• Associação entre fatores socioeconômicos e nutricionais e altura de adolescentes brasileiros: resultados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes Article

    Cheuiche, Amanda Veiga; Cureau, Felipe Vogt; Madalosso, Mariana Migliavacca; Telo, Gabriela Heiden; Schaan, Beatriz D.

    Resumo em Português:

    Buscou-se descrever a altura média dos adolescentes das cinco regiões do Brasil e avaliar os fatores socioeconômicos e nutricionais que estejam associados ao seu crescimento normal. Este é um estudo transversal realizado em ambientes urbanos e rurais no Brasil com estudantes de 12 a 17 anos (n = 71.553). Avaliamos antropometria, variáveis socioeconômicas, atividade física e dieta. Calculou-se os escores-z por idade e investigou-se a associação das variáveis de exposição com altura (desfecho) por sexo e idade (12-13, 14-15 e 16-17 anos) através de múltiplos modelos de regressão linear. Observou-se menor altura média em adolescentes da região Norte e em baixos níveis socioeconômicos. Aos 17 anos, o mais próximo da altura final nesta amostra, as alturas médias para meninas e meninos foram de 160,9 ± 0,1cm e 173,7 ± 0,3cm, respectivamente. Na análise de regressão linear múltipla, atividade física (meninas β = 0,119, IC95%: 0,035; 0,202; meninos β = 0,092, IC95%: 0,012; 0,172) e Ensino Médio materno (meninas β = 0,103, IC95%: 0,201; 0,204; meninos β = 0,39, IC95%: 0,245; 0,534) estiveram positivamente associados ao escore-z de altura por idade em meninos e meninas de 16-17 anos. Maior consumo de proteína (β = 0,022, IC95%: 0,010; 0,035) e obesidade (β = 0,217, IC95%: 0,084; 0,350) estiveram positivamente associados ao escore-z de altura para a idade meninos mais velhos, enquanto a variável associada às meninas foi baixo peso (β = 0,205, IC95%: 0,028; 0,382). Observou-se diferenças na altura média de adolescentes das cinco regiões brasileiras. O crescimento normal, especialmente entre adolescentes mais velhos, esteve associado à escolaridade materna, à prática de atividade física, ao consumo de proteínas e às categorias de índice de massa corporal (IMC).

    Resumo em Espanhol:

    Los objetivos fueron describir la estatura media de los adolescentes de las cinco regiones de Brasil y evaluar los factores socioeconómicos y nutricionales asociados al crecimiento normal. Estudio transversal realizado en entornos urbanos y rurales de Brasil con estudiantes de 12 a 17 años (n = 71.553). Se evaluaron la antropometría, las variables socioeconómicas, la actividad física y la dieta. Se calculó la puntuación Z de la altura para la edad y se utilizaron modelos de regresión lineal múltiple para investigar la asociación de las variables de exposición con la altura (resultado) por sexo y edad (12-13, 14-15 y 16-17 años). Se observó una estatura media más baja en los adolescentes de la región norte y en los de nivel socioeconómico bajo. A los 17 años, la edad más cercana a la estatura final en esta muestra, las estaturas medias de las chicas y los chicos eran de 160,9 ± 0,1cm y 173,7 ± 0,3cm, respectivamente. En el análisis de regresión lineal múltiple, la actividad física (chicas β = 0,119, IC95%: 0,035; 0,202; chicos β = 0,092, IC95%: 0,012; 0,172) y la madre con educación secundaria (chicas β = 0,103, IC95%: 0,001; 0,204; chicos β = 0,39, IC95%: 0,245; 0,534) se asociaron positivamente con la puntuación z de la altura para la edad en chicos y chicas de 16-17 años. En el caso de los chicos, el mayor consumo de proteínas (β = 0,022, IC95%: 0,010; 0,035) y la obesidad (β = 0,217, IC95%: 0,084; 0,350), mientras que, en el caso de las chicas, el bajo peso (β = 0,205, IC95%: 0,028; 0,382) también se asociaron positivamente con la puntuación z de la altura para la edad en los estudiantes mayores. Se observaron diferencias en la estatura media entre los adolescentes de las cinco regiones brasileñas. El crecimiento normal, especialmente entre los adolescentes de mayor edad, se asoció con la alta escolaridad de la madre, la práctica de actividad física, el consumo de proteínas y las categorías de índice de masa corporal (IMC).

