Physis: Revista de Saúde Coletivahttps://www.scielosp.org/journal/physis/feed/2022-01-26T00:09:00ZUnknown authorVol. 33 - 2023WerkzeugA boa mãe lactante: percepções maternas sobre amamentação e desmame10.1590/s0103-73312023330902022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZKalil, Irene RochaAguiar, Adriana Cavalcanti de
<em>Kalil, Irene Rocha</em>;
<em>Aguiar, Adriana Cavalcanti De</em>;
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Resumo A inexistência ou escassez de uma abordagem mais complexa da amamentação nos materiais oficiais de promoção ao aleitamento materno foi o mote do projeto de pesquisa que investigou percepções maternas sobre o ato de amamentar seus bebês e o processo de desmame e suas implicações para elas, seus filhos e famílias. Este artigo apresenta resultados da pesquisa citada, com base na análise de entrevistas com mulheres que desmamaram há, no máximo, dois anos. As experiências das mulheres são afetadas por modelos de maternidade contidos nos discursos oficiais pró-aleitamento materno e na mídia. Compartilhar aspectos raramente abordados ou silenciados nesses discursos permitiu que elas ressignificassem a experiência de amamentação, deslocando seus sentidos e, em alguma medida, transformando-os.Violência armada e repercussões no cotidiano de trabalho de profissionais da Estratégia de Saúde da Família10.1590/s0103-73312023330662022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSampaio, Jéssyca Felix da SilvaAndrade, Cristiane Batista
<em>Sampaio, Jéssyca Felix Da Silva</em>;
<em>Andrade, Cristiane Batista</em>;
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Resumo Em algumas regiões brasileiras, o cotidiano de profissionais de saúde é muitas vezes atravessado por episódios de violência armada e traz consequências para a organização do trabalho. Objetivo: analisar as repercussões da violência armada (VA) no cotidiano de trabalho de profissionais da ESF e suas percepções sobre a estratégia institucional do Acesso Mais Seguro (AMS). Método: Pesquisa qualitativa com entrevistas (roteiro semiestruturado) com quinze profissionais de uma unidade de saúde da ESF no Rio de Janeiro, que ocorreram no período de outubro de 2019 a janeiro de 2020. Por meio da história oral, indagamos sobre o cotidiano de trabalho, as dificuldades e percepções sobre a VA e a implantação do MAS. Resultados: Interrupções das atividades de cuidado em saúde, como a visita domiciliar e outras externas; o fechamento da unidade; a procura dos usuários por outros serviços de saúde; aumento do número de atendimentos da população com problemas de saúde relativos às repercussões da VA. Como estratégias de proteção dos profissionais, encontramos a implantação do AMS, que foi avaliado positivamente e o uso de redes sociais (WhatsApp) para a comunicação entre os profissionais sobre o território no qual trabalham. Conclusão: Salientamos a necessidade de ações de políticas públicas que efetivamente garantam a segurança à população e aos profissionais de saúde.Educação permanente para farmacêuticos preceptores que atuam na atenção primária no Sistema Único de Saúde: um estudo qualitativo10.1590/s0103-73312023330812022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBonomo, Larissa de FreitasSilva, Igor DiasMontanhas, Tamires da SilvaMesquita, Alessandra RezendeOliveira, Djenane Ramalho deMendonça, Simone de Araújo Medina
<em>Bonomo, Larissa De Freitas</em>;
<em>Silva, Igor Dias</em>;
<em>Montanhas, Tamires Da Silva</em>;
<em>Mesquita, Alessandra Rezende</em>;
<em>Oliveira, Djenane Ramalho De</em>;
<em>Mendonça, Simone De Araújo Medina</em>;
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Resumo O bom exercício da preceptoria exige educação permanente dos profissionais de saúde. Nesse contexto, foi desenvolvido curso para preceptores farmacêuticos em um município do leste de Minas Gerais, visando promover o desenvolvimento de competências clínicas. O objetivo do estudo é descrever a experiência educacional desenvolvida e a perspectiva dos participantes sobre a mesma. Trata-se de estudo qualitativo, com coleta de dados por observação participante, entrevistas semiestruturadas e análise documental. Os dados transcritos foram submetidos a análise temática. O planejamento da atividade educacional, realizado a partir de diagnóstico com os farmacêuticos, resultou em satisfação por parte dos mesmos, que ressaltaram a relevância dos temas abordados para sua prática cotidiana. O curso teórico-prático com estudos de casos que objetivava desenvolver competências clínicas iniciais demonstrou-se satisfatório na perspectiva dos participantes. Problemas na gestão do sistema de saúde local dificultaram a realização da fase de apoio in loco, prevista inicialmente. Além disso, evidenciaram-se fatores que influenciam na possibilidade de aplicação de tais competências no cotidiano profissional. Os conhecimentos gerados podem ser subsidiar outras experiências de integração universidade-serviço de saúde para educação permanente de farmacêuticos, com aproveitamento dos aspectos positivos e desenvolvimento de estratégias de prevenção dos problemas identificados.“A Ballroom é um arquivo de pessoas negras que viveram a epidemia de aids”: narrativas sobre o arquivo negro da prevenção10.1590/s0103-73312023330882022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLorena, Allan Gomes deCouto, FlipÁkira, LunaPimenta, FélixTeixeira, Ricardo Rodrigues
