Abstract in Spanish:
Resumen A partir de datos oficiales, se analizó la mortalidad por violencias (MV):homicidio, suicidio, eventos de intención no determinada e intervención legal, en Brasil y México y su impacto en la esperanza de vida (EV) entre los trienios 2002-04 y 2012-14, y se identificó los grupos etarios en los años de esperanza de vida perdidos (AEVP) por estas causas. Se construyeron tablas de vida abreviadas para los dos países, por sexo, para ambos trienios; esto permitió calcular la EV temporaria entre 0 y 80 años y los AEVP entre ambas edades, por causa. Entre los hombres, los homicidios fueron la principal causa de AEVP en ambos trienios en Brasil (1,5 años), y la segunda en México en 2012-14 (1 año). La MV provocó alrededor del 16% de los AEVP en Brasil y del 13% en México en 2012-14. Entre las mujeres, fueron los AEVP por homicidios y suicidios los que relativamente más crecieron en ambos países, aunque la MV causó apenas 3% del total de AEVP en 2012-14. En los dos países y en ambos sexos los AEVP por violencias fueron más altos entre 15 y 29 años. Así, en México el aumento de la MV, sobre todo en jóvenes, ha contribuido al estancamiento de la EV, en especial la masculina, mientras que en Brasil las altas tasas de MV en ambos trienios no han favorecido un mayor incremento de la EV.Abstract in English:
Abstract Using official data, this study analyzed violent deaths (homicide, suicide, events of undetermined intent and deaths due to legal intervention) in Brazil and Mexico in the three-year periods 2002-2004 and 2012-14, the impact of these causes of death on life expectancy in both countries and the role of the different age groups in years of life expectancy lost (YLEL). Abridged life tables were constructed for both countries for both periods. Temporary life expectancy and YLEL between zero and 80 years by selected causes and age groups were calculated for each triennium. The leading cause of YLEL among men was homicide in both periods in Brazil (1.5 years) and in the second period in Mexico (one year). Violent deaths (VD) accounted for around 16% of YLEL in Brazil and 13% in Mexico in 2012-2014. Among women, YLEL due to homicides and suicides showed the greatest relative increase in both countries, although VD accounted for barely 3% of total YLEL. The highest percentage of YLEL due to VDwas found among the 15 to 29 year age groups in both countries and for both sexes. The increase in rates of VD in Mexico, above all among young people, has curbed further increases in life expectancy in recent years, especially among men. Likewise, the high rates of VD in Brazil in both periods have hindered the growth of life expectancy.Abstract in Portuguese:
Resumo As lesões e mortes decorrentes da violência constituem importante problema de saúde pública no Brasil. O artigo tem como objetivo descrever o perfil dos atendimentos por violência em serviços de urgência e emergência de capitais brasileiras. Trata-se de um estudo descritivo do inquérito de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), realizado em emergências públicas das capitais brasileiras, de setembro a novembro de 2014, perfazendo um total de 4.406 atendimentos por agressões. Foram consideradas as seguintes categorias de análise: 1) característica sociodemográfica (sexo, faixa etária, raça/cor da pele, escolaridade, local de residência, vulnerabilidade, ingestão de álcool); 2) característica do evento (provável autor, natureza e meio da agressão) e características do atendimento (locomoção para o hospital, atendimento prévio, evolução). Do total de atendimentos por violência (n = 4406), a maior prevalência ocorreu entre jovens de 20 a 39 anos (50,2%), do sexo masculino, negros e de baixa escolaridade. Quanto às características do evento destaca-se que: 87,8% foram agressões físicas; 46,3% corte/laceração e 13,7% envolveram arma de fogo. Os resultados enfatizam a necessidade de fortalecer as ações intersetoriais visando ampliar a rede de atenção e proteção.Abstract in English:
Abstract Injuries and deaths resulting from violence constitute a major public health problem in Brazil. The article aims to describe the profile of calls for violence in emergency departments and emergency Brazilian capitals. This is a descriptive study of Violence and Accident Surveillance System (VIVA), carried out in public emergencies Brazilian cities, from September to November 2014, a total of 4406 calls for aggression. We considered the following categories of analysis: 1) sociodemographic characteristics (gender, age, race / skin color, education, place of residence, vulnerability, alcohol intake); 2) Event feature (probable author, nature and means of aggression); and characteristics of care (getting to the hospital, prior service, evolution). Of the total calls for violence (n = 4406), the highest prevalence was among young people 20-39 years (50.2%), male, black and low education. As for the event characteristics it stands out that 87.8% were physical assaults; 46.3% cut/laceration and 13.7% involved a firearm. The results point to the need to strengthen intersectoral actions to expand the network of care and protection.Abstract in Portuguese:
Resumo O presente estudo analisa dados de violência intrafamiliar atendidos nos serviços de emergência segundo as características sociodemográficas das pessoas atendidas, do evento e a evolução do atendimento, da infância à velhice por sexo; e os fatores que diferenciam os eventos de violência intrafamiliar em comparação aos cometidos por não familiares. Foram analisados dados de 24 capitais brasileiras e do Distrito Federal, compreendendo 86 serviços de urgência e emergência e englobando um total de 4.893 indivíduos. Dentre o total de atendimentos, 26,6% sofreram violência intrafamiliar (40,0% crianças/adolescentes, 57,2% adultos e 2,8% idosos). O modelo ajustado, que compara as vítimas de violências cometidas por familiares em relação aos não familiares, mostra que ser do sexo masculino possui menor chance de sofrer violência intrafamiliar, ter menos anos de estudo tem risco aumentado e mulheres têm maior chance de cometerem violência intrafamiliar se comparado com a categoria “ambos os sexos”. O estudo reforça que os profissionais de saúde precisam ser habilitados a lidar com o fenômeno da violência familiar, prestando apoio e suporte, realizando boas práticas e cuidados protocolares, cuidando das lesões e promovendo acesso a outros serviços.Abstract in English:
Abstract This article analyzes data regarding cases of domestic violence treated by the emergency services through the following: the sociodemographic characteristics of the people who were treated; the events themselves; the evolution of care (from childhood to old age by gender); and the factors that differentiate cases of domestic violence compared to those committed by non-family members. Data from 24 Brazilian state capitals and the Federal District were analyzed, comprising 86 emergency services: a total of 4,893 individuals were surveyed. Of those people who were treated by emergency services, 26.6% suffered domestic violence: 40.0% were children/adolescents, 57.2% were adults and 2.8% were elderly. The adjusted model, which compared victims of violence committed by other family members with those who were not family members, showed that males were less likely to suffer from domestic violence; those that had fewer years of education were at increased risk; and that women were more likely to commit domestic violence compared to the category of “both genders”. This study reinforces the fact that health sector professionals need to be able to deal with domestic violence by providing support, performing good practices, abiding by care protocols, taking care of injuries, and facilitating access to other services.Abstract in Portuguese:
Resumo Caracteriza-se o perfil das vítimas de lesão autoprovocada que procuraram atendimento em serviços de urgência e emergência nas capitais brasileiras, utilizando-se a base de dados do Viva Inquérito 2014. Foi realizada estatística descritiva das lesões autoprovocadas por sexo e análise por regressão logística. As características avaliadas foram: faixa etária, sexo, raça/cor de pele, escolaridade, zona de residência, características do evento, uso de álcool e evolução do atendimento. Os resultados mostram que quase 10% dos atendimentos por violências nos serviços de urgência e emergência pesquisados decorrem de lesões autoprovocadas, com destaque para casos que envolvem mulheres e adultos. Há diferenças entre gêneros, inclusive as relacionadas à escolha do método para cometer suicídio. Alguns fatores geralmente associados às tentativas de suicídio não puderam ser avaliados, porque as informações não estavam contidas no escopo do instrumento de coleta. Conclui-se que o serviço de emergência é muito importante para os estudos de suicídio porque constituem a porta de entrada dos casos que chegam aos serviços. No entanto, dado seu caráter pontual, as informações que emite são muito restritas. Assim, os pacientes necessitam de acompanhamento posterior para prevenção das reincidências.Abstract in English:
Abstract The aim of the study was to characterize the profile of victims of self-inflicted injuries, who were attended at urgent and emergency care services in Brazilian state capitals, by using the “Viva Survey” database of 2014. Descriptive statistics of the self-inflicted injuries by gender, as well as logistic regression analysis, were performed. The evaluated characteristics were age, gender, race/skin color, education, area of residence, characteristics of the event, alcohol use and the outcome of the case. The results showed that almost 10% of the surveyed cases that were treated by emergency medical services in relation to violence were due to self-inflicted injuries: of particular note were the cases involving females and adults. Gender differences were found, including some that were related to the method chosen to commit suicide. It was not possible to evaluate some factors that are generally associated with suicide attempts because the necessary information was not within the scope of the instrument used for data collection. It was concluded that emergency medical services are very important in terms of studies regarding suicide because they are the gateway to such cases. However, given its sensitive nature, the information issued by emergency medical services is very restricted. Consequently, patients need appropriate follow-up to prevent further suicide attempts.Abstract in Portuguese:
Resumo O artigo objetiva analisar os atendimentos de pessoas lesionadas por armas de fogo, em serviços de urgência e emergência brasileiros, em 2014. Realizou-se um estudo transversal dos atendimentos de pacientes com lesões por arma de fogo, em 24 capitais brasileiras e no Distrito Federal, incluídos no VIVA Inquérito. Foram calculadas frequências simples e relativas das variáveis relacionadas aos pacientes e ao evento e foi ajustado um modelo logístico para amostras complexas tendo como desfecho os atendimentos a pacientes com lesões por arma de fogo. Os resultados mostram que 0,7% dos atendimentos por outros acidentes (exceto os de transporte), 1,5% por lesões autoprovocadas, 15,9% por agressões e 65,1% por intervenção legal foram provocados por arma de fogo. Houve predomínio de atendimentos a pacientes do sexo masculino, de adultos jovens (20 a 39 anos), de cor da pele parda e com baixa escolaridade. Os membros e múltiplos órgãos foram os locais mais atingidos. Conclui-se discutindo sobre os esforços para o controle de armas de fogo em circulação no país e como elas podem potencializar desfechos graves e letais em brigas e conflitos interpessoais.Abstract in English:
Abstract This paper analyzes the medical care given at Brazilian urgent and emergency healthcare services to people injured by firearms in 2014. A cross-sectional study was carried out on care given to patients with firearms injuries in 24 capital cities of Brazilian states and in the Brazilian Federal District, included in the VIVA Survey. Simple and relative frequencies of the variables related to the patients and to the event were calculated, and a logistic model for complex samples was applied adopting care for firearms injuries patients as outcome. The results show the following percentages of care events as caused by firearms: 0.7% for the category ‘other accidents (other than transport-related accidents)’, 1.5% for self-inflicted injuries, 15.9% for injuries due to assault, and 65.1% of cases arising from legal intervention. The care given was predominantly to young male adults (age 20-39), of mixed race and with a low level of schooling. The most common injuries were: to arms and legs; and to multiple organs. The paper concludes by discussing the efforts to control firearms held by the public in Brazil, and how they can lead to severe and lethal outcomes in quarrels and interpersonal disputes.Abstract in Spanish:
Resumen Este estudio analiza la mortalidad por armas de fuego (AF) en México y su impacto en la esperanza de vida (EV) – comparado con otras causas de muerte- entre los trienios 2000-2002 y 2010-2012 e identifica el papel de los grupos de edad en la pérdida de años de EV por esta causa. A partir de datos oficiales se elaboraron tablas de vida abreviadas para México, por sexo, para ambos trienios; esto permitió calcular la EV temporaria entre 15 y 75 años y los años de esperanza de vida perdidos (AEVP) entre ambas edades, por causa. Entre los hombres, la mortalidad por AF pasó de ser la causa que menos AEVP provocó en 2000-2002 a ser la principal causa de AEVP entre 15 y 75 años en 2010-2012. Entre las mujeres, fueron los AEVP por esta causa los que relativamente más crecieron. En ambos sexos el mayor aumento de los AEVP por AF fue entre 20 y 34 años. Los hallazgos indican que el aumento de la mortalidad por AF, sobre todo entre los jóvenes, ha contribuido sustancialmente al estancamiento de la esperanza de vida, e incluso a su descenso entre los hombres. Esto refleja que la violencia ligada a las AF no es solo un problema de seguridad sino también un problema de salud colectiva que debe ser afrontado de forma interdisciplinaria e intersectorial si se pretende incrementar la esperanza de vida del país.Abstract in English:
Abstract This study analyzes firearms mortality (FA) and their impact on life expectancy in Mexico –compared to other causes of deaths- during the three-year periods 2000-2002 and 2010-2012 and the weight of the different age groups in years of life expectancy lost (YLEL) due to this cause. Based on official death and population data, abridged life tables in Mexico were constructed for the three-year periods studied. Temporary life expectancy and YLEL for aged 15 to 75 by selected causes and age groups were calculated in each three-year period. Among men, FA mortality went from being the cause less YLEL caused in 2000-2002 to be the main cause of YLEL between 15 and 75 years in 2010-2012. Among women, YLEL for FA mortality had a higher relative growth. In both sexes, the greatest increase in YLEL by FA mortality was between 20 and 34 years. Findings indicate that the increase in FA mortality, especially among young people, has substantially contributed to the stagnation of life expectancy in recent years, and even his decline in the case of men. This reflects that violence linked to the FA is not only a security problem but also a collective health problem that must be copied in an interdisciplinary and intersectoral form if it is to increase the life expectancy of the country.Abstract in Portuguese:
Resumo Nas últimas décadas houve um aumento epidêmico da ocorrência de fenômenos de violência no Brasil. Entretanto, a distribuição do padrão de violência doméstica (VD) nos diferentes estados ainda não está bem estabelecida. O objetivo deste estudo foi descrever a distribuição de VD entre os estados brasileiros de 2009 a 2014. Estudo ecológico utilizando-se técnicas de análise espacial. Os estados foram utilizados como unidades de análise. Modelo de regressão multinível de Poisson foi utilizado para explicar o risco de VD segundo idade, sexo, período (fatores fixos), Índice de Desenvolvimento Humano e estado de residência (efeitos aleatórios). As taxas médias gerais de notificações de VD quase triplicaram de 2009-2010 para 2013-2014. A taxa de VD no Brasil em 2013-2014 foi 3.52 vezes maior do que em 2009-2010. O risco de VD em homens foi 74% menor do que nas mulheres. O aumento da violência doméstica nas mulheres ao longo do tempo ocorreu principalmente no sudeste, sul e centro-oeste. A VD foi mais frequente em adolescentes e na fase adulta. A VD tem aumentado gradativamente nos últimos anos. O governo brasileiro ainda precisa avançar em termos de legislação e planos de ação, no intuito de combater o crescente problema da violência.Abstract in English:
Abstract In recent decades, the rise violent phenomena in Brazil has reached epidemic proportions. However, the prevalence of domestic violence (DV) across different states in the country is not well established. The objective of this study was to describe the distribution of DV across Brazilian states from 2009 to 2014. An ecological study based on spatial analysis techniques was performed using Brazilian states as geographical units of analysis. A multilevel Poisson model was used to explain the risk of DV in Brazil according to age, sex, period (fixed effects), the Human Developing Index, and the victim’s residence state (random effects). The overall average rate of DV almost tripled from 2009-2010 to 2013-2014. The rate of DV in Brazil in the 2013-2014 period was 3.52 times greater than the 2009-2010 period. The risk of DV in men was 74% lower than in women. The increase of DV against women during period under study occurred mainly in the Southeast, South, and Midwest. DV was more frequent in adolescence and adulthood. DV is gradually increasing in recent years in Brazil. More legislation and government programs are needed to combat the growth of violence in society.Abstract in Portuguese:
Resumo O objetivo do artigo é problematizar as denominações de negligências direcionadas às famílias no contexto de práticas de cuidados consideradas insuficientes ou inadequadas para crianças e adolescentes. A reflexão é parte de um estudo prévio que analisou como o conceito de negligência é definido e aplicado nas produções acadêmicas nacionais e indicou que grande parte dos seus casos contra crianças é atribuída à esfera familiar. A presente discussão busca considerar as famílias em sua pluralidade. É um estudo qualitativo, desenvolvido numa perspectiva antropológica interpretativa. Os resultados apontam que há rótulos acusatórios e omissões graves em relação às configurações familiares, fatos que reforçam a complexidade de definir uma situação como negligência: as famílias podem reproduzir, praticar ou sofrer negligências.Abstract in English:
Abstract The aim of this paper is to specify and investigate the types of negligence practiced on families in the context of healthcare that are considered to be insufficient or inappropriate for children and adolescents. These reflections are part of a previous study that analyzed how the concept of negligence is defined and applied in Brazilian academic studies, and indicated that a large part of the cases of negligence practiced against children is attributed to the sphere of the family. This present discussion seeks to consider families in their plurality. It is a qualitative study made from an interpretative anthropological point of view. The results indicate that there are accusatory labels, and serious omissions in relation to the configurations of families – underlining the complexity of defining a situation as negligence: families can reproduce, practice, or suffer negligence.Abstract in Portuguese:
Resumo No estudo descrevem-se as características demográficas, os tipos de violência praticada contra as crianças, os agressores envolvidos, os locais de ocorrência, além de se estimar a associação entre as variáveis. Foram analisados dados do inquérito Vigilância de Violências e Acidentes, em serviços sentinelas de urgência em 2014, com 404 crianças da amostra, utilizando-se a análise de correspondência, que consiste em análise exploratória, visando identificar variáveis associadas ao desfecho violência contra a criança. Essa se mostrou associada com sexo masculino e o tipo de violência mais frequente foi negligência/abandono, seguida da violência física e sexual. Os agressores mais frequentes foram pai/mãe, praticando violência contra crianças de 0 a 1 e 2 a 5 anos, seguidos de agressores conhecidos/amigos que praticaram violência contra crianças de 6 a 9 anos. O local de ocorrência mais frequente foi o domicílio. Na escola, as vítimas foram predominantemente crianças de 6 a 9 anos e, nas vias públicas, os meninos. A negligência foi mais frequente entre 0 a 1 ano e 2 a 5 anos, enquanto a violência física ocorreu entre 6 a 9 anos. Conclui-se que a violência é praticada contra crianças muito vulneráveis, sendo os autores mais frequentes pais e conhecidos.Abstract in English:
Abstract This study explored the association between demographic characteristics (age and sex) and other variables related to violence committed against children (form of violence perpetrator, place of occurrence, and nature of injury) using a sample of 404 children taken from the 2014 Violence and Accident Surveillance System (Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes, VIVA) survey. Correspondence analysis was used to identify variables associated with the outcome violence against children. Victims were predominantly male. The most common form of violence was neglect/abandonment, followed by physical violence and sexual violence. The most common perpetrators were parents (ages zero to one and two to five years), followed by friends (ages six to nine years). The most common place of occurrence was the home. Notable levels of violence were observed at school, particularly among children aged between six and nine years. Neglect was most common in the age group zero to one year and two to five years, while physical violence was most common between children aged between six and nine years.Abstract in Portuguese:
Resumo No estudo descrevem-se as características das violências praticadas contra os adolescentes atendidos em serviços de urgência e emergência participantes do inquérito Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), em 2014, e analisar possíveis associações entre as variáveis. Foram analisados dados de 815 adolescentes na amostra e utilizada a análise de correspondência, que consiste em análise exploratória, visando identificar variáveis associadas de forma simultânea à violência contra eles. A agressão praticada contra os adolescentes teve como vítimas mais frequentes o sexo masculino, o meio de agressão utilizado foi a arma de fogo e objeto pérfuro cortante. Na faixa etária de 15 a 19 anos, predominaram as ocorrências praticadas nas vias públicas, por agressores desconhecidos e predominaram lesões como fraturas e cortes. Entre as vítimas entre 10 e 14 anos, o local de ocorrência foi a escola e o agressor foi o amigo, por meio de ameaças. Entre as vítimas do sexo feminino, as ocorrências foram mais frequentes na residência. Conclui-se que a violência envolvendo adolescentes perpassa as mais importantes instituições socializadoras: a família, a escola, apontando a necessidade de mobilizar toda a sociedade na perspectiva do seu enfrentamento.Abstract in English:
Abstract This study explored the characteristics of violence against adolescents who received treatment at urgent and emergency care centers participating in the 2014 Violence and Accident Surveillance System (Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes, VIVA) survey and determined the association between demographic variables and the characteristics of violent events. The sample was composed of 815 adolescents who responded to the 2014 VIVA survey. Correspondence analysis was used to determine possible associations between the variables. Victims were predominantly males and the most common form of aggression was the use of firearms and sharp objects. Among males aged between 15 and 19 years, violent acts were predominantly committed in public thoroughfares and by strangers, and the most common injuries consisted of fractures and cuts, while among younger adolescents aged between 10 and 14 years the most common form of aggression was threats made by friends at school. The most common place of occurrence among females was the home. It is concluded that violence against adolescents permeates the chief agencies of socialization – the family and school – demonstrating the need to mobilize the whole society in tackling this problem.Abstract in Portuguese:
Resumo A violência sexual contra crianças e adolescentes representa uma grave ameaça aos direitos e à saúde integral desse grupo etário. O objetivo do presente estudo foi descrever as características de mães com até 13 anos, analisar o perfil dos casos de estupro notificado nessa mesma faixa etária e as repercussões dessa violência durante a gravidez e parto. Trata-se de estudo comparativo das características da gestação e parto de meninas de até 13 anos que tiveram filhos, sem e com notificação de estupro no Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (VIVA/SINAN). O percentual de meninas até 13 anos que tiveram filhos foi maior em negras (67,5%). A violência de repetição ocorreu em 58,2%. As vítimas de estupro notificadas tiveram maiores percentuais de cesárea, início tardio e menor número de consultas de pré-natal; e seus bebês tiveram peso ao nascer e Apagar do 1º minuto piores que das mães, sem notificação de estupro. O estupro de criança e adolescente é um fator de risco importante que repercute na gestação, em complicações no parto e no nascimento.Abstract in English:
Abstract Sexual violence against children and adolescents is a serious threat to the rights and full health of this age group. This study aims to describe the characteristics of mothers aged up to 13, and analyze the profile of cases of notified rape in this age range and repercussions of this violence during pregnancy and childbirth. It is a comparative study of the characteristics of gestation and childbirth of girls aged up to 13 who have had children, without or with notification of rape, in the Violence & Accidents Vigilance (VIVA) System of the Brazilian Case Registry Database (Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN). A significant percentage (67.5%) of the girls aged up to 13 with children were of the black race/color category. There was repeated violence in 58.2% of cases. The notified rape victims have a higher percentage of birth by cesarean section, late onset and a lower number of prenatal consultations; and their babies had lower birthweight and lower 1-minute Apgar scores than mothers without rape notification. Rape of children and adolescents is an important risk factor that has repercussions during pregnancy, and complications in delivery and childbirth.Abstract in Portuguese:
Resumo Este trabalho objetiva analisar os impactos do abuso sexual na adolescência sobre variáveis relacionadas à saúde mental e identificar as características das vítimas. Para tanto, utiliza-se a metodologia do Propensity Score Matching a partir dos microdados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015. Os resultados mostram que o jovem violentado tem um perfil comportamental, familiar e socioeconômico singular, a destacar pelo fato de que tem mais chances de já ter utilizado álcool e drogas, de ser alvo de bullying, estar em distorção idade-série, encontrar-se empregado e não ter pretensão de continuar estudando. Do ponto de vista familiar, tem pouco acompanhamento dos pais e menos chance de morar com a mãe. As estimativas revelam que o abuso sexual na adolescência pode aumentar em 13,3% a chance do jovem reportar sentimento frequente de solidão, em 7,5% a chance de ter poucos ou nenhum amigo e em 9,5% a chance de relatar insônia frequente por motivo de preocupação. Foram constatadas ainda diferenças significativas dos efeitos em mulheres e homens, sendo os impactos sobre solidão e insônia maiores para o primeiro grupo e sobre número de amigos maiores para o segundo.Abstract in English:
Abstract This work aims to analyze the impact of childhood and adolescent sexual abuse on variables related to mental health and to identify the characteristics of the victims. To achieve this objective, microdata of the National School Health Survey 2015 was used, applying the methodology of Propensity Score Matching. The results show that the abused youth has a unique behavioral, familiar and socioeconomic profile and that they are more likely to use alcohol and drugs, be victim of bullying, to be in age-grade lag, to be employed and not to intend to continue studying. From a familiar point of view, they have low parental monitoring and lower probability of living with their mother. Estimates show that teenage sexual abuse can increase the youth’s chance of reporting a constant feeling of loneliness by 13.3 percent, a 7.5 percent higher chance of having few or none friends, and a 9.5 percent higher chance of reporting frequent insomnia. Significant differences in effects on men and women were also observed, with impacts on loneliness feelings and insomnia greater for the first group and greater on the number of friends for the second.Abstract in Portuguese:
Resumo A violência contra a mulher constitui um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O objetivo do presente estudo foi descrever o perfil de mortalidade por agressão em mulheres e analisar se as vítimas de violência notificadas apresentam taxas de mortalidade por esse motivo mais elevadas do que a população feminina geral. Trata-se de um estudo descritivo da mortalidade por agressão em mulheres, a partir do linkage de bancos de dados. Os dados utilizados para o linkage foram todas as notificações de violência contra mulheres registradas no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) no período de 2011 a 2015 e os óbitos de mulheres por agressão registrados no SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), no período de 2011 a 2016. O risco de morte por agressão nas mulheres notificadas por violência foi maior do que na população feminina geral, revelando assim uma situação de vulnerabilidade. Mulheres negras, de menor escolaridade foram as principais vítimas de violência e homicídios. O elevado número de mulheres mortas por agressão e a violência de repetição revelaram a fragilidade das redes de atenção e proteção no atendimento integral, qualificado e oportuno às vítimas.Abstract in English:
Abstract Violence against women is an important public health problem in Brazil and in the world. The objective of the present study was to describe the profile of mortality due to aggression against women, and analyze whether the victims of reported violence are more likely to die from aggression than the general female population. This is a descriptive study of mortality due to aggression against women, from database linkage. The databases used for linkage were SINAN Brazil’s Notifiable Diseases Information System (reports of violence against women) (2011 – 2015), and SIM, the Mortality Information System (women dying as a result of aggression) (2011 – 2016). The risk of death due to aggression among women previously reporting violence is higher than in the general female population, thus revealing a situation of vulnerability. Black women with lower schooling are the main victims of violence and homicides. The large number of women killed by aggression and repeated violence reveal the fragility of the care and protection networks in providing comprehensive, qualified and timely care for victims.Abstract in Portuguese:
Resumo O estudo objetivou verificar associações entre a prática de bullying com variáveis sociodemográficas, de saúde mental e de comportamentos de risco em escolares. O inquérito, de corte transversal, analisa dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2015). Foi realizada análise de regressão logística múltipla para verificar fatores associados à prática de bullying. O autorrelato de praticar bullying foi referido por 19,8% (IC95% 19,5-20,0) dos estudantes. A prática foi mais frequente entre os que estudam na escola privada, cujas mães têm maior escolaridade, moram com os pais, os quais trabalham. Entre as características da saúde mental foi mais frequente a prática de bullying entre os que relatam solidão, insônia e não ter amigos. Dentre as características da família, os que relatam apanhar de familiares e os que faltam as aulas sem comunicar a família praticam mais bullying. A prática de bullying foi mais frequente em quem relata uso de tabaco, álcool, experimentar drogas e em escolares que relatam ter tido relação sexual. Neste cenário, os dados indicam que a prática do bullying é aspecto relevante que interfere no processo ensino-aprendizagem e na saúde dos escolares. Tornando-se necessário enfrentar no contexto da intersetorialidade e do protagonismo juvenil.Abstract in English:
Abstract This study explored associations between bullying and sociodemographic, mental health and risk behavior variables in school age children. This cross-sectional survey analyzed data from the National School Health Survey (PeNSE 2015). A multiple logistic regression analysis checked for factors associated with bullying. Nineteen point eight percent (95%CI 10.5 - 20.0) of the students claimed they practiced bullying. The practice of bullying was more common among students enrolled in private schools, those living with their parents, and those whose mothers have more years of schooling and are gainfully employed (28.1% CI 27.3-28.8). In terms of mental health characteristics, bullying was more common among those feeling alone, suffering from insomnia and with no friends. Looking at family characteristics, those reporting they are physically punished by family members (33.09% CI 33.1-34.6) and miss school without telling their family (28.4% 95% CI 27.9-29.0) are more likely to practice bullying. Bullying was more frequent among those reporting tobacco, alcohol and drug use, and among students claiming to have had sexual relations. The data shows that bullying is significant and interferes in school children’s health and the teaching-learning process. This must be addressed looking at youth as protagonists and in an inter-sectoral context.Abstract in Portuguese:
Resumo Objetivou-se analisar o efeito da idade-período e do coorte de nascimento (APC) nos homicídios em mulheres. Estudo ecológico, que analisou os registros de óbitos por agressão em mulheres com 10 ou mais anos, nas regiões geográficas brasileiras, entre 1980 a 2014. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação Sobre Mortalidade. A análise da tendência se deu por meio da regressão binomial negativa e os efeitos APC foram analisados utilizando funções estimáveis. A taxa de mortalidade média para o período foi de 5,13 óbitos por 100.000 mulheres, sendo as maiores taxas observadas na região Centro-Oeste (7,98 óbitos), Sudeste (4,78 óbitos), Norte (4,77 óbitos), Nordeste (4,05 óbitos) e Sul (3,82 óbitos). Todas as regiões apresentaram redução do risco de morte no período de 2010 a 2014, exceto a Nordeste (RR = 1,06, IC 95% 1,02- 1,10). Verificou-se aumento progressivo do risco de homicídio para as mulheres nascidas de 1955 a 1959, em todas as regiões brasileiras. As mulheres mais jovens apresentam maior risco de morrer por homicídios em todas as regiões geográficas brasileiras. Foi expressivo o perfil ascendente das taxas de mortalidade por homicídio segundo coorte de nascimento, sendo o maior risco verificado em mulheres nascidas em 2000-2004.Abstract in English:
Abstract The aim of this study is to estimate the effects of age-period-birth cohort (APC) on female homicides. This is an ecological study which analyzed the violence-related death records of women aged 10 years and older, in the Brazilian geographic regions, between 1980 and 2014. Data on mortality were extracted from the Mortality Information System. The trend analysis was conducted using negative binomial regression and APC effects were analyzed using estimable functions. The average mortality rate for the period was 5.13 deaths per 100,000 women, with the highest rates observed in the Central-West (7.98 deaths), followed by the Southeast (4.78 deaths), North (4.77 deaths), Northeast (4.05 deaths) and South (3.82 deaths) regions. All regions presented a decrease in the risk of death in the period from 2010 to 2014, except for the Northeast region (RR = 1.06, 95% CI 1.02 to 1.10). There was a progressive increase in the homicide risk for women born from 1955 to 1959 in all Brazilian regions. Younger women are at higher risk of dying from homicides in all Brazilian geographic regions. The upward trend of homicide mortality rates according to birth cohort was significant and the highest risk was observed in women born between 2000 and 2004.Abstract in Portuguese:
Resumo Este estudo objetiva analisar a relação entre feminicídios e indicadores socioeconômicos, demográficos, de acesso e saúde em capitais e municípios brasileiros de grande porte populacional. Trata-se de um estudo ecológico que utilizou o coeficiente médio padronizado da mortalidade feminina por agressão como marcador de feminicídio nos triênios de 2007-2009 e 2011-2013. Para a análise estatística foi utilizado o teste de Correlação de Pearson entre o desfecho e 17 variáveis independentes, e as que apresentaram significância estatística (p < 0,05) foram introduzidas em um modelo de regressão linear multivariada, método Backward. No primeiro triênio a taxa média de feminicídio foi de 4,5 óbitos por 100 mil mulheres, e no segundo período foi de 4,9/100 mil. Pobreza (β = -0,330; p = 0,006), pentecostalismo (β = 0,237; p = 0,002) e mortalidade masculina por agressão (β = 0,841; p = 0,000) estiveram associados aos feminicídios. A associação negativa entre pobreza e mortes femininas indica uma relação paradoxal, na medida em que as mulheres que morrem nas regiões mais ricas são pobres em sua maioria. Ainda, encontrou-se relação entre violência de gênero, fundamentalismos e violência urbana.Abstract in English:
Abstract This study analyses the relationship between femicides and indicators of socio-economic condition, demography, access to communications, and health situation, in Brazilian state capitals and large-population municipalities. It is an ecological study using the standardized mean coefficient of female mortality due to aggression as a marker for femicide in the years 2007–09 and 2011–13. The Pearson Correlation test was used for the statistical analysis between the outcome and 17 independent variables, and those that were statistically significant (p < 0.05) were introduced into a multivariate linear regression model, using backward elimination. In the first three-year period the average rate of femicide was 4.5 deaths per 100,000 women, and in the second period it was 4.9/100,000. Poverty (β = –0.330; p = 0.006), Pentecostalism (β = 0.237; p = 0.002) and male mortality by aggression (β = 0.841; p = 0.000) were associated with femicides. The negative association between poverty and feminine deaths indicates a paradoxical relationship, in that women who die in the richer regions are mostly poor. A relationship was also found between gender violence, fundamentalist religious beliefs, and urban violence.Abstract in Portuguese:
Resumo O objetivo do estudo foi analisar a tendência temporal da taxa de mortalidade feminina por agressão no Brasil, regiões e estados no período de 2002 a 2012. Estudo ecológico de série temporal com dados secundários de mulheres na faixa etária de 20 a 59 anos mortas por agressão. As taxas de mortalidade foram analisadas por regressão linear simples, estratificadas por região, Índice de Gini e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Evidenciou-se no país tendência estável na taxa de mortalidade feminina por agressão, com diferenças entre estados e regiões. O Centro-Oeste apresentou maiores taxas e tendência de estagnação. Observou-se tendência de aumento nas regiões Norte, Nordeste e Sul e diminuição na região Sudeste. Os estados pertencentes ao tercil com maior IDH apresentam tendência de declínio e estabilização nos 1º e 2º tercis. Foi observado aumento da taxa de mortalidade nos estados com maior desigualdade social. Apesar do comportamento de estabilização no país os resultados apontam para a necessidade de políticas sociais adequadas às especificidades dos estados e regiões.Abstract in English:
Abstract This study aimed to analyze time trend of female mortality due to assault in Brazil, regions and states from 2002 to 2012. This is an ecological times series study with secondary data from women aged 20-59 years who died due to assault. Mortality rates were analyzed by simple linear regression and stratified by region, Gini Index and Human Development Index (HDI). The trend of female rate of mortality due to assault was stable in the country, with differences between states and regions. The Midwest had the highest rates and stagnation trend. There was an increased trend in the North, Northeast and South and a decreased trend in the Southeast. The states of the tertile with the highest HDI evidenced a declining trend and stabilization in the first and second tertiles. An increased mortality rate was recorded in states with greater social inequality. Notwithstanding the national stabilization behavior, results point to the need for social policies appropriate to the specificities of states and regions.Abstract in Portuguese:
Resumo Este artigo discute limites e possibilidades da prática de um grupo reflexivo junto a homens autores de violência contra mulheres. Apoia-se em um estudo etnográfico que incluiu observação-participante e entrevistas com os facilitadores de um grupo realizado em uma organização feminista não governamental em parceria com a justiça criminal. A partir da discussão de uma cena emblemática, argumentamos a favor de um processo de trabalho dialógico como uma alternativa que pode expandir os limites da abordagem judicial: para dialogar com o grupo de pares, os facilitadores precisam levar em consideração a posição minoritária dos pontos de vista feministas no campo das masculinidades. Só esse passo permite cooperar com os participantes para que, a partir do compartilhamento espontâneo e genuíno de experiências, reconheçam o caráter inadequado de suas expectativas em relação às mulheres. Deste modo instaura-se uma dinâmica de cuidado entre homens, favorável à mitigação das violências e complementar da promoção da equidade de gênero.Abstract in English:
Abstract This article discusses limits and possibilities of the practice of a reflection group together with male perpetrators of violence against women. It is based on an ethnographic study, which included participant observation and interviews with the facilitators of a group held in a feminist non-governmental organization in partnership with the criminal justice system. Starting with the discussion of an emblematic scene, we argue in favor of this dialogue process as an alternative that could expand the limits of the judiciary approach. In order to enter into a dialogue with the peer group, the facilitators must consider the minority position of feminist viewpoints in the field of masculinity. This step alone makes it possible to cooperate with the participants such that, as they spontaneously and genuinely share their experiences, they come to acknowledge the inadequacy of their expectations regarding women. This way, a dynamic of care takes place between men, which is conducive to the mitigation of violence and serves as a complement to the promotion of gender equality.Abstract in Portuguese:
Resumo O objetivo deste artigo é estimar a prevalência e os fatores associados à violência no trabalho em agentes de segurança penitenciária do sexo feminino no Brasil. Estudo seccional, analítico, de abrangência nacional, realizado em 15 unidades prisionais femininas nas cinco regiões do Brasil. Foi realizado o teste de qui-quadrado de Pearson. O Odds Ratio e os Intervalos de Confiança foram estimados para os fatores que apresentaram associação significativa ou mostraram-se como fatores de confundimento. A prevalência de pelo menos um episódio de violência foi de 28,4%. Chama a atenção o fato das próprias agentes serem apontadas como as principais suspeitas de praticarem roubos (74,6%), violência moral (68,1%) e assédio sexual (66,8%) contra as colegas de trabalho. Trabalhar em mais de uma unidade prisional aumentou a chance de sofrer violência (OR = 3,23; IC = 1,51 - 6,9). Os principais fatores associados são: trabalhar em casas de privação provisória, idade de ingresso no sistema prisional e baixo suporte social entre colegas de trabalho. A violência no ambiente prisional brasileiro é um fenômeno complexo e multicausal. Para o seu enfrentamento é necessária à adoção de ações intersetoriais, capazes de intervir tanto no ambiente prisional como na sociedade.Abstract in English:
Abstract This article aims to estimate the prevalence and violence-associated factors in the work environment of female correctional officers in Brazil. A cross-sectional, analytical study was conducted in 15 female correctional facilities in Brazil’s five regions. Pearson’s chi-square test was performed. The Odds Ratio and Confidence Intervals were estimated for factors that showed a significant association or were confounding factors. The prevalence of having experienced at least one violent occurrence during professional duty as an officer was 28.4%. An interesting factor is fact that agents themselves are identified as the main suspects of robbery (74.6%), moral violence (68.1%) and sexual harassment (66.8%) against their co-workers. Working in more than one correctional facility increased the chance of suffering from violence (OR = 3.23; CI = 1.51 – 6.9). The main associated factors are: working in temporary detention centers, age of admission to the prison system and low social support among co-workers. Violence in the Brazilian prison environment is of great magnitude and considered a complex phenomenon with multiple causes. To combat this, it is necessary to adopt intersectoral actions, capable of intervening both in the prison environment and in society.Abstract in Portuguese:
Resumo Este artigo busca compreender as relações entre gênero, violências e o processo saúde-doença de mulheres que trabalham na área de segurança pública no litoral do estado do Paraná. A metodologia foi qualitativa, por meio de pesquisa etnográfica com 50 mulheres (policiais civis e militares, e agentes penitenciárias), realizada em três municípios balneários da região entre março de 2014 e março de 2015. A análise dos resultados revelou: 1) dilemas concernentes às sobrecargas de trabalho impostas pela conjuntura local, marcada pela sazonalidade; 2) exposição às violências (principalmente institucional e de gênero) e repercussão na saúde dessas mulheres; 3) relações de poder, assinaladas pelas hierarquias das corporações e assimetrias de gênero entre profissionais homens e mulheres. Esta pesquisa evidenciou: como as profissionais femininas nas instituições de segurança pública sofrem diretamente o impacto das violências e desigualdades de gênero em suas vidas pessoais e profissionais; e as resistências e rearranjos dessas mulheres nas instituições, suas reinvenções em meio a um ambiente de hegemonia tradicionalmente masculina.Abstract in English:
Abstract This study aimed to promote visibility of women working in public security along the Parana coast, articulating issues of gender, violence(s), and the health-disease process. The methodology was qualitative, through an ethnographic research which included 50 women (civilians, military policewomen, and prison officers) from municipalities along the Parana coast, between March 2014 and March 2015. Results revealed: 1) the dilemmas that these women are subjected to, facing the seasonal dynamics in the field of public security in the region; 2) exposure to violence (mainly institutional and gender-based) and its impact on these women’s health; 3) power relations, marked by corporations’ hierarchies and gender asymmetries between men and women in professional settings. In summary, this research highlighted the need to promote visibility of women working in public security institutions, considering the impact of violence and gender inequalities in their personal and professional lives, including the resistance and rearrangements promoted by these women in the institutions in response to their presence in a hegemonic and traditionally male environment.Abstract in Portuguese:
Resumo O presente trabalho parte das políticas de humanização e seu debate acadêmico para refletir sobre a violência institucional na saúde. Tendo por base pesquisa sobre as publicações científicas na Saúde Coletiva, constata-se que nesse debate a violência que se identifica nas relações entre profissionais e usuários, núcleo das indagações na temática da humanização, é concebida como um excessivo poder no uso da autoridade profissional, sendo esta pouco discutida. Apresentando as reflexões de Hannah Arendt como um novo aporte teórico acerca dos conceitos de ‘autoridade’, ‘poder’ e ‘violência’, objetiva-se distinguir e repensar esses fenômenos. Conjugando essas reflexões com a história da institucionalização da saúde no Brasil, em especial as mudanças no trabalho médico durante o século XX, concluímos que o problema da violência institucional na saúde não se fundamenta em um excesso de autoridade e poder dos profissionais, mas no seu contrário: quando a autoridade profissional se esvazia e as relações entre os homens não se dão através das relações de poder é que está aberto o espaço para o fenômeno da violência.Abstract in English:
Abstract This paper starts from humanization policies and the academic debate around them to reflect about institutional violence inside health services. Based on research on scientific publications in Collective Health, it was observed that violence in relationships between health professionals and users – which is at the core of the humanization’s debate – is conceptualized as an excessive power in exercise of professional authority. Using Hannah Arendt thinking as theoretical contributions regarding the concepts of ‘authority’, ‘power’ and ‘violence’, our objective is to define and rethink these phenomena. Melting these reflections with the history of institutionalization of health in Brazil, and especially the changes in medical work during the twentieth century, we conclude that the problem of institutional violence on health services is not based on excess of authority and power of professionals, but rather in its opposite. When there is a vacuum of professional authority, and relationships between people do not happen through power relations, there is space for the phenomenon of violence.Abstract in Portuguese:
Resumo O artigo evoca a centralidade ocupada pela categoria relacional de gênero, para iluminar as narrativas de vida de mulheres com uma doença crônica – a endometriose. O objetivo é discutir o significado da experiência de adoecimento de mulheres com endometriose na interface com a violência institucional. À luz do referencial de Bertaux, no método Narrativas de Vida, 20 foram as participantes desta pesquisa convidadas a partir de dois espaços virtuais de discussão e encontros sobre o viver com endometriose. As entrevistas foram realizadas pessoalmente no circuito RJ, SP e MG. A abordagem teórica foi abalizada por autores que tratam da experiência do adoecimento crônico enquanto fenômeno sociocultural, leituras metafóricas do problema e críticas à violência institucional. Os resultados identificam situações de violência de gênero/institucional perpetradas nos diversos espaços de atenção às mulheres. Expressam-se a partir da banalização dos discursos das mulheres; das tensões estabelecidas entre usuárias e médicos, onde o suposto saber leigo funciona como ultraje ao saber biomédico oficial e, precipuamente, na dificuldade de acesso aos serviços, levando as mulheres a uma peregrinação por cuidados e a se submeterem a formas de assistência não necessariamente baseadas em boas práticas.Abstract in English:
Abstract This paper conjures up the centrality of the relational category of gender to shed a light on women’s life narratives with a chronic disease named endometriosis. It aims to discuss the meaning of the illness experience of women with endometriosis in the interface with institutional violence. Based on Bertaux reference, in the Narratives of Life method, twenty women participated in this research. They were invited from two virtual spaces of discussion and gatherings about living with endometriosis. Interviews were conducted in person in the States of Rio de Janeiro, São Paulo and Minas Gerais circuit. Authors sustained the theoretical approach and addressed the experience of chronic illness as a sociocultural phenomenon, metaphorical readings of the problem and criticism of institutional violence. The results identify situations of gender/institutional violence perpetrated in various women care settings. They are expressed through the trivialization of women’s discourses; user-physician tensions, where the supposed lay knowledge appears as an insult to official biomedical knowledge and, mainly, the difficult access to services, leading women to a care pilgrimage and to submit themselves to care types not necessarily based on best practices.Abstract in Portuguese:
RESUMO O objetivo deste estudo foi determinar as circunstâncias das agressões e os padrões dos traumas maxilofaciais entre vítimas de violência interpessoal. Tratou-se de um estudo transversal e exploratório feito a partir da análise de 7.132 registros médico-legais e sociais de vítimas de violência interpessoal atendidas em um Centro de Medicina Legal e Odontologia Forense. Foi feita estatística descritiva e multivariada, usando Análise de Correspondência Múltipla. Três grupos com perfis distintos de vitimização foram identificados. O primeiro grupo foi formado majoritariamente por homens, de diferentes faixas etárias, vítimas de violência comunitária, resultando em fratura de ossos faciais ou fratura dentoalveolar. O segundo grupo foi composto essencialmente por adolescentes (10-19 anos), de ambos os sexos, vítimas de violência interpessoal e que não apresentaram um padrão específico de trauma. O terceiro grupo reuniu mulheres, adultas (≥ 20 anos), vítimas de violência doméstica, resultando em lesão de tecidos moles da face ou em outras regiões do corpo. Os resultados sugerem que as características sociodemográficas e circunstanciais são fatores importantes na vitimização por traumatismo maxilofacial e violência interpessoal.Abstract in English:
Abstract The aim of this study was to determine the circumstances of aggressions and patterns of maxillofacial injuries among victims of interpersonal violence. This was a cross-sectional and exploratory study conducted from the analysis of 7,132 medical-legal and social records of interpersonal violence victims seen in a Forensic Medicine and Dentistry Center. Descriptive and multivariate statistics were performed using Multiple Correspondence Analysis. Three groups with different victimization profiles were identified. The first group was mainly composed of men of different age groups, victims of community violence that resulted in facial bones or dentoalveolar fracture. The second group was mainly composed of adolescents (10-19 years) of both sexes, victims of interpersonal violence and without specific pattern of injuries. The third group was composed of adult women (≥ 20 years) victims of domestic violence that resulted in injuries of soft tissues of face or other body regions. The results suggest that sociodemographic and circumstantial characteristics are important factors in victimization by maxillofacial injuries and interpersonal violence.Abstract in Portuguese:
Resumo Dado o contexto e os números das vítimas de conflitos armado na costa do Pacífico da Colômbia, e as dificuldades de acesso aos cuidados psicossociais, a Terapia Narrativa de grupo Baseado na Comunidade aparece como uma intervenção de saúde mental viável. O objetivo do estudo é descrever o processo de implementação e os resultados da intervenção em vítimas afro-colombianas de violência, nos municípios de Buenaventura e Quibdó - Colômbia, a partir da perspectiva de trabalhadores e supervisores, através de estudos de avaliação e entrevistas em profundidade individuais. A terapia permite a identificação sistemas de apoio para o enfrentamento e o luto e através de convivência, comunicação e interação. Ele requer um processo de adaptação à diversidade necessária de conhecimento e expressões populares de vítimas da violência colombiana, maior empatia por parte dos prestadores de cuidados e rigor na seleção de seus perfis, instalações para garantir a segurança e confidencialidade, e links para outras organizações educacionais, trabalho e lazer. É importante incluir esses resultados na melhoria da intervenção processo atual e futuro.Abstract in English:
Abstract Given the context and the number of armed conflict victims in the Colombian Pacific coast and their difficulties to access psycho-social care, Narrative Community-based Group Therapy appears as a viable mental health intervention. The objective of this study is to describe the process of implementation and results of the intervention in Afro-Colombian victims of violence, in the municipalities of Buenaventura and Quibdó. More specifically, we will be looking at the perspectives of workers and supervisors, through evaluative case studies and individual in-depth interviews. The therapy allows us to identify support and coping systems through coexistence, communication and interaction. It requires an adaptation process to the diversity of knowledge and expressions of victims of Colombian violence, greater empathy from care providers and rigor in their profiles selection, facilities ensuring security and confidentiality, and links with other educational, employment and recreational organizations. It is important to include these results while improving current and future intervention processes.Abstract in Portuguese:
Resumo O conflito armado posiciona a Colômbia como o país com o segundo maior deslocamento interno em todo o mundo. Esta situação obrigou projetos do governo e agências de cooperação internacional a intervir; no entanto, as estratégias de enfrentamento implementadas por minorias do país ainda são desconhecidas. O objetivo do estudo é descrever as estratégias de enfrentamento e sua relação com a saúde mental dentro da cultura afro-descendente na Colômbia e os efeitos que o conflito armado tem sobre esses mecanismos de enfrentamento, por meio de um estudo fenomenológico envolvendo grupos focais e entrevistas com especialistas. Rituais e oralidade têm uma função de cura que permite que as comunidades afro-colombianas para expressar sua dor e apoiar uns aos outros, permitindo-lhes lidar com a perda. Em razão do deslocamento forçado, essas tradições têm estado em perigo; o conflito armado impede-os de realizar o luto, gerando uma forma de dor latente. Elas exigem intervenções comunitárias que criem espaços de apoio emocional para as pessoas enlutadas similares aos do período pré-conflito. Assim, é essencial compreender o impacto dessa abordagem ritualista em questões de saúde mental, bem como a pertinência das intervenções comunitárias e narrativa para os sobreviventes.Abstract in English:
Abstract Armed conflict has positioned Colombia as the country with the second highest internal displacement of citizens. This situation has forced government projects and international cooperation agencies to intervene to mitigate the impact of violence; however, the coping strategies implemented by the country’s minorities are still unknown. The study objective is to describe the coping strategies and their relation with mental health within Afro-descendant culture in Colombia and the effects that armed conflict has on these coping mechanisms, through a phenomenological study involving focus groups and interviews with experts. Rituals and orality have a healing function that allow Afro-Colombian communities to express their pain and support each other, enabling them to cope with loss. Since the forced displacement, these traditions have been in jeopardy. Armed conflict prevents groups from mourning, generating a form of latent pain. Afro-Colombians require community interventions that create similar spaces for emotional support for the bereaved persons in the pre-conflict period. Thus, it is essential to understand the impact of this spiritual and ritualistic approach on mental health issues and the relevance of narrative and community interventions for survivors.Abstract in Portuguese:
Resumo O suicídio é um sério problema de saúde pública em todo o mundo. O avanço da idade está diretamente associado ao aumento da incidência de câncer e as limitações físicas e funcionais decorrentes da doença são fatores associados ao comportamento suicida em idosos. Este estudo teve por objetivo revisar criticamente a literatura sobre os fatores de risco associados ao suicídio em pacientes idosos com câncer, publicada entre 2000 e 2015. Foram examinados os determinantes psicossociais de risco e a psicopatologia em 20 artigos selecionados. Os estudos consistentemente identificam um conjunto de fatores que têm sido associados ao comportamento suicida em idosos com câncer, que incluem comprometimento físico e mental (particularmente depressão maior), isolamento social e o modo como esses fatores e outros interagem entre si. Dada a importância do tema, novas pesquisas se fazem necessárias para examinar se a educação do profissional de saúde e o incremento de suas habilidades de avaliação e manejo do risco suicida poderiam ter efeitos positivos na redução das taxas de suicídio observadas entre idosos com câncer. Considerações para estudos futuros encorajam a adoção de intervenções baseadas em evidências empíricas para o manejo individualizado do paciente oncológico idoso.Abstract in English:
Abstract Suicide is a serious public health problem worldwide. Increasing age is directly associated with the rising rates of cancer and physical and functional limitations are important factors regarded as being associated with suicidal behavior among the elderly. This study sought to conduct a critical review of the literature on the risk factors associated with suicide among elderly cancer patients published between 2000 and 2015. Psychosocial precipitants of risks and psychopathology in 20 selected articles were conducted. The studies consistently identified a number of factors that have been considered to be associated with suicidal behavior among the elderly diagnosed with cancer. These include physical and mental health constraints (particularly major depression), social isolation, and the manner in which these factors and others interact. Further research is needed given the importance of the issue and to examine whether further education for healthcare providers and their abilities in suicide risk assessment and management could have positive effects on reducing the suicide rates among elderly patients with cancer. Considerations for upcoming studies encourage the adoption of empirically supported interventions for individualized management of the elderly cancer patient.Abstract in Portuguese:
Resumo Este texto é um ensaio teórico que discute os conceitos, os tipos e os cenários de feminicídios e apresenta algumas propostas para a prevenção destas mortes prematuras, injustas e evitáveis. O texto traz o conceito original de femicídio proposto por Diana Russel e Jane Caputti, caracteriza tipos e mostra cenários novos e antigos onde estes crimes ocorrem. Aponta o patriarcado, entendido como sistema hierárquico de poder entre homens e mulheres, como um dos principais determinantes destas mortes. Finaliza apresentando ações e propostas para prevenir e combater estes crimes de gênero.Abstract in English:
Abstract This text is a theoretical essay that discusses the concepts, types and scenarios of feminicides, and presents some proposals for the prevention of these premature, unjust and avoidable deaths. The text revisits the original concept of femicide proposed by Diana Russell and Jane Caputti and shows new and old scenarios where these crimes occur. It points to patriarchy, understood as being a hierarchical system of power between men and women, as one of the main determinants of these deaths. It ends by presenting actions and proposals to prevent and combat these gender crimes.Abstract in Portuguese:
Resumo O presente estudo empreendeu uma revisão integrativa da literatura sobre as repercussões da morte por homicídio nas famílias das vítimas, analisando o período de 1990 a junho de 2015. Constatou-se que a maioria dos estudos sobre o tema concentra-se nos Estados Unidos. Em menor número foram localizados estudos conduzidos no Brasil e em outros países. Quatro principais temas foram identificados: Impactos na saúde, O sistema familiar no pós-homicídio, Fatores de revitimização e Aspectos facilitadores do pós-homicídio. Os achados da pesquisa apontam para a necessidade de uma atenção interdisciplinar voltada para esse público, considerando suas demandas de saúde, social, financeira e jurídica.Abstract in English:
Abstract This study aimed to perform a integrative literature review on the repercussion of homicide on victims’ families from 1990 to June 2015. It was noted that the majority of studies on the subject has been conducted in the United States. Fewer studies carried out in Brazil and in other countries have been located. Four main themes have been identified: impact on health, the family system in the post-homicide period, re-victimization factors and post-homicide facilitating aspects. Findings of this study point to the importance of interdisciplinary care focused on this public, considering their health, social, financial and legal needs.Abstract in Portuguese:
Resumo Objetivou-se analisar a literatura específica sobre os fatores associados ao comportamento suicida em crianças com até 14 anos. Trata-se, portanto, de uma revisão integrativa sobre este tema. Os dados foram coletados nas bases de dados PubMed e Psycinfo, a partir dos seguintes descritores: “risk of suicide”; “children”; “suicide”; “childhood”. O tempo de publicação foi limitado ao período de 1980 a 2016. Um total de 29 artigos preencheu os critérios de elegibilidade e, portanto, foram selecionados e analisados. Os resultados indicaram haver associação do suicídio com fatores neurobiológicos, escolares, sociais e mentais, dentre eles destaca-se o papel da impulsividade. Além disso, evidenciou-se que a maioria dos fatores de vulnerabilidade ao comportamento suicida podem ser prevenidos desde que sejam identificados e a criança receba tratamento psicológico e médico. Conclui-se que conflitos familiares, problemas na escola, bullying, impulsividade e depressão estão associados ao suicídio na infância. Adicionalmente, a escassez de pesquisas no âmbito nacional acerca da temática do suicídio pode contribuir para a invisibilidade desse tema na instauração de programas de promoção e tratamento de saúde.Abstract in English:
Abstract This is an integrated review of specific literature on the main factors associated to suicidal behavior in children under 14 years. Data were retrieved from PubMed and PsycInfo databases for the 1980-2016 period, with the following descriptors: “risk of suicide”; “children”; “suicide”; “childhood”. Twenty-nine papers complied with the eligibility criteria of the review and were thus selected and analyzed. Results pointed to an association of suicide with neurobiological, school-related, social and mental factors, among which the role of impulsivity stands out. In addition, results found show that most of suicidal behavior-vulnerable factors are preventable insofar as they are identified and the child receives psychological and medical treatment. We conclude that family conflicts, school-related problems, bullying, impulsivity and depression are associated with childhood suicide. In addition, the scarce national research on suicide can contribute to the invisibility of this theme when establishing health promotion and treatment programs.Abstract in Portuguese:
Resumo Este artigo tem por objetivo identificar a prevalência de violência por parceiro íntimo (VPI) em idosos e seus fatores associados. Realizou-se revisão sistemática de estudos transversais de base populacional nas bases de dados PubMed, Lilacs e PsycInfo, sem restrições quanto ao período e idioma de publicação. Dois revisores independentes conduziram a seleção, extração dos dados e análise de qualidade metodológica. Dezenove artigos foram selecionados para análise. Houve variação do tipo de violência, sexo dos entrevistados e instrumentos utilizados. A maioria dos estudos apresentou qualidade metodológica moderada ou alta. A VPI ocorreu em homens e mulheres idosos, sendo mais prevalentes a violência psicológica e o abuso econômico. Os fatores associados mais frequentes foram o consumo de álcool, depressão, baixa renda, comprometimento funcional e exposição pregressa à violência.Abstract in English:
Abstract This article aims to identify the prevalence of intimate partner violence (IPV) in the elderly and its associated factors. A systematic review of cross-sectional population-based studies was conducted in PubMed, Lilacs and PsycInfo databases, without restrictions with respect to the period and language of publication. Two independent reviewers conducted the selection, data extraction and the methodological quality analysis. Nineteen papers were selected for the analysis. There was a variation in the type of violence, gender of respondents and tools used. Most studies had a moderate or high methodological quality. IPV occurred in elderly men and women, with greater prevalence of psychological violence and economic abuse. The most frequent associated factors were alcohol use, depression, low income, functional impairment and previous exposure to violence.