César VasconcelosBitoun, Jan
<em>Bezerra, Anselmo César Vasconcelos</em>;
<em>Bitoun, Jan</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é apresentar uma metodologia de territorialização em saúde construída a partir das experiências dos agentes de controle de endemias e saúde ambiental na Região Metropolitana do Recife (RMR). Foram realizadas dez oficinas de trabalho com a participação de trezentos agentes e supervisores de Vigilância em Saúde que atuam em municípios da RMR. Utilizou-se de técnicas como aplicação de questionários, entrevistas e discussões dirigidas. Os resultados apontam que é incipiente a incorporação de conceitos geográficos para consolidar as ações de campo da Vigilância em Saúde. Adota-se predominantemente o território numa perspectiva administrava e a territorialização é usada como a simples divisão do território para o desenvolvimento das ações. Entretanto, há um entendimento e consenso da necessidade de compreensão dos conhecimentos geográficos, fato que ficou expresso pela rica construção coletiva de um modelo de territorialização participativa que deve envolver uma gama de atores sociais. Concluiu-se que, na prática, os agentes de vigilância possuem habilidades significativas para participarem da gestão do território e do processo de territorialização, não apenas coletando dados, mas principalmente intervindo em prol do bem estar coletivo.Presença de agrotóxicos na atmosfera e risco à saúde humana: uma discussão para a Vigilância em Saúde Ambiental10.1590/1413-812320172210.183420172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSouza, Gustavo dos SantosCosta, Luciana Cristina Alves daMaciel, Alana CoelhoReis, Fábio David VasconcelosPamplona, Ysabely de Aguiar Pontes
<em>Souza, Gustavo Dos Santos</em>;
<em>Costa, Luciana Cristina Alves Da</em>;
<em>Maciel, Alana Coelho</em>;
<em>Reis, Fábio David Vasconcelos</em>;
<em>Pamplona, Ysabely De Aguiar Pontes</em>;
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Resumo O Brasil é o principal consumidor de agrotóxicos do mundo. O uso em larga escala destes produtos é capaz de contaminar os principais compartimentos ambientais e expor um maior número de pessoas a seus efeitos tóxicos. Portanto, realizou-se esta revisão de literatura com o objetivo de buscar subsídios para uma discussão qualificada sobre a atuação da Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) no âmbito do Sistema Único de Saúde relacionada com a contaminação atmosférica por agrotóxicos e riscos à saúde. Doze artigos foram selecionados e analisados nesta revisão de literatura. Destes, apenas um foi publicado em periódico especializado na área da saúde pública. Apesar disso, dois estudos epidemiológicos publicados na área das ciências ambientais investigaram a associação entre o ar contaminado por agrotóxicos e desfechos específicos como, linfoma não Hodgkin (LNH) e esclerose lateral amiotrófica (ELA). Nossos achados refletem a carência de estudos abordando o tema pela saúde pública. A discussão sobre a contaminação atmosférica por agrotóxicos e riscos potenciais à saúde humana deve ser ampliada pela ciência brasileira, a fim de aprofundar o conhecimento sobre o assunto e respaldar a capacidade de atuação da VSA.Distribuição espacial do uso de agrotóxicos no Brasil: uma ferramenta para a Vigilância em Saúde10.1590/1413-812320172210.177420172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPignati, Wanderlei AntonioLima, Francco Antonio Neri de Souza eLara, Stephanie Sommerfeld deCorrea, Marcia Leopoldina MontanariBarbosa, Jackson RogérioLeão, Luís Henrique da CostaPignatti, Marta Gislene
<em>Pignati, Wanderlei Antonio</em>;
<em>Lima, Francco Antonio Neri De Souza E</em>;
<em>Lara, Stephanie Sommerfeld De</em>;
<em>Correa, Marcia Leopoldina Montanari</em>;
<em>Barbosa, Jackson Rogério</em>;
<em>Leão, Luís Henrique Da Costa</em>;
<em>Pignatti, Marta Gislene</em>;