    Resumo em Inglês:

    This study aims to describe the mean height of adolescents from the five regions of Brazil and to evaluate socioeconomic and nutritional factors associated with normal growth. This is a cross-sectional study conducted in the Brazilian urban and rural areas with students aged 12 to 17 years (n = 71,553). Anthropometry, socioeconomic variables, physical activity, and diet were evaluated. Height-for-age z-scores were calculated and multiple linear regression models were used to investigate the association of exposure variables with height (outcome) by sex and age (12-13, 14-15, and 16-17 years). We observed a lower mean height in adolescents from the North Region and in individuals with low socioeconomic status. At 17 years of age, the closest to the final height in this sample, mean heights for girls and boys were 160.9 ± 0.1cm and 173.7 ± 0.3cm, respectively. In multiple linear regression analysis, physical activity (girls β = 0.119, 95%CI: 0.035; 0.202; boys β = 0.092, 95%CI: 0.012; 0.172) and high level of maternal education (girls β = 0.103, 95%CI: 0.001; 0.204; boys β = 0.39, 95%CI: 0.245; 0.534) were positively associated with height-for-age z-score in 16- to 17-year-old boys and girls. Other factors positively associated with height-for-age z-score in older students include higher protein consumption (β = 0.022, 95%CI: 0.010; 0.035) and obesity (β = 0.217, 95%CI: 0.084; 0.350) for boys, and low weight (β = 0.205, 95%CI: 0.028, 0.382) for girls. We observed differences in the mean height among adolescents from the five Brazilian regions. Normal growth, especially among older adolescents, was associated with high maternal education, practice of physical activity, protein consumption, and body mass index (BMI) categories.
  • Gastos com saúde e causa mortis: uma investigação dos municípios do Estado do Paraná, Brasil Article

    Feldens, Tallys Kalynka; Souza, Kênia Barreiro de

    Resumo em Português:

    O financiamento da saúde pública é uma responsabilidade compartilhada entre as três esferas governamentais brasileiras, i.e., a federal, estadual e municipal. Logo, gastos divergem pelo território e não se poderia esperar que contribuíssem de forma homogênea para os desfechos de saúde em todos os tipos de doença. Este artigo busca identificar como gastos municipais afetam a taxa de mortalidade no Estado do Paraná dado sua causa mortis. Consideramos anos de vida perdidos para cada município, os capítulos da Classificação Internacional de Doenças (10ª revisão) e estimamos a elasticidade dessa medida em relação aos gastos públicos em saúde. Considerando uma possível endogeneidade, este artigo segue a abordagem variável instrumental em um painel de método generalizado de momentos (GMM-IV) com efeitos fixos. Nossos resultados mostram que um aumento de 1% nos gastos municipais com saúde pode diminuir o número médio de anos perdidos entre 0,176% e 1,56% para algumas causas especificas de mortalidade. Nosso estudo pode lançar alguma luz sobre a perspectiva política das finanças dos estados.

    Resumo em Espanhol:

    La financiación de la salud pública es una responsabilidad compartida entre las tres esferas del gobierno brasileño, a nivel federal, estatal y municipal. En este sentido, los gastos son desiguales en el territorio, y no se puede esperar que contribuyan de forma homogénea a los resultados de salud en las distintas categorías de enfermedades. La función de este trabajo es identificar cómo los gastos de los municipios afectan a la tasa de mortalidad en el Estado de Paraná, por causa mortis. Se consideraron los años de vida perdidos para cada municipio, los capítulos de la Clasificación Internacional de Enfermedades (10ª revisión), y se estimó la elasticidad de esta medida en relación con el gasto sanitario público. Teniendo en cuenta la posibilidad de endogeneidad, este trabajo sigue el enfoque de variables instrumentales en un panel de los método generalizado de momentos (GMM-IV) con efectos fijos. Nuestros resultados muestran que un aumento del 1% en el gasto sanitario puede disminuir el número medio de años perdidos específicamente por algunas causas del 0,176% al 1,56%, a nivel municipal. Esto puede arrojar algo de luz sobre la perspectiva política dentro de las finanzas de los estados.

    Resumo em Inglês:

    The Brazilian government shares the responsibility of financing public health among federal, state, and municipal levels. Health expenditures are thus uneven across the country and cannot contribute equally to health outcomes across disease categories. This study aims to identify how the health expenditures of municipalities affect the mortality rate in the state of Paraná by causa mortis. We considered years of life lost for each municipality, the chapters of the International Classification of Diseases (10th revision), and the elasticity of this measure in relation to public health expenditure. Considering the possibility of endogeneity, this study follows the instrumental variable approach in a panel of generalized method of moments - instrumental variable (GMM-IV) with fixed effects. Our results show that a 1% increase in health expenditure could decrease the average number of years lost specifically for some causes from 0.176% to 1.56% at the municipal level. These findings could elucidate policy perspective within state finance.
  • Vendas de “kit-COVID” e reações adversas a esses medicamentos relatadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária Article

    Hentschke-Lopes, Marina; Botton, Mariana R.; Borges, Pâmella; Freitas, Martiela; Mancuso, Aline Castello Branco; Matte, Ursula

    Resumo em Português:

    No Brasil, o uso off label de azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina (o “kit-COVID”) foi sugerido para tratar COVID-19 sem que tivéssemos evidências clínicas ou científicas de sua eficácia. Estas drogas têm causado reações adversas (RA) em quem as tomam. Este estudo almejou analisar se a venda dos medicamentos que compõem o “kit-COVID” correlaciona-se com o número relatado de RAs após o início da pandemia da COVID-19. Os dados sobre vendas e RA associados a azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina foram obtidos no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para todos os estados brasileiros. Comparamos o período entre março de 2019 e fevereiro de 2020 (antes da pandemia) ao de março de 2020 a fevereiro de 2021 (durante a pandemia). Ajustamos tendências para os dados de séries temporais e as análises de correlação cruzada para investigar a correlação entre vendas e RA em um mesmo mês (lag 0) e nos seguintes (lag 1 e 2). O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para avaliar a magnitude das correlações. Após o início da pandemia, as vendas de todos os medicamentos investigados aumentaram significativamente (69,75% para azitromicina, 10.856.481,39% para hidroxicloroquina e 12.291.129,32% para ivermectina). Os níveis de RAs de todos os medicamentos (com exceção de azitromicina) eram zero antes da pandemia mas aumentaram após seu início. A análise de correlação cruzada foi significativa no lag 1 para todas as drogas em todo o país. A correlação de Spearman foi moderada para azitromicina e hidroxicloroquina, mas ausente para ivermectina. Os dados devem ser interpretados com cautela, uma vez que não realizamos uma busca ativa por RA. Nossos resultados mostram que o uso aumentado e indiscriminado do “kit-COVID” durante a pandemia se correlaciona com uma ocorrência aumentada de RAs.

    Resumo em Espanhol:

    Se ha sugerido el uso fuera de lo establecido de azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina (el “kit-COVID”) para el tratamiento de la COVID-19 en Brasil sin evidencia clínica o científica de su eficacia. Estos medicamentos tienen reacciones adversas (RAM) conocidas. Este estudio pretendía analizar si las ventas de medicamentos del “kit-COVID” están correlacionadas con el número de reacciones adversas notificadas tras el inicio de la pandemia de COVID-19. Los datos se obtuvieron del sitio web de la Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria (Anvisa) sobre las ventas y las RAM notificadas para la azitromicina, la hidroxicloroquina y la ivermectina para todos los estados brasileños. Se comparó el periodo de marzo de 2019 a febrero de 2020 (antes de la pandemia) con el de marzo de 2020 a febrero de 2021 (durante la pandemia). Se realizó un ajuste de tendencia para los datos de las series de tiempo y un análisis de correlación cruzada para investigar la correlación entre las ventas y la RAM dentro del mismo mes (lag 0) y en los meses siguientes (lag 1 y lag 2). Se utilizó el coeficiente de correlación de Spearman para evaluar la magnitud de las correlaciones. Tras el inicio de la pandemia, las ventas de todos los medicamentos investigados aumentaron significativamente (69,75% para la azitromicina, 10.856.481,39% para la hidroxicloroquina y 12.291.129,32% para la ivermectina). Los niveles de RAM de todos los medicamentos, excepto la azitromicina, eran nulos antes de la pandemia, pero aumentaron tras su inicio. El análisis de correlación cruzada fue significativo en el lag 1 para todos los medicamentos a nivel nacional. La correlación de Spearman fue moderada para la azitromicina y la hidroxicloroquina, pero no para la ivermectina. Los datos deben interpretarse con cautela, ya que no se realizó una búsqueda activa de RAM. Nuestros resultados muestran que el uso creciente e indiscriminado del “kit-COVID” durante la pandemia se correlaciona con una mayor aparición de las RAM.

    Resumo em Inglês:

    Off-label use of azithromycin, hydroxychloroquine, and ivermectin (the “COVID kit”) has been suggested for COVID-19 treatment in Brazil without clinical or scientific evidence of efficacy. These drugs have known adverse drug reactions (ADR). This study aimed to analyze if the sales of drugs in the “COVID kit” are correlated to the reported number of ADR after the COVID-19 pandemic began. Data was obtained from the Brazilian Health Regulatory Agency (Anvisa) website on reported sales and ADRs for azithromycin, hydroxychloroquine, and ivermectin for all Brazilian states. The period from March 2019 to February 2020 (before the pandemic) was compared to that from March 2020 to February 2021 (during the pandemic). Trend adjustment was performed for time series data and cross-correlation analysis to investigate correlation between sales and ADR within the same month (lag 0) and in the following months (lag 1 and lag 2). Spearman’s correlation coefficient was used to assess the magnitude of the correlations. After the pandemic onset, sales of all investigated drugs increased significantly (69.75% for azithromycin, 10,856,481.39% for hydroxychloroquine, and 12,291,129.32% for ivermectin). ADR levels of all medications but azithromycin were zero before the pandemic, but increased after its onset. Cross-correlation analysis was significant in lag 1 for all drugs nationwide. Spearman’s correlation was moderate for azithromycin and hydroxychloroquine but absent for ivermectin. Data must be interpreted cautiously since no active search for ADR was performed. Our results show that the increased and indiscriminate use of ”COVID kit“ during the pandemic correlates to an increased occurrence of ADRs.
  • Estimativa da subnotificação de ingestão energética através de diferentes métodos em uma subamostra do estudo ELSA-Brasil Article

    Oliveira, Priscila Santana; Levy, Jéssica; Carli, Eduardo De; Bensenor, Isabela Judith Martins; Lotufo, Paulo Andrade; Pereira, Rosangela Alves; Yokoo, Edna Massae; Sichieri, Rosely; Crispim, Sandra Patricia; Marchioni, Dirce Maria Lobo

    Resumo em Português:

    Os métodos existentes para avaliar consumo alimentar estão sujeitos a erros de medição, especialmente à subnotificação de ingestão calórica, que descreve a ingestão calórica abaixo do mínimo necessário para manter o peso corporal. Este estudo buscou comparar a identificação de subnotificações de ingestão calórica através de diferentes equações preditivas e instrumentos para coletar dados dietéticos. Este estudo foi realizado com 101 participantes selecionados na terceira onda do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. A partir da avaliação dietética, aplicamos um questionário de frequência alimentar (QFA), dois recordatórios de 24 horas (24hR) pelo software GloboDiet e dois 24hR utilizando o software Brasil-Nutri. A subnotificação de ingestão calórica obtida pelo QFA foi de 13%, 16% e 1%, utilizando-se as equações propostas por Goldberg et al. (1991), Black (2000) e McCrory et al. (2002), respectivamente. Com essas mesmas equações, o 24hR achou uma subnotificação de 9,9%, 14,9% e 0,9%, respectivamente, com o software GloboDiet e de 14,7%, 15,8% e 1,1%, respectivamente, com o software Brasil-Nutri. Verificou-se baixa prevalência de ingestão calórica subnotificada entre os três métodos de captação de dados dietéticos por autorrelato (FFQ e 24hR com GloboDiet e Brasil-Nutri). As equações para cada método diferem entre si embora não tenhamos encontrado diferenças estatisticamente significativas entre os três métodos. A concordância de ingestão calórica entre os métodos foi muito semelhante, mas a melhor foi entre a GloboDiet e a Brasil-Nutri.

    Resumo em Espanhol:

    Los métodos existentes para evaluar el consumo de alimentos están sujetos a errores de medición, especialmente la infradeclaración de la ingesta de energía, caracterizada por la notificación de la ingesta de energía por debajo del mínimo necesario para mantener el peso corporal. El objetivo de este estudio era comparar la identificación de las infradeclaraciones de ingesta energética utilizando diferentes ecuaciones de predicción e instrumentos de recogida de datos dietéticos. El estudio se realizó con 101 participantes seleccionados en la tercera ola del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto (ELSA-Brasil) en el Hospital Universitario de la Universidad de São Paulo. Para la evaluación de la dieta, se aplicó un cuestionario de frecuencia de alimentos (QFA), dos recordatorios de dieta de 24 horas (24hR) utilizando el software GloboDiet, y dos 24hR utilizando el software Brasil-Nutri. La infradeclaración de la ingesta energética obtenida del QFA fue del 13%, el 16% y el 1,0% utilizando las ecuaciones propuestas por Goldberg et al. (1991), Black (2000) y McCrory et al. (2002), respectivamente. Con estas mismas ecuaciones, el 24hR describió una infradeclaración del 9,9%, el 14,9% y el 0,9% respectivamente con el software GloboDiet y del 14,7%, el 15,8% y el 1,1% respectivamente con el software Brasil-Nutri. Se verificó una baja prevalencia de ingesta de energía subdeclarada entre los tres métodos de recogida de datos dietéticos basados en el autoinforme (QFA, 24hR con GloboDiet y Brasil-Nutri). Aunque no se encontraron diferencias estadísticamente significativas entre los tres métodos, las ecuaciones de cada uno de ellos diferían entre sí. La concordancia de la ingesta de energía entre los métodos fue muy similar, pero la mejor fue entre GloboDiet y Brasil-Nutri.

    Resumo em Inglês:

    Existing methods for assessing food consumption are subject to measurement errors, especially the underreporting of energy intake, characterized by reporting energy intake below the minimum necessary to maintain body weight. This study aimed to compare the identification of energy intake underreporters using different predictive equations and instruments to collect dietary data. The study was conducted with 101 selected participants in the third wave of the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) at the University Hospital of the University of São Paulo. For the dietary assessment, we applied a food frequency questionnaire (FFQ), two 24-hour diet recall (24hR) using the GloboDiet software, and two 24hR using the Brasil-Nutri software. The energy intake underreport obtained from the FFQ was 13%, 16%, and 1% using the equations proposed by Goldberg et al. (1991), Black (2000), and McCrory et al. (2002), respectively. With these same equations, the 24hR described an underreport of 9.9%, 14.9%, and 0.9% respectively with the GloboDiet software and 14.7%, 15.8%, and 1.1% respectively with the Brasil-Nutri software. We verified a low prevalence of underreported energy intake among the three self-report-based dietary data collection methods (FFQ, 24hR with GloboDiet, and Brasil-Nutri). Though no statistically significant differences were found among three methods, the equations for each method differed among them. The agreement of energy intake between the methods was very similar, but the best was between GloboDiet and Brasil-Nutri.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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