Saúde em Debatehttps://www.scielosp.org/feed/sdeb/2019.v43nspe6/2023-01-08T00:08:00ZVol. 43 No. spe6 - 2019WerkzeugUso de ferramentas de gestão na micropolítica do trabalho em saúde: um relato de experiência10.1590/0103-11042019s6132023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZFrança, Mary Anne de Souza AlvesSpirandelli, Acácia Cristina Marcondes de AlmeidaVerde, Maisa Carolina de Castro Lima Vila
<em>França, Mary Anne De Souza Alves</em>;
<em>Spirandelli, Acácia Cristina Marcondes De Almeida</em>;
<em>Verde, Maisa Carolina De Castro Lima Vila</em>;
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RESUMO Ao longo dos anos, o Ministério da Saúde vem implementando políticas de incentivo para qualificar a gestão, revendo processos de trabalho e estruturando as redes de atenção à saúde, para a melhoria da assistência na atenção básica. O objetivo deste estudo foi apresentar relato dos alunos do Curso de Aperfeiçoamento em Gerência de Unidades Básicas de Saúde, Gestão da Clínica e do Cuidado sobre o uso das ferramentas de gestão, na micropolítica do trabalho em saúde. É um relato de experiência da primeira edição do referido curso no estado de Goiás e no Distrito Federal. Foi realizado o agrupamento dos conteúdos apresentados nas 25 narrativas reflexivas de acordo com os temas das Unidades de Aprendizagem e as ferramentas praticadas (Processo Circular, Fluxograma Descritor, Gestão de Materiais e temas da Rede, Linha de Cuidado, Projeto Terapêutico Singular, Regulação e Planejamento em Saúde). Identificou-se nas narrativas que as ferramentas mais trabalhadas e que demonstraram resultados potentes para os processos de gestão das Unidades Básicas de Saúde foram Processo Circular, seguido do Projeto Terapêutico Singular e Fluxograma Descritor. Concluiu-se que todas ferramentas ofertadas pelo curso têm condição de serem colocadas em prática, contribuindo para o processo de trabalho e qualificação do cuidado.Análise do perfil de gestores de Unidades Básicas de Saúde de Criciúma10.1590/0103-11042019s6032023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZHenrique, FláviaArtmann, ElizabethLima, Juliano de Carvalho
<em>Henrique, Flávia</em>;
<em>Artmann, Elizabeth</em>;
<em>Lima, Juliano De Carvalho</em>;
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RESUMO Este artigo teve por objetivo analisar o perfil dos gestores de Unidade Básicas de Saúde de Criciúma. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e qualitativo. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), desenvolveu-se a coleta de dados por meio de questionário semiestruturado e grupo focal no período de abril a junho de 2016 com 84 participantes. As informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde subsidiaram a construção do perfil de gestores e a análise qualitativa do município de Criciúma à luz do panorama nacional. No Brasil, há gestores em 6% dos estabelecimentos e em 13% das unidades. Em Criciúma, 1% dos estabelecimentos e 2% das unidades. Os resultados dos perfis dos gestores mostram que eles têm média de 30,5 anos, 76% são mulheres, com formação em enfermagem, possuem média de 3 anos no serviço público, 0,7 anos na média como gestor da atual unidade. Em relação à formação, 74% possuem pós-graduação, 32% disseram que já fizeram ou estão fazendo alguma pós-graduação na área de gestão. O perfil dos gestores de unidades de Criciúma coincide com o apresentado pela literatura. A complexidade do setor saúde exige enfoques de gestão potentes, recursos extrassetoriais e interação dos diversos atores envolvidos na situação.Entre a ‘grande política’ e os autogovernos dos Agentes Comunitários de Saúde: desafios da micropolítica da atenção básica10.1590/0103-11042019s6012023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZBarros, Luciana Soares deCecílio, Luiz Carlos de Oliveira
<em>Barros, Luciana Soares De</em>;
<em>Cecílio, Luiz Carlos De Oliveira</em>;