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Resumo O uso de agrotóxicos na agricultura brasileira é um problema de saúde pública, dadas as contaminações no ambiente, em alimentos e as intoxicações na saúde humana. Objetivou-se apresentar a distribuição espacial da área plantada de lavouras, consumo de agrotóxicos e agravos à saúde relacionados, como estratégia de Vigilância em Saúde. Obteve-se dados de área plantada de 21 culturas predominantes, indicadores de consumo de agrotóxicos por hectare para cada cultura e agravos à saúde. Espacializou-se o consumo de agrotóxicos nos municípios brasileiros e correlacionou-se às incidências de intoxicações por agrotóxicos: aguda, subaguda e crônica. Constatou-se predomínio dos cultivos de soja, milho e cana, que juntos corresponderam a 76% da área plantada no Brasil em 2015. Pulverizou-se 899 milhões de litros de agrotóxicos nessas lavouras, com Mato Grosso, Paraná e Rio Grande Sul tendo utilizado as maiores quantidades. Os agravos à saúde apresentaram correlações positivas e significativas com o uso de agrotóxicos. A estratégia metodológica possibilitou identificar municípios prioritários para a Vigilância em Saúde e o desenvolvimento de ações intersetoriais de prevenção e mitigação dos impactos dos agrotóxicos na saúde e ambiente.Financiamento federal da Vigilância Sanitária no Brasil de 2005 a 2012: análise da distribuição dos recursos10.1590/1413-812320172210.108520172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBattesini, MarceloAndrade, Carla Lourenço Tavares deSeta, Marismary Horsth De
<em>Battesini, Marcelo</em>;
<em>Andrade, Carla Lourenço Tavares De</em>;
<em>Seta, Marismary Horsth De</em>;
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Resumo A Vigilância Sanitária realiza um conjunto de ações de prevenção de riscos à saúde relacionados ao consumo de produtos e à prestação de serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde. A realização das ações de Vigilância Sanitária depende fortemente da política de financiamento federal, que é indutora da sua descentralização. O objetivo deste texto é analisar o financiamento federal da Vigilância Sanitária para estados e municípios, a partir dos repasses programados, no período entre 2005-2012. Entre os principais resultados estão o aumento nos valores per capita, com manutenção em torno do valor médio de R$ 1,25/hab/ano; o aumento no número de municípios que pactuaram a realização de ações estratégicas; e uma tendência de estabilização nos percentuais atinentes a cada ente federado em torno de 50% aos Municípios, 25% aos entes federados Estado e 20% aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública. Os resultados evidenciam que a adoção de valores per capita unificados para todo o país provocou distorções que indicam iniquidade entre territórios estaduais, apontando a necessidade de tornar mais preciso o conceito de equidade no financiamento no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e de ampliar a discussão sobre os critérios de alocação atualmente utilizados.Avaliação da qualidade dos dados, oportunidade e aceitabilidade da vigilância da tuberculose nas microrregiões do Brasil10.1590/1413-812320172210.180320172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Gabriela Drummond Marques daBartholomay, PatríciaCruz, Oswaldo GonçalvesGarcia, Leila Posenato
<em>Silva, Gabriela Drummond Marques Da</em>;
<em>Bartholomay, Patrícia</em>;
<em>Cruz, Oswaldo Gonçalves</em>;
<em>Garcia, Leila Posenato</em>;
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Resumo Objetivou-se avaliar a qualidade dos dados, a aceitabilidade e a oportunidade do sistema de vigilância da tuberculose nas microrregiões do Brasil. Foi realizado estudo ecológico transversal, após etapa qualitativa para seleção de indicadores, tendo como unidades de análise as 558 microrregiões. Foram utilizados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de 2012 a 2014, para cálculo de 14 indicadores referentes a 4 atributos: completitude, consistência, oportunidade e aceitabilidade. Foi empregada análise de cluster para agrupar as microrregiões quanto à aceitabilidade e à oportunidade. Dentre as 473 microrregiões com completitude ótima ou regular (70% a 100%) e número de notificações superior a 5, foram identificados 3 clusters. O cluster 1 (n = 109) apresentou oportunidades médias de notificação e de tratamento iguais a 62,8% e 24,9%, respectivamente. O cluster 2 (n = 143) teve o percentual médio de casos testados para HIV igual a 55,9%. O cluster 3 (n = 221) apresentou o melhor desempenho nos indicadores da tuberculose. Os resultados sugerem áreas prioritárias para aprimoramento da vigilância da tuberculose, predominantemente no centro-norte do país. Também apontam a necessidade de aumento da oportunidade do tratamento e do percentual de casos testados para HIV.Análise de indivíduos com leucemia: limitações do sistema de vigilância de câncer10.1590/1413-812320172210.182920172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMoraes, Elisane SilveiraMello, Marcia Sarpa de CamposNogueira, Fernanda de Albuquerque MeloOtero, Ubirani BarrosCarvalho, Flávia Nascimento de
