Saúde e Sociedadehttps://www.scielosp.org/feed/sausoc/2008.v17n1/2018-01-05T00:07:00ZUnknown authorVol. 17 No. 1 - 2008WerkzeugEditorialS0104-129020080001000012018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZAgenda 21 nacional e indicadores de desenvolvimento sustentável: contexto brasileiroS0104-129020080001000022018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZMalheiros, Tadeu FabricioPhlippi Jr., ArlindoCoutinho, Sonia Maria Viggiani
<em>Malheiros, Tadeu Fabricio</em>;
<em>Phlippi Jr., Arlindo</em>;
<em>Coutinho, Sonia Maria Viggiani</em>;
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Respondendo às crescentes pressões da sociedade civil organizada para implementação de diretrizes estabelecidas nos instrumentos de comprometimento internacionais voltadas à promoção do desenvolvimento sustentável, estados nacionais vêm elaborando suas estratégias e planos de desenvolvimento sustentável. Esforços também vêm sendo dispensados na proposição de indicadores para acompanhar resultados e impactos na implementação de políticas. Em 2002, o Brasil aprovou sua Agenda 21, elaborada por meio de processo participativo, que é uma experiência significativa num contexto de grande diversidade social, ambiental e econômica, embora o Governo brasileiro não tenha ainda um sistema consolidado de monitoramento e avaliação da Agenda 21 brasileira. Seguindo orientação e incentivo da Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou em 2002 os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável - Brasil 2002. Apesar de ambos os esforços terem se desenvolvido em momentos concomitantes e possuírem como foco a mesma temática - desenvolvimento sustentável do Brasil - a não priorização da integração desses processos gerou lacunas no conjunto de indicadores, enfraquecendo oportunidade de se criar condições para a avaliação e a revisão da implementação do plano nacional de desenvolvimento sustentável e das agendas 21 locais. Esse é o foco deste documento, ao apresentar uma análise integrada sobre a elaboração da Agenda 21 brasileira, entendida como um Plano Nacional Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável, e a construção dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável do Brasil, propostos pelo IBGE, apresentando pontos positivos, avanços, oportunidades, lacunas e perspectivas.Impactos na saúde das deficiências de acesso a águaS0104-129020080001000032018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZRazzolini, Maria Tereza PepeGünther, Wanda Maria Risso
<em>Razzolini, Maria Tereza Pepe</em>;
<em>Günther, Wanda Maria Risso</em>;
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O acesso regular à água potável e segura tem causado preocupação, principalmente em países em desenvolvimento e, mais enfaticamente em áreas periurbanas, que abrigam a população socialmente excluída. O objetivo deste trabalho é abordar questões de acesso à água em regiões periurbanas e para tanto foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de dados Pubmed, Medline e SciELO assim como relatórios da OMS, OPAS, IBGE e Ministério das Cidades. A falta ou a precariedade do acesso à água representa situação de risco que propicia aumento da incidência de doenças infecciosas agudas e da prevalência de doenças crônicas. O estabelecimento do grau de acesso à água de qualidade considera fatores como distância e tempo percorrido até a fonte de água, volume coletado, demanda atendida e nível de prioridade de ações de intervenção. Na qualidade da água, consideram-se como fatores de impacto o manuseio - maneira como ocorre a coleta, o transporte, o armazenamento e o uso -, a presença de patógenos nas fontes e as práticas rotineiras da população. A determinação da presença de patógenos nas fontes evidencia o risco à saúde e a identificação do agente etiológico indica a origem da contaminação. O caminho para reverter esse cenário é a implementação integrada de políticas públicas de gestão, que envolvam ações conjuntas e ajustadas nos setores de desenvolvimento urbano, habitação, saneamento e saúde e que visem à promoção e à proteção da saúde da população local e ao enfrentamento da complexidade de fatores que evidenciam sua vulnerabilidade.Fatores de exposição, experiência no trânsito e envolvimentos anteriores em acidentes de trânsito entre estudantes universitários de cursos na área da saúde, Ponta Grossa, PR, BrasilS0104-129020080001000042018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZLabiak, Valéria BeatrisLeite, Maysa de LimaVirgens Filho, Jorim Sousa dasStocco, Caroliny
<em>Labiak, Valéria Beatris</em>;
<em>Leite, Maysa De Lima</em>;
<em>Virgens Filho, Jorim Sousa Das</em>;
<em>Stocco, Caroliny</em>;
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Os tipos de vítimas mais freqüentes nos acidentes de trânsito são os jovens, principalmente os do sexo masculino. Essa alta incidência tem sido atribuída aos comportamentos próprios da idade, que poderiam levar os jovens a transgredir leis de trânsito e, conseqüentemente, provocar acidentes. Assim, este estudo teve como objetivo descrever o perfil socioeconômico e demográfico, além de caracterizar a exposição e os antecedentes em acidentes de trânsito, dos estudantes universitários de cursos na área da Saúde da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), em 2005. Utilizou-se um questionário auto-respondido, de forma anônima, cuja amostra compreendeu 624 acadêmicos. As variáveis estudadas foram: características demográficas e socioeconômicas, fatores de exposição e experiência no trânsito, uso do cinto de segurança e antecedentes em acidentes de trânsito. O perfil dos estudantes caracterizou-se pela maioria do sexo feminino (66,67%), com idade entre 18 e 23 anos, morando com a família e com renda igual ou inferior a 10 salários mínimos. Quanto à idade de aprendizagem de direção, a maior freqüência no sexo masculino foi entre 15 e 17 anos e no sexo feminino, 18 anos ou mais. Encontrou-se número expressivo de relatos de aprendizagem de direção com menos de 14 anos, em ambos os sexos. A associação do uso do cinto com o lugar ocupado no carro (condutor, passageiro do banco dianteiro e passageiro do banco traseiro), segundo o sexo, revelou que a utilização do dispositivo independe do sexo. A associação entre envolvimento em acidentes de trânsito e sexo indicou pré-disposição do sexo masculino.Gestão Hospitalar: identificação das práticas de aprendizagem existentes em hospitaisS0104-129020080001000052018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZBorba, Gustavo Severo deKliemann Neto, Francisco José
<em>Borba, Gustavo Severo De</em>;
<em>Kliemann Neto, Francisco José</em>;
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A profissionalização da gestão em hospitais, a partir de diferentes práticas da administração, tem sido amplamente discutida, à luz de conceitos como gestão baseada em evidência, gestão do conhecimento e aprendizagem organizacional. Entretanto, são poucos os artigos identificando e discutindo essas práticas nas organizações de saúde. Este é o objetivo do presente artigo. Buscou-se realizar uma análise histórica da gestão em saúde no Brasil, considerando uma mudança a partir do processo de descentralização. Foi realizado o mapeamento das práticas de gestão enfatizando-se as metodologias de aprendizagem existentes no setor, a partir de pesquisas documentais. Pôde-se perceber uma mudança de modelo mental na área, passando de um enfoque linear para um enfoque sistêmico. Da mesma forma, identificou-se o processo de construção do conhecimento nessas organizações, especialmente a partir da prática médica. Constatou-se ainda que o processo de aprendizagem enfatiza a aprendizagem individual e não a aprendizagem organizacional.Pisada como pano de chão: experiência de violência hospitalar no Nordeste BrasileiroS0104-129020080001000062018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZGomes, Annatália Meneses de AmorimNations, Marilyn K.Luz, Madel Therezinha
<em>Gomes, Annatália Meneses De Amorim</em>;
<em>Nations, Marilyn K.</em>;
<em>Luz, Madel Therezinha</em>;
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Apesar de recentes esforços para melhorar a qualidade dos serviços públicos de saúde no Brasil, iniqüidades e violência institucional persistem nos hospitais. Este estudo antropológico-crítico investiga a experiência humana da hospitalização do ponto de vista do paciente internado em um hospital público, localizado em Fortaleza, capital do Ceará, no Nordeste brasileiro. Um método qualitativo original, "O Percurso do Paciente" foi criado e utilizado, mesclando entrevista etnográfica, narrativa do paciente coletada prospectivamente durante a internação, desde a chegada no hospital até a alta, e observação-participante, seguindo-se o percurso de 13 informantes-chaves. Os resultados revelaram 225 experiências distintas de hospitalização narrados pelos pacientes. A maioria (83,6%) dos acontecimentos foi interpretada como "desprezo" e "humilhação"; somente 16,4% foram percebidos como "zelando" pelo paciente, contribuindo para a recuperação da sua saúde. Desvelaram a progressiva desmoralização do "paciente suspeito" desde a sua recepção por um guarda uniformizado até o confisco de pertences pessoais. A hospitalização é caracterizada por abandono, solidão e aprisionamento, em virtude da imposição de normas, regras e procedimentos que ignoram a autonomia, condições pessoais e subjetividade do paciente. Apesar da estrutura opressiva, pacientes resistem às agressões, utilizando múltiplas estratégias: traços pessoais, imaginação criativa, solidariedade social e fé religiosa. Humanizar a hospitalização pública no Nordeste brasileiro requer incluir a voz e a experiência do paciente, removendo os estigmas que o prejudicam.Uma Aproximação dos Signos - Fisioterapia e Saúde - aos Aspectos Humanos e SociaisS0104-129020080001000072018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZSalmória, Jordana GargioniCamargo, Wander Amaral
<em>Salmória, Jordana Gargioni</em>;
<em>Camargo, Wander Amaral</em>;
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A Fisioterapia, como profissão da área da Saúde, tem em sua origem a característica reabilitadora inserida em suas práticas. Contudo, sua atuação estende-se à prevenção de doenças e à promoção da saúde de um indivíduo ou da coletividade, enfoque de disciplinas comuns a cursos da área, como é o caso da Saúde Coletiva. Também considerada campo de conhecimento, a Saúde Coletiva aproxima os olhares do futuro profissional aos aspectos humanos e sociais imbricados nas ações voltadas à saúde da coletividade, e que, por esse mesmo motivo, aproxima-se das demais Ciências do saber. Durante muito tempo, as pesquisas em Ciências Sociais relacionando-se à Saúde estiveram voltadas aos profissionais médicos, em detrimento dos demais profissionais de saúde. A articulação da Fisioterapia com as Ciências Sociais permite um olhar histórico-humano-social sobre as ações de saúde e da prevenção de doenças. Outra inter-relação da Fisioterapia é com a linguagem, permitindo-se o encontro com a realidade. É nesse momento, segundo Bakhtin (2002), que o sujeito se faz histórico. A ideologia que perpassa as ações em equipes, compostas de profissionais de saúde, pode ser desvelada por meio da análise de seus discursos, revelando os elementos constituintes de suas práticas profissionais e que possam estar impedindo as transformações do perfil de saúdedoença de uma coletividade. A ancoragem metodológica que permitiu a construção deste ensaio foi o Materialismo histórico e dialético, com base na teoria marxiana.O medicamento na rotina de trabalho dos agentes comunitários de saúde da unidade básica de saúde Santa Cecília, em Porto Alegre, RS, BrasilS0104-129020080001000082018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZNunes, Carla CafarateAmador, Tânia AlvesHeineck, Isabela
<em>Nunes, Carla Cafarate</em>;
<em>Amador, Tânia Alves</em>;
<em>Heineck, Isabela</em>;
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Desde o estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), busca-se enfatizar a atenção básica e a saúde familiar. Uma das estratégias que vem sendo utilizada é o Programa de Saúde da Família (PSF) constituído por equipes de profissionais que incluem os agentes comunitários de saúde. Entre os diversos problemas enfrentados pelas equipes de saúde da família está o uso irracional dos medicamentos. Este trabalho teve o objetivo de examinar o papel do medicamento na rotina dos agentes, estabelecer sua percepção em relação aos serviços da farmácia de uma unidade básica de saúde e identificar as necessidades de informação sobre medicamentos para elaboração de treinamento. Para tanto, foi realizada uma sessão utilizando-se a técnica grupo nominal, em que oito de onze agentes de saúde participaram respondendo a quatro perguntas. O medicamento foi considerado importante, com valorização das ações preventivas. A percepção em relação aos serviços da farmácia foi positiva. Segundo os agentes, as dúvidas sobre medicamentos, freqüentemente relatadas pela população, refletem falhas na consulta e na aquisição dos medicamentos. O agente de saúde é reconhecido pela população como o profissional que pode auxiliá-la no uso de medicamentos, promovendo o seu uso racional.As representações sociais dos profissionais de saúde mental acerca do modelo de atenção e as possibilidades de inclusão socialS0104-129020080001000092018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZLeão, AdrianaBarros, Sônia
<em>Leão, Adriana</em>;
<em>Barros, Sônia</em>;
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Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são considerados dispositivos estratégicos para a mudança de modelo de atenção em saúde mental e apresentam proposições que vão ao encontro dos conceitos da Reabilitação Psicossocial. Buscou-se compreender na pesquisa realizada, como ocorrem as práticas de inclusão social voltadas para as pessoas com a experiência do sofrimento psíquico, no intuito de contribuir para a avaliação deste serviço, considerado um importante avanço no processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira. O objeto de estudo são as representações sociais dos profissionais sobre práticas de inclusão social realizadas pelos serviços substitutivos em saúde mental. Utilizamos como conceitos norteadores da pesquisa a Reabilitação Psicossocial e a desinstitucionalização italiana. Os dados coletados, por meio de entrevistas semi-estruturadas, foram submetidos à análise do discurso, a partir da qual foi possível reconhecer algumas categorias empíricas, dentre as quais, sobre o modelo de atenção em saúde mental, tratada neste artigo. A análise das categorias empíricas foi realizada sob a ótica da representação social. Dentre os resultados obtidos, observamos que os discursos revelaram concepções representativas do modelo psiquiátrico tradicional. Tais representações podem vir a ser superadas a partir de uma maior clareza do projeto institucional do CAPS e de discussões dentro das equipes interdisciplinares.Conhecimento e promoção do uso do preservativo feminino por profissionais de unidades de referência para DST/HIV de Fortaleza-CE: o preservativo feminino precisa sair da vitrineS0104-129020080001000102018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZOliveira, Nancy da SilvaMoura, Escolástica Rejane FerreiraGuedes, Tatiane GomesAlmeida, Paulo César de
<em>Oliveira, Nancy Da Silva</em>;
<em>Moura, Escolástica Rejane Ferreira</em>;
<em>Guedes, Tatiane Gomes</em>;
<em>Almeida, Paulo César De</em>;
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Estudo descritivo-exploratório realizado nas 10 instituições públicas de referência para o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis do município de Fortaleza-CE. Objetivou-se identificar o conhecimento de médicos e enfermeiros com relação ao preservativo feminino; verificar a dinâmica de promoção do método adotada por esses profissionais e averiguar a associação entre conhecer a colocação do preservativo feminino com as variáveis profissão e sexo. Participaram do estudo 26 dos 57 profissionais, ficando a amostra composta de 11 médicos e 15 enfermeiros, que se fizeram presentes nas unidades no período da coleta de dados e que aceitaram participar livremente do estudo. Os dados foram coletados por meio de questionário, de janeiro a março de 2006. Foram organizados em tabelas contendo apenas os valores absolutos, haja vista ser pequeno o tamanho da amostra. Os testes de Fisher e de Fisher-Reeman-Halton foram realizados para verificar a existência de associação entre variáveis. Os profissionais, indiferentemente à categoria, apresentaram déficit de conhecimento com relação às características básicas de método e modo de colocação (valores de p de Fisher maiores que 10%). Todavia, houve associação entre conhecer os passos de colocação do preservativo feminino e sexo feminino (p = 0,034). A promoção do método é pouco realizada por esses profissionais pelas seguintes razões: preço elevado do insumo, a unidade não oferece o método, a mulher desconhece o método ou não vai aderir a ele, e o maior acesso ao uso do preservativo masculino, razões que merecem ser banidas do discurso profissional.A rede de sustentação coletiva, espaço potencial e resgate identitário: projeto mãe-criadeiraS0104-129020080001000112018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZGuimarães, Marco Antonio ChagasPodkameni, Angela Baraf
<em>Guimarães, Marco Antonio Chagas</em>;
<em>Podkameni, Angela Baraf</em>;
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Este estudo tem como objetivo contribuir para a compreensão das conseqüências do racismo, da discriminação e da intolerância racial existentes na sociocultura brasileira, que afetam a saúde mental da população negra. Tendo como metodologia o método de pesquisa-ação e observação participante, a pesquisa desenvolvida durante o Projeto Mãe-Criadeira - dirigido a gestantes negras e não negras de duas comunidades do Rio de Janeiro -, usando a idéia da Rede de Sustentação Coletiva (Guimarães,2001) como estratégia de intervenção, demonstrou contribuir para a diminuição dos efeitos nocivos do racismo nessa população de mulheres. A pesquisa baseada no pensamento teórico-clínico do psicanalista Donald Winnicott demonstrou que a exposição do indivíduo de descendência negra a um meio ambiente como o da nossa sociocultura provoca um esforço excessivo na manutenção e na realimentação do campo subjetivo (Podkameni e Guimarães, 2004) denominado por Winnicott (1975) "espaço potencial". O conceito de "situação conflitual traumatizante", proposto pelos autores neste trabalho, procura dar visibilidade a esse esforço que, por ser psíquico e não observável concretamente, põe em evidência seu caráter de situação de risco.Estrutura e organização do trabalho infantil em situação de rua em Belo Horizonte, MG, BrasilS0104-129020080001000122018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZCruz, Maria Núbia AlvesAssunção, Ada Ávila
<em>Cruz, Maria Núbia Alves</em>;
<em>Assunção, Ada Ávila</em>;
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Este artigo analisa a estrutura e as práticas de trabalho infantil em situação de rua, focalizando as estratégias e o papel das famílias. O método utilizado combina técnicas de observação da atividade, entrevistas simultâneas e entrevistas fora do local da atividade. As categorias de interesse para responder à hipótese do estudo foram organizadas, classificadas e analisadas por meio de cartas temáticas. Os resultados mostram a influência das famílias e da comunidade na execução das atividades e a mobilização de estratégias, visando alcançar os objetivos de trabalho. Esse comportamento expressa a aceitação e a participação familiar e da sociedade na estruturação do trabalho infantil. Porém a exposição à violência não é minimizada pela participação dos genitores, tampouco pela constituição de uma suposta rede de solidariedade. Não se vislumbram possibilidades educativas, dadas as condições de trabalho, incompatíveis com a idade dos sujeitos.Fenomenologia, humanização e promoção da saúde: uma proposta de articulaçãoS0104-129020080001000132018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZGomes, Annatália Meneses de AmorimPaiva, Eliana SalesValdés, Maria Teresa MorenoFrota, Mirna AlbuquerqueAlbuquerque, Conceição de Maria de
<em>Gomes, Annatália Meneses De Amorim</em>;
<em>Paiva, Eliana Sales</em>;
<em>Valdés, Maria Teresa Moreno</em>;
<em>Frota, Mirna Albuquerque</em>;
<em>Albuquerque, Conceição De Maria De</em>;
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Ensaio sobre as possibilidades de articulação entre a Fenomenologia, a humanização e a promoção da saúde. Entende-se por Fenomenologia o estudo da descrição dos fenômenos humanos e seus significados. As pesquisas de referencial fenomenológico na área da saúde têm sido fortalecidas nos últimos anos, motivadas pela necessidade de apreensão dos significados próprios para cada sujeito inserido em sua totalidade cultural e histórica, e como crítica ao modelo biomédico, estimulando a emergência de uma Fenomenologia da Saúde e uma nova produção do cuidado em saúde. Propõe-se o referencial fenomenológico como importante recurso metodológico para a compreensão do processo de humanização na atenção e na gestão em saúde, pois ele resgata a importância da consciência intencional, que revela possíveis sentidos e desvela significados existentes nas relações e práticas. Consiste, ainda, na possibilidade de atuar na promoção da saúde, pela consonância com a perspectiva de integralidade, autonomia e visão ampliada do processo saúde - doença por meio dos seus pressupostos de totalidade do fenômeno, consciência intencional e ética.Promoção da saúde: elemento instituinte?S0104-129020080001000142018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZFernandez, Juan Carlos AneirosAndrade, Elisabete Agrela dePelicioni, Maria Cecília FocesiPereira, Isabel Maria Teixeira Bicudo
<em>Fernandez, Juan Carlos Aneiros</em>;
<em>Andrade, Elisabete Agrela De</em>;
<em>Pelicioni, Maria Cecília Focesi</em>;
<em>Pereira, Isabel Maria Teixeira Bicudo</em>;
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O artigo inclui na discussão sobre os resultados da promoção da saúde um argumento de natureza epistemológica, levando em consideração o contexto contemporâneo de mudanças econômicas, políticas e culturais do qual ela é parte e expressão. Destacam-se, por um lado, as suspeitas que recaem sobre o projeto da Modernidade, sejam elas decorrentes do crescimento das incertezas ou da irrealização de promessas e, por outro lado, as tentativas de equacionamento do binômio determinação/autonomia, como questões sensíveis a uma ruptura dos modos de conhecer na contemporaneidade. Propõe-se considerar a dinâmica social e abordá-la como a união e a tensão da história feita e da história se fazendo, para melhor compreender o alcance e os resultados da promoção da saúde. A conclusão é que a promoção da saúde deve continuar buscando o desenvolvimento de ações cada vez mais efetivas, mas deve fazê-lo sem abdicar da possibilidade de manter-se próxima da energia social livre e em ebulição, que caracteriza o elemento instituinte de uma produção histórica.Problematização de temáticas de promoção da saúde do idoso a partir de uma vivência dramatúrgicaS0104-129020080001000152018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZEspírito Santo, Antônio Carlos Gomes doMarques, Ana Paula de OliveiraLeal, Márcia Carrera CamposMota, Sophia Karlla AlmeidaSilva, Mário Roberto Agostinho da
<em>Espírito Santo, Antônio Carlos Gomes Do</em>;
<em>Marques, Ana Paula De Oliveira</em>;
<em>Leal, Márcia Carrera Campos</em>;
<em>Mota, Sophia Karlla Almeida</em>;
<em>Silva, Mário Roberto Agostinho Da</em>;
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Este artigo apresenta o relato de uma experiência de ensino-aprendizagem tendo como temática a promoção da saúde do idoso no contexto familiar, utilizando uma abordagem pedagógico-construtivista, seguindo-se uma linha problematizadora, optando-se por uma estratégia pautada na construção coletiva de um texto dramatúrgico, na sua encenação e discussão. Participaram da experiência docentes pesquisadores, técnicos e alunos de graduação estagiários do Núcleo de Atenção ao Idoso da Universidade Federal de Pernambuco, além de dirigentes, técnicos e usuários dos Centros de Convivência de Idosos mantidos pela Prefeitura de Recife. Avaliou-se a experiência como capaz de integrar os conteúdos em questão, articulando os saberes de diferentes disciplinas e profissões da saúde, além de permitir o diálogo não apenas utilizando a expressão verbal, mas também corporal das concepções trazidas pelos diversos atores envolvidos. Considera-se que uma construção teórica partilhada pelo aparelho formador e pelo aparelho utilizador de profissionais de saúde foi obtida mediante a conjugação do conhecimento acumulado sobre os conteúdos e das observações resultantes do relacionamento entre aquelas instâncias.Residência multiprofissional em saúde da família e a formação de psicólogos para a atuação na atenção básicaS0104-129020080001000162018-01-05T00:07:00Z2018-01-05T00:07:00ZClemente, AnselmoMatos, Damaris RomaGrejanin, Danitielle K. MarquesSantos, Heloísa Elaine dosQuevedo, Michele PeixotoMassa, Paula Andrea
<em>Clemente, Anselmo</em>;
<em>Matos, Damaris Roma</em>;
<em>Grejanin, Danitielle K. Marques</em>;
<em>Santos, Heloísa Elaine Dos</em>;
<em>Quevedo, Michele Peixoto</em>;
<em>Massa, Paula Andrea</em>;
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O Programa de Saúde da Família (PSF) surgiu como estratégia de reorientação da atenção básica em saúde. A incorporação de profissionais de saúde mental no PSF não foi prevista na Portaria nº 648 (2006), que definiu os recursos mínimos para a atuação das equipes. O Ministério da Saúde, em 2007, aprovou os Núcleos de Atenção à Saúde da Família. A Residência Multiprofissional em Saúde da Família foi uma proposta coordenada pela Faculdade e Casa de Saúde Santa Marcelina, contando com dez categorias profissionais, entre elas a psicologia. Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre a prática do psicólogo residente e analisá-la, contribuindo para a discussão das possibilidades de atuação do psicólogo no PSF na cidade de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa avaliativa do tipo estudo de caso, que tem o objetivo de sistematizar as intervenções realizadas, o processo de construção da planilha mensal de produção e alguns dados que ela fornece. Os resultados são: a descrição das categorias, a planilha mensal de produção com adaptações a partir dos códigos do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) atribuídos aos psicólogos e um quadro com os dados quantitativos. Foi possível perceber que os princípios do PSF, a formação em psicologia e a vinculação com a Residência estão relacionados com os caminhos percorridos. Concluiu-se, então, que a quantificação é necessária para a visualização das ações, entretanto, não é suficiente para avaliar a abrangência, a eficácia e a efetividade das ações e o quanto o SIA não está preparado para o registro, o controle e a fiscalização do psicólogo inserido no PSF.