Saúde e Sociedadehttps://www.scielosp.org/feed/sausoc/2007.v16n2/2018-01-05T00:07:00ZUnknown authorVol. 16 No. 2 - 2007WerkzeugEditorialS0104-129020070002000012018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZDiversidade cultural e os desafios da política brasileira de saúde do índioS0104-129020070002000022018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZLangdon, Esther Jean
<em>Langdon, Esther Jean</em>;
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Saúde e diversidadeS0104-129020070002000032018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZMunanga, Kabengele
<em>Munanga, Kabengele</em>;
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Participação e autonomia nos espaços interculturais de Saúde Indígena: reflexões a partir do sul do BrasilS0104-129020070002000042018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZLangdon, Esther JeanDiehl, Eliana E.
<em>Langdon, Esther Jean</em>;
<em>Diehl, Eliana E.</em>;
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A democratização das ações e serviços de saúde no Brasil, expressa no Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990, tem como base novas relações entre estado e sociedade. Idealisticamente, os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde, forjados ainda no Movimento de Reforma Sanitária a partir de 1976, estabelecem o papel central do usuário e deslocam o eixo do poder das macroestruturas para os níveis locais e regionais, com a ampla participação de todos os setores que compõem o cenário da saúde. No caso indígena, o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no âmbito do SUS foi implementado em 1999, face às históricas desigualdades e iniqüidades vividas por esses povos no Brasil. Desde a implantação do Subsistema, há sete anos, são poucas as reflexões sobre os conceitos-chaves e sua práxis em contextos interculturais: atenção diferenciada, Agentes Indígenas de Saúde e participação e controle social. Esse artigo traz uma avaliação do modelo de atenção à saúde indígena com base nesses aspectos. A partir de pesquisas realizadas no sul do Brasil, especificamente no Estado de Santa Catarina e na experiência de participação em instâncias de controle social, buscamos contribuir para a avaliação, que é exígua até o momento.Recuperação populacional e fecundidade dos Kamaiurá, povo Tupi do Alto Xingu, Brasil Central, 1970-2003S0104-129020070002000052018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZPagliaro, HeloisaJunqueira, Carmen
<em>Pagliaro, Heloisa</em>;
<em>Junqueira, Carmen</em>;
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Este trabalho analisa a fecundidade dos Kamaiurá, povo Tupi habitante do Parque Indígena do Xingu (PIX), entre 1970 e 2003. As fontes de dados foram os registros do Programa de Saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) no Parque Indígena do Xingu e levantamentos de campo realizados em 2003. O estudo mostrou que até 1966 a população Kamaiurá manteve-se estável devido à alta mortalidade por epidemias de doenças infecciosas e disputas com os povos da região, assim como à fecundidade moderada. Entre 1967 e 2002, essa população cresceu 3,5% ao ano. O nível da fecundidade das Kamaiurá passou de 5,7 para 6,2 filhos por mulher, entre 1970 e 2003, tendo atingido seu valor máximo em 1980 (6,6). A partir da década de 1990, houve um envelhecimento do padrão reprodutivo, evidenciado pela redução dos níveis de fecundidade das mulheres com até 24 anos e aumento entre as mulheres dos demais grupos etários. A média de idade ao nascimento do primeiro filho aumentou de 16,2 para 18,8 anos, no período 1970-2003, e a proporção de mulheres solteiras maiores de 15 anos de idade também cresceu: de 6,3%, em 1971, para 26%, em 2003. Nesse período, o intervalo entre os nascimentos variou entre 30,3 e 36 meses. O aumento da fecundidade dos Kamaiurá foi favorecido pela melhoria das condições de saúde decorrente da queda da mortalidade, mas ocorreu sem o abandono de suas práticas tradicionais de controle da natalidade, o que lhes permitiu crescer de forma racional e equilibrada.Políticas de Saúde, Pluralidade Terapêutica e Identidade na AmazôniaS0104-129020070002000062018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZGil, Laura Pérez