<em>Moraes, Elisane Silveira</em>;
<em>Mello, Marcia Sarpa De Campos</em>;
<em>Nogueira, Fernanda De Albuquerque Melo</em>;
<em>Otero, Ubirani Barros</em>;
<em>Carvalho, Flávia Nascimento De</em>;
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Resumo O câncer é a segunda causa de morte no mundo com grande impacto na saúde pública e as leucemias são cânceres hematológicos relacionados a diferentes exposições no trabalho. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil ocupacional de indivíduos diagnosticados com leucemia. Trata-se de um estudo transversal de casos cadastrados entre 2007 e 2011 no banco de dados do IntegradorRHC. Foram incluídos indivíduos de 26 estados brasileiros, com 20 anos ou mais. Do total de 7807 casos de leucemia, Minas Gerais registrou a maior ocorrência (1351). Em apenas 52% dos casos havia informações sobre a ocupação. As ocupações com maior número de casos de leucemias foram: trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca; de serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados e da produção de bens e serviços industriais. Tais ocupações apresentam exposição a substâncias consideradas pela literatura como agentes cancinogênicos para humanos. Observou-se elevado subregistro de dados referentes à ocupação comprometendo a qualidade da informação e, por conseguinte, a efetividade do sistema de vigilância em saúde no Brasil. O RHC também não fornece informações sobre o agente utilizado durante a jornada de trabalho, o tempo de exposição no decorrer de sua vida laboral, bem como dados de ocupações prévias.Use of genetically modified crops and pesticides in Brazil: growing hazards10.1590/1413-812320172210.171120172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAlmeida, Vicente Eduardo Soares deFriedrich, KarenTygel, Alan FreihofMelgarejo, LeonardoCarneiro, Fernando Ferreira
<em>Almeida, Vicente Eduardo Soares De</em>;
<em>Friedrich, Karen</em>;
<em>Tygel, Alan Freihof</em>;
<em>Melgarejo, Leonardo</em>;
<em>Carneiro, Fernando Ferreira</em>;
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Abstract Genetically modified (GM) crops were officially authorized in Brazil in 2003. In this documentary study, we aimed to identify possible changes in the patterns of pesticide use after the adoption of this technology over a span of 13 years (2000 to 2012). The following variables were analyzed: Pesticide use (kg), Pesticide use per capita (kg/inhab), Pesticide and herbicide use per area (kg/ha) and productivity (kg/ha). Contrary to the initial expectations of decreasing pesticide use following the adoption of GM crops, overall pesticide use in Brazil increased 1.6-fold between the years 2000 and 2012. During the same period, pesticide use for soybean increased 3-fold. This study shows that the adoption of GM crops in Brazil has led to an increase in pesticide use with possible increases in environmental and human exposure and associated negative impacts.Estado nutricional de menores de 5 anos de idade no Brasil: evidências da polarização epidemiológica nutricional10.1590/1413-812320172210.252420162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPereira, Ingrid Freitas da SilvaAndrade, Lára de Melo BarbosaSpyrides, Maria Helena ConstatinoLyra, Clélia de Oliveira
<em>Pereira, Ingrid Freitas Da Silva</em>;
<em>Andrade, Lára De Melo Barbosa</em>;
<em>Spyrides, Maria Helena Constatino</em>;
<em>Lyra, Clélia De Oliveira</em>;