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RESUMO Investigação qualitativa que teve como foco o processo de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), na busca de compreender como eles operam as suas práticas e como constroem relações no território e na Unidade Básica de Saúde (UBS). Foi realizada observação participante em seis UBS da região metropolitana de São Paulo por dez meses. Para a análise do material, foi utilizado o conceito de ‘planos de visibilidade’, constituídos por cenas registradas em diário de campo pelo pesquisador, os quais permitiram emergir questões relativas à recusa da população; à violência e narcotráfico no território e ao difícil manejo do segredo da comunidade. Além disso, evidenciou-se como o ACS tem-se tornado um ‘trabalhador multiuso’ nas UBS, que pensa sua ocupação em caráter provisório, bem como a sua relação com a racionalização das práticas e com a equipe de saúde. O estudo evidenciou um trabalhador em mutação, que reproduz práticas biomédicas e burocratizadas, o que pode desfigurar o seu papel enquanto elo da comunidade, mas que também consegue ser bastante criativo, (re)inventando permanentemente suas práticas, de modo mais complexo do que prescrito nas formulações originais da política de saúde, em função, entre outras coisas, dos problemas que enfrenta nos territórios em que atua.Políticas do cotidiano: a gestão na atenção básica10.1590/0103-11042019s6002023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZAbrahão, Ana LúciaSouza, Ândrea Cardoso deFranco, Túlio BatistaGomes, Maria Paula Cerqueira
<em>Abrahão, Ana Lúcia</em>;
<em>Souza, Ândrea Cardoso De</em>;
<em>Franco, Túlio Batista</em>;
<em>Gomes, Maria Paula Cerqueira</em>;
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Clínica, cuidado e subjetividade: afinal, de que cuidado estamos falando?10.1590/0103-11042019s6082023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZFranco, Túlio BatistaHubner, Luiz Carlos Moreira
<em>Franco, Túlio Batista</em>;
<em>Hubner, Luiz Carlos Moreira</em>;
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RESUMO Este ensaio procura discutir o processo de decisão clínica e o cuidado em saúde, a partir do reconhecimento de que o organismo humano é habitado por um corpo afetivo e por um corpo anátomo-clínico. O processo terapêutico requer que essas duas dimensões sejam contempladas para o cuidado em saúde. O cuidado não se faz apenas sobre a disfunção ou lesão dos órgãos, ele deve contemplar toda a existência de uma pessoa, porque ela é um ser complexo, que, além do seu problema de saúde mais objetivamente identificado, traz sua história de vida, recheada de expectativas, desejos, relações de afeto, familiares e sociais, produzidas em determinado meio. Os autores lançaram mão da cartografia, ou seja, um olhar com base nos processos e diversos fatores que produziram as questões que estão no foco de análise. O pressuposto é que o usuário deve ser o protagonista do seu projeto terapêutico. São estas questões que estão sendo debatidas no texto que conclui pela necessidade de considerá-las em um movimento de renovação dos saberes e práticas clínicas para uma abordagem mais integral do corpo e do cuidado em saúde.Processo Circular: avaliação no cotidiano da gerência de Unidades Básicas de Saúde10.1590/0103-11042019s6052023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZGouvêa, Mônica VillelaCasotti, Elisete
<em>Gouvêa, Mônica Villela</em>;
<em>Casotti, Elisete</em>;
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RESUMO O Curso de Aperfeiçoamento em Gerência de Unidades Básicas de Saúde, Gestão da Clínica e do Cuidado é oferecido no contexto de qualificação da gestão da atenção básica, por meio de parceria entre o Ministério da Saúde e a Universidade Federal Fluminense. Seu propósito é apresentar ferramentas com valor de uso para o cotidiano dos gerentes. Nesse contexto, uma das ofertas para trabalhar as relações cotidianas é o Processo Circular. Este artigo teve como objetivo avaliar a aceitação e a aplicação dessa ferramenta por gerentes de Unidades Básicas de Saúde. Pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, com análise a partir do banco de dados secundários, que continha 376 formulários preenchidos pelos egressos do curso. Foram objeto de análise as respostas relativas à questão aberta não obrigatória (n=321), que solicitava ao aluno que identificasse um efeito positivo que poderia ser atribuído ao Curso. Foi realizada busca textual das palavras ‘circular’ e/ou ‘conflito’, sendo identificadas 62 respostas contendo pelo menos uma dessas palavras, constituindo-se no corpus final de análise. A análise permitiu reconhecer que a ferramenta Processo Circular potencializa a formação de um perfil de gerente mediador e facilita o processo de trabalho, apoiando as ações dos gerentes de Unidades Básicas de Saúde.Práticas restaurativas na gestão de uma equipe de Estratégia Saúde da Família: relato de experiência em Pato Branco, PR10.1590/0103-11042019s6142023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZAntoniassi, Clodoaldo PenhaPessotto, Janine GehrkeBergamin, Luciane