<em>Gil, Laura Pérez</em>;
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O propósito deste trabalho é realizar uma comparação entre os campos terapêuticos vivenciados por dois grupos pano: os Yaminawa (Departamento do Ucayali, Peru) e os Yawanawa (Acre, Brasil). Essa comparação levanta questões relevantes, na medida em que ambos os grupos, apesar de sua proximidade cultural, se encontram inseridos em realidades nacionais, sociais e políticas diferentes. As diferenças existentes não se limitam a questões derivadas de duas políticas oficiais de saúde distintas, mas estão diretamente associadas às particularidades dos respectivos contextos sociais regionais. A comparação dessas situações mostra que o tipo de relação que as sociedades envolventes e os Estados estabelecem com as populações indígenas, assim como os aspectos identitários derivados dela, são fatores importantes na constituição do habitus terapêutico desses grupos. Esse aspecto é exemplificado no texto por meio de uma reflexão sobre diferenças existentes entre as práticas, de cada um dos grupos, relativas à alimentação dos recém-nascidos e ao uso dos recursos da biomedicina em relação ao parto e o controle da natalidade.Programa Renda Mínima na aldeia indígena Morro da Saudade em São Paulo, entre 2003 e 2004: análise de uma experiênciaS0104-129020070002000072018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZFabbri, Elizete AntelmiRibeiro, Helena
<em>Fabbri, Elizete Antelmi</em>;
<em>Ribeiro, Helena</em>;
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Este trabalho teve como objetivo analisar a implantação do Programa de Garantia de Renda Familiar Mínima (PGRFM) na comunidade Guarani do Morro da Saudade (distrito de Parelheiros), no Município de São Paulo. O universo da pesquisa abrangeu 67 famílias indígenas da aldeia, inseridas no PGRFM, entre 2003 e 2004. A metodologia empregada foi a qualitativa, com a utilização de várias técnicas: observação participante, avaliação de documentos oficiais e correlatos, entrevista aberta realizada a partir de roteiro norteador, que possibilitou o recolhimento de depoimentos de famílias beneficiárias e de atores profissionais de instituições municipais e estaduais. Foi adotado o princípio da triangulação para análise dos resultados. Observou-se que, apesar de estarem inseridas na sociedade de consumo, as comunidades indígenas guardam valores coletivos e sociais que se revelaram incompatíveis com as características de um programa de distribuição de renda, típico da sociedade envolvente. Sugere-se que a política de distribuição de renda, apesar de diminuir o risco de desnutrição na aldeia, pode intensificar o quadro de tensão no qual se inserem as comunidades indígenas assentadas em meio urbano, ocasionando desequilíbrios na saúde de seus membros e alterando sua relação com o meio ambiente. Conclui-se que a Lei da Renda Básica de Cidadania seria mais adequada ao mundo indígena, se adaptada e regulamentada para eles e com a sua participação.Prevalência de parasitos intestinais e aspectos socioambientais em comunidade indígena no Distrito de Iauaretê, Município de São Gabriel da Cachoeira (AM), BrasilS0104-129020070002000082018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZRios, LeonardoCutolo, Silvana AudráGiatti, Leandro LuizCastro, Mário deRocha, Aristides AlmeidaToledo, Renata Ferraz dePelicioni, Maria Cecília FocesiBarreira, Luciana PranzettiSantos, Jéferson Gaspar dos
<em>Rios, Leonardo</em>;
<em>Cutolo, Silvana Audrá</em>;
<em>Giatti, Leandro Luiz</em>;
<em>Castro, Mário De</em>;
<em>Rocha, Aristides Almeida</em>;
<em>Toledo, Renata Ferraz De</em>;
<em>Pelicioni, Maria Cecília Focesi</em>;
<em>Barreira, Luciana Pranzetti</em>;
<em>Santos, Jéferson Gaspar Dos</em>;
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Situado em Terra Indígena do Alto Rio Negro, Iauaretê é o segundo maior pólo de concentração humana no município de São Gabriel da Cachoeira (AM) e agrega dez vilas, com 15 etnias. Esse distrito indígena vem sofrendo processo de transformação progressiva de padrão de ocupação disperso e ribeirinho para núcleo com feições urbanas, com aproximadamente 2700 habitantes, desencadeando problemas de saúde pública. Com objetivo de investigar a distribuição de prevalências de parasitos intestinais na população local e discutir a relação desse indicador de saúde com aspectos socioambientais no distrito de Iauaretê, foram realizadas análises da qualidade da água de abastecimento e exames parasitológicos em amostras de fezes e solo. Do total de amostras de água analisadas, 89,2% apresentaram resultado positivo para coliformes termotolerantes. Identificou-se que a vila Dom Bosco foi a que apresentou maior índice de prevalência em amostras fecais com 76% dos indivíduos parasitados. A vila São José apresentou o menor índice com 56%. Os parasitos mais prevalentes em amostras fecais positivas foram, em ordem decrescente, Ascaris lumbricoides (64,84%), Entamoeba coli (32,58%), Endolimax nana (14,84%) e Blastoyistis hominis (13,39%). Em amostras de solo as prevalências mais significativas foram de ovos de Ascaris sp (52,6%), cistos de Entamoeba coli (52,6%) e larvas de ancilostomídeos (52,6%). Concluiu-se que os altos índices de parasitoses intestinais na população, aliados à falta de saneamento básico e à manutenção de práticas sanitárias tradicionais constituem um quadro preocupante em saúde pública.Desigualdades raciais na mortalidade de mulheres adultas no Recife, 2001 a 2003S0104-129020070002000092018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZSantos, Sony Maria dosGuimarães, Maria José BezerraAraújo, Thália Velho Barreto de
<em>Santos, Sony Maria Dos</em>;
<em>Guimarães, Maria José Bezerra</em>;
<em>Araújo, Thália Velho Barreto De</em>;
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As desigualdades raciais, resultantes dos efeitos da exclusão social, são influenciadas pela prática de preconceitos e discriminações. O termo raça pode ser entendido como identidade coletiva ou consciência política que constrói uma auto-estima socialmente positiva. Objetivou-se caracterizar desigualdades raciais na mortalidade de mulheres adultas negras e brancas, residentes em Recife, entre 2001 e 2003. No estudo, tipo transversal, incluíram-se 2.943 óbitos de mulheres de 20 a 59 anos, captados no Sistema de Informação sobre Mortalidade, com raça/cor branca e negra (preta + parda), analisando-se a mortalidade proporcional, coeficientes de mortalidade e razões de taxas. O risco de morte de negras foi 1,7 vezes superior ao de brancas. Entre as negras identificou-se maior risco de morte em todas as faixas etárias e maior proporção de óbitos em hospitais do SUS, de mulheres sem companheiro e que exerciam serviços/atividades domésticas. Quanto às causas básicas, observaram-se maiores coeficientes de mortalidade em todos os capítulos e causas específicas, exceto por neoplasias na faixa de 20 a 29 anos e por câncer de mama nas faixas de 30 a 39 e 50 a 59 anos. Entre negras e brancas, quanto menor a idade, maior a desigualdade do risco de morte por causas externas. Em negras, ressalta-se o maior risco de morte por homicídios; acidentes de transporte; doenças isquêmicas do coração, cerebrovasculares e hipertensivas; diabetes e tuberculose. Os achados revelam iniqüidades na saúde das mulheres negras, decorrentes da violação de direitos que dificultam a ascensão social e o acesso a condições dignas de saúde.Mortalidade infantil em remanescentes de quilombos do Munícipio de Santarém - Pará, BrasilS0104-129020070002000102018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZGuerrero, Ana Felisa HurtadoSilva, Denise Oliveira eToledo, Luciano Medeiros deGuerrero, José Camilo HurtadoTeixeira, Pery
<em>Guerrero, Ana Felisa Hurtado</em>;
<em>Silva, Denise Oliveira E</em>;
<em>Toledo, Luciano Medeiros De</em>;
<em>Guerrero, José Camilo Hurtado</em>;
<em>Teixeira, Pery</em>;
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Este trabalho é uma análise preliminar da mortalidade infantil em áreas quilombolas do município de Santarém-Pará. Trata-se de uma Pesquisa Domiciliar Censitária realizada no período de março/abril de 2006, por meio de procedimentos de busca ativa de óbitos em menores de um ano de idade, com identificação de sub-registro na população das comunidades de terra firme e de várzea. Os níveis de mortalidade foram obtidos pela técnica indireta de estimação. Encontrou-se diferencial na mortalidade de menores de um ano de idade para os quilombos da área de terra firme e várzea, de 30,4 óbitos/por mil nascidos vivos e de 50,2 óbitos/por mil nascidos vivos, respectivamente. Os resultados evidenciam profundas desigualdades, na medida em que as taxas de mortalidade das comunidades quilombolas são maiores quando comparadas com as do país (27,0 óbitos/por mil nascidos vivos), da região Norte (26,2 óbitos/por mil nascidos vivos), e da população negra rural do estado do Pará (32,9 óbitos/por mil nascidos vivos). Observa-se que nenhuma das taxas de mortalidade dos quilombos alcançou níveis considerados satisfatórios quando comparadas com os parâmetros preconizados pelo Ministério da Saúde em 2005 (menos de 20 óbitos/por mil nascidos vivos). Constata-se que, enquanto a mortalidade infantil vem diminuindo no país como um todo, nos quilombos de Santarém, principalmente os da área de várzea, a probabilidade de uma criança quilombola morrer antes de completar o primeiro ano de vida é bastante elevada, superando a média nacional, regional e estadual e classificando-se como alta, conforme os critérios definidos pelo Ministério da Saúde.Condições sanitárias e de saúde em Caiana dos Crioulos, uma comunidade Quilombola do Estado da ParaíbaS0104-129020070002000112018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZSilva, José Antonio Novaes da
<em>Silva, José Antonio Novaes Da</em>;
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Objetivou-se neste trabalho apresentar as condições sanitárias e de saúde humana em Caiana dos Crioulos, reconhecida pela Fundação Cultural Palmares como uma comunidade remanescente de quilombos, em maio de 2005, e efetuar um levantamento sobre o nível de conhecimento de algumas doenças prevalentes na população negra, bem como discutir a utilização da variável "raça" na pesquisa em saúde. A comunidade apresenta uma população de aproximadamente 522 pessoas, majoritariamente crianças e adolescentes, cuja grande maioria apresenta ancestralidade africana, sendo 93% de seus habitantes autoclassificados pretos, negros, morenos. O sustento da comunidade é obtido, principalmente, por meio de plantações de subsistência. Apesar da inexistência de condições sanitárias apropriadas em Caiana dos Crioulos, como água corrente limpa para consumo humano e esgoto sanitário tratado, nenhuma doença relacionada à água nem agravos à saúde humana foram observados na população local. Dentre os problemas de saúde e agravos observados, destacam-se o consumo de álcool, a hipertensão e os problemas mentais. As pessoas têm apenas uma idéia aproximada desses problemas, mas desconhecem informações básicas a respeito de doenças e agravos prevalentes na população negra, tais como anemia falciforme e hipertensão.Direitos sexuais, direitos reprodutivos: concepções de mulheres negras e brancas sobre liberdadeS0104-129020070002000122018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZSouzas, RaquelAlvarenga, Augusta Thereza de
<em>Souzas, Raquel</em>;
<em>Alvarenga, Augusta Thereza De</em>;
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A saúde reprodutiva relaciona-se ao usufruto da liberdade intrínseca aos direitos sexuais e reprodutivos. A questão central, neste artigo, é como a noção de liberdade se articula à condição social, de gênero, raça/etnia, com o intuito de investigar diferenças de gênero e de raça nas questões reprodutivas de mulheres negras e brancas, em relação à concepção de liberdade. A pesquisa é de natureza qualitativa e aborda questões reprodutivas de mulheres, a partir de um recorte de gênero e raça. Foram entrevistadas 36 mulheres, autoclassificadas brancas e negras (pretas e pardas), em união conjugal há, pelo menos, um ano. Os discursos foram analisados articulando-se raça/etnia e diferentes níveis de escolaridade. No conjunto, observa-se que as condições de vida e saúde reprodutiva de mulheres negras e brancas diferenciam-se em razão das condições socioeconômicas e culturais. Comparativamente, os discursos dos dois grupos podem ser interpretados em dois níveis característicos, da vida privada e do espaço público: enquanto mulheres brancas focam a defasagem das mulheres, no exercício eqüitativo da liberdade em relação aos homens, mas destacam conquistas no mundo do trabalho, mulheres negras pensam a liberdade mais circunscrita à possibilidade de vivência democrática da conjugalidade. As diferenças de discurso em relação à liberdade podem estar relacionadas tanto à questão do racismo no Brasil, historicamente vivenciado por mulheres negras no cotidiano, como às questões especificamente culturais dos dois grupos estudados.A "Fiel", a "Amante" e o "Jovem Macho Sedutor": sujeitos de gênero na periferia racializadaS0104-129020070002000132018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZPinho, Osmundo
<em>Pinho, Osmundo</em>;
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Neste ensaio etnográfico procura-se, com base em investigação conduzida entre jovens moradores do grande loteamento popular na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, interrogar a experiência da modernização em ambientes periféricos e empobrecidos. Com atenção específica para os efeitos estruturantes dessa modernização sobre as práticas de raça e gênero. Busca-se com isso fornecer novos elementos tanto para o debate sobre a especificidade da modernização brasileira, quanto para a compreensão das relações raciais e de gênero em contextos de pobreza. A partir dos dados produzidos por esta pesquisa pretende-se representar o "ponto de vista" dos agentes e as condições objetivas para a reprodução das desigualdades, algo que parece crucial para a elaboração de políticas adequadas de saúde sexual e reprodutiva para juventude, respeitando-se as condições interseccionais de produção da desigualdade e da violência.Racismo institucional: um desafio para a eqüidade no SUS?S0104-129020070002000142018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZKalckmann, SuzanaSantos, Claudete Gomes dosBatista, Luís EduardoCruz, Vanessa Martins da
<em>Kalckmann, Suzana</em>;
<em>Santos, Claudete Gomes Dos</em>;
<em>Batista, Luís Eduardo</em>;
<em>Cruz, Vanessa Martins Da</em>;
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O racismo institucional é definido como o "fracasso coletivo de uma organização para prover um serviço apropriado e profissional para as pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Ele pode ser visto ou detectado em processos, atitudes e comportamentos que totalizam em discriminação por preconceito involuntário, ignorância, negligência e estereotipação racista, que causa desvantagens a pessoas de minoria étnica". A prática do racismo institucional na área da saúde afeta preponderantemente as populações negra e indígena. Este artigo tem como objetivo relatar a sondagem de opinião sobre a existência de racismo nos serviços de saúde. Para isso, foi realizado um estudo exploratório, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Saúde, com análise de questionário auto-aplicável entregue aos participantes do 2º Seminário de Saúde da População Negra do Estado de São Paulo, ocorrido no Município de São Paulo, em 17 de maio de 2005. Os resultados evidenciam que a população negra vem sendo discriminada nas unidades de saúde, como usuários e como profissionais. Verificou-se que os serviços de saúde, por meio de seus profissionais, aumentam a vulnerabilidade desses grupos populacionais, ampliando barreiras ao acesso, diminuindo a possibilidade de diálogo e provocando o afastamento de usuários. Diante do encontrado, acredita-se ser importante estimular discussões sobre o tema e desenvolver estudos que além de dar visibilidade às iniqüidades possam contribuir para a compreensão de como as discriminações atuam na saúde da população negra.Os cursos de extensão em saúde e etnia na Faculdade de Saúde Pública da USP, ou a diferença que precisa fazer diferençaS0104-129020070002000152018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZAdorno, Rubens de Camargo FerreiraOliveira, Lavínia Santos de Souza
<em>Adorno, Rubens De Camargo Ferreira</em>;
<em>Oliveira, Lavínia Santos De Souza</em>;
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Realiza-se uma breve discussão da introdução das noções de raça/etnia e etnicidade no campo da saúde pública no Brasil, destacando-se a emergência dessa questão no contexto da universalização das políticas públicas sociais e tendo como pano de fundo a experiência de realização de cursos de extensão na área de saúde pública.A implantação do quesito cor/raça nos serviços de DST/Aids no Estado de São PauloS0104-129020070002000162018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZGiovanetti, Márcia ReginaSantos, Naila Janilde SeabraWestin, Caio P.Darré, DulcimaraGianna, Maria Clara
<em>Giovanetti, Márcia Regina</em>;
<em>Santos, Naila Janilde Seabra</em>;
<em>Westin, Caio P.</em>;
<em>Darré, Dulcimara</em>;
<em>Gianna, Maria Clara</em>;
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INTRODUÇÃO: O artigo apresenta experiência de implantação e implementação do quesito cor/raça nos serviços de atendimento às DST/Aids no Estado de São Paulo (ESP), através de parceria firmada em 2004 entre a Divisão de Prevenção do Programa Estadual DST/Aids do ESP e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT), visando executar um projeto serviços. Trinta e cinco serviços de atendimento às DST/Aids foram envolvidos no projeto e foram realizadas, de 2004 e 2006, sete oficinas de sensibilização e monitoramento do processo de implantação do quesito cor/raça, segundo metodologia de construção participativa e compartilhada do conhecimento, proposta pelo CEERT. Como resultado, verificou-se que o processo de discussão e de reflexão da temática étnico-racial torna a implantação do quesito cor/raça mais fácil. Os folhetos e cartazes propiciam o esclarecimento de profissionais e usuários, facilitando a implantação do quesito. Investir na capacitação dos profissionais da recepção dos usuários é importante para a implantação desse quesito nos serviços de saúde. CONCLUSÃO: A partir desta experiência o Grupo de Trabalho Etnias do Programa Estadual DST/Aids vem ampliando sua atuação. Em 2006, com a parceria das profissionais do Instituto AMA-Psique, iniciou-se o processo para 13 novos municípios, consolidando a implantação do quesito cor/raça no ESP. Esperamos que as informações produzidas possam sensibilizar as diversas esferas, para que sejam propostas e aprovadas políticas públicas que promovam a eqüidade racial na saúde e a qualidade de vida para população negra e indígena.Religiões e saúde: a experiência da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e SaúdeS0104-129020070002000172018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZSilva, José Marmo da
<em>Silva, José Marmo Da</em>;
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Este artigo visa mostrar a experiência da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde na construção de uma parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), as práticas terapêuticas utilizadas pelos terreiros e as relações da religiosidade afro-brasileira com os agravos e as doenças. A importância dos cuidados com o corpo para as religiões afro-brasileiras foi o ponto de partida para a realização da experiência do agir em rede, em que as lideranças das religiões de matrizes africanas vivenciaram situações que possibilitaram entender o funcionamento do SUS, avaliar os serviços prestados a população e reconhecer a importância do controle social das políticas públicas de saúde. Em contrapartida, mostra também o estabelecimento de um canal de interlocução que possibilitou aos sacerdotes e sacerdotisas da tradição religiosa afro-brasileira uma aproximação maior dos gestores e profissionais de saúde facilitando o diálogo e a proposição de ações em saúde que respeitassem a cultura e a visão de mundo dos terreiros. Finalmente apresenta alguns dos resultados e desafios enfrentados pela Rede Nacional de Religiões e Saúde na sua trajetória de ações em parceria com o SUS."Racialização" das políticas de saúde? (nota sobre as políticas de saúde para as populações negra e indígena)S0104-129020070002000182018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZVarga, István van Deursen
<em>Varga, István Van Deursen</em>;
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A universidade na atenção à saúde dos povos indígenas: a experiência do Projeto Xingu da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de MedicinaS0104-129020070002000192018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZBaruzzi, Roberto G.
<em>Baruzzi, Roberto G.</em>;
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ErrataS0104-129020070002000202018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00Z