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Resumo Objetivou-se avaliar o estado nutricional de crianças menores de 5 anos no Brasil no ano de 2009, o associando aos fatores sociais e demográficos. Utilizou-se dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF 2008/2009), cujo perfil nutricional foi avaliado segundo os índices Peso-para-idade, Estatura-para-idade e Peso-para-estatura (n = 14.569). A associação foi estimada aplicando-se o teste de associação de Pearson, regressões logísticas e análises de correspondência. A análise de correspondência revelou maior associação da magreza com as crianças das regiões Norte e Nordeste, em famílias com menores níveis de renda e de cor/raça preta. O sobrepeso e a obesidade demonstraram maior relação com as crianças residentes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, do sexo masculino, da zona urbana, de cor/raça branca, com 3 anos de idade e de famílias com faixas de renda intermediárias. O sobrepeso e a obesidade demonstraram distribuição heterogênea quanto a sua espacialização dentre as Unidades da Federação. Aponta-se para uma polarização epidemiológica nutricional, sendo um grande desafio para a saúde coletiva reduzir as carências nutricionais e promover hábitos alimentares saudáveis desde a infância.Insegurança alimentar moderada e grave em famílias integradas por pessoas vivendo com HIV/Aids: validação da escala e fatores associados10.1590/1413-812320172210.024620172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMedeiros, Amira Rose CostaLima, Rafaela Lira Formiga Cavalcanti deMedeiros, Leidyanny Barbosa deTrajano, Flávia Maiele PedrozaSalerno, Amanda Amaiy PessoaMoraes, Ronei Marcos deVianna, Rodrigo Pinheiro de Toledo
<em>Medeiros, Amira Rose Costa</em>;
<em>Lima, Rafaela Lira Formiga Cavalcanti De</em>;
<em>Medeiros, Leidyanny Barbosa De</em>;
<em>Trajano, Flávia Maiele Pedroza</em>;
<em>Salerno, Amanda Amaiy Pessoa</em>;
<em>Moraes, Ronei Marcos De</em>;
<em>Vianna, Rodrigo Pinheiro De Toledo</em>;
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Resumo Grupos populacionais vulneráveis, como pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), podem ter alta prevalência de Insegurança Alimentar (IA). Estudo seccional avaliou a validade interna da escala EBIA e mediu a prevalência de IA em amostra de 796 PVHA em João Pessoa (PB). A validação foi feita por análise de Rasch. Testou-se a associação da insegurança alimentar com características sociodemográficas e clínicas com o teste qui-quadrado. Variáveis associadas foram incluídas em um modelo de regressão múltipla de Poisson. EBIA apresentou validade em PVHA com ajuste dentro dos limites esperados e severidade dos itens respeitando o modelo teórico e identificou 66,5% de IA na amostra (30,8% IA leve, 18,1% IA moderada e 17,6% IA grave). Insegurança alimentar moderada ou grave estiveram associadas à idade menor que 43 anos (RP = 1,49; IC95%: 1,14 – 1,86), escolaridade fundamental (RP = 1,64; IC95%: 1,24 – 2,17), renda per capita menor que ½ salário mínimo (RP = 1,83; IC95%: 1,37 – 2,44), falta de ocupação (RP = 1,59; IC95%: 1,16 – 2,19) e domicílios compostos somente por adultos com a pessoa de referência do sexo feminino (RP = 2,19; IC95%: 1,45 – 3,31). As PVHA estudadas apresentam alta prevalência de IA piorando suas condições de vida podendo agravar os problemas de saúde vivenciados por este grupo.Três décadas de epidemiologia hospitalar e o desafio da integração da Vigilância em Saúde: reflexões a partir de um caso10.1590/1413-812320172210.175620172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZEscosteguy, Claudia CaminhaPereira, Alessandra Gonçalves LisbôaMedronho, Roberto de Andrade
<em>Escosteguy, Claudia Caminha</em>;
<em>Pereira, Alessandra Gonçalves Lisbôa</em>;
<em>Medronho, Roberto De Andrade</em>;
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Resumo Este estudo propõe uma reflexão sobre os usos e as perspectivas da vigilância em saúde hospitalar a partir do relato de uma experiência pioneira em epidemiologia hospitalar, o Serviço de Epidemiologia/HFSE, que serviu de base para a criação dos núcleos de vigilância epidemiológica (VE) dos hospitais municipais e estaduais do Rio de Janeiro. O serviço integra ações de VE, educação continuada, capacitação, treinamento em serviço, pesquisa e avaliação de serviços desde 1986. Participa ativamente da rede nacional de VE, tendo notificado 55.747 casos de 1986 a 2016, a maioria por busca ativa. A integração dos vários níveis da vigilância e assistência agiliza