<em>Antoniassi, Clodoaldo Penha</em>;
<em>Pessotto, Janine Gehrke</em>;
<em>Bergamin, Luciane</em>;
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RESUMO O presente artigo trata-se de um relato de experiência, que contextualiza a importância das práticas restaurativas como ferramentas no gerenciamento de conflitos na Estratégia Saúde da Família, realizado em um município do sudoeste do Paraná, entre os anos de 2017 e 2018. O objetivo foi relatar a experiência da utilização das técnicas de Comunicação Não Violenta (CNV) e processo circular para gerenciar conflitos e promover o trabalho colaborativo na Unidade de Saúde Alvorada, em Pato Branco, Paraná. Para o relato, optou-se por articular a revisão da literatura sobre práticas restaurativas à experiência. Os resultados incluem maior integração e responsabilização da equipe de saúde, produção de encontros com reflexão coletiva, utilização da CNV e processo circular na gestão do trabalho e o retorno dos grupos de caminhada para hipertensos e diabéticos. Ressalta-se a importância de estudos nessa área, bem como a introdução de temas ligados às práticas restaurativas em disciplinas durante o período de formação, a fim de proporcionar aos profissionais da gestão e da assistência ferramentas para lidar com conflitos que possam ocorrer em suas futuras atuações profissionais.O Processo Circular enquanto ferramenta para a gestão de conflitos em uma Unidade Básica de Saúde10.1590/0103-11042019s6122023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZSilva, Glebson MouraCarvalho, Deise Patrícia Freitas de OliveiraMelo, Deborah Brandão de
<em>Silva, Glebson Moura</em>;
<em>Carvalho, Deise Patrícia Freitas De Oliveira</em>;
<em>Melo, Deborah Brandão De</em>;
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RESUMO Este estudo objetivou relatar a condução de um Processo Circular como mediação para resolução de conflitos entre os profissionais vinculados a uma Unidade Básica de Saúde de um município do interior sergipano. Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, que buscou descrever a aplicabilidade do Processo Circular enquanto ferramenta para resolução de conflitos em uma equipe multiprofissional. Os resultados evidenciaram que as práticas restaurativas devem ser implementadas rotineiramente, pois apresentam sucesso não apenas para mediar conflitos, mas para preveni-los; após a efetivação do primeiro círculo, surgiram colaboradores com perfil conciliador entre os colegas; o Processo Circular forneceu ferramentas eficazes para a conciliação, motivação e mudança de postura entre os envolvidos; os processos de trabalho passaram a ser avaliados com uso do círculo por favorecer a escuta empática e a promoção de cultura da paz; essa ferramenta permitiu aos sujeitos se conscientizarem de suas próprias emoções e posturas, refletindo positivamente no espaço de trabalho e na produção do cuidado. Dessa forma, os Processos Circulares se constituem em um meio adequado para a resolução de conflitos interpessoais, visto que favorece o diálogo entre as pessoas por busca de alternativas de soluções.Processo Circular: avaliação da experiência de alunos/gerentes do Curso de Aperfeiçoamento em Gerência de Unidades Básicas de Saúde, Gestão da Clínica e do Cuidado na aplicação da ferramenta10.1590/0103-11042019s6092023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZRodrigues, Angelo Brito
<em>Rodrigues, Angelo Brito</em>;
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RESUMO O objetivo deste relato foi apresentar a avaliação de alunos/gerentes participantes da terceira turma do Curso de Aperfeiçoamento em Gerência de Unidades Básicas de Saúde, Gestão da Clínica e do Cuidado do Piauí e participantes na aplicação da ferramenta de Processo Circular, enquanto proposta de estratégia para refletir, debater e avaliar processos de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde. O Processo Circular valoriza as contribuições de todos ao respeitar a presença e a perspectiva de cada participante. O uso da ferramenta pelos alunos/gerentes apresentou estratégias de participação e de gestão coletiva de processos de trabalho, proporcionou autoavaliação e avaliação sobre o uso da ferramenta na Unidade Básica de Saúde e as possibilidades e potências do processo circular em promover a interface gestão do cuidado e do processo de trabalho.Rede Básica, campo de forças e micropolítica: implicações para a gestão e cuidado em saúde10.1590/0103-11042019s6062023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZMerhy, Emerson EliasFeuerwerker, Laura Camargo MacruzSantos, Mara Lisiane de MoraesBertussi, Debora CristinaBaduy, Rossana Staevie
<em>Merhy, Emerson Elias</em>;
<em>Feuerwerker, Laura Camargo Macruz</em>;
<em>Santos, Mara Lisiane De Moraes</em>;
<em>Bertussi, Debora Cristina</em>;
<em>Baduy, Rossana Staevie</em>;
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RESUMO A proposta deste ensaio é discutir a micropolítica da gestão e do cuidado em saúde na Rede Básica (RB). Inicia-se pelo que se entende por RB e depois por micropolítica – da gestão e do cuidado. Analisam-se as forças que estão operando no cotidiano da RB que se instauram nos atos relacionais, nos encontros, entre gestores e trabalhadores, entre trabalhadores, entre todos esses e os usuários, constituindo campos de força, que conformam modos de estar no encontro, agenciando processos de subjetivação. Destacam-se cinco forças-valores centrais para que sejam pensados o dentro e o fora do comum dos acontecimentos que ocorrem no dia a dia das práticas de cuidado em saúde: a força-valor trabalho, a força-valor território, a força-valor governo de si e do outro, força-valor clínica-cuidado e a força-valor trabalho em equipe. A aposta em um modo de cuidar na RB centrado na produção de potências para o enfrentamento dos desafios do viver com sofrimento, com o adoecimento e seus desdobramentos em situações diversas e adversas deve contribuir para produção de existências possíveis e favoráveis aos melhores modos de andar a vida, com todos os seus desafios.A prática como produção de saber na educação semipresencial10.1590/0103-11042019s6072023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZAbrahão, Ana Lúcia
<em>Abrahão, Ana Lúcia</em>;
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RESUMO Este ensaio tem como objetivo refletir sobre a produção da formação em saúde, no contexto de cursos à distância, voltado para a gestão em saúde, em que se propõe a lógica semipresencial. A partir dos eixos Conhecimento e Educação Permanente em Saúde, constrói argumentos para um diálogo sobre o aprender e ensinar a distância. Aponta para uma virtualidade que se atualiza em um território de natureza micropolítica e tecnopolítica, uma vez que envolve mudanças nas relações, nos processos, nos atos de saúde, nas organizações e nas pessoas.Desafios e estratégias no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde10.1590/0103-11042019s6042023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZLoch, Selma
<em>Loch, Selma</em>;
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RESUMO Este artigo discute os achados de uma pesquisa que procurou elucidar a experiência vivida por gerentes de Unidades Básicas de Saúde (UBS) na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento gerencial em saúde. A metodologia utilizada na pesquisa foi a fenomenologia e a hermenêutica, e a coleta das histórias foi realizada por meio de entrevista em profundidade. Ao se tornarem gerentes, os sujeitos desta pesquisa se depararam com uma rotina de trabalho intensa, variada e fragmentada e foram surpreendidos pelas prioridades institucionais, que impediam a implantação das suas agendas. Altamente dependentes de outros setores, precisaram organizar uma ampla rede de relacionamentos dentro e de fora da instituição. Suportando tensões, resolvendo problemas e superando desafios, eles revisaram seus conceitos e passaram por um processo de mudança de consciência que os levou a pensar e a agir como gerentes. Ser um gerente de UBS significou, para cada um deles, ser um agente de mudanças, que trabalha em um ambiente de alta pressão e de pouca autonomia, liderando processos de transformação na sua unidade, em função da comunidade onde se insere.O uso de ferramentas no processo de formação de gerentes de Unidades Básicas de Saúde: um relato de experiência10.1590/0103-11042019s6112023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZPertile, Karina CenciHemmi, Ana Paula AzevedoMiranda, Camila Zamban deSantos, Frantchesca Fripp dos
<em>Pertile, Karina Cenci</em>;
<em>Hemmi, Ana Paula Azevedo</em>;
<em>Miranda, Camila Zamban De</em>;
<em>Santos, Frantchesca Fripp Dos</em>;
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RESUMO O objetivo deste trabalho foi relatar e refletir sobre a experiência vivida no processo de ensino da gerência em Unidades Básicas de Saúde, com foco na oferta de ferramentas para o desenvolvimento do trabalho gerencial, a partir do Curso de Aperfeiçoamento em Gerência de Unidades Básicas de Saúde, Gestão da Clínica e do Cuidado, ofertado pela Universidade Federal Fluminense em parceria com o Ministério da Saúde, nos anos de 2016 a 2019. Foi realizada uma breve descrição do curso com destaques aos encontros virtuais e presenciais, enfatizando as estratégias utilizadas para aprimorar a prática dos gerentes. O processo de ensino-aprendizagem se desenvolveu pautado na dialogicidade e na problematização, envolvendo não só os profissionais-alunos, mas também se estendendo aos espaços de trabalho deles. Foram ofertadas ferramentas para a qualificação do trabalho gerencial nas Unidades Básicas de Saúde, que parecem ter produzido reflexões sobre o cuidado prestado. Além disso, o curso oportunizou um processo de construção de grupalidade entre os profissionais-alunos, por meio das dinâmicas adotadas tanto para os encontros virtuais quanto para os presenciais.Competências necessárias ao gestor de Unidade de Saúde da Família: um recorte da prática do enfermeiro10.1590/0103-11042019s6022023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZFernandes, Josieli CanoCordeiro, Benedito CarlosRezende, Aline CostaFreitas, Dandara Soares de
<em>Fernandes, Josieli Cano</em>;
<em>Cordeiro, Benedito Carlos</em>;
<em>Rezende, Aline Costa</em>;
<em>Freitas, Dandara Soares De</em>;
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RESUMO Estudo qualitativo descritivo exploratório com objetivo de analisar e discutir as competências necessárias ao gerente de Atenção Primária à Saúde (APS). Teve como cenário as Unidades de Saúde da Família de Angra dos Reis e como participantes da pesquisa dez enfermeiros estatutários que exerciam a função de gerente havia mais de um ano. Os dados foram produzidos por meio de grupo focal e ponderados com base na análise de conteúdo de Bardin. Do estudo, emergiram três categorias: Competências gerenciais relativas à liderança; Competências gerenciais relativas à gestão de recursos e do cuidado; Competências gerenciais relativas à mobilização de recursos cognitivos e afetivos. Os achados apontam que as competências descritas pelos participantes se alinham às narradas em outros estudos e evidenciam a necessidade de investir em uma formação que permita refletir e buscar desenvolvimento de competências gerenciais para os gerentes de APS, pois a categoria mostra-se em construção, necessitando de aprimoramento e reconhecimento formal que ultrapassem portarias ministeriais. A esses achados, relaciona-se o pensamento de Paulo Freire como embasamento para a Educação Permanente, estratégia de mudança da realidade encontrada.Fluxograma Descritor do processo de trabalho: ferramenta para fortalecer a Atenção Primária à Saúde10.1590/0103-11042019s6102023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZRodrigues, Rosiane PinheiroCarmo, Weslley Lieverson Nogueira doCanto, Carla Isadora BarbosaSantos, Eliene do Socorro da SilvaVasconcelos, Lidiane Assunção de
<em>Rodrigues, Rosiane Pinheiro</em>;
<em>Carmo, Weslley Lieverson Nogueira Do</em>;
<em>Canto, Carla Isadora Barbosa</em>;
<em>Santos, Eliene Do Socorro Da Silva</em>;
<em>Vasconcelos, Lidiane Assunção De</em>;
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RESUMO O Fluxograma Descritor é caracterizado pela elaboração cartográfica de processos dinâmicos do cotidiano e configura uma importante ferramenta de gestão. Propõe-se relatar a experiência dos autores, quanto ao ensino do Fluxograma Descritor, e ao acompanhamento dos alunos (gerentes e coordenadores de atenção básica) na aplicação dessa ferramenta nas equipes de trabalho, durante um Curso de Aperfeiçoamento em Gerência de Unidades Básicas de Saúde, Gestão da Clínica e do Cuidado, na modalidade Ensino a Distância. Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizou-se uma análise dos relatos, classificada em: Etapa I – Aproximação/Aprendizagem do Fluxograma Descritor; e Etapa II – Aplicação do Fluxograma Descritor/Atividade 1 no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Considerando a Etapa I, percebeu-se que as discussões geraram várias reflexões e inquietações, a partir do momento que observaram os nós críticos no processo de trabalho. Já na Etapa II, observou-se o reconhecimento do fluxograma para desenvolver um trabalho mais eficiente, pois permite a identificação das necessidades do usuário e a participação de toda equipe. Assim, essa ferramenta merece ser divulgada nos serviços de saúde, uma vez que, além de corroborar na organização dos serviços, contribui para uma reflexão do processo de trabalho.Micropolítica da gestão e trabalho em saúde em um curso de Educação a Distância para gerentes da Atenção Primária à Saúde10.1590/0103-11042019s6162023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZChagas, Magda de Souza
<em>Chagas, Magda De Souza</em>;
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RESUMO Esse artigo teve como objetivo apresentar a elaboração do Curso de Aperfeiçoamento em Gerência de Unidades Básicas de Saúde, Gestão da Clínica e do Cuidado, na modalidade Ensino a Distância (EaD). Para isso, o relato de experiência foi utilizado como método. O curso foi elaborado por docentes da Universidade Federal Fluminense a partir de demanda do Ministério da Saúde, entre os anos de 2016 e 2019, e adotou como base, na Proposta Político-Pedagógica (PPP), a micropolítica do trabalho. Para o alcance da PPP, foram criadas ou incorporadas algumas ferramentas, elaborado material didático pelos próprios docentes, construídas estratégias na formação dos tutores e alguns conceitos relacionados com o desenvolvimento da autonomia para a vida na construção da relação tutor-aluno. Concluiu-se que os alunos e alunas construíram atividades e trabalhos de conclusão que explicitaram atividades micropolíticas no processo de trabalho. Além disso, foi possível destacar que o fato de os membros da coordenação terem participado ativamente de todo o processo do curso, além de ter possibilitado educação permanente para cada um(a), favoreceu a construção e o fortalecimento da identidade institucional do curso, potencializou as ações e as intervenções pedagógicas de apoio aos tutores e facilitou alterações a partir das avaliações e das reavaliações.Furando ondas para a qualificação dos gerentes de Unidades Básicas de Saúde10.1590/0103-11042019s6152023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZPrata, Luzia Maria da Guia MaltaSantos, Elzimar Palhano dosPolido, Rosiane de Araújo FerreiraSouza, Ândrea Cardoso de
<em>Prata, Luzia Maria Da Guia Malta</em>;
<em>Santos, Elzimar Palhano Dos</em>;
<em>Polido, Rosiane De Araújo Ferreira</em>;
<em>Souza, Ândrea Cardoso De</em>;
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RESUMO Este manuscrito apresenta uma narrativa de tutores de diferentes estados do Brasil sobre a experiência do exercício da tutoria, no período de 2016 a 2018, no âmbito de um curso de aperfeiçoamento de modalidade semipresencial direcionado a gestores de Unidades Básicas de Saúde. Um dos grandes desafios da atenção à saúde constitui-se na qualificação de gestores para atuação no Sistema Único de Saúde. Aos gerentes de Unidades Básicas de Saúde, são necessárias competências de gestão clínica e do cuidado para que sejam produzidos modos efetivos de fazer saúde de maneira colaborativa e efetiva. Os processos de gestão na esfera da atenção básica requerem o uso de ferramentas que possibilitem a adoção de outros modos de ser gerente, como o processo circular, a comunicação não violenta, o fluxograma descritor, o projeto terapêutico singular, além da valorização das tecnologias relacionais para a qualificação dos processos de gestão. Constata-se a capacidade do curso para a ativação de mudanças na qualificação de profissionais para o exercício da gestão de unidades básicas, haja vista o seu potencial de provocar deslocamentos de olhares, posições e saberes no que concerne à função de gerência.