Physis: Revista de Saúde Coletivahttps://www.scielosp.org/feed/physis/1991.v1n1/2022-01-26T00:09:00ZVol. 1 No. 1 - 1991WerkzeugA physis da saúde coletivaS0103-733119910001000012022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBirman, Joel
<em>Birman, Joel</em>;
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A lei e o corpoS0103-733119910001000022022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZChauvenett, Antoinette
<em>Chauvenett, Antoinette</em>;
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Partindo do conceito do arbitrário cultural, onde se relativiza a categoria de enfermidade e se evidencia a inserção desta no campo da significação, o ensaio discute a problemática da autonomia do organismo e da saúde como constituinte da lei, para estabelecer então as relações entre as categorias de causalidade, desvio e ordem jurídica, que se desdobra na discussão entre corpo e história.A medicina social e a questão femininaS0103-733119910001000032022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZNunes, Silvia Alexim
<em>Nunes, Silvia Alexim</em>;
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Este trabalho pretende analisar o tipo de saber sobre a mulher produzido pela medicina a partir da constituição de uma medicina social, no século XIX, no Rio de Janeiro. Podemos observar a constituição de um discurso sobre o sexo feminino que, calcando-sena noção de degeneração psíquica, vai tratá-lo como possuidor de uma base degenerada, podendo portanto sucumbir às mais terríveis ameaças. Esse tipo de discurso que descreve a mulher como um ser doentio, capaz de fazer mal a si e a toda sociedade, viabiliza a tentativa de tomá-la cada vez mais incapaz de gerir sua própria vida, tratando como patológico qualquer comportamento que não corresponda ao modelo de esposa e mãe.Notas sobre as polÍticas de saÚde no Brasil de "transição democrática": anos 80S0103-733119910001000042022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLuz, Madel Therezinha
<em>Luz, Madel Therezinha</em>;
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As políticas de saúde dos anos 80 constituem o núcleo temático do artigo, analisando-se nelas os tTaços emergentes, conjunturais, e os traços repetidos, continuados, estruturais. Para apreender as continuidades nos discursos e nas práticas de saúde, analisam-se diversas conjunturas que precedem a dos anos 80, desde a Primeira República até a conjuntura da 'abertura democrática', no final dos anos 70 e início de 80. Entre esses temas devem ser salientados a reforma sanitária, a unificação de serviços de saúde, a descentralização e desconcentração institucional, a hierarquização de atos e serviços médicos e a participação popular em serviços de saúde.Política e população: dados sobre um estado de duas carasS0103-733119910001000052022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZPena, Maria Valéria Junho
<em>Pena, Maria Valéria Junho</em>;
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O trabalho lida com dados produzidos pelo Suplemento à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 1986 pelo IBGE, sobre o uso de métodos anticoncepcionais pelas mulheres brasileiras entre quinze e 54 anos de idade. Embora encarando o planejamento familiar como o território do encontro entre duas ordens - a primeira, aquela propriamente política é através da qual o Estado define as mulheres que estão destinadas a perpetuar o cidadão, selecionando os que devem nascer e merecer o uso do patrimônio público; e a segunda, privada, da família e de sua economia interna de recursos, inclusive simbólicos - o texto privilegia apenas uma delas. De fato, a preocupação é a de examinar características da oferta de serviços anticoncepcionais por parte de um Estado concebido com os atributos do liberalismo e impedido, por sua natureza, de realizar uma política explícita de controle de natalidade. Nesse contexto, intriga a expansão acelerada da esterilização e sua aparente desordem: ela não se difunde associada a prevalência regional de analfabetismo ou pobreza. Ela pode se encontrar em qualquer parte, estando ausente de outras dotadas de perfil sócio-econômico semelhante. O trabalho, pois, se ocupa em ordenar a desordem e em dar sentido à substituição da pílula pela laqueadura de trompa como o método mais popular de evitar uma gravidez indesejada.Políticas sociais e cidadaniaS0103-733119910001000062022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLeite, Márcia da Silva Pereira
<em>Leite, Márcia Da Silva Pereira</em>;
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O texto apresenta o tratamento conferido à temática das políticas sociais pelo paradigma da cidadania, enfatizando temas e problemas que esta perspectiva comporta. Destaca a centralidade que tem no ideal democrático a associação políticas sociais/cidadania, propiciada pelo Estado de Bem-Estar Social. E, finalmente, procura refletir sobre limites e possibilidades atuais dessa equação, num contexto de avanço do neoliberalismo.Notas sobre política socialS0103-733119910001000072022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZVianna, Maria Lúcia Teixeira Werneck
<em>Vianna, Maria Lúcia Teixeira Werneck</em>;
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Embora não se trate de uma comparação strictu sensu entre os sistemas de proteção social brasileiro e italiano, a abordagem adotada neste artigo salienta semelhanças e diferenças entre os dois países no que concerne ao enfrentamento da crise do Welfare State e destaca, sobretudo, as perspectivas do debate atual sobre o tema. São discutidas as tipologias mais conhecidas de Welfare State e é destacado que Brasil e Itália têm o mesmo modelo de proteção social. A seguir, apontam-se variações importantes quanto aos argumentos e propostas que se encontram em pauta nos dois países. Inclusão e representatividade do sistema político são tomadas como variáveis explicativas para analisar os principais obstáculos que se antepõem a uma transformação mais profunda dos mecanismos institucionais de política social no Brasil. O artigo trabalha com a literatura especializada, produzida recentemente na Itália, procurando mostrar que as críticas que se fazem ao Sistema Sanitário Nacional e à Seguridade Social não estão muito distantes daquelas usuais no Brasil. Ressalta, porém, a diversidade existente em termos de perspectivas, especialmente no que diz respeito ao peso da concepção de cidadania, o que lá, ao contrário do que ocorre no Brasil, torna mais profícuas as controvérsias em torno de questões como universalização, seletividade e privatização. Conclui sugerindo que, entre a radicalidade do mercado e o poder do Estado, se delineam estratégias inovadoras, que podem ajudar a solucionar pelo menos alguns dos problemas contemporâneos de justiça social.A hemoterapia no Brasil de 64 a 80S0103-733119910001000082022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSantos, Luiz A. de CastroMoraes, CláudiaCoelho, Vera Schattan P.
<em>Santos, Luiz A. De Castro</em>;
<em>Moraes, Cláudia</em>;
<em>Coelho, Vera Schattan P.</em>;
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Só recentemente a hemoterapia tomou-se questão de política social, para além do interesse imediato da medicina e da saúde pública. Procura-se aqui apresentar o quadro geral, histórico e institucional, em que se delineou o tema - anteriormente à "politização do sangue", com o surgimento da AIDS transfusional.