as atividades clássicas de controle das doenças de notificação compulsória e fornece instrumentos de avaliação da qualidade. O importante papel na capacitação e formação de recursos humanos é evidenciado através do treinamento de 1.835 internos de medicina e 78 residentes até 2016; e pelo fato de que esta experiência tem servido de base para a implantação de diversos outros núcleos hospitalares. Entre os desafios que se impõem atualmente está a articulação com as demais comissões que compõem o Núcleo de Vigilância Hospitalar e o Núcleo de Segurança do Paciente.Tendência da mortalidade por intoxicação medicamentosa entre gêneros e faixas etárias no Estado de São Paulo, Brasil, 1996-201210.1590/1413-812320172210.127820172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOliveira, Janessa de Fátima Morgado deWagner, Gabriela ArantesRomano-Lieber, Nicolina SilvanaAntunes, José Leopoldo Ferreira
<em>Oliveira, Janessa De Fátima Morgado De</em>;
<em>Wagner, Gabriela Arantes</em>;
<em>Romano-Lieber, Nicolina Silvana</em>;
<em>Antunes, José Leopoldo Ferreira</em>;
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Resumo O estudo verificou a tendência da mortalidade por intoxicação medicamentosa por faixas etárias, sexo e intenção, na população do estado de São Paulo. A série temporal de mortalidade por intoxicação medicamentosa ajustada foi construída a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do DATASUS (1996 a 2012). Foram verificadas a magnitude e a tendência para as variáveis estudadas. Observou-se tendência crescente de mortalidade ajustada a partir de 2005, que se acentuou a partir de 2009, o que foi confirmado pelo valor do IC95% para a taxa de variação anual média. Tal tendência não foi verificada para a mortalidade geral para o estado (TVAM = -0,22%; IC95% = -1,12 – 0,69), para a mortalidade específica por causas externas (TVAM = -3,14%; IC95% = -4,75 – -1,49) e para a mortalidade por intoxicação medicamentosa acidental (TVAM = +9,76%, IC95% = -12,16 – 37,14). A autointoxicação medicamentosa intencional foi a que mais cresceu no período (TVAM = +10,64%, IC95% = 6,92 – 14,49), assim como a mortalidade entre os mais jovens (maior magnitude). A tendência observada para a mortalidade por intoxicação medicamentosa no estado de São Paulo, a relevância da componente intencional e da mortalidade entre as faixas etárias mais jovens ressaltam a necessidade de implementação de medidas de controle.Vigilância dos acidentes de trabalho em unidades sentinela em saúde do trabalhador no município de Fortaleza, nordeste do Brasil10.1590/1413-812320172210.174220172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFerreira, Marcelo José MonteiroLima, Romênia Kelly Soares deSilva, Ageo Mário Cândido daBezerra Filho, José GomesCavalcanti, Luciano Pamplona de Góes
<em>Ferreira, Marcelo José Monteiro</em>;
<em>Lima, Romênia Kelly Soares De</em>;
<em>Silva, Ageo Mário Cândido Da</em>;
<em>Bezerra Filho, José Gomes</em>;
<em>Cavalcanti, Luciano Pamplona De Góes</em>;
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Resumo O artigo analisa os fatores associados à notificação de Acidentes de Trabalho (AT) em unidades sentinelas do município de Fortaleza, nordeste do Brasil. Estudo transversal, analítico, realizado em cinco unidades sentinela para acidentes de trabalho graves e fatais. Foram aplicados 354 questionários em profissionais responsáveis pelas notificações dos AT. Utilizou-se a Razão de Prevalência, com intervalo de confiança de 95% e os testes de Qui-quadrado de Pearson e/ou exato de Fischer. Após essa etapa, utilizou-se a análise estratificada e análise múltipla através da Regressão de Poisson adotando o método Stepwise Forward. No modelo final, foram mantidas as variáveis que apresentaram nível de significância menor ou igual a 0,05. Foram associados significativamente à maior chance de notificação dos AT as variáveis: tempo de atuação na área, ter participado pelo menos de três cursos, ter conhecimento sobre as portarias e a legislação relacionadas aos AT, sobre a ficha do SINAN, saber que os AT são eventos de notificação compulsória e discutir esse tema com a equipe de trabalho. Ações de capacitação contribuem para a sensibilização dos profissionais.Vigilância em Saúde do Trabalhador na Atenção Básica: aprendizagens com as equipes de Saúde da Família de João Pessoa, Paraíba, Brasil10.1590/1413-812320172210.175320172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAmorim, Luciana de AssisSilva, Thais Lacerda eFaria, Horácio Pereira deMachado, Jorge Mesquita HuetDias, Elizabeth Costa
