Saúde em Debatehttps://www.scielosp.org/feed/sdeb/2021.v45n129/2023-01-08T00:08:00ZVol. 45 No. 129 - 2021WerkzeugPolítica Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma proposta de avaliação10.1590/0103-110420211291022023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZSilva, Tarcisio OliveiraAraújo, Edna Maria deFreitas, Kátia SantanaSilva, Silvone Santa Bárbara da
<em>Silva, Tarcisio Oliveira</em>;
<em>Araújo, Edna Maria De</em>;
<em>Freitas, Kátia Santana</em>;
<em>Silva, Silvone Santa Bárbara Da</em>;
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RESUMO Objetiva validar um plano de indicadores para a avaliação da implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra nos municípios brasileiros. O estudo empregou procedimentos teóricos e metodológicos para o alcance da validade de conteúdo, por meio da aplicação da taxa de concordância e do Índice de Validade de Conteúdo. Participaram do estudo especialistas das áreas de saúde da população negra e avaliação em saúde. Dos 36 indicadores, na avaliação de concordância, 35 alcançaram o ponto de corte e 32 alcançaram Índice de Validade de Conteúdo superior a 0,80. Na análise geral desse índice, o plano de indicadores obteve 0,86 como pontuação, considerado como válido em seu conteúdo por ter superado o ponto de corte estabelecido (0,80). Conclui-se que o plano de indicadores ora apresentado possui a concordância, a pertinência e a clareza necessárias para a sua utilização nos municípios brasileiros, contudo, se faz necessária a continuidade de seu aperfeiçoamento nas fases subsequentes à sua validação.Gestão participativa na Estratégia Saúde da Família: reorientação da demanda à luz do Método Paideia10.1590/0103-11042021129052023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZClemente, Mykaelly PereiraPinto, Antonio Germane AlvesMartins, Alissan Karine Lima
<em>Clemente, Mykaelly Pereira</em>;
<em>Pinto, Antonio Germane Alves</em>;
<em>Martins, Alissan Karine Lima</em>;
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RESUMO Objetivou-se descrever a construção de um plano de ação de corresponsabilização entre gestores, profissionais e usuários, para a reorientação da demanda espontânea em uma Unidade de Saúde da Família, por meio de ferramentas de gestão participativa. Tratou-se de um estudo intervencionista do tipo pesquisa-ação, realizado com uma equipe de Estratégia Saúde da Família do município de Petrolina (PE). Participaram do estudo 11 sujeitos, selecionados pela técnica de amostragem da representatividade qualitativa, sendo 3 gestores da atenção básica do município, 4 profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família envolvida no estudo e 4 líderes comunitários, representantes dos usuários. O referencial teórico adotado para a análise da intervenção foi o método de análise e cogestão de coletivos, o Método Paideia. O estudo evidenciou o despreparo dos coletivos para atuarem na gestão participativa, ao tempo que revelou que as possibilidades de reestruturação dos serviços são otimizadas quando pensadas de maneira democrática e corresponsável. Considerou-se que as principais contribuições deste estudo foram a sensibilização e a mobilização dos sujeitos para atuarem de maneira participante no planejamento e na gestão dos problemas de saúde.Práticas estéticas e corporais: criação e produção de subjetividade na atenção psicossocial10.1590/0103-11042021129132023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZLima, Elizabeth AraújoProvidello, GuilhermeSilva, Juliana AraújoAleixo, Juliana Maria PadovanPellegrini, LíviaAversa, Paula CarpinettiBarrenha, TaisCardoso, Tânya Marques
<em>Lima, Elizabeth Araújo</em>;
<em>Providello, Guilherme</em>;
<em>Silva, Juliana Araújo</em>;
<em>Aleixo, Juliana Maria Padovan</em>;
<em>Pellegrini, Lívia</em>;
<em>Aversa, Paula Carpinetti</em>;
<em>Barrenha, Tais</em>;
<em>Cardoso, Tânya Marques</em>;
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RESUMO Práticas estéticas e corporais têm ocupado um lugar significativo na atenção psicossocial, no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira. Propostas que inventam outras formas de produção de saúde e de subjetividade, associadas à participação social, têm valorizado a diversidade de formas de expressão em saúde mental e a diferença nas formas de existência. Com o intuito de estudar essas práticas e criar um campo de comunicação e produção coletiva de suas singularidades e seu plano comum, um grupo de pesquisadores se reuniu no Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Estadual Paulista e desenvolveu pesquisas articuladas ao projeto ‘Práticas estéticas e corporais na atenção psicossocial: processos de criação e produção de subjetividade’. Nessas pesquisas, foram exploradas as relações entre arte e saúde mental, a produção das políticas públicas relacionadas ao campo, o desenvolvimento das práticas clínicas, artísticas e culturais e a formulação de conceitos e perspectivas teóricas que sustentem essas práticas. Neste texto, serão apresentadas, brevemente, as políticas públicas de saúde e cultura que foram desenvolvidas no Brasil nos últimos 30 anos, sua articulação intersetorial e algumas experiências práticas nesse campo, que temos desenvolvido e pesquisado.Emendas parlamentares em saúde no contexto do orçamento federal: entre o ‘é’ e o ‘dever ser’ da alocação de recursos10.1590/0103-11042021129172023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZCarnut, LeonardoAndre, Edgard Caires GazzolaMendes, ÁquilasMeira, Ana Lígia Passos
<em>Carnut, Leonardo</em>;
<em>Andre, Edgard Caires Gazzola</em>;
<em>Mendes, Áquilas</em>;
<em>Meira, Ana Lígia Passos</em>;
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RESUMO Este estudo analisa a literatura científica sobre como as emendas parlamentares em saúde se inserem na discussão sobre a alocação de recursos federais. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa do assunto selecionado. Utilizou-se o portal BVS visando a identificar aqueles estudos que se vinculariam a ‘emendas parlamentares’ e ‘alocação de recursos’, simultaneamente. Diante da dificuldade de identificar descritores vinculados diretamente a ‘emendas parlamentares’, optou-se por uma estratégia de busca com uso do termo ‘emendas parlamentares’ no título, em adição aos descritores que se relacionam com o tema. Foram identificados, inicialmente, 47 estudos que, após análise do título e do resumo por três pesquisadores, reduziram-se a 07 (15%). Entre os estudos incluídos, 03 (37,5%) são monografias, 03 (37,5%) são teses e 02 (25%) são artigos. Os anos dos estudos vão desde 1995 a 2018. Mesmo sendo um tema antigo, a relação entre as emendas e a alocação de recursos em saúde é pouco pautada na literatura. Os poucos estudos existentes consideram as emendas parlamentares como instrumento de barganha política do poder executivo com o poder legislativo e relatam o uso de critérios políticos desconsiderando o papel do planejamento orçamentário em diminuir as desigualdades regionais em saúde.Barreiras de acesso para Homens que fazem Sexo com Homens à testagem e tratamento do HIV no município de Curitiba (PR)10.1590/0103-11042021129112023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZCota, Vanda LúciaCruz, Marly Marques da
<em>Cota, Vanda Lúcia</em>;
<em>Cruz, Marly Marques Da</em>;
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RESUMO Mais da metade das novas infecções por HIV em 2018 ocorreu entre populações-chave, incluindo homens gays e outros Homens que fazem Sexo com Homens (HSH). O estigma pode trazer uma série de consequências comportamentais, refletindo negativamente na vida dos indivíduos, e pode ser traduzido em barreiras para o acesso aos serviços públicos de saúde. O objetivo deste artigo é o de analisar as principais barreiras para o acesso à testagem do HIV em um Centro de Orientação e Aconselhamento de Curitiba e a vinculação dos homens gays e outros HSH ao serviço de saúde para o tratamento precoce. Realizou-se a coleta de dados primários seguindo método qualitativo, triangulando as técnicas de observações de campo, análise documental e entrevistas. Os resultados revelam falta de profissionais capacitados, dificuldade de acolhimento nos serviços de saúde, aceitação da sexualidade, medo do resultado e falta de informação como principais barreiras para se testar. Dificuldade na aceitação do diagnóstico, preconceito e discriminação foram algumas barreiras encontradas para o início do tratamento. Pode-se concluir que a ampliação do acesso para a garantia dos direitos daqueles que efetivamente têm mais dificuldade de entrada nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) permanece um grande desafio.Análise da produção científica sobre os serviços farmacêuticos comunitários no enfrentamento da pandemia pelo coronavírus10.1590/0103-11042021129212023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZPrado, Nília Maria de Brito LimaCarvalho, Vinícius NunesNunes, Fabiely GomesJesus, Naila Neves deSantos, Hebert Luan Pereira Campos dosSantos, Adriano Maia dos
<em>Prado, Nília Maria De Brito Lima</em>;
<em>Carvalho, Vinícius Nunes</em>;
<em>Nunes, Fabiely Gomes</em>;
<em>Jesus, Naila Neves De</em>;
<em>Santos, Hebert Luan Pereira Campos Dos</em>;
<em>Santos, Adriano Maia Dos</em>;
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RESUMO Esta revisão buscou sintetizar as práticas em serviços farmacêuticos relacionadas ao gerenciamento e às atividades clínicas em distintos contextos para a prevenção e a assistência durante a epidemia da Covid-19. Trata-se de uma revisão da literatura sobre políticas públicas de saúde para a reorganização da assistência farmacêutica em países atingidos pela Covid-19 realizada nas bases de dados Web of Science, Science Direct e Biblioteca Virtual em Saúde. Foram selecionados 9 artigos, sendo todos publicados em 2020. Destes, 90% foram publicados pelo periódico ‘Research in Social an Administrative Pharmacy’ e tiveram como local de realização de estudo países de três continentes. Foram relatadas e debatidas experiências sobre a atuação do profissional farmacêutico e o papel da farmácia comunitária no contexto da pandemia da Covid-19, e sobre a reorganização destes serviços, evidenciadas no contexto de crise, tanto no que tange à oferta de serviços quanto ao próprio espraiamento da doença. O modelo adotado pelos países para o enfrentamento da Covid-19, no âmbito dos serviços farmacêuticos comunitários, baseou-se em atividades para a garantia da qualidade e logística de insumos e medicamentos, triagem e monitoramento de pacientes, acompanhamento farmacoterapêutico, educação em saúde e informações sobre o uso de medicamentos.Necessidades em(de) saúde: conceitos, implicações e desafios para o Sistema Único de Saúde10.1590/0103-11042021129162023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZCarnut, LeonardoFerraz, Camila Biancchi
<em>Carnut, Leonardo</em>;
<em>Ferraz, Camila Biancchi</em>;
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RESUMO Este estudo revisou sistematicamente a literatura sobre ‘necessidades em(de) saúde’. Tratou-se de uma revisão integrativa utilizando o portal Biblioteca Virtual em Saúde. Português, espanhol e inglês foram os idiomas utilizados e recuperaram-se apenas os textos completos e com foco específico no Sistema Único de Saúde. Totalizaram-se 17 artigos incluídos, dos quais 88,8% estavam indexados na base Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Há uma variada forma de apropriação das ‘necessidades em(de) saúde’, termo cuja definição não é bem delimitada pelos autores, direcionando- o a três núcleos de sentido: ‘direito social constituído’, ‘conjunto articulado da efetividade dos direitos sociais’ e ‘ajuste entre as condições de vida e trabalho com a diversidade inerente às coletividades’. Diversas implicações para o Sistema Único de Saúde foram apresentadas e puderam ser compiladas em sete blocos: ‘capitalismo e sua crise’, ‘financiamento’, ‘características da formação social brasileira’, ‘problemas da gestão pública na saúde’, ‘mescla público-privado’, ‘problemas terminológicos’ e ‘escassez de recursos’. Por fim, os principais desafios da aplicação das necessidades no Sistema Único de Saúde transitam entre o simbólico, o crítico-político, a coerência entre financiamento-princípios, o Estado, a política macroeconômica, a gestão e as ações locais. Investir na superação dos desafios elencados pode ser um guia para a efetivação das necessidades como o centro da ação sanitária.Gastos com internações compulsórias por consumo de drogas no estado do Espírito Santo10.1590/0103-11042021129102023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZLeal, Fabiola XavierGarcia, Maria Lúcia TeixeiraDenadai, Mirian Cátia Vieira BasílioCampanharo, Lara da Silva
<em>Leal, Fabiola Xavier</em>;
<em>Garcia, Maria Lúcia Teixeira</em>;
<em>Denadai, Mirian Cátia Vieira Basílio</em>;
<em>Campanharo, Lara Da Silva</em>;
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RESUMO A internação compulsória pelo consumo de drogas vem sendo problematizada no campo da política de saúde mental e expressa a luta entre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)/princípios da Reforma Psiquiátrica versus os interesses privados de remanicomialização. O artigo objetiva analisar os gastos com internações compulsórias por consumo de drogas realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (ES), entre 2014-2019, buscando identificar a sua destinação. Apresenta breves reflexões sobre o direito à saúde e a disputa pelo fundo público. Trata-se de pesquisa documental com levantamento de dados no Portal de Transparência do ES. Foram utilizadas a análise estatística descritiva e a análise de conteúdo categorial. Os dados evidenciam as disputas pelo Fundo público e que isso não é um processo evidente para a sociedade. Os embates entre Executivo e Judiciário em torno do direito de acesso ao tratamento da saúde são pontos que precisam ser problematizados.Nossas tarefas permanentes: Saúde, Democracia e Socialismo10.1590/0103-11042021129002023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZNoronha, José Carvalho deSouto, Lucia
<em>Noronha, José Carvalho De</em>;
<em>Souto, Lucia</em>;
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Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho – obrigação legal de base técnica se transforma em imbróglio político-social: reflexões sobre possíveis saídas10.1590/0103-11042021129142023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZDias, Elizabeth CostaSilva-Junior, João SilvestreBaeta, Karla FreireBandini, Marcia
<em>Dias, Elizabeth Costa</em>;
<em>Silva-Junior, João Silvestre</em>;
<em>Baeta, Karla Freire</em>;
<em>Bandini, Marcia</em>;
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Os atores da regulação assistencial no SUS: quem regula a rede?10.1590/0103-11042021129032023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZBarbosa, Deise Santana de JesusGuimarães, Maria do Carmo Lessa
<em>Barbosa, Deise Santana De Jesus</em>;
<em>Guimarães, Maria Do Carmo Lessa</em>;
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RESUMO Este artigo tem como objetivo identificar os atores sociais envolvidos na ação regulatória para acesso aos serviços assistenciais na rede de pré-natal e parto do Sistema Único de Saúde (SUS), em um município brasileiro. Busca-se analisar as características dos pontos de atenção que integram essa rede temática e suas influências na integração sistêmica entre os atores envolvidos no processo regulatório. Esta análise fundamenta-se na teoria da estruturação, segundo a qual a ação humana molda a estrutura social, que, ao mesmo tempo, orienta a conduta do agente humano, estabelecendo a reprodução/transformação de práticas sociais ao longo do tempo. Os elementos são observáveis nas práticas sociais produzidas na interação entre os atores na ação regulatória para o acesso aos serviços de saúde no SUS. Trata-se de um estudo de caso, cuja pesquisa empírica explorou 32 documentos institucionais, 64 entrevistas semiestruturadas com gestores/profissionais e usuárias da rede e dados secundários, coletados entre setembro de 2018 e janeiro de 2019. Os resultados confirmam a existência de diferentes atores sociais envolvidos na regulação do acesso aos serviços de saúde, caracterizando a regulação assistencial no SUS como uma prática social, revelando a complexidade produzida pela interação entre um conjunto de atores sociais envolvidos nesta ação.Coordenação do cuidado no Consultório na Rua no município do Rio de Janeiro: romper barreiras e construir redes10.1590/0103-11042021129062023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZSantos, Amanda Rodrigues dosAlmeida, Patty Fidelis de
<em>Santos, Amanda Rodrigues Dos</em>;
<em>Almeida, Patty Fidelis De</em>;
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RESUMO O objetivo do artigo foi caracterizar arranjos e ações de coordenação do cuidado desenvolvidos pelo Consultório na Rua (CnaR). Foi realizado estudo qualitativo a partir de observação participante e entrevistas com profissionais do CnaR e serviços de referência em um município de grande porte. A coordenação do cuidado foi analisada nas dimensões horizontal e vertical. Os resultados mostram que a coordenação horizontal é fortalecida pelo acolhimento, pela presença e insistência da equipe em estar nas ruas, em reunir-se formal e informalmente, pela plasticidade da agenda e pelos diversos agenciamentos para garantia da estada dos usuários em outros espaços dentro e fora do setor saúde. O desenvolvimento de ações intersetoriais enfrenta diferentes concepções das políticas e do direito à saúde entre os órgãos governamentais. A coordenação entre níveis é ainda mais frágil pela fragmentação dos serviços, ausência de comunicação profissional, exigência de documentos, desresponsabilização dos demais serviços e precariedade dos vínculos laborais que impediam a tessitura de relações duradouras na rede. Iniciativas de coordenação do cuidado pelo CnaR reafirmam seu papel estratégico na composição de redes, negociações, tensões e desconfortos que pode provocar ao reconduzir, ainda que de forma parcial, excluídos ao campo da cidadania e do direito à saúde.Rede Mãe Paranaense: análise da estratificação do risco gestacional em três regionais de saúde em 2017-201810.1590/0103-11042021129072023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZBender, Tainá AparecidaZilly, AdrianaFerreira, HelderFerrari, Rosangela Aparecida PimentaFrança, Andrea Ferreira OuchiSilva, Rosane Meire Munhak da
<em>Bender, Tainá Aparecida</em>;
<em>Zilly, Adriana</em>;
<em>Ferreira, Helder</em>;
<em>Ferrari, Rosangela Aparecida Pimenta</em>;
<em>França, Andrea Ferreira Ouchi</em>;
<em>Silva, Rosane Meire Munhak Da</em>;
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RESUMO Este estudo busca analisar e comparar a estratificação de risco gestacional em três regionais de saúde do estado do Paraná, inseridas na Rede Mãe Paranaense, e identificar aspectos que fragilizam sua efetividade. Estudo transversal, analítico, desenvolvido por meio de inquérito com 1.270 puérperas 24 horas após o parto, no alojamento conjunto das maternidades. Para análise dos dados, utilizaram-se os programas SPSS Statistics versão 21 e Bioestat 5.3; para comparação da estratificação de risco, o teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher (p<0,05). A estratificação de risco ocorreu com maior frequência em serviços de Atenção Primária à Saúde, quando comparados à admissão nas maternidades, nas três regionais de saúde. Houve inconsistências no registro e na informação às usuárias sobre identificação de risco, em especial, nas regionais de Londrina e Cascavel. Gestantes de alto risco foram estratificadas como sendo de risco intermediário, principalmente na regional de Londrina. A estratificação de risco proposta pela Rede Mãe Paranaense se encontra incipiente nas regionais de saúde estudadas, podendo fragilizar a identificação de fatores que contribuem para a prevenção da morbimortalidade materna e infantil.Satisfação e acesso à saúde bucal das pessoas que vivem com HIV/Aids no nordeste brasileiro10.1590/0103-11042021129122023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZMaia, Lizaldo AndradeVieira-Meyer, Anya Pimentel Gomes FernandesSaintrain, Maria Vieira de LimaSoares Nuto, Sharmênia de AraújoMorais, Ana Patrícia Pereira
<em>Maia, Lizaldo Andrade</em>;
<em>Vieira-Meyer, Anya Pimentel Gomes Fernandes</em>;
<em>Saintrain, Maria Vieira De Lima</em>;
<em>Soares Nuto, Sharmênia De Araújo</em>;
<em>Morais, Ana Patrícia Pereira</em>;
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RESUMO Este estudo objetivou avaliar, na perspectiva das Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA), uso e satisfação com os serviços públicos de saúde bucal no Sistema Único de Saúde em Fortaleza (CE). Aplicaram-se questionários estruturados sobre perfil socioeconômico, uso e satisfação dos serviços públicos de saúde bucal para 241 PVHA que frequentam 8 Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids. A idade média dos usuários foi de 37,8 ± 9,6 anos; 161 (68,3%) do sexo masculino; com ensino médio completo (n=79; 32,8%); 59 (24,5%) ganham até 1 salário mínimo (US$ 255). Apenas 155 (64,3%) foram ao dentista nos dois anos anteriores. Destes, 68 (28,2%) frequentavam serviços públicos, 31 (45,6%) dos quais não completaram o tratamento por falta de materiais/equipamentos defeituosos/reformas nas unidades de saúde. A nota média atribuída pelo paciente ao atendimento dos profissionais foi 7,6 (±2,5), 50 (73,6%) declararam-se muito satisfeitos/satisfeitos. Quanto ao atendimento humanizado, 59 (86,7%) estavam muito satisfeitos/satisfeitos. Pacientes encaminhados pelo Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids e os que residem perto das unidades de saúde tiveram probabilidade significativamente maior de usar os serviços públicos. Apesar do uso limitado dos serviços públicos de saúde bucal, principalmente devido ao acesso insuficiente e aos procedimentos ineficazes de agendamento, os serviços usados pelos entrevistados foram avaliados satisfatoriamente.Portes LH. Política de controle do tabaco no Brasil10.1590/0103-11042021129222023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZPinho, MarianaCosta, Nilson do Rosário
<em>Pinho, Mariana</em>;
<em>Costa, Nilson Do Rosário</em>;
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Comissão Intergestores Regional como mecanismo de governança da política de saúde no Ceará10.1590/0103-11042021129012023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZNogueira, Maria Sônia LimaOliveira, Lucia Conde deCosta, Liduína Farias Almeida da
<em>Nogueira, Maria Sônia Lima</em>;
<em>Oliveira, Lucia Conde De</em>;
<em>Costa, Liduína Farias Almeida Da</em>;
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RESUMO Canais de pactuação intergovernamental são instâncias de fortalecimento da descentralização e regionalização no Sistema Único de Saúde. A descentralização apresenta-se como importante dispositivo para a produção do poder regional. O artigo tem por objetivo refletir sobre a importância da Comissão Intergestores Regional na governança da saúde, na Primeira Região de Saúde do Ceará, considerando o processo de descentralização e regionalização. Trata-se de uma pesquisa social qualitativa, um estudo de caso, cujas técnicas de produção de dados foram: a entrevista semiestruturada e a observação simples. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará. Alguns resultados mostraram que a Comissão Intergestores Regional é uma instância importante para a governança regional da saúde, através da qual os gestores locais expressam as necessidades do município, pactuam e deliberam sobre a política de saúde da região, mostrando que não são passivos quanto às decisões pactuadas para a organização dessa área. Antes, são sujeitos que se movem em uma arena de disputa pelo melhor desenvolvimento das ações de saúde de seus munícipes, influenciando a governança desta área no estado do Ceará. Verificou-se que a Comissão Intergestores Regional é, também, um local de disputa de poder e de conflitos de interesses.Desempenho dos serviços de saúde do SUS de uma macrorregião do estado de Pernambuco, Brasil10.1590/0103-11042021129042023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZParente, Alaine SantosSantana, Arianny Soares Ramos deOliveira, Sydia Rosana de Araujo
<em>Parente, Alaine Santos</em>;
<em>Santana, Arianny Soares Ramos De</em>;
<em>Oliveira, Sydia Rosana De Araujo</em>;
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RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho dos serviços de saúde de uma macrorregião do estado de Pernambuco. A pesquisa foi realizada utilizando dados do Projeto de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde nas dimensões efetividade, acesso, adequação e aceitabilidade. O período de análise foi de 2008 a 2017. O julgamento foi realizado a partir da tendência esperada dos indicadores. Classificou-se o desempenho em: excelente (=75%), satisfatório (50%-74,9%), insatisfatório (49%-25%) e crítico (<25%). O desempenho foi insatisfatório nas dimensões efetividade (41,7%) e acesso (46%), e excelente nas dimensões adequação (76,2%) e aceitabilidade (100%). Entre os indicadores que contribuíram para o baixo desempenho nas primeiras dimensões, destacam-se: internações por pneumonia, incidência da síndrome da imunodeficiência adquirida, sífilis congênita, vacinação em crianças menores de um ano com tetravalente/pentavalente e procedimentos de alta complexidade. A classificação final revelou resultado satisfatório (52,4%) na Macrorregião de Saúde. Diante dos resultados, torna-se necessária a observação individual dos indicadores, visando ao planejamento de ações que promovam uma melhora nesse panorama. Esta pesquisa contribuiu para uma ampliação da avaliação de desempenho, divulgando a potencialidade do Projeto de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde para o monitoramento e a análise do sistema de saúde.Instrumentos mais utilizados na avaliação da exposição a Experiências Adversas na Infância: uma revisão da literatura10.1590/0103-11042021129192023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZPereira, Flávia GarciaViana, Maria Carmen
<em>Pereira, Flávia Garcia</em>;
<em>Viana, Maria Carmen</em>;
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RESUMO O objetivo deste estudo foi identificar e descrever os instrumentos mais frequentemente utilizados nas pesquisas epidemiológicas para a avaliação das Experiências Adversas na Infância, nos últimos dez anos. Trata-se de uma revisão da literatura, cujos critérios de inclusão foram artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês, espanhol e português, publicados e indexados nas bases de dados Medline e Lilacs, que citassem no resumo os instrumentos de avaliação utilizados nos estudos. Foram analisados 6 dos 38 instrumentos identificados nos 253 artigos selecionados para análise. Os instrumentos mais citados foram: 1) Childhood Trauma Questionnaire, 2) Childhood Experience of Care and Abuse, 3) Adverse Childhood Experiences Questionnaire, 4) Child Abuse and Trauma Scale, 5) Early Trauma Inventory Self Report e 6) Adverse Childhood Experiences International Questionnaire. Os instrumentos descritos diferiram quanto às propriedades psicométricas, à idade para aplicação e à quantidade de Experiências Adversas na Infância avaliadas. Predominaram estudos publicados em periódicos internacionais na língua inglesa. Três instrumentos apresentam versão em português vigente no Brasil, sendo que um deles considera somente a avaliação de aspectos específicos de Experiências Adversas na Infância, enquanto que os outros dois avaliam, também, outras experiências traumáticas.Elaboração e validação de um instrumento para mensurar Autopercepção de Saúde em adultos10.1590/0103-11042021129092023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZMattos, SamuelMoreira, TherezaFlorêncio, RaquelCestari, Virna
<em>Mattos, Samuel</em>;
<em>Moreira, Thereza</em>;
<em>Florêncio, Raquel</em>;
<em>Cestari, Virna</em>;
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RESUMO Elaborar um instrumento para mensurar a Autopercepção de Saúde (APS) em adultos e sua validação por especialistas. Estudo metodológico composto de duas fases: a primeira foi a elaboração do instrumento, a partir de revisão da literatura; a segunda, de validação de conteúdo, mediante a avaliação do instrumento por nove especialistas, profissionais da saúde. Para análise, calculou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC=0,78), o teste binomial (p>0,05) e o coeficiente Kappa (=0,61). Inicialmente, o instrumento foi composto por 25 itens, dispostos em três dimensões. Um item foi eliminado (IVC=0,56) e três perguntas foram adicionadas por sugestão dos especialistas. Ao final, o instrumento foi organizado em 26 itens divididos em três dimensões. O IVC total do instrumento foi de 0,84 e Kappa igual a 0,83. O instrumento apresentou IVC satisfatório e apto para análise semântica e posterior validação externa.Práticas de Atenção Primária à Saúde na área de drogas: revisão integrativa10.1590/0103-11042021129202023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZOliveira, Luíza Carraschi deCordeiro, LucianaSoares, Cassia BaldiniCampos, Célia Maria Sivalli
<em>Oliveira, Luíza Carraschi De</em>;
<em>Cordeiro, Luciana</em>;
<em>Soares, Cassia Baldini</em>;
<em>Campos, Célia Maria Sivalli</em>;
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RESUMO O objetivo deste estudo foi o de identificar e analisar as práticas voltadas ao consumo prejudicial de drogas na Atenção Primária à Saúde. Trata-se de Revisão integrativa que buscou estudos nas fontes Medline e Lilacs utilizando os termos ‘Atenção Primária à Saúde’ e ‘Redução do Dano’. Como resultado, incluiram-se 52 estudos, analisados de acordo com os arcabouços teóricos que orientam as práticas em saúde. Tais estudos foram sintetizados em três categorias empíricas: comportamento de risco, que incluiu intervenção breve, programas para prevenir e diminuir o uso de drogas, entre outros; fatores determinantes, que incluiu visitas domiciliares, práticas grupais e organizacionais; e necessidades em saúde, que incluiu práticas educativas emancipatórias. Conclui-se que, majoritariamente, os estudos abordam o uso de drogas pela categoria risco, com proposição de práticas para adaptação social. As intervenções relativas aos determinantes promovem a saúde, propondo melhorias em ambientes de vida e trabalho. Práticas críticas às relações sociais estabelecidas pelo complexo das drogas são minoritárias e envolvem complexidade operacional.Reflexión del discurso del bienestar y el desarrollo en el neoliberalismo. El caso en el sistema de salud colombiano10.1590/0103-11042021129022023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZFernández, César Alberto Pazo
<em>Fernández, César Alberto Pazo</em>;
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RESUMEN El objetivo de este artículo es analizar de manera crítica los procesos históricos que ha tenido la idea de bienestar en el campo de la salud, principalmente en Colombia. Desde la definición de salud propuesta por la Organización Mundial de la Salud a mediados del siglo XX, surgieron compromisos estatales que vincularon los modelos económicos en Latinoamérica, orientados a la garantía de mejores condiciones de bienestar social. Sin embargo, al examinar el proceso histórico de la idea de bienestar, es posible identificar los giros discursivos que han permitido el surgimiento, aplicación y reproducción de prácticas de poder institucional, justificadas en la búsqueda de mejores condiciones para el bienestar social. Ejemplo de ello son las reformas neoliberales a los servicios de salud, lo cual ha contribuido a la reconfiguración de los Estados y las relaciones sociales y a la naturalización de las desigualdades, como un asunto vinculado con la poca gestión de las personas para competir económicamente dentro de las reglas de juego del mercado. Para esto, se analizarán fuentes secundarias de índole política y normativa, así como algunos referentes teóricos que han contribuido a la discusión en torno a temas como el neoliberalismo, el bienestar y los sistemas de salud.Pra nem morta ser calada: arte afro-brasileira como fortalecimento identitário entre estudantes de medicina10.1590/0103-11042021129152023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZMoreira, Marina
<em>Moreira, Marina</em>;
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RESUMO Assolada pela violência e pela discriminação racial, a população negra integra os piores índices de vulnerabilidade à violência e indicadores de saúde. A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra reconhece o racismo enquanto central na produção de iniquidades, mas não é capaz de superar a influência das teorias eugênicas no campo de saúde. Embora sejam parte expressiva dos profissionais da saúde, mulheres negras continuam encarando a inexpressiva produção de conhecimento sobre sua própria saúde. Questionando essa realidade excludente, este relato de experiência teve o objetivo de explorar a utilização da técnica de estêncil como instrumento de resistência para construção identitária e demarcação de território por alunas e alunos de medicina atingidos por processos de marginalização. Utilizando-se de materiais comuns ao cotidiano de profissionais de saúde, foi possível retratar diferentes imagens relevantes para a luta das minorias e para a identidade pessoal dos participantes. A partir da cultura negra, essa oficina atuou como centro de ensino e de mobilização social, possibilitando a criação de instrumentos de resistência e autoafirmação.