Abstract in Portuguese:
INTRODUÇÃO: Existem evidências de que a direção entre adolescentes pode representar riscos para os condutores, passageiros e sociedade em geral. OBJETIVO: Estimar a prevalência e os fatores associados à história de direção de veículo motorizado por adolescentes escolares (menores de 18 anos de idade) no Brasil, em 2012. MÉTODOS: O estudo foi realizado com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2012. Foram estimadas as prevalências da história (pelo menos uma vez nos últimos 30 dias) de dirigir veículo motorizado (carro, motos, barcos) por escolares com menos de 18 anos, assim como as razões de chance brutas e ajustadas, tendo a direção frequente (quatro vezes ou mais nos últimos 30 dias) como desfecho. RESULTADOS: Entre os 106.621 adolescentes entrevistados, 27,0% (IC95% 22,9 - 31,5) referiram ter dirigido veículo motorizado, e 12,9% (IC95% 10,0 - 16,5) referiram direção frequente (quatro vezes ou mais). Os fatores mais associados à direção frequente foram: maior idade, sexo masculino, maior escolaridade da mãe, residir em domicílio com menor número de moradores, nas regiões Nordeste e Norte, com alguém que possui carro e/ou moto em casa, estudar em escola no interior, consumir bebida alcoólica e não aderir ao uso do cinto de segurança. CONCLUSÃO: A alta prevalência e os fatores associados a essa prática podem munir gestores para priorizar políticas e reforçar a aplicação da legislação de trânsito em grupos específicos.Abstract in English:
INTRODUCTION: There is evidence that adolescent drivers can represent risks to themselves, to passengers and to society in general. OBJECTIVE: To estimate the prevalence of history of driving among adolescent students (under the age of 18) and associated factors, in Brazil, in 2012. METHODS: This study analyzed data from the National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE), held in 2012. The prevalence of history (at least once in the past 30 days) of driving motorized vehicles (cars, motorcycles or boats) by students aged less than 18 years old, as well as crude and adjusted odds ratios (OR) related to frequent driving (four or more times in the past 30 days) as the outcome, were estimated. RESULTS: Among the 106,621 interviewed students, 27.0% (95%CI 22.9 - 31.5) reported having driven a motorized vehicle, and 12.9% (95%CI 10.0 - 16.5) reported being a frequent driver (four or more times). Factors associated with frequent driving were: older age, male, mothers with higher schooling, living in a household with fewer members, living in the North and Northeast regions, living with someone who has a motorcycle or a car, when their school is not located in a state-capital, drinking alcohol and not wearing a seatbelt. CONCLUSION: The higher prevalence of history of driving among adolescent students in Brazil and the identified associated factors might help authorities to prioritize policies and to reinforce the adherence to traffic legislation among specific groups.Abstract in Portuguese:
OBJETIVOS: Descrever a prevalência de trabalho em estudantes da 9ª série do ensino fundamental de escolas públicas e privadas brasileiras e investigar as características sociodemográficas, comportamentos relacionados à saúde, situações de violência e aspectos psicossociais associados ao trabalho. MÉTODOS: Foram utilizados dados da PeNSE 2012 e investigadas associações independentes entre características sociodemográficas e trabalho e a associação entre trabalho e fatores comportamentais e de proteção à saúde, situações de violência e aspectos psicossociais, ajustadas por sexo e faixa etária. Utilizou-se regressão logística binária para obter o Odds Ratio e seu intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Foram incluídos 108.984 estudantes. Deste total, 13,1% trabalhavam: 17,4% eram meninos e 22,1% tinham 16 anos ou mais. A chance de trabalhar foi menor entre as meninas e entre aqueles com escolaridade paterna com nível universitário incompleto, e maior entre alunos das escolas públicas. Após ajuste por sexo e idade, os alunos que trabalhavam tiveram maior chance de tabagismo (OR = 2,26; IC95% 2,04 - 2,51), consumo de álcool, drogas ilícitas (OR = 2,63; IC95% 2,29 - 3,02), direção de veículo motorizado (OR = 2,15; IC95% 2,03 - 2,27), relação sexual (OR = 2,10; IC95% 1,99 - 2,24), sofrer agressão física (OR = 1,57; IC95% 1,46 - 1,68), envolvimento em briga (OR = 1,65; IC95% 1,55 - 1,76), sofrer ferimentos, sentir-se só e dificuldade em dormir, além de menor chance de ter amigos próximos (OR = 0,78; IC95% 0,68 - 0,90). CONCLUSÃO: A prevalência de trabalho é elevada. Desvantagens socioeconômicas aumentam a chance de trabalho precoce. Este também está associado a comportamentos prejudiciais à saúde, situações de violência, problemas de sono e isolamento social. Adolescentes que estudam e trabalham vivenciam exposições que podem afetar distintas dimensões da saúde e perpetuar desvantagens ao longo da vida.Abstract in English:
OBJECTIVE: This study describes exposure labor among Brazilian 9th grade students from public and private schools and investigates socio-demographic characteristics, behaviors, violent situations and psychosocial factors associated with labor among adolescents. METHODS: The present study included 108,984 students from the National Adolescent School-based Health Survey carried out in 2012. Variables were grouped into sociodemographic characteristics, behavioral factors, violent situations and psychosocial aspects. Associations between labor and several health risk variables were identified by multiple logistic regression analysis, after adjustment for sex and age. RESULTS: Approximately 13% of the students reported having a job: 17.4% of them were male. The chance of working was lower between females and individuals whose fathers' have incomplete superior education. Students who worked had greater chances to smoke (OR = 2.26; 95%CI 2.04 - 2.51), drink alcohol, use illicit drugs (OR = 2.63; 95%CI 2.29 - 3.02), drive motorized vehicles (OR = 2.15; 95%CI 2.03 2.27), have sexual intercourse (OR = 2.10; 95%CI 1.99 - 2.24), suffer physical violence (OR = 1.57; 95%CI 1.46 1.68), engage in fights (OR = 1.65; 95%CI 1.55 - 1.76), feel lonely (OR = 1.26; 95%CI 1.17 - 1.36) and report sleeping problems (OR = 1.46; 95%CI 1.34 - 1.60). They also have lower chances of having close friends (OR = 0.78; 95%CI 0.68 - 0.90). CONCLUSION: The prevalence of labor among students is high. Socioeconomical disadvantages increase the chances of early working. Early working is also associated to health damaging behavior, violent situations, sleeping problems, and social isolation. Adolescents who study and work experiment expositions that may affect distinct health dimensions and perpetuate disadvantages over lifetime.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Descrever a prevalência do uso de drogas ilícitas entre estudantes da 9a série do turno diurno de escolas públicas e privadas do Brasil, identificando os fatores associados. MÉTODO: Foram analisados dados da PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar) 2012, com recorte para os estudantes da 9a série diurna do Brasil e das cinco Regiões. A experimentação de drogas ilícitas alguma vez na vida foi avaliada para as drogas mais comumente usadas, tais como: maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume, ecstasy ou oxy. Os dados foram submetidos a análise descritiva e teste do χ2 de Pearson e cálculo do Odds Ratio (OR) bruto e ajustado, por regressão logística. RESULTADOS: O consumo de drogas ilícitas, pelo menos uma vez na vida, foi relatado por 7,3% (IC95% 5,3 - 9,4) dos entrevistados. As evidências sugerem que o uso de drogas ilícitas está relacionado a condições sociais de maior poder de consumo, ao uso de álcool e tabaco, aos comportamentos relativos à socialização, como ter amigos ou atividade sexual, e também à percepção de solidão, contato insuficiente entre escola e pais e vivências de agressões no ambiente familiar. O desfecho esteve inversamente associado ao contato próximo e supervisão dos pais. CONCLUSÃO: Além das evidências de associação com os processos de socialização e consumo, a influência da família e da escola se expressa de modo particularmente protetor em diferentes registros de supervisão e cuidados diretos.Abstract in English:
OBJECTIVE: This study aimed at describing the prevalence of illicit drug use among 9th grade students in the morning period of public and private schools in Brazil, and assessing associated factors. METHOD: The Brazilian survey PeNSE (National Adolescent School-based Health Survey) 2012 evaluated a representative sample of 9th grade students in the morning period, in Brazil and its five regions. The use of illicit drugs at least once in life was assessed for the most commonly used drugs, such as marijuana, cocaine, crack, solvent-based glue, general ether-based inhalants, ecstasy and oxy. Data were subjected to descriptive analysis, and Pearson's χ2 test and logistic regression was used in the multivariate analysis. RESULTS: The use of illicit drugs at least once in life was reported by 7.3% (95%CI 5.3 - 9.4) of the respondents. Logistic regression was used for multivariate analysis and the evidences suggest that illicit drug use is associated to social conditions of greater consumption power, the use of alcohol and tobacco, behaviors related to socialization, such as having friends or sexual activity, and also the perception of loneliness, loose contact between school and parents and experiences of abuse in the family environment. The outcome was inversely associated with close contact with parents and parental supervision. CONCLUSION: In addition to the association with the processes of socialization and consumption, the influence of family and school is expressed in a particularly protective manner in different records of direct supervision and care.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Avaliar a associação entre o consumo de substâncias psicoativas (tabaco, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas) e variáveis demográficas, saúde mental e o contexto familiar em escolares. MÉTODOS: A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar foi realizada em uma amostra nacional de 109.104 alunos. Foram coletadas informações referentes às variáveis demográficas, contexto familiar e saúde mental. A regressão logística múltipla foi utilizada para avaliar as associações de interesse. RESULTADOS: As análises multivariadas mostraram que o consumo de álcool foi mais elevado entre as meninas, experimentação de drogas foi mais elevada entre os meninos e não houve diferença entre os sexos para tabagismo. Idade mais jovem e ser da cor parda estiveram associados negativamente ao uso do tabaco, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. Também estiveram associadas negativamente a tais comportamentos de risco as características do contexto familiar representadas por: morar com os pais, fazer refeição em conjunto e supervisão parental (os pais saberem o que o filho faz no tempo livre). Por outro lado, características da saúde mental como a solidão e insônia estiveram associadas positivamente ao uso do tabaco, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. Não ter amigos associou-se positivamente ao uso do tabaco e drogas ilícitas, e negativamente ao uso do álcool. CONCLUSÕES: O estudo aponta o efeito protetor da supervisão familiar no uso de tabaco, álcool e drogas, e, ao contrário, o aumento do consumo em função de aspectos relacionados à saúde mental, como solidão, insônia e não ter amigos. Os achados do estudo podem apoiar ações dos profissionais de saúde, educação, famílias e governo na prevenção contra o uso destas substâncias junto aos adolescentes.Abstract in English:
OBJECTIVE: To evaluate the association between the consumption of psychoactive substances (tobacco, alcohol and illicit drugs) and demographic variables, mental health and family context among school-aged children. METHODS: The National Adolescent School-based Health Survey was held with a national sample of 109,104 students. Data regarding demographic variables, family background and mental health were collected. Logistic regression was used to evaluate the associations of interest. RESULTS: Multivariate analyses showed that alcohol consumption was higher among girls, drug experimentation was more frequent among boys and that there was no difference between sexes for smoking. Being younger and mulatto were negatively associated with the use of tobacco, alcohol and illicit drugs. Also negatively associated with such risk behaviors were characteristics of the family context represented by: living with parents, having meals together and parental supervision (when parents know what the child does in their free time). Moreover, characteristics of mental health such as loneliness and insomnia were positively associated with use of tobacco, alcohol and illicit drugs. Not having friends was positively associated with use of tobacco and illicit drugs and negatively associated with alcohol use. CONCLUSIONS: The study shows the protective effect of family supervision in the use of tobacco, alcohol and drugs and, on the contrary, the increasing use of substances according to aspects of mental health, such as loneliness, insomnia and the fact of not having friends. The study's findings may support actions from health and education professionals, as well as from the government and families in order to prevent the use of these substances by adolescents.Abstract in Portuguese:
INTRODUÇÃO: A dependência da nicotina é estabelecida mais rapidamente entre adolescentes do que entre adultos. O tabaco ocupa o quarto lugar no ranque dos fatores de risco mais importantes no Continente. Estudos mostram que diferentes formas de uso de tabaco têm crescido entre adolescentes. MÉTODOS: Foram incluídos os escolares das 26 capitais e Distrito Federal participantes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2012, realizada com alunos da 9ª série de escolas públicas e privadas. Fatores associados à experimentação e ao uso regular de cigarro foram investigados por meio de regressão logística multinomial, tendo como referência "nunca experimentou cigarro". O uso de outros produtos de tabaco nos últimos 30 dias (charuto, cachimbo, narguilé, etc.) também foi analisado nesse estudo. RESULTADOS: Dos 61.037 participantes nas capitais brasileiras, 22,7% (IC95% 21,7 - 23,5) experimentou cigarro, 6,1% (IC95% 5,6 - 6,6) é fumante regular e 7,1% (IC95% 6,5 - 7,7) experimentou outros produtos de tabaco, sendo a metade desses fumantes regulares. As chances de experimentação e fumo regular cresceram com o aumento da idade e a frequência de exposição semanal a outros fumantes, e foram maiores entre escolares que trabalham, entre residentes em lares monoparentais ou sem os pais, e entre os que percebem que os pais não se importariam se fumassem. CONCLUSÃO: Os resultados mostram associação entre desvantagens sociais e experimentação e fumo regular. Além disso, o uso de outros produtos de tabaco merece atenção e pode ser porta de entrada para o tabagismo regular.Abstract in English:
INTRODUCTION: Nicotine dependence establishes itself more rapidly among adolescents than among adults. Tobacco occupies the fourth place in the rank of main risk factors for non-communicable diseases in the continent. Studies reveal that other forms of tobacco use have increased among adolescents. METHODS: Were included the 9th grade students from the 26 State Capitals and the Federal District. who were participants of the National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE), in 2012. Factors independently associated with experimentation and regular use of cigarettes were investigated by means of multinomial logistic regression, using as reference "never tried a cigarette". The use of other tobacco products included cigar, pipe, narghile and others. RESULTS: Of the in the 61,037 participants in the 26 Brazilian capitals and the Federal District, 22.7% (95%CI 21.7 - 23.5) had experimented cigarettes, 6.1% (95%CI 5.6 - 6.6) are regular smokers and 7.1% (95%CI 6.5 - 7.7) had used other tobacco products, with half of them also being regular smokers. The chances of experimenting and being a regular smoker increased with age and according to the frequency of weekly exposure to other smokers. These chances were also higher among students who worked, who lived in monoparental families or without their parents, and those who felt that their parents would not mind if they smoked. CONCLUSION: Results reinforce the association between social disadvantages and experimenting and regular smoking. In addition, the use of other tobacco products is worthy of attention and may lead to regular smoking.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Comparar as prevalências dos principais fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis em escolares nas capitais brasileiras, investigados na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar nas suas duas edições, 2009 e 2012. MÉTODOS: Foram comparadas as frequências com Intervalo de Confiança de 95% das variáveis sóciodemograficas e dos seguintes comportamentos: consumo alimentar, imagem corporal, atividade física, tabagismo, consumo de álcool e outras drogas. As prevalências foram comparadas nas duas edições da pesquisa. RESULTADOS: A proporção de alunos que praticam duas ou mais aulas de educação física foi mantida em 49% entre 2009 e 2012. Não houve mudança nos que assistem duas horas ou mais de televisão diária, cerca de 80%. Quanto à imagem corporal, não houve mudança nas duas edições, e cerca de 60% se consideraram com peso normal. Houve uma redução no percentual de adolescentes que experimentou cigarros de 24,2% (IC95% 23,6 - 24,8) para 22,3% (IC95% 21,4 - 23,2), e a prevalência de fumantes foi mantida em cerca de 6%. O consumo de feijão, frutas, guloseimas e refrigerantes também reduziu. A experimentação de drogas foi de 8,7% (IC95% 8,3 - 9,1) em 2009 e de 9,6% (IC95% 9,0 - 10,3) em 2012, e a frequência de experimentação de bebidas alcoólicas foi mantida em cerca de 70%; a porcentagem de uso nos últimos 30 dias também foi mantida, em cerca de 27%. CONCLUSÃO: Nas capitais brasileiras, foram mantidas estáveis a grande maioria das prevalências de fatores de risco nas duas edições da Pesquisa Nacional de Escolares. Estes dados geram evidências para orientar a implementação de políticas públicas para minimizar a exposição a fatores de risco dos adolescentes.Abstract in English:
OBJECTIVE: To compare the prevalence of major risk and protection factors for chronic non-communicable diseases in school-aged children in Brazilian capitals surveyed in the National Adolescent School-based Health Survey in its two editions, 2009 and 2012. METHODS: The frequencies, with Confidence Interval of 95%, of the following demographic variables were compared: food intake, body image, physical activity, smoking, alcohol and other drugs. Prevalence was compared in the two editions of the survey. RESULTS: The proportion of students who attend two physical education classes a week was maintained at 49% between 2009 and 2012, increasing in public schools from 50.6% (95%CI 49.8 - 51.4) to 52.5% (95%CI 49.2 - 55.7), and decreasing in private schools. There was no change in the proportion of students who watch two hours or more of television daily, about 80%. As for body image, there was no change between the two editions, and about 60% considered themselves being of normal weight. There was a reduction in the percentage of adolescents who experienced cigarettes, from 24.2% (95%CI 23.6 - 24.8) to 22.3% (95%CI 21.4 - 23.2), and the prevalence of smoking was maintained at about 6% (there was no statistical difference between 2009 and 2012). The consumption of beans, fruits, sweets and soft drinks also decreased. Frequency of drug experimentation was of 8.7% (95%CI 8.3 - 9.1) in 2009, and 9.6% (95%CI 9.0 - 10.3) in 2012, with no difference between confidence intervals, and the frequency of alcohol experimentation was maintained at about 70%; the percentage of use in the past 30 days was also maintained at around 27%. CONCLUSION: In the Brazilian capitals, the vast majority of prevalence of risk factors were kept stable in the two editions of the National Survey of School. These data generate evidence to guide the implementation of public policies to minimize the exposure of adolescents to risk factors.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Descrever a vitimização e a prática de bullying em escolares brasileiros, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), e comparar a evolução entre as pesquisas de 2009 e 2012. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal com análises univariadas e multivariadas das variáveis: não ser bem tratado, sofrer bullying e praticar bullying. Como variáveis independentes, foram analisadas: idade, sexo, raça/cor, tipo de escola, escolaridade materna. Foram comparadas as prevalências entre as edições da PeNSE de 2009 e 2012. RESULTADOS: Não foram bem tratados pelos colegas na escola 27,5% dos adolescentes, tendo sido maior a frequência entre meninos (OR = 1,50) mais velhos, 15 anos (OR = 1,29) e 16 anos (OR = 1,41), alunos de escolas públicas (OR = 2,08), de raça/cor preta (OR = 1,18) e cujas mães tinham menor escolaridade. Relatam ter sofrido bullying 7,2%, tendo sido a maior chance em alunos mais jovens (13 anos) do sexo masculino (OR = 1,26), da raça/cor preta (OR = 1,15) e indígena (OR = 1,16) e cujas mães apresentaram menor escolaridade. A prática de bullying foi relatada por 20,8% e mostrou maior chance em alunos mais velhos, 14 anos (OR = 1,08) e 15 anos (OR = 1,18), do sexo masculino (OR = 1,87), raça/cor preta (OR = 1,14) e amarela (OR = 1,15), filhos de mães com maior escolaridade e alunos de escola privada. Ocorreu aumento de bullying nas capitais, passando de 5,4 para 6,8% entre 2009 e 2012. DISCUSSÃO: A ocorrência de bullying revela que o contexto escolar brasileiro também tem se tornado um espaço de reprodução da violência, sendo fundamental atuar de forma intersetorial e articulando redes de proteção social, visando seu enfrentamento.Abstract in English:
OBJECTIVE: To describe the victimization and bullying practice in Brazilian school children, according to data from the National Adolescent School-based Health Survey and to compare the surveys from 2009 and 2012. METHODS: This is a cross-sectional study with univariate and multivariate analyzes of the following variables: to have been treated badly by colleagues, to have been bullied and to have bullied other children. The following independent variables were analyzed: age, sex, race/color, type of school, maternal education. Prevalence rates were compared between the editions of 2009 and 2012 of the survey. RESULTS: Of all the adolescents analyzed, 27.5% have not been treated well by peers at school, with greater frequency among boys (OR = 1.50), at the age of 15 years (OR = 1.29) and 16 (OR = 1.41), public school students (OR = 2.08), black (OR = 1.18) and whose mothers had less education; 7.2% reported having been bullied, with a greater chance in younger students (13 years old), male (OR = 1.26), black (OR = 1.15) and indigenous (OR = 1.16) and whose mothers had less education; 20.8% reported to have bullied other children, with a greater chance for older students, at the age of 14 (OR = 1.08) and 15 years (OR = 1.18), male (OR = 1.87), black (OR = 1.14) and yellow (OR = 1.15), children of mothers with higher education, private school students. There was an increase of bullying in the Brazilian capitals, from 5.4 to 6.8%, between 2009 and 2012. DISCUSSION: The occurrence of bullying reveals that the Brazilian school context is also becoming a space of reproduction of violence, in which it is crucial to act intersectorally and to articulate social protection networks, aiming to face this issue.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Descrever as prevalências de sintomas de asma no Brasil, regiões e capitais, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), 2012. Além disso, comparar tais prevalências nas capitais - identificadas na PeNSE 2012 - com resultados de estudos anteriores do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC). MÉTODOS: Estudo transversal em que foram incluídos escolares do 9º ano de escolas públicas e privadas de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. Um questionário estruturado autoaplicável com questões do ISAAC foi utilizado para identificar a presença de sintomas de asma. RESULTADOS: Os resultados da PeNSE apontam para a alta prevalência de sintomas de asma (23,2%) e de relato de diagnóstico de asma no passado (12,4%). Entre as cinco capitais em que os resultados da PeNSE foram comparados com os do ISAAC, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre apresentaram crescimento da prevalência de sintomas de asma ao longo dos inquéritos, e em Salvador houve uma redução. CONCLUSÃO: O Brasil está entre os países com mais altas prevalências de asma no mundo e esta prevalência ainda está em crescimento.Abstract in English:
OBJECTIVE: This study aims to describe the prevalence rates of asthma symptoms in Brazil, its Regions and State capitals, according to data from the National Adolescent School-based Health Survey, 2012. Furthermore, it aims to compare the prevalence of asthma in the capitals evaluated by PeNSE 2012 with previous results of the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC). METHODS: Cross sectional study of 9th grade students at public and private schools of all Brazilian states and the Federal District (Brasília). A self reported questionnaire containing items from the ISAAC was applied in order to identify the presence of asthma symptoms. RESULTS: The results of PeNSE indicate a high prevalence of asthma symptoms (23.2%) and of reports of a previous medical diagnosis of asthma (12.4%). Of the five state capitals in which the PeNSE results were compared to the ISAAC, São Paulo, Curitiba and Porto Alegre presented an increase in the prevalence of asthma symptoms. In Salvador, there was a reduction. CONCLUSION: Brazil is among the countries with the highest prevalence of asthma in the world, and the prevalence is still growing.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Este estudo descreve o comportamento sexual entre estudantes que participaram da Pesquisa Nacional sobre a Saúde do Escolar (PeNSE) 2012 e investiga se as desigualdades sociais, o uso de substâncias psicoativas e a presença de informações sobre a saúde sexual e reprodutiva na escola estão associados a diferenças nesse comportamento. METODOLOGIA: A variável resposta foi o comportamento sexual descrito em três categorias (nunca teve relação sexual, teve relação sexual com proteção, teve relação sexual sem proteção). As variáveis explicativas foram agrupadas em características sociodemográficas, uso de substâncias psicoativas e informações sobre saúde sexual e reprodutiva na escola. As variáveis associadas a realizar sexo com e sem proteção foram identificadas por meio de regressão logística multinomial, tendo como referência "não teve relação sexual". RESULTADOS: Mais de um quarto dos adolescentes já tiveram relação sexual na vida, sendo mais frequente entre os meninos. Cerca de 25% não fizeram uso de preservativo na última relação sexual. Baixa escolaridade materna e trabalhar aumentaram a chance de comportamento sexual de risco. Tanto a chance de sexo protegido quanto de desprotegido aumentou com o número de substâncias psicoativas utilizadas. Entre os que não recebem orientação sobre prevenção de gravidez na escola, a chance ter relação sexual aumentou, sendo a magnitude maior para sexo desprotegido (OR = 1,87). CONCLUSÃO: As informações sobre prevenção de gravidez e DST/AIDS necessitam ser disseminadas antes da 9ª série. As desigualdades sociais afetam negativamente o comportamento sexual de risco. O uso de substâncias psicoativas está fortemente associado ao sexo desprotegido.Abstract in English:
OBJECTIVE: This study describes the sexual behavior among students who participated in the National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE) 2012 and investigates whether social inequalities, the use of psychoactive substances and the dissemination of information on sexual and reproductive health in school are associated with differences in behavior. METHODOLOGY: The response variable was the sexual behavior described in three categories (never had sexual intercourse, had protected sexual intercourse, had unprotected sexual intercourse). The explanatory variables were grouped into socio- demographic characteristics, substance use and information on sexual and reproductive health in school. Variables associated with the conduct and unprotected sex were identified through multinomial logistic regression, using "never had sexual intercourse" as a reference. RESULTS: Over nearly a quarter of the adolescents have had sexual intercourse in life, being more frequent among boys. About 25% did not use a condom in the last intercourse. Low maternal education and work increased the chance of risky sexual behavior. Any chance of protected and unprotected sex increased with the number of psychoactive substances used. Among those who don't receive guidance on the prevention of pregnancy in school, the chance to have sexual intercourse increased, with the largest magnitude for unprotected sex (OR = 1.41 and OR = 1.87 ). CONCLUSION: The information on preventing pregnancy and STD/AIDS need to be disseminated before the 9th grade. Social inequalities negatively affect risky sexual behavior. Substance use is strongly associated with unprotected sex. Information on the prevention of pregnancy and STD/AIDS need to be disseminated early.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Estimar a prevalência de bullying, sob a perspectiva da vítima, em escolares brasileiros e analisar sua associação com variáveis individuais e de contexto familiar. MÉTODOS: Foram analisadas informações de 109.104 adolescentes obtidas da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), 2012. Foi testado modelo de associação entre o bullying e variáveis explicativas nos seguintes domínios: sociodemográfico, comportamentos de risco, saúde mental e contexto familiar. Foram feitas analises uni e multivariada, calculando-se os odds ratio e respectivos intervalos de confiança. RESULTADOS: A prevalência de bullying foi de 7,2% (IC95% 6,6 - 7,8). Maior chance de bullying foi encontrada entre escolares do sexo masculino (OR = 1,58; IC95% 1,51 - 1,66), com uma relação inversa entre idade e bullying, sendo maior a magnitude do risco entre menores de 13 anos quando comparados aos de 16 ou mais anos. Dos comportamentos de risco individuais, apenas ser fumante se manteve no modelo final (OR = 1,11; IC95% 1,01 - 1,23). As variáveis de saúde mental associadas foram: sentir-se solitário (OR = 2,66; IC95% 2,52 - 2,81), ter insônia (OR = 1,92; IC95% 1,80 - 2,05), não ter amigos (OR = 1,71; IC95% 1,54 - 1,89) e, no contexto familiar os que faltam às aulas sem avisar os pais (OR = 1,13; IC95% 1,07 - 1,19) e relataram sofrer agressão física dos familiares (OR = 2,03; IC95% 1,91 - 2,16). CONCLUSÃO: O bullying mostrou-se associado aos escolares do sexo masculino, mais jovens, de cor preta, fumantes, além daqueles que apresentam vulnerabilidades no campo da saúde mental e de violência doméstica, o que sugere necessidade de uma abordagem holística de profissionais da educação, saúde, pais e comunidade na busca de medidas para sua prevenção.Abstract in English:
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of bullying from the victim's perspective in Brazilian school children and to analyze its association with individual and family context variables. METHODS: An analysis of the data on 109,104 adolescents, obtained by the National Adolescent School-based Health Survey, held in schools in 2012, was carried out. An association model between bullying and explanatory variables was tested in different contexts: sociodemographic, risk behaviors, mental health and family context. Univariate and multivariate analyzes were performed, calculating the Odds Ratio and confidence intervals. RESULTS: The prevalence of bullying found in this study was of 7.2% (95%CI 6.6 - 7.8). A higher chance of bullying was found among male students (OR = 1.58; 95%CI 1.51 - 1.66), with an inverse relation between age and bullying, with the magnitude of risk among adolescents younger than 13 years of age being higher when compared to those with 16 years of age or more. Of individual risk behaviors, only being a smoker remained in the final model (OR = 1.11; 95%CI 1.01 - 1.23). Mental health variables associated with bullying were: feeling lonely (OR = 2.66; 95%CI 2.52 - 2.81), insomnia (OR = 1.92; 95%CI 1.80 - 2.05), not having friends (OR = 1.71; 95%CI 1.54 - 1.89), and, in the family context, those who skip class without telling their parents (OR = 1.13; 95%CI 1,07 - 1,19) and those who suffer physical abuse by family members (OR = 2.03; 95%CI 1.91 - 2.146). CONCLUSION: Bullying was associated to male students, younger, of black color, smokers, with mental health vulnerabilities and victims of domestic violence. This suggests the need for a holistic approach from education and health professionals, parents and the community in seeking measures for the prevention of bullying.Abstract in Portuguese:
INTRODUÇÃO: A adolescência é um período caracterizado por mudanças, como o acelerado crescimento físico e o desenvolvimento sexual. Além de ter que lidar com as transformações, os adolescentes deparam-se com os padrões de beleza e extrema valorização da aparência física. OBJETIVO: O objetivo deste artigo é descrever a imagem corporal e a realização de atitudes extremas em relação ao peso entre escolares do Brasil. MÉTODOS: Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2012 foram utilizados neste estudo. A PeNSE 2012 conta com amostra representativa de alunos do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas de todo o país. Utilizou-se questionário autoaplicável com questões sobre imagem corporal, realização de medidas extremas em relação ao peso e dados sociodemográficos. A imagem corporal e a realização de medidas extremas foram descritas para o conjunto total da população e segundo o sexo. Análises de regressão de Poisson foram utilizadas para identificar diferenças na realização de medidas extremas entre os diferentes tipos de imagem corporal. RESULTADOS: Pouco mais de 38% dos adolescentes não consideravam sua imagem corporal como normal. Mais de 15% dos escolares referia realizar práticas extremas para controle do peso, somadas às práticas para perda e ganho de peso. Adolescentes que se consideravam gordos apresentaram frequência de realização de práticas extremas para perda de peso 92% superior àquela apresentada por indivíduos que se consideravam normais. Do mesmo modo, adolescentes que se consideravam magros apresentaram frequência de realização de medida extrema para ganho de peso (9,7%) superior àquela dos que se consideravam normais (5,6%). CONCLUSÕES: A alta frequência de realização de práticas extremas para controle de peso entre os adolescentes brasileiros é alarmante e deve ser alvo de medidas na área tanto de saúde quanto de educação.Abstract in English:
INTRODUCTION: Adolescence is a period characterized by changes such as accelerated physical growth and sexual development. Besides having to deal with these changes, adolescents are faced with beauty standards and extreme valorization of physical appearance. OBJECTIVE: This article aims to describe body image and the practice of extreme attitudes regarding weight in Brazilian students. METHODS: Data from the National Survey of School Health (PeNSE) 2012 were used in this study. PeNSE 2012 has a representative sample of students in the 9th grade of elementary school in public and private schools across the country. A self-administered questionnaire on body image, practice of extreme measures in relation to weight and sociodemographic data was used. Body image and the practice of extreme attitudes were described for the total sample and according to gender. Poisson regression analyzes were used to identify differences in the practices of extreme attitudes between the different types of body image. RESULTS: More than 38% of the adolescents did not consider their body image as normal. Over 15% of the students referred to carry out extreme weight control practices, combining practices to loose and gain weight. Adolescents who considered themselves fat presented frequency of extreme practices for weight loss 92% higher than that shown by individuals who considered themselves normal. Similarly, adolescents who considered themselves thin presented frequency of extreme attitudes to gain weight (9.7%) higher than that shown by students who considered themselves normal (5.6%). CONCLUSIONS: The high frequency of extreme weight control practices among Brazilian adolescents is alarming and should be subject of measures in health and education fields.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Descrever os eventos violentos vivenciados por adolescentes na escola, no entorno da escola e na família, além de comparar os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar nos anos 2009 e 2012. MÉTODOS: Foram analisados indicadores referentes a situações de violência envolvendo adolescentes. Calcularam-se prevalências e intervalos de confiança de 95% para os eventos de interesse segundo sexo e dependência administrativa da escola (pública ou privada) e regiões. RESULTADOS: As prevalências encontradas foram: insegurança no trajeto casa-escola (8,8%), insegurança na escola (8,0%), agressão física nos últimos 12 meses (15,9%), envolver-se em briga nos últimos 12 meses (20,7%), briga com arma branca (7,3%), briga com arma de fogo (6,4%), agressão física por familiar (10,6%) e ter se ferido seriamente nos últimos 12 meses (10,3%). As situações de violência foram mais prevalentes entre estudantes do sexo masculino e de escolas públicas. A comparação com a pesquisa de 2009 mostrou aumento da prevalência em todas as variáveis pesquisadas. CONCLUSÃO: Os adolescentes estão expostos a diferentes manifestações de violência, e os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar podem apoiar o planejamento das ações de prevenção.Abstract in English:
OBJECTIVE: To describe violent events experienced by school-aged adolescents in school, around the school and in the family context, and to compare the results of the National Adolescent School-based Health Survey of 2009 and 2012. METHODS: Indicators related to violence involving teenagers were analyzed. The prevalence rates and confidence intervals of 95% were calculated for events of interest according to gender and type of school (public or private) and regions. RESULTS: Prevalence rates were: insecurity in the route between home-school (9.1%), insecurity in school (8.0%), physical assault in the last 12 months (18.2%), engaging in fights in the last 12 months (20.7%), fighting with a cold weapon (8.3%), fighting with firearms (6.9%), physical assault by a family member (11.6%) and having been seriously injured in the last 12 months (10.3%). The situations of violence were more prevalent among male students from public schools. The comparison with the 2009 survey showed increased prevalence in all the variables studied. CONCLUSION: Teenagers are exposed to different forms of violence, and the data from the National Survey of School Health can support the planning of preventive actions.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Investigar as características do comportamento sexual de adolescentes escolares e verificar se há diferenças em relação ao sexo dos estudantes e ao tipo de escola. MÉTODOS: Estudo transversal utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE. A amostra foi composta por 3.099 escolares do 9° ano residentes em Goiânia (GO), com predomínio das idades de 13 a 15 anos, que responderam um questionário sobre fatores de risco e proteção à saúde. Na análise estatística, foi utilizado o teste de Rao-Scott, considerando o efeito do desenho amostral para amostras complexas. RESULTADOS: A prevalência de relação sexual alguma vez na vida foi de 26,5% (IC95% 23,8 - 29,4), e, no último ano, foi de 18,5% (IC95% 16,5 - 20,8), sendo mais frequentes entre os meninos e estudantes de escolas públicas. A maioria teve a primeira relação com 13 anos ou menos, com até 3 parceiros, utilizou algum método contraceptivo na última relação e recebeu orientação sobre prevenção na escola. A idade da primeira relação foi mais precoce e o número de parceiros foi mais elevado entre os meninos. O relato de orientações recebidas sobre prevenção de gravidez foi mais frequente entre meninas e nas instituições privadas. Nestas, foi também mais elevado o relato de orientações sobre DST/AIDS. CONCLUSÃO: Os resultados mostraram a necessidade de ações educativas, buscando reduzir as discrepâncias encontradas em relação ao sexo e o tipo de escola, com envolvimento de profissionais das áreas da educação e saúde e dos pais.Abstract in English:
OBJECTIVE: To investigate the characteristics of sexual behavior in school-aged adolescents and possible differences regarding sex and type of school. METHODS: Cross-sectional study using data from the National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE) 2009, carried out by the Brazilian Ministry of Health, in partnership with the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The sample consisted of 3,099 9th graders living in Goiânia, State of Goiás, Brazil, mostly aged between 13 to 15 years old, who answered a self-applicable questionnaire on risk and protective health factors. The Rao-Scott test was used in the statistical analysis, considering the complex sample design. RESULTS: The prevalence of sexual intercourse was of 26.5% (95%CI 23.8 - 29.4) at least once in life and of 18.5% (95%CI 16.5 - 20.8) in the last year. Both behaviors were more frequent among male students and among those attending public schools. Most of the respondents had their first intercourse at the age of 13 or younger, with up to 3 partners. They had also used a pregnancy prevention method in the last intercourse, and received guidance on prevention at school. The age of the first intercourse was earlier and the number of partners was higher among male students. More females and those attending public schools reported having received information on pregnancy prevention. Guidance on STD/AIDS was also more frequent in public schools. CONCLUSION: Results showed a need for health education measures involving education and health professionals, as well as parents, to reduce the discrepancies found regarding sex and type of school.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Estimar a prevalência de ferimentos entre adolescentes, e examinar os fatores associados aos mesmos, como características sócio-demográficas, comportamentos de risco, relações familiares e outros fatores. MÉTODO: Foi estimada a prevalência do desfecho (ferimento) com intervalo de confiança de 95%. Para verificar fatores associados aos ferimentos, realizou-se análise bivariada com estimativas de razões de chance (OR) com seus respectivos intervalos de confiança, e realizada analise multivariada, permanecendo no modelo variáveis aquelas com nível descritivo igual ou inferior a 5% (p < 0,05). RESULTADOS: O estudo de ferimentos em adolescentes, feito a partir dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares (PeNSE), apontou que 10,3% dos adolescentes sofreram lesões graves nos últimos 12 meses, como cortes ou perfurações, ossos quebrados ou juntas deslocadas. Permaneceram independentemente associadas a "sofrer ferimentos graves" as variáveis: ser adolescente do sexo masculino; pertencer à raça/cor preta, parda, ou indígena e trabalhar. Fatores familiares têm força quando os laços são frágeis entre os membros: os adolescentes que mais se ferem são os que sofrem agressões em casa, faltam às aulas sem avisar aos pais, não moram com os pais e têm baixa supervisão familiar. Os aspectos mais relevantes da saúde mental são sofrer insônia e solidão. Os fatores associados à exposição a situações de violência que permaneceram no modelo foram: insegurança na escola e no trajeto casa-escola; ser conduzido por alguém alcoolizado; dirigir veículo motorizado; não usar cinto de segurança; não usar capacete na moto e sofrer bullying. Dentre os fatores de risco de comportamento individual, destacam-se: uso de álcool; uso de cigarro; experimentação de drogas ilícitas e ter relação sexual precoce. CONCLUSÃO: A análise dos fatores determinantes da ocorrência de ferimentos na infância e adolescência mostra a complexa relação dos fatores associados, apontando para a necessidade de atuação em várias frentes para a redução das desigualdades sociais, para o fortalecimento de laços familiares e para a prevenção dos contextos de violência e dos fatores de risco individuais.Abstract in English:
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of injuries among teenagers and to examine the associated risk factors, such as sociodemographic characteristics, risk behaviors, family ties and other factors. METHOD: The prevalence of the outcome (injury) was estimated with a 95%confidence interval. In order to verify factors associated with the injury, a bivariate analysis was made with estimated odds ratio (OR) and its respective confidence intervals. Then, a multivariate analysis was carried out, only with variables whose descriptive level was equal to or lower than 5% (p < 0.05) remaining in the model. RESULTS: The study of injury in adolescents, based on the data from the National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE), pointed out that 10.3% of the teenagers suffered severe injuries in the past 12 months, such as cuts or perforations, broken bones or dislocated joints. The following variables remained independently associated with "suffering severe injuries": being a male teenager; black, mulatto or indigenous race/color and working. Factors related to family ties are significant when the relations are fragile amongst members: adolescents that are injured the most are the ones who suffer most aggressions at home, who skip classes without notifying their parents, those who do not live with their parents and have low family control. The most relevant aspects of mental health are insomnia and loneliness. The factors associated to the exposure to situations of violence that remained in the model were: insecurity in school and in the route home-school; getting a ride with someone inebriated; drinking and driving motorized vehicles; not wearing the seatbelt; not wearing a helmet and being bullied. Among the factors of individual behavior, the following can be emphasized: use of alcohol, cigarettes, trying illicit drugs and early sexual intercourse. CONCLUSION: The analysis of the determinants for suffering injuries in childhood and adolescence shows the complex relationship between associated factors, which points to the need for action towards several aspects to reduce social inequalities, strengthen family ties and prevent violent contexts and individual risk factors.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Descrever a prevalência do consumo de álcool entre escolares brasileiros e verificar os fatores sociodemográficos associados ao consumo nos últimos 30 dias. METODOLOGIA: Estudo transversal com amostra de conglomerados de 109.104 estudantes do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas do Brasil em 2012. Foram analisadas as prevalências e intervalos de confiança de 95% de indicadores do consumo de álcool. RESULTADOS: Experimentaram uma dose ou mais de bebidas 50,3% (IC95% 49,0 - 51,6) dos escolares. O consumo de bebida alcoólica nos últimos 30 dias foi de 26,1% (IC95% 24,5 - 27,7), e alunos de escola privada e pública não diferiram nas prevalências. Episódios de embriaguez foram relatados por 21,8% (IC95% 21,1 - 22,5) dos alunos. A percepção dos escolares sobre a reação negativa de sua família caso eles chegassem em casa bêbados ocorreu em 89,7% (95%CI 89,6 - 89,9) dos casos; 10% (IC95% 8,9 - 11,1) dos estudantes relataram ter tido problemas com suas famílias ou amigos devido a bebida. Entre adolescentes com idade igual ou superior a 14 anos, a primeira dose de bebida alcoólica ocorreu de forma mais frequente entre 12 a 13 anos. As formas mais comuns de obter bebidas foram em festas, junto aos amigos, comprando no mercado, bar ou supermercado e em casa. O consumo de bebida alcoólica nos últimos 30 dias foi menos frequente entre meninos, aumentando com a idade. CONCLUSÃO: O estudo demonstra a extensão do problema do álcool, tornando-se importante avançar em ações como o aperfeiçoamento das medidas legislativas protetoras e maior rigor na fiscalização das vendas de bebidas para adolescentes.Abstract in English:
OBJECTIVE: To describe the prevalence of alcohol consumption among Brazilian students and identify the sociodemographic factors associated alcohol consumption in the last 30 days. METHODS: Cross-sectional study with a cluster sample of 109,104 9th grade students in Brazilian public and private schools in 2012. The prevalence and 95% confidence intervals of the indicators of alcohol consumption were analyzed. RESULTS: Of the students analyzed, 50.3% (95%CI 49.0 - 51.6) experimented one dose of alcoholic beverages or more. The consumption of alcohol in the last 30 days was 26.1% (95%CI 24.5 - 27.7), and there was no difference in prevalence between students from public and private schools. Drunkenness episodes were reported by 21.8% (95%CI 21.1 - 22.5) of the students. The perception of students about the negative reaction of their family if they came home drunk occurred in 89,7% (95%CI 89,6 - 89,9) of cases, and 10% (95%CI 8.9 - 11.1) of them reported having problems with their families or friends because they had been drinking. Among adolescents aged less than 14 years old, the first alcoholic drink intake was predominantly at 12 to 13 years old. The most common way to get a drink was at parties, with friends, buying in them in supermarkets, stores or bars and at home. The consumption of alcohol in the last 30 days was less frequent among boys, increasing with age. CONCLUSION: The study demonstrates the extension of alcohol as a problem, making it important to advance in measures such as the improvement of protective legislation for children and adolescents and stricter enforcement in alcohol sales.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Descrever as prevalências de hipertensão arterial (HA) autorreferida na população adulta nas capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2011, e analisar a tendência entre 2006 e 2011. MÉTODOS: Foi realizado estudo de séries temporais de dados provenientes do sistema de monitoramento por inquérito telefônico, o Vigitel, no período de 2006 a 2011. Foram avaliados cerca de 54.000 indivíduos em cada ano nos locais estudados. Foi utilizado o modelo de regressão polinomial para análise de tendência segundo sexo, faixa etária, escolaridade e região do país. RESULTADOS: A prevalência de HA foi de 22,7% em 2011, maior em mulheres (25,4%; IC95% 24,2 - 26,5) do que em homens (19,5%; IC95% 18,4 - 20,7). No período de 2006 a 2011, a menor frequência de HA foi verificada em 2006 (21,5%), e a maior em 2009 (24,4%), sem diferença estatisticamente significativa no período. CONCLUSÕES: Não houve tendência significativa específica por sexo, mantendo-se maior frequência entre mulheres. A prevalência de HA aumentou progressivamente com a idade e foi maior entre os adultos de menor escolaridade (0 a 8 anos de estudo). A região Sul foi a única que apresentou tendência de aumento estatisticamente significativo (incremento de 15% ao ano) para os anos de 2006 a 2011.Abstract in English:
OBJECTIVE: To describe the prevalence of self-reported arterial hypertension in the adult population in the Brazilian state capitals and Federal District in 2011, and analyze the trend from 2006 to 2011. METHODS: A time series study was conducted with data from the monitoring system by telephone survey (Vigitel) in the period between 2006 and 2011. Approximately 54,000 individuals were assessed per year in the locations studied. A polynomial regression model was used for trend analysis according to gender, age, education and region of the country. RESULTS: The prevalence of hypertension was 22.7% in 2011, higher in women (25.4%; 95%CI 24.2 - 26.5) than in men (19.5%; 95%CI 18.4 - 20.7). In the period between 2006 and 2011, the lower frequency of hypertension was observed in 2006 (21.5%), and the higher in 2009 (24.4%), with no statistically significant difference in the period. CONCLUSION: There was no significant sex-specific trend, maintaining the higher frequency among women. The prevalence of hypertension increased progressively with age and was higher among adults with lower education (0 - 8 years of study). The South was the only region that showed a statistically significant increasing trend for the years between 2006 and 2011 (15% per year).Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Analisar o cuidado dispensado aos hipertensos na população de Belo Horizonte, segundo posse ou não de plano de saúde privado. MÉTODOS: Foram realizadas entrevistas telefônicas em amostra de adultos hipertensos no ano de 2009 em Belo Horizonte (n = 100). O cuidado prestado aos hipertensos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e Saúde Suplementar (SS) foram comparados usando os testes de χ2 de Pearson ou exato de Fisher. Foi calculada a razão de prevalência (RP), estimada pelo modelo de regressão de Poisson, ajustada segundo idade, escolaridade e cor da pele. RESULTADOS: Na análise descritiva, os hipertensos usuários de planos de saúde privado tiveram maior frequência de médico de referência e maior controle de pressão arterial. Os usuários do SUS foram os que mais frequentaram grupos operativos de promoção à saúde. A aquisição de medicamentos anti-hipertensivos pelos beneficiários da SS foi mais frequente nas farmácias privadas, e, entre os usuários do SUS, nos Centros de Saúde. As diferenças desapareceram ao se ajustarem as variáveis por idade, cor da pele e escolaridade. Não houve diferença quanto às orientações recebidas de mudanças de hábitos, e nem em relação à incorporação destas práticas saudáveis de promoção pelos hipertensos. CONCLUSÃO: Práticas de alimentação saudável, atividade física e o não uso de álcool e tabaco têm sido incorporados pelos hipertensos, independentes da posse ou não de planos de saúde. As práticas de promoção, uso correto de medicação e acompanhamento clínico são importantes para o controle dos níveis pressóricos.Abstract in English:
OBJECTIVE: To examine the care given to patients with hypertension in the Brazilian public and private health services in the population of Belo Horizonte, Minas Gerais. METHODS: Telephone interviews were conducted in a sample of hypertensive adults in the year 2009, in Belo Horizonte (n = 100). We compared the care provided to hypertensive users of the Unified Health System (SUS) and of the Supplementary Health (SS), using the χ2 test or Fisher's exact test. The prevalence ratio was calculated by the Poisson regression model, adjusted for the variables age, education and skin color. RESULTS: In the descriptive analysis, hypertensive users of private health plans had a higher frequency of physician referral and greater blood pressure control. Unified Health System users were the ones who participated in health promotion groups the most. The acquisition of antihypertensive medications by beneficiaries of private health insurance was more frequent in private pharmacies, and in Health Centers among users of the Unified Health System. The differences disappeared when adjusting the variables for age, race and education. There was no difference regarding the guidance received for a change of habits, or regarding the incorporation of these healthy practices promotion by hypertensive patients. CONCLUSION: A healthier diet, the practice of physical activity, and the non-use of alcohol and tobacco have been incorporated by hypertensive patients, whether owning private health insurance or not. Promotion practices, proper use of medication a clinical follow-up are important for the control of blood pressure levels.Abstract in Portuguese:
INTRODUÇÃO: O artigo compara os fatores de risco e proteção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), morbidade referida e acesso a exames preventivos na população com e sem planos de saúde nas capitais brasileiras. MÉTODOS: A população de estudo é composta por adultos (≥ 18 anos) moradores de residências com telefones fixos nas 26 capitais dos estados brasileiros e no Distrito Federal. As estimativas das variáveis selecionadas são apresentadas segundo planos de saúde ("Sim" ou "Não") e sexo. Foi realizada pós-estratificação segundo idade, sexo e escolaridade nas duas populações, e foram calculadas as razões de prevalência ajustadas por idade e sexo para os fatores de risco e proteção de DCNT. RESULTADOS: Foram avaliadas 54.099 pessoas com 18 ou mais anos de idade, sendo 47,4% beneficiários de planos de saúde. A cobertura de planos de saúde tende a aumentar com a idade e escolaridade. Os beneficiários de planos apresentaram maior chance de ter fatores de proteção, como alimentação saudável, prática de atividade física, cobertura de exames, como mamografia e Papanicolau, e menor prevalência de fatores de risco, como tabagismo, inatividade física, avaliação de saúde ruim e hipertensão arterial. O consumo de bebida alcoólica de forma abusiva, o consumo de carne com excesso de gordura, excesso de peso, obesidade e diabetes não tiveram associação com a variável posse de plano de saúde. Quando controlados por escolaridade, os indivíduos que têm planos de saúde geralmente apresentam melhores indicadores. CONCLUSÃO: Essas informações são importantes para reduzir iniquidades entre a população com e sem plano de saúde.Abstract in English:
INTRODUCTION: The article compares the risk and protective factors for Non-communicable Diseases (NCD), referred morbidity and access to preventive examinations in the population with and without health insurance in all Brazilian State capitals. METHODS: The study population consists of adults (≥ 18 years old) living in households with landlines in 26 Brazilian State capitals and the Federal District. Estimates of selected variables are presented according to possession of health plans ("Yes" or "No") and sex. A post-stratification was performed according to age, gender and education in both populations, and prevalence ratios were calculated, adjusted for age and sex between people with and without health insurance for the risk and protective factors for NCDs. RESULTS: A total of 54,099 people at the age of 18 or older were evaluated, 47.4% of them were beneficiaries of health plans. The coverage of health insurance tends to increase with age and level of education. Compared to non-beneficiaries of health plans, beneficiaries were more likely to have protective factors, such as healthy eating, physical activity, coverage tests, such as mammography and Pap test, and lower prevalence of risk factors such as smoking, physical inactivity, poor health assessment and hypertension. Alcohol abuse, consumption of excessively fat meats, overweight, obesity and diabetes were not associated with the variable possession of health insurance. When controlled by education, individuals who have health insurance generally have better indicators. CONCLUSION: This information is important to establish measures for reducing differences among people with and without health insurance.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Analisar as diferenças de utilização de serviços de saúde pelos usuários do SUS e beneficiários da Saúde Suplementar (SS). MÉTODOS: Um total de 288 indivíduos adultos, residentes em Belo Horizonte, participantes do inquérito telefônico VIGITEL em 2009, compuseram a amostra cujas variáveis foram analisadas segundo a classificação de usuários do SUS ou beneficiários da SS. Razões de Prevalência (RP), ajustadas por sexo, idade e escolaridade, foram calculadas para avaliar diferenças entre os grupos. RESULTADOS: A necessidade e a procura por serviços de saúde foram similares entre os grupos e os usuários do SUS obtiveram menor êxito no atendimento (RP = 0,78; p = 0,027). Os participantes de ambos os grupos avaliaram, na sua maioria, o atendimento recebido como muito bom/bom, sem diferenças significativas. CONCLUSÃO: Embora ocorram diferenças na utilização dos serviços de saúde em Belo Horizonte, o atendimento recebido é bem avaliado por usuários do SUS e de planos de saúde.Abstract in English:
OBJECTIVE: To analyze the differences in health services utilization by users of Brazilian Unified Health System (SUS) and beneficiaries of Supplemental Health (SH). METHODS: A total of 288 adult subjects, residing in Belo Horizonte, who participated in the VIGITEL telephone survey in 2009, composed the sample, whose variables were analyzed according to the classification as users of SUS or beneficiaries of SH. Prevalence Ratios (PR), adjusted for sex, age and schooling, were calculated to evaluate differences between groups. RESULTS: Need and demand for health services were similar between groups, and users of SUS were less successful in obtaining service (PR = 0.78; p = 0.027). Most participants in both groups evaluated the health care received as very good/good without significant differences (72.1% for SUS, 84.0% for SH; p > 0.05). CONCLUSION: Although there are differences in the utilization of health services in Belo Horizonte, the service obtained is well rated by both users of SUS and health plans.Abstract in Portuguese:
OBJETIVO: Descrever a evolução anual da prevalência de excesso de peso e de obesidade na população adulta das capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal entre 2006 e 2012. MÉTODOS: A fonte de dados são entrevistas anuais (cerca de 54 mil ao ano) do sistema VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Informações autorreferidas de peso e altura foram usadas para calcular o Índice da Massa Corporal e classificar o estado nutricional. Estimativas da prevalência de excesso de peso e obesidade são apresentadas segundo sexo, idade e escolaridade e, também, para cada cidade. Modelos de regressão linear avaliaram a significância estatística da variação temporal nas prevalências. RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso na população adulta das 27 cidades monitoradas pelo VIGITEL aumentou de 43,2% (2006) para 51,0% (2012), sendo de 1,37% o incremento anual médio calculado para o período. A prevalência da obesidade aumentou de 11,6% para 17,4%, com incremento anual de 0,89%. Aumento estatisticamente significativo na prevalência do excesso de peso foi observado em todas as cidades, nos dois sexos, em todas as faixas etárias e em todos os níveis de escolaridade. Evolução semelhante foi observada para a obesidade. CONCLUSÃO: Mantidas as tendências observadas no período entre 2006 e 2012, em dez anos, cerca de dois terços dos adultos nas capitais dos estados brasileiros terão excesso de peso, e cerca de um quarto será obeso, o que demanda urgente resposta do poder público e articulações intersetoriais que tornem o ambiente menos obesogênico.Abstract in English:
OBJECTIVE: To describe the annual evolution of the prevalence of overweight and obesity in the adult population of the 26 Brazilian state capitals and the Federal District from 2006 to 2012. METHODS: Annual interviews (around 54,000 per year) from VIGITEL (Surveillance System of Risk and Protective Factors for Chronic Non-Communicable Diseases through Telephone Interviews) were used. Self-reported weight and height were used to estimate body mass index and nutritional status. Prevalence estimates of overweight and obesity are presented according to gender, age and schooling and to each city. Linear regression model was used to evaluate the time trend of prevalence. RESULTS: Prevalence of overweight in adults in the 27 cities monitored by VIGITEL increased from 43.2% (2006) to 51.0% (2012), with an annual increase rate of 1.37%. Prevalence of obesity increased from 11.6% to 17.4%, with an annual increase rate of 0.89%. The study showed a statistically significant increase in the prevalence of overweight in all cities, and for both genders, all age groups and all levels of schooling. Similar trends were also verified for obesity. CONCLUSIONS: If the trends verified from 2006 to 2012 are maintained, in ten years, around two-thirds of the adults in Brazilian state capitals will be overweight, and a quarter will be obese. This perspective requests urgent response from government and intersectoral actions to combat the obesogenic environment.