<em>Amorim, Luciana De Assis</em>;
<em>Silva, Thais Lacerda E</em>;
<em>Faria, Horácio Pereira De</em>;
<em>Machado, Jorge Mesquita Huet</em>;
<em>Dias, Elizabeth Costa</em>;
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Resumo O estudo analisa ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador desenvolvidas por equipes de Saúde da Família, a partir da percepção de médicos e enfermeiros no município de João Pessoa. Utilizou-se questionário com 30 questões organizadas em quatro blocos: identificação do profissional; práticas de atenção à saúde dos trabalhadores com ênfase no perfil produtivo e epidemiológico e apoio matricial e institucional às equipes. Participaram 179 profissionais; 82% mulheres; 46% com 50 anos ou mais e 60% com atuação há mais de 10 anos na atividade. Os resultados evidenciam que ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador não estão incorporadas no cotidiano de trabalho das equipes: 53% realizam mapeamento das atividades produtivas e 30% correlacionam-nas com situações de riscos para a saúde. Referem ações para eliminar/mitigar a exposição a situações de riscos e vulnerabilidade, 24%. O apoio às equipes de Saúde da Família pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador foi referido por 45% dos participantes, menor que pela Vigilância em Saúde do Trabalhador (32%). A participação em processos de qualificação em saúde do trabalhador foi mencionada por 24% dos profissionais. Os resultados sugerem necessidade de ampliar e fortalecer os processos de educação permanente e apoio técnico às equipes.Um olhar sobre a vigilância dos óbitos fetais do Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Brasil, em 201410.1590/1413-812320172210.175720172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMaria, Lidian Franci Batalha SantaAraújo, Thália Velho Barreto de
<em>Maria, Lidian Franci Batalha Santa</em>;
<em>Araújo, Thália Velho Barreto De</em>;
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Resumo Este estudo teve por objetivo avaliar a completitude das fichas de investigação, os principais indicadores da Vigilância do óbito fetal do Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, e suas contribuições para o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A população de estudo consistiu em todos os óbitos fetais ocorridos no ano de 2014, de residentes. Os dados foram obtidos das fichas de investigação do óbito e do banco do SIM. Foi analisada a completitude das fichas de 68 óbitos fetais e de 13 variáveis da Declaração de Óbitos (DO) antes e após a investigação. Em 2014, a taxa de mortalidade fetal foi de 10,3‰. Dos 102 óbitos, 86,3% (88) foram investigados, 67% (59) foram investigados antes de 120 dias. Apenas nove (10,2% dos óbitos investigados) foram discutidos. A ficha hospitalar foi a mais frequente e a síntese com maior completitude, e com pior preenchimento a ambulatorial. Houve retificações das 13 variáveis estudadas da DO. Os resultados mostraram que a vigilância do óbito fetal no Jaboatão dos Guararapes apresentou deficiências e dificuldades operacionais. Por outro lado, revelou a contribuição do processo investigativo na qualificação do SIM.Identificação das Regiões de Saúde do Rio Grande do Sul, Brasil, prioritárias para ações de Vigilância em Saúde10.1590/1413-812320172210.182120172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMondini, Renata PetzholdMenegolla, Ivone AndreattaSilva, Eduardo Viegas da
<em>Mondini, Renata Petzhold</em>;
<em>Menegolla, Ivone Andreatta</em>;
<em>Silva, Eduardo Viegas Da</em>;
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Resumo O presente artigo identifica as Regiões de Saúde do Rio Grande do Sul (RS) prioritárias com vistas a implementar ações para o fortalecimento da Vigilância em Saúde. Estudo descritivo com dados da série histórica de 11 (onze) indicadores de Vigilância em Saúde do Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores 2016, do Ministério da Saúde pactuados pela Comissão Intergestores Bipartite/RS. Os indicadores selecionados são sintetizados para produzir um Indicador Composto de Avaliação da Vigilância em Saúde (ICAVES) para cada uma das 30 Regiões de Saúde do estado, criando valores que variam de 0 (pior) a 1 (melhor), tendo como método de cálculo o utilizado para a construção do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os menores índices do indicador composto estão nas Regiões de Saúde: 20-Rota da Produção e 19-Região do Botucaraí. As Regiões de Saúde 20 e 19 são prioritárias para o fortalecimento das ações de âmbito coletivo da Vigilância em Saúde e o gerenciamento de riscos e agravos à saúde considerando a equidade horizontal como diretriz do Sistema Único de Saúde.Avaliação da Vigilância em Saúde na Zona da Mata Mineira, Brasil: das normas à prática10.1590/1413-812320172210.182520172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZDonateli, Cíntia PereiraAvelar, Patrícia SilvaEinloft, Ariadne Barbosa do NascimentoCotta, Rosângela Minardi MitreCosta, Glauce Dias da
<em>Donateli, Cíntia Pereira</em>;
<em>Avelar, Patrícia Silva</em>;
<em>Einloft, Ariadne Barbosa Do Nascimento</em>;
<em>Cotta, Rosângela Minardi Mitre</em>;
<em>Costa, Glauce Dias Da</em>;
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Resumo A Vigilância em Saúde é de suma importância ao se defrontar com o atual cenário epidemiológico do Brasil. Objetiva-se avaliar o grau de atuação da Vigilância em Saúde da Zona da Mata Mineira. Trata-se de um estudo avaliativo. A coleta de dados ocorreu no primeiro semestre de 2016. O universo da pesquisa foi composto por sete municípios polo da Zona da Mata Mineira. Os municípios foram selecionados tendo como referência a presença e a atuação das vigilâncias: epidemiológica, ambiental e sanitária. Os sujeitos em análise foram os coordenadores das vigilâncias (n = 21), coordenadores de Vigilância em Saúde (n = 7) e secretários de saúde (n = 7). Foram realizadas entrevistas utilizando-se um questionário semiestruturado e elaborado baseado na tríade de Donabedian: Estrutura, Processo e Resultado. A fim de obter a classificação da atuação, da dimensão e subdimensões foi criado um sistema de escores, no qual se atribuiu pontuação para cada critério. Para classificação do grau de atuação da Vigilância em Saúde, os pontos de corte utilizados foram: incipiente, intermediário ou avançado, se obtiver até 5,99 pontos; entre 6,0 e 7,99 pontos e entre 8 e 10 pontos, respectivamente. O grau de atuação da Vigilância em Saúde em âmbito regional foi classificado como intermediário.Vigilância do óbito como indicador da qualidade da atenção à saúde da mulher e da criança10.1590/1413-812320172210.196520172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMelo, Cristiane Magalhães deAquino, Talita Iasmim SoaresSoares, Marcela QuaresmaBevilacqua, Paula Dias
<em>Melo, Cristiane Magalhães De</em>;
<em>Aquino, Talita Iasmim Soares</em>;
<em>Soares, Marcela Quaresma</em>;
<em>Bevilacqua, Paula Dias</em>;
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Resumo Objetivamos avaliar a implementação de uma rede regional de vigilância do óbito, refletindo sobre desafios e potencialidades de atuação enquanto observatório da violência contra a mulher. A pesquisa envolveu nove municípios de uma região de saúde da Zona da Mata de Minas Gerais. Acompanhamos reuniões do comitê regional de vigilância do óbito e realizamos entrevistas semiestruturadas com seus profissionais e com gestores municipais de saúde. Também analisamos informações sobre investigações realizadas e, para um município, analisamos de forma integrada notificações de óbito e de casos de violência contra a mulher. Os resultados apontam dificuldades como: falta de reconhecimento da atividade de vigilância do óbito; sobrecarga de trabalho; comunicação falha entre instituições e precariedade de recursos, infraestrutura e capacitação profissional. Também foram relatados avanços: maior interação entre municípios, crescimento das investigações e conscientização da importância da vigilância do óbito entre os/as trabalhadores/as. Identificamos, com as investigações dos óbitos, casos de violência doméstica, obstétrica e institucional. A vivência enquanto comitê regional amplia o fortalecimento da vigilância dos óbitos e da rede de atenção às mulheres em situação de violência.Sobre a Residência Integrada em Saúde com ênfase em Vigilância em Saúde10.1590/1413-812320172210.181020172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZRocha, Andrei Fernandes daBreier, AneliseSouza, Bianca deAlmeida, Camila Neves deSantos, Caroline Mello dosRohloff, Claudia CristinaScariot, Estela LopesAzambuja, João Vinicius RibeiroCartana, Joaquim BassoCanal, NataliaSantos, Niura Massário dosReinher, Simone Gonçalves Menegotto
<em>Rocha, Andrei Fernandes Da</em>;
<em>Breier, Anelise</em>;
<em>Souza, Bianca De</em>;
<em>Almeida, Camila Neves De</em>;
<em>Santos, Caroline Mello Dos</em>;
<em>Rohloff, Claudia Cristina</em>;
<em>Scariot, Estela Lopes</em>;
<em>Azambuja, João Vinicius Ribeiro</em>;
<em>Cartana, Joaquim Basso</em>;
<em>Canal, Natalia</em>;
<em>Santos, Niura Massário Dos</em>;
<em>Reinher, Simone Gonçalves Menegotto</em>;
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Resumo A atuação dos profissionais na Vigilância em Saúde, considerando as quatro áreas que a compõe (ambiental, epidemiológica, sanitária e de saúde do trabalhador), requer um amplo e complexo conjunto de saberes oriundos de muitos setores do conhecimento, inclusive daqueles que não são classificados como da área da saúde. Considerando a necessidade de preparar profissionais para atuarem na Vigilância em Saúde no SUS, integrando as quatro áreas do conhecimento, a Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (ESP/RS) e as vigilâncias do município de Porto Alegre e do estado do Rio Grande do Sul criaram uma nova ênfase na tradicional residência da ESP/RS. O trabalho aqui apresentado, usando o método descritivo de relato de experiência, fala das atividades dos residentes no percurso formativo do primeiro ano da quarta turma desta experiência de ensino em serviço e faz um balanço dos resultados de seus primeiros anos.A trajetória de Virgínia Schall: integrando Saúde, Educação, Ciência e Literatura10.1590/1413-812320172210.339320162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPimenta, Denise NacifStruchiner, MiriamMonteiro, Simone
<em>Pimenta, Denise Nacif</em>;
<em>Struchiner, Miriam</em>;
<em>Monteiro, Simone</em>;
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Resumo Este artigo apresenta a trajetória profissional de Virgínia Schall, interrompida precocemente, destacando sua atuação na integração dos campos da Saúde, da Educação e da Divulgação Científica no Brasil. A contextualização da sua produção acadêmica e literária como pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz permite demonstrar a contribuição de Virginia para o fortalecimento da instituição e para a formação de dezenas de pesquisadores e alunos. Com abordagem marcadamente inter e multidisciplinar, Virgínia foi pioneira no campo da Educação em Saúde, Ensino de Ciências e Divulgação Científica, tendo participado da implantação de dois cursos de pós-graduação e atuado regularmente como consultora ad hoc do CNPq, CAPES, SVS/MS e MEC, consolidando políticas públicas nacionais nas áreas referidas. Além de autora de diversos livros infanto-juvenis e informativos/materiais educativos sobre saúde, ambiente e ciência, Virginia concebeu o Museu da Vida na Fiocruz-RJ, como um espaço de integração entre ciência, cultura e sociedade, voltada para informação, educação em ciência, saúde e tecnologia. Foi também poetisa, integrante da Academia Feminina Mineira de Letras, produzindo diversificada e premiada obra literária em prosa e poesia.Moreira T. The transformations of contemporary health care: the Market, the Laboratory and the Forum. New York: Routledge; 2012. (Coleção Routledge Studies in Health and Social Welfare).10.1590/1413-812320172210.025820162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCordovil-Oliveira, Cláudio Roberto
<em>Cordovil-Oliveira, Cláudio Roberto</em>;
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Health information on the internet and dengue10.1590/1413-812320172210.151020172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZJoob, BeuyWiwanitkit, Virroj
<em>Joob, Beuy</em>;
<em>Wiwanitkit, Virroj</em>;
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