<em>Lorena, Allan Gomes De</em>;
<em>Couto, Flip</em>;
<em>Ákira, Luna</em>;
<em>Pimenta, Félix</em>;
<em>Teixeira, Ricardo Rodrigues</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é apresentar as narrativas da Comunidade Ballroom de São Paulo, para situar como as práticas de prevenção combinada ao HIV se dão em pessoas negras LGBTQIAPN+, identificando como as estratégias se conformam, com que elementos e influências, ausências e restrições. Trata-se de uma pesquisa qualitativa no campo da Saúde Coletiva que utiliza entrevistas semiestruturadas com lideranças dessa comunidade para reconstruir as narrativas sobre HIV, abrindo um arquivo negro sobre prevenção. Tal perspectiva, alinhado ao trabalho de Saidiya Hartman pela perspectiva do pensamento negro radical, debruça-se sobre as histórias que não foram e ainda serão contadas: uma forma de imaginar radicalmente o futuro da negridade. Enquanto força analítica, o arquivo negro da prevenção tem a função de reparação, ampliando narrativas pela ótica racial, ocluindo uma história única da epidemia de HIV/Aids.Saúde da criança e Covid-19: efeitos diretos e indiretos10.1590/s0103-73312023330582022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00Z, Emanuelly Camargo Tafarello, Isabelle Andrade Silva, Sonia Isoyama Venancio, Nayara Scalco
<em>, Emanuelly Camargo Tafarello</em>;
<em>, Isabelle Andrade Silva</em>;
<em>, Sonia Isoyama Venancio</em>;
<em>, Nayara Scalco</em>;
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Resumo Buscou-se analisar como a pandemia de Covid-19 tem afetado as crianças direta e indiretamente em um município de médio porte da região metropolitana de São Paulo. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem quanti-qualitativa. Analisaram-se informações dos sistemas e-SUS VE e SIVEP-gripe do ano de 2020 para as crianças residentes no município; indicadores relacionados aos eixos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, provenientes de diversos sistemas de informação e entrevistas semiestruturadas com gestores e profissionais de saúde. Foram identificados 48 casos confirmados de Covid-19, sendo apenas um deles notificado com SRAG evoluindo para cura. Verificou-se ampliação no número de notificações de casos de violência contra a criança e redução do acompanhamento pela saúde no número de crianças cadastradas no Bolsa Família. Foi possível identificar efeitos da pandemia na organização da atenção à saúde no município, bem como as estratégias adotadas para a continuidade do atendimento às crianças, como a realização de atendimentos remotos e intensificação de visitas domiciliares. Espera-se contribuir para a implementação das ações previstas nos eixos estratégicos da PNAISC, durante e após a pandemia de Covid-19.Competências na formação em saúde a partir da assistência às mulheres em situação de violência na extensão universitária10.1590/s0103-73312023330682022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZTerra, Maria FernandaLima, Danielle Bivanco
<em>Terra, Maria Fernanda</em>;
<em>Lima, Danielle Bivanco</em>;
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Resumo Propõe-se a identificar as competências vivenciadas por estudantes da área da saúde durante a assistência às mulheres em situação de violência de gênero em projeto de extensão universitária. A violência doméstica de gênero é um problema de saúde pública e deve compor a formação de profissionais de saúde. Analisaram-se 10 entrevistas de estudantes de graduação em Enfermagem e Medicina que participaram da assistência às mulheres em situação de violência em projeto de extensão universitária da FCMSCSP. O conceito de competência permite iluminar e analisar os aprendizados e atributos essenciais para o desenvolvimento de boas práticas assistenciais por futuros profissionais de saúde na construção de soluções aos diferentes problemas de saúde de pessoas, famílias e comunidade, agregando a dimensão social aos processos de adoecimento..Digressões da Reforma Psiquiátrica brasileira na conformação da Nova Política de Saúde Mental10.1590/s0103-73312023330782022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLima, Francisco Anderson Carvalho deCabral, Mariana Pompílio GomesGussi, Alcides FernandoAraújo, Carmem Emmanuely Leitão
<em>Lima, Francisco Anderson Carvalho De</em>;
<em>Cabral, Mariana Pompílio Gomes</em>;
<em>Gussi, Alcides Fernando</em>;
<em>Araújo, Carmem Emmanuely Leitão</em>;
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Resumo No Brasil, a Política Nacional de Saúde Mental vinha se desenhando progressivamente em atos institucionais que buscavam consolidar o modelo de atenção aberto e de base comunitária por meio das diretrizes de desinstitucionalização, conquistando avanços legislativos, especialmente a partir da Lei nº 10.216/2001. Este artigo objetiva analisar a chamada Nova Política de Saúde Mental, considerando o período de 2011 a 2020. Foram analisados atos normativos dos governos brasileiros, em consonância com publicações recentes sobre a temática, inspirando-se no paradigma pós-construtivista em sua conjugação com a avaliação em profundidade de políticas, sobretudo no que tange à análise da trajetória da política na dimensão analítica do texto. Nesse percurso, observou-se o despojamento da proteção social em saúde mental por meio da desconstrução da atenção psicossocial em conformações com agendas do Estado brasileiro nesse período. Embora retrocessos sejam mais intensos a partir do recrudescimento do conservadorismo dos últimos governos, o estudo tonifica o argumento de que medidas instituídas em outros contextos políticos também dificultaram o processo de rompimento com o modelo asilar. Entende-se que atos institucionais, gestados no seio dos governos brasileiros no período de 2011 a 2020, materializam uma digressão da Reforma Psiquiátrica por meio da implementação da Nova Política em 2017.Apoio social a familiares de vítimas de homicídio em contexto de violência comunitária10.1590/s0103-73312023330792022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCosta, Daniella Harth daNjaine, KathieSouza, Edinilsa Ramos de
<em>Costa, Daniella Harth Da</em>;
<em>Njaine, Kathie</em>;
<em>Souza, Edinilsa Ramos De</em>;
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Resumo Investiga-se o apoio social a familiares de vítimas de homicídio a partir da metodologia de análise de narrativas. Foram entrevistados parentes das vítimas residentes em áreas marcadas pela violência armada no município de São Gonçalo-RJ. A análise indicou que os familiares reconhecem diferentes tipos de apoio provenientes, principalmente, de suas redes de relações informais. No entanto, relatam situações de desamparo e frustração das suas expectativas e necessidades relativas ao suporte comunitário e institucional. A violência comunitária expressa-se nos múltiplos eventos traumáticos que contribuem para a construção de uma atmosfera de desconfiança e medo entre os membros da comunidade, impactam os mecanismos de solidariedade nesses territórios e dificultam a constituição de uma rede de apoio aos familiares de vítimas de homicídio. Conclui-se que a construção de estratégias de atenção às pessoas afetadas pela perda violenta de um familiar por homicídio e mesmo o rompimento com os processos reprodutores dessa violência letal na sociedade são possíveis através de ações articuladas e integradas entre sistemas formais e informais que funcionem como uma efetiva rede de apoio social.A visão de gerentes de atenção básica à saúde sobre suas atribuições10.1590/s0103-73312023330752022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSilva, Luciano Bairros daSousa, Marcos Henrique OliveiraÍñiguez-Rueda, Lupicinio
<em>Silva, Luciano Bairros Da</em>;
<em>Sousa, Marcos Henrique Oliveira</em>;
<em>Íñiguez-Rueda, Lupicinio</em>;
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Resumo O artigo objetivou compreender o desenvolvimento das atribuições do gerente de atenção básica a partir da perspectiva desses mesmos profissionais, na capital Maceió, Alagoas, Brasil. Trata-se de pesquisa qualitativa, que entrevistou a oito gerentes de Unidades Básicas de Saúde e tratado por meio da análise de conteúdo. Os resultados identificaram que os gerentes, como rotina, administram o fluxo assistencial e o registro de frequência dos membros da equipe, mas apresentam limitações para gerir o trabalho em equipe e a estrutura física. Em nível institucional, mediam a relação dos profissionais da equipe com a sede administrativa, porém demostram escassa participação no estabelecimento de ações intersetoriais. Valorizam a relação com a comunidade, no entanto, relatam haver pouca participação social no âmbito das Unidades. Demonstram, ainda, pouco conhecimento sobre as políticas e sistemas de informação em saúde. Considera-se que, para um impacto positivo no acesso e na qualidade à saúde da população, é necessária: a garantida da governabilidade dos gerentes sobre os recursos materiais e da gestão de pessoal; o monitoramento das metas de saúde com a participação colaborativa da comunidade; apropriação e fomento das redes de trabalho em saúde; e um programa de formação em serviço que auxilie a gestão local.A pesquisa qualitativa no campo da Saúde Coletiva: experiências de uma antropóloga na e com a Epidemiologia, segundo Daniela Knauth10.1590/s0103-73312023330842022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCarneiro, Rosamaria GiattiSilva, Daiana Maria Santos de SousaCaetano, George Luiz NerisSilva, Vania Nazaré da Costa
<em>Carneiro, Rosamaria Giatti</em>;
<em>Silva, Daiana Maria Santos De Sousa</em>;
<em>Caetano, George Luiz Neris</em>;
<em>Silva, Vania Nazaré Da Costa</em>;
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Plantas medicinais, saúde bucal e SUS: uma difícil integração das políticas públicas no interior da Bahia?10.1590/s0103-73312023330852022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZTeixeira, Gabriel BastosConceição, Aline Oliveira da
<em>Teixeira, Gabriel Bastos</em>;
<em>Conceição, Aline Oliveira Da</em>;
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Resumo Estudo exploratório de abordagem qualitativa que buscou analisar os conhecimentos, percepções e práticas de equipes de Saúde Bucal e de agentes comunitários de saúde acerca das políticas públicas que regulamentam a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos no contexto das práticas integrativas e complementares, incluindo sua incorporação, reconhecimento, desafios e possibilidades no cotidiano local do SUS. Foram selecionadas oito Unidades Básicas de Saúde no município de Itabuna, Bahia, Brasil, com a realização de entrevistas com oito cirurgiões-dentistas, oito auxiliares/técnicos de saúde bucal e oito agentes comunitários de saúde, totalizando 24 participantes. Para a análise da dados, empregou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os conhecimentos, percepções e práticas dos atores envolvidos no estudo sobre as políticas públicas de inserção das plantas medicinais no SUS mostraram-se permeados pela cultura hegemônica, pela formação em saúde tradicional e fragmentada, pelo (des)interesse administrativo do município e por subjetividades individuais que são produzidas e reproduzidas nos serviços de saúde bucal da APS local.Uma análise dos estudos brasileiros, do campo da Saúde Coletiva, sobre racismo e sofrimento psíquico10.1590/s0103-73312023330712022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSantiago, Glaucia Helena de PaulaGaudenzi, Paula
<em>Santiago, Glaucia Helena De Paula</em>;
<em>Gaudenzi, Paula</em>;
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Resumo Este artigo tem como objetivo analisar como tem sido abordada, no campo da Saúde Coletiva, a relação entre um fato social – o racismo – e uma experiência marcada pelo imbricamento dos aspectos singulares e coletivos das experiências subjetivas - o sofrimento. O método consistiu numa revisão de literatura sobre o assunto, realizada a partir da abordagem qualitativa. Os estudos foram buscados nas plataformas Lilacs e Scielo, sendo analisados 12 artigos. O material revisado foi estudado a partir da técnica de análise de conteúdo. A discussão dos resultados se centrou em três categorias de análise: (1) Racismo, danos psíquicos e cuidados; (2) Políticas públicas – saúde e assistência; e (3) Afrocentricidade.Matriz analítica de vulnerabilidade da população adulta para Covid-19: uma revisão integrativa10.1590/s0103-73312023330562022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZPasquini, Lucas TajaraSilva, Thales Cunha MagalhãesWilbert, Debora DrimeyerSilva, Daniel Ignacio da
<em>Pasquini, Lucas Tajara</em>;
<em>Silva, Thales Cunha Magalhães</em>;
<em>Wilbert, Debora Drimeyer</em>;
<em>Silva, Daniel Ignacio Da</em>;
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Resumo Sintetizar os elementos de vulnerabilidade da população adulta para a Covid-19. Método: Revisão integrativa, realizada entre agosto e novembro de 2020, com critérios definidos de inclusão, exclusão e recuperação dos estudos, de extração e síntese dos dados, pela análise temática categorial e sistematização pela vulnerabilidade. Resultados mais relevantes: De 2.247 artigos recuperados, foram selecionados e avaliados 70 estudos originais com leitura integral. Emergiram da análise temática quatro marcadores de vulnerabilidade: Condições crônicas de saúde; Experiências de vida e cotidiano; Inserção social; e Serviços e ações de saúde. Principais conclusões: Os marcadores de vulnerabilidade identificados poderão subsidiar os profissionais de saúde na identificação dos pacientes com menos autonomia e recursos para o autocuidado e proteção contra a Covid-19, além da adoção de intervenções em saúde e intersetoriais que as protejam mais contra a infecção por Covid-19, diminuindo as taxas de transmissão do SARS-Cov-2 dentro das comunidades e outros espaços, com a redução significativa do impacto do vírus sobre a sociedade.Análise de custo de um centro de reprodução humana assistida no Sistema Único de Saúde10.1590/s0103-73312023330802022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZEntringer, Aline PiovezanSequeira, Ana Lúcia TizianoRussomano, FabioSydrônio, KátiaNogueira, Carolina de OliveiraGomes, Maria Auxiliadora de Sousa MendesPinto, Márcia
<em>Entringer, Aline Piovezan</em>;
<em>Sequeira, Ana Lúcia Tiziano</em>;
<em>Russomano, Fabio</em>;
<em>Sydrônio, Kátia</em>;
<em>Nogueira, Carolina De Oliveira</em>;
<em>Gomes, Maria Auxiliadora De Sousa Mendes</em>;
<em>Pinto, Márcia</em>;
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Resumo O objetivo do estudo foi estimar o custo da implantação de um centro de reprodução humana em um hospital público de referência nacional localizado no Rio de Janeiro. A população elegível foi a de homens e mulheres que possuem diagnóstico das causas mais frequentes de infertilidade. Os itens de custos incluídos foram consultas, exames, equipamentos, recursos humanos e insumos. Os custos foram identificados e quantificados a partir de consulta a clínicas de reprodução assistida, especialistas e literatura. Foram valorados através de bases públicas. A análise dos dados foi realizada através de um modelo de decisão analítico. A perspectiva do estudo foi do SUS provedor. O custo por procedimento na alta complexidade foi de R$ 18.829 para a fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de espermatozoide e de R$ 5.649 para a inseminação artificial. O investimento inicial necessário para funcionamento do centro de alta complexidade para a realização de 480 ciclos foi de R$ 15.903.361 no primeiro ano, o qual incluiu a estruturação do ambiente físico. A estimativa do investimento necessário para a incorporação e manutenção dos serviços no SUS é indispensável para a gestão financeira.Saúde, aprimoramento e estilo de vida: o uso da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) entre homens gays, mulheres trans e travestis10.1590/s0103-73312023330822022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSilva Junior, Aureliano Lopes daBrigeiro, MauroMonteiro, Simone
<em>Silva Junior, Aureliano Lopes Da</em>;
<em>Brigeiro, Mauro</em>;
<em>Monteiro, Simone</em>;
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Resumo O artigo objetiva analisar os significados do uso da PrEP entre gays, mulheres trans e travestis no Rio de Janeiro, com base em uma pesquisa sobre a biomedicalização da resposta à Aids. A análise e interpretação dos registros de diário de campo e das entrevistas nos permitiram descrever como o uso dessa tecnologia de prevenção ao HIV se dá simultaneamente com outros recursos biomédicos, intervenções estéticas, dietéticas e exercícios físicos. Argumentamos que tais cuidados de si são conformados em função das expectativas de gênero e classe e dos ideais de saúde de seus/as usuários/as. Os resultados do estudo permitem uma discussão sobre as fronteiras entre saúde, estilo de vida e aprimoramento. Conclui-se que a PrEP parece produzir uma singularização nas formas de produção de si, via aprimoramento biomédico e estético-cosmético, em um encontro sinérgico entre diferentes tecnologias, percebido tanto na rotina de uso do medicamento como no manejo de seus efeitos. Para a maioria das pessoas entrevistadas, a PrEP se acopla a um cuidado de si prévio, o que indica a localização social de seus usuários em termos de classe e gênero e a forma reflexiva a partir da qual descrevem sua saúde e a si próprias.COVID-19: una oportunidad para revitalizar la autonomía alimentaria en comunidades indígenas10.1590/s0103-73312023330892022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCalderón Farfán, Juan CamiloCruz Rodriguez, LeisyRosero Medina, Diego FernandoDussan Chaux, Juan DavidArias Torres, Dolly
<em>Calderón Farfán, Juan Camilo</em>;
<em>Cruz Rodriguez, Leisy</em>;
<em>Rosero Medina, Diego Fernando</em>;
<em>Dussan Chaux, Juan David</em>;
<em>Arias Torres, Dolly</em>;
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Resumen La autonomía alimentaria permite a las comunidades determinar sus prácticas alimentarias, comenzando con la producción agrícola en sus territorios garantizando la economía propia y la armonía con la madre tierra, en este contexto, la pandemia por COVID-19 generó cambios en las practicas sociales en las comunidades indígenas, incluidas sus prácticas alimentarias. Objetivo: Describir prácticas de autonomía alimentaria revitalizadas a partir del confinamiento por COVID-19 en una comunidad indígena Nasa del sur de Colombia. Método: Estudio cualitativo orientado en investigación participativa basada en comunidad (CBPR) realizado en una comunidad indígena Nasa del sur de Colombia. La recolección e interpretación de información se efectuó con técnicas de la investigación cualitativa: codificación abierta y axial y hasta llegar a la descripción de categorías emergentes. Resultados: Se fortalecieron prácticas ancestrales del sistema alimentario para mejorar el acceso a los alimentos sanos producidos en sus territorios, dentro de las que se destacan: tul (huerta familiar), trueque, mano-cambio, mercado Nasa y recetas tradicionales. Conclusiones: El confinamiento representó una oportunidad para retomar y revitalizar las prácticas alimentarias ancestrales de la comunidad que respondieron a necesidades concretas de salud y de alimentación, fortaleciendo el tejido social y la identidad indígena, acciones que pueden trascender a políticas públicas, planes de vida y aspiraciones de buen vivir.Panorama da hipertensão arterial nos quilombos do Brasil: uma revisão narrativa10.1590/s0103-73312023330502022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBorges, Vinicius MagalhãesKimura, Lilian
<em>Borges, Vinicius Magalhães</em>;
<em>Kimura, Lilian</em>;
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Resumo A hipertensão arterial é uma condição médica caracterizada pela elevação crônica e patológica da pressão arterial, afetando 1,13 bilhões de pessoas em todo o mundo e constituindo grave problema de saúde pública. Tem natureza multifatorial, sendo influenciada por fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais. No Brasil, a hipertensão acomete quase um quarto da população geral. No entanto, a literatura tem demonstrado que populações afrodescendentes, frequentemente às margens dos serviços básicos de saúde, são as mais acometidas. O presente trabalho teve como objetivo levantar dados de prevalência e traçar um panorama nacional da doença nas comunidades quilombolas no século XXI, por meio de revisão da literatura. Foram selecionados 15 estudos publicados entre 2001 e 2021 que preencheram os critérios metodológicos de inclusão. Os estudos retratam 140 comunidades quilombolas localizadas em 11 estados brasileiros. A prevalência global média de hipertensão nas comunidades foi de 32,1% (13,8-52,5%). Esse panorama deixa explícito que a hipertensão é um problema de saúde recorrente e de suma importância para essas populações, demandando estratégias específicas para o seu manejo.Para além do imaginável: experiências vividas por profissionais de saúde em UTI durante a pandemia da Covid-1910.1590/s0103-73312023330632022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZPereira, Joelmara Furtado dos SantosOliveira, Poliana SoaresLamy Filho, FernandoBritto e Alves, Maria Teresa Seabra Soares deCarvalho, Ruth Helena de Souza Britto Ferreira deSantos, Beatriz Batemarco dos
<em>Pereira, Joelmara Furtado Dos Santos</em>;
<em>Oliveira, Poliana Soares</em>;
<em>Lamy Filho, Fernando</em>;
<em>Britto E Alves, Maria Teresa Seabra Soares De</em>;
<em>Carvalho, Ruth Helena De Souza Britto Ferreira De</em>;
<em>Santos, Beatriz Batemarco Dos</em>;
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Resumo Objetivou-se analisar experiências de profissionais relacionadas às mudanças no trabalho em saúde em Unidade de Terapia Intensiva, durante o período crítico da primeira onda da pandemia da Covid-19 no Maranhão. Estudo descritivo-exploratório, de abordagem qualitativa, desenvolvido nas Unidades de Terapia Intensiva de hospitais públicos no Maranhão, de novembro de 2020 a janeiro de 2021. Participaram do estudo 15 profissionais. A técnica utilizada para coleta de dados foi a entrevista semiestruturada, com amostra definida pelo critério de saturação dos sentidos. Utilizaram-se da análise de conteúdo e do software NVIVO® 12. Evidenciou-se que sobrecarga de trabalho, escassez de profissionais e o medo do contágio afetaram a qualidade da assistência e geraram novas formas de produção do cuidado. Naquele contexto, ofertar a assistência de “alto padrão” foi um desafio que perpassou os espaços social e técnico da terapia intensiva. Vivenciar as mortes em maior escala afetou as relações intersubjetivas nas esferas pessoal e profissional. As mudanças na organização do espaço, a assistência e as relações interprofissionais podem indicar caminhos para se repensar os efeitos desse fenômeno para agentes, usuários e serviços, além de fornecer maiores habilidades para lidar com cenários emergenciais futuros.Nas margens da insegurança: investigações sobre crianças em situação de migração e refúgio10.1590/s0103-73312023330722022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZAbelson, Maria IsabelSilveira, Liane MariaAssis, Simone Gonçalves de
<em>Abelson, Maria Isabel</em>;
<em>Silveira, Liane Maria</em>;
<em>Assis, Simone Gonçalves De</em>;
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Resumo Crianças são especialmente vulneráveis em situação de migração e refúgio pela exposição a tráfico, exploração sexual, abandono, fome, violências e detenções, capazes de comprometer o seu desenvolvimento. Objetiva-se analisar, através de revisão bibliográfica sistemática, as abordagens utilizadas para investigar a situação de migração e refúgio de crianças até 10 anos de idade. Foram captados 92 artigos em seis bases das áreas de saúde mental e educação, publicados entre 2010 e 2019. Os impactos sobre a saúde mental chamam atenção pela severidade dos transtornos mentais que acometem as crianças refugiadas; na educação, os estudos apontam para a relação de cuidado dos profissionais desta área com as crianças. As principais técnicas de coleta de dados utilizadas nos estudos são: entrevistas, questionários, grupos focais e desenhos. Predominam textos na perspectiva das crianças e adultos falando sobre a criança. Mesmo as pesquisas que não partiram da premissa de dialogar com as lógicas infantis, construíram documentos capazes de refletir a experiência de adultos responsáveis pelas crianças. Legislações e protocolos de escuta de crianças por autoridades, levando em consideração o melhor interesse da criança, são escassos e pouco mobilizadores, não conseguindo unir esforços universais de proteção e garantia dos direitos fundamentais dessas crianças.Caracterização das equipes esportivas LGBT no Brasil: um mapeamento feito a partir de redes sociais on-line10.1590/s0103-73312023330862022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZTesser Junior, Zeno CarlosKovaleski, Douglas Francisco
<em>Tesser Junior, Zeno Carlos</em>;
<em>Kovaleski, Douglas Francisco</em>;
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Resumo Introdução: Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) são indivíduos mais propensos a terem experiências negativas nos ambientes convencionais de esporte. Diante disso, equipes e times esportivos LGBT foram criados para que seus membros encontrassem um espaço de lazer seguro e acolhedor para prática esportiva. Objetivo: O objetivo do estudo foi mapear e caracterizar as equipes esportivas LGBT que existem no Brasil dentro da rede social Instagram e analisar os conteúdos publicados por elas em seus perfis oficiais. Método: Foi feito um mapeamento das equipes esportivas LGBT com perfil na rede social e análise temática das imagens publicadas. Resultados: Foram mapeados 103 perfis de equipes esportivas LGBT, dos quais 90 foram analisados. A maioria das equipes está localizada nas capitais e regiões metropolitanas das regiões Sul e Sudeste. Em relação à temática das análises postadas, os dados mostraram que as publicações das equipes focavam em atividades pertinentes ao esporte, a eventos sociais e ativismo político. Conclusão: As equipes esportivas LGBT possuem um repertório de ação mais amplo que a prática esportiva. Elas são espaços de socialização, formação de vínculos pessoais e contribuem para a promoção da saúde de seus membros.Agentes comunitárias de saúde e a busca pelo ensino superior: motivações e implicações para a profissão10.1590/s0103-73312023330832022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMéllo, Lívia Milena Barbosa de Deus eSantos, Romário Correia dosAlbuquerque, Paulette Cavalcanti de
<em>Méllo, Lívia Milena Barbosa De Deus E</em>;
<em>Santos, Romário Correia Dos</em>;
<em>Albuquerque, Paulette Cavalcanti De</em>;
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Resumo Este artigo objetiva compreender as motivações das Agentes Comunitárias de Saúde procurarem formação de ensino superior e quais as implicações para a atuação desta categoria no Sistema Único de Saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com triangulação de métodos e análise a partir da hermenêutica dialética e vertente crítica da sociologia das profissões. Emergiram as categorias: a) afirmação ou negação do projeto profissional; b) alterações nas relações de poder e nova inserção profissional. As motivações variaram entre melhorar a atuação como Agente Comunitária de Saúde, reversão do cenário de deslegitimidade e o desejo por mobilidade social. Como implicações, revela-se que a formação universitária amplia a valorização profissional e o reconhecimento social, mas nem sempre associado a uma nova reinserção profissional. A categoria não vislumbra uma formação própria em nível de graduação no momento, apontando a implementação de formação técnica como próximo horizonte.Percepções de familiares sobre as práticas de intervenção precoce na infância em um centro especializado de reabilitação10.1590/s0103-73312023330732022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMorato, Amanda PradoPereira, Ana Paula SilvaSilva, Carla Cilene Baptista da
<em>Morato, Amanda Prado</em>;
<em>Pereira, Ana Paula Silva</em>;
<em>Silva, Carla Cilene Baptista Da</em>;
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Resumo A intervenção precoce centrada na família tem sido considerada entre os pesquisadores como o atual paradigma para o cuidado à infância. Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir percepções de familiares sobre as práticas de intervenção precoce e participação ativa da família, realizadas pela equipe de um Centro Especializado de Reabilitação (CER) no atendimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Participaram da pesquisa nove familiares de crianças com TEA, de zero a quatro anos e 11 meses, inseridas no serviço. Foram realizadas entrevistas com os participantes para investigar o conhecimento das famílias e suas expectativas sobre a participação nas intervenções, e após a coleta de dados foi feito a análise temática de conteúdo. A prática da equipe desse serviço não está relacionada exclusivamente a um único modelo de apoio às famílias, com a participação família sendo, em sua maioria, alinhada ao modelo de apoio focado na família. Espera-se que este estudo possa contribuir e fomentar discussões sobre a intervenção precoce, dos modelos de apoio à família, e em especial das crianças com TEA.Residência Médica e Reforma Psiquiátrica brasileira: convergências e conflitos na formação para o cuidado em saúde mental10.1590/s0103-73312023330472022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCarneiro, Pedro CarlosAyres, José Ricardo de C. M.
<em>Carneiro, Pedro Carlos</em>;
<em>Ayres, José Ricardo De C. M.</em>;
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Resumo O estudo tem por objetivo identificar em que medida e de que forma os princípios, diretrizes e métodos propostos pela Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB) estão presentes na formação dos psiquiatras em programas de Residência Médica. Trata-se de estudo qualitativo que investiga conteúdos e experiências promovidos durante a formação em programas de Residência Médica de Psiquiatria no Brasil. Foram entrevistados 16 sujeitos em quatro instituições públicas de formação, sendo dois programas centrados em hospitais-escola e outros dois em modelos integrados a serviços da Rede de Atenção Psicossocial. Os resultados do estudo permitem sustentar que, apesar de todos os programas remeterem a princípios da RPB em seus conteúdos teóricos, as oportunidades de prática dos modelos integrados dialogam mais diretamente com a experiência da RPB. Entre outros resultados relevantes, destacam-se: preocupação com o cuidado integral, não centrado apenas nos diagnósticos e sintomas, mas na singularidade e no andar a vida dos sujeitos; crítica à medicalização, seja na forma do uso abusivo de medicação, seja como interferência em demandas não especificamente médicas; importância de experiências interdisciplinares em equipes multiprofissionais e uma proposta da superação de uma cultura manicomial que vai além da institucionalidade dos serviços, mas que opera nos processos cotidianos de normalização social.Cuidado e gratidão em relatos de parto de sites ingleses10.1590/s0103-73312023330742022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZRezende, Claudia Barcellos
<em>Rezende, Claudia Barcellos</em>;
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Resumo Neste trabalho, examino as percepções de mulheres sobre o cuidado recebido no parto através da presença ou ausência da gratidão em relatos de parto de dois sites ingleses. Nos relatos, nem sempre a gratidão é expressa e nem sempre ela se dirige à equipe de saúde – agradece-se às doulas ou aos próprios sites, cujos vídeos de preparação para o parto teriam sido importantes para uma experiência positiva. O bom cuidado no parto nesses relatos está associado a uma boa comunicação entre parturiente e midwife (parteira), especialmente nas informações recebidas sobre os procedimentos e sobre o que fazer ao longo do trabalho de parto. Assim, tanto nesses relatos quanto na literatura de saúde pública sobre o parto, a boa equipe é aquela que dá à mulher condições de tomar suas próprias decisões, de fazer suas escolhas informadas. Ao fazê-lo, empodera a mulher e reduz a assimetria na relação entre profissional e paciente. Ao contrário, informações contraditórias ou pouca informação podem produzir ansiedade e desconforto. Argumento, assim, que o sentimento de gratidão, ausente ou presente nos relatos de parto, ilumina as dinâmicas da assistência ao parto na Inglaterra, revelando o que se constitui um bom cuidado.Ciência e Covid-19: a construção de programas de pesquisa científica frente a cenários complexos e em contraponto ao contexto negacionista10.1590/s0103-73312023330612022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZOliveira, Luã Kramer deVasconcