• Preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016: capacidade de tratamento hospitalar em áreas georreferenciadas Article

    Freitas, Carolina Figueiredo; Osorio-de-Castro, Claudia Garcia Serpa; Shoaf, Kimberley Irene; Silva, Raulino Sabino da; Miranda, Elaine Silva

    Resumo em Português:

    Resumo: Recentemente, o Brasil sediou eventos de massa com relevância internacional reconhecida. A Copa do Mundo FIFA de 2014 foi realizada em 12 capitais estaduais e a preparação do setor da saúde contou com a história de outras Copas do Mundo e com a própria experiência do Brasil com a Copa das Confederações FIFA de 2013. O presente artigo objetivou analisar a capacidade de tratamento de instalações hospitalares em áreas georeferenciadas para eventos esportivos, nos Jogos Olímpicos de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, com base em um modelo construído a partir da literatura. Os dados foram coletados nas bases de dados de saúde do Brasil e da página de Internet da Rio 2016. As instalações esportivas para os Jogos Olímpicos e os hospitais circundantes em um raio de 10km foram localizados por geoprocessamento; foi designada uma "área de saúde", referindo-se ao afluxo provável de pessoas a serem tratadas em caso de necessidade hospitalar. Seis fatores foram utilizados para calcular necessidades para surtos e um fator de cálculo foi usado para as desastres (20/1.000). Capacidade de tratamento hospitalar é definida pela coincidência de leitos e equipamentos de suporte de vida, ou seja, o número de monitores cardíacos (eletrocardiógrafos) e respiradores em cada unidade hospitalar. O Maracanã, seguido do Estádio Olímpico (Engenhão) e o Sambódromo, teria a maior demanda para internações (1.572, 1.200 e 600, respectivamente). A capacidade de tratamento hospitalar mostrou-se capaz de acomodar surtos, mas insuficiente em casos de vítimas em massa. Em eventos de massa, a maioria dos tratamentos envolve uma fácil gestão clínica. Espera-se que a capacidade atual não terá consequências negativas para os participantes.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: Recientemente, Brasil fue sede de eventos de masa con relevancia internacional reconocida. La Copa Mundial de la FIFA 2014 se llevó a cabo en 12 capitales de los estados y la preparación del sector de la salud tenía la historia de otras copas mundiales y con la experiencia de Brasil en la Copa Confederaciones de la FIFA 2013. Este artículo tiene como objetivo analizar la capacidad de tratamiento de las instalaciones hospitalarias en zonas georreferenciados para los eventos deportivos, en los Juegos Olímpicos de 2016, en la ciudad de Río de Janeiro, basado en un modelo construido a partir de la literatura. Los datos fueron recogidos en las bases de datos de salud en Brasil y en el sitio web del Río 2016. Las instalaciones deportivas para los Juegos Olímpicos y los hospitales circundantes dentro de un radio de 10km fueron localizados por el geoprocesamiento; un "área de la salud" fue designado, en referencia a la posible afluencia de personas que van a tratarse en el caso de una emergencia hospitalaria. Seis factores se utilizaron para calcular las necesidades a los brotes y un factor de cálculo se utilizó para los desastres (20/1.000). Capacidad de tratamiento hospitalario se define por la coincidencia de camas y equipos de soporte vital, o el número de monitores cardíacos (electrocardiógrafos) y respiradores en cada hospital. El Maracanã, seguido por el Estadio Olímpico (Engenhão) y el Sambódromo, tendría la mayor demanda de hospitalizaciones (1.572, 1.200 y 600, respectivamente). La capacidad de tratamiento hospitalario ha demostrado ser capaz de adaptarse a los brotes, pero insuficiente en casos de víctimas en masa. En los eventos masivos, la mayoría de los tratamientos implican un manejo clínico fácil. Se espera que la capacidad actual no tendrá consecuencias negativas para los participantes.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: Recently, Brazil has hosted mass events with recognized international relevance. The 2014 FIFA World Cup was held in 12 Brazilian state capitals and health sector preparedness drew on the history of other World Cups and Brazil's own experience with the 2013 FIFA Confederations Cup. The current article aims to analyze the treatment capacity of hospital facilities in georeferenced areas for sports events in the 2016 Olympic Games in the city of Rio de Janeiro, based on a model built drawing on references from the literature. Source of data were Brazilian health databases and the Rio 2016 website. Sports venues for the Olympic Games and surrounding hospitals in a 10km radius were located by geoprocessing and designated a "health area" referring to the probable inflow of persons to be treated in case of hospital referral. Six different factors were used to calculate needs for surge and one was used to calculate needs in case of disasters (20/1,000). Hospital treatment capacity is defined by the coincidence of beds and life support equipment, namely the number of cardiac monitors (electrocardiographs) and ventilators in each hospital unit. Maracanã followed by the Olympic Stadium (Engenhão) and the Sambódromo would have the highest single demand for hospitalizations (1,572, 1,200 and 600, respectively). Hospital treatment capacity proved capable of accommodating surges, but insufficient in cases of mass casualties. In mass events most treatments involve easy clinical management, it is expected that the current capacity will not have negative consequences for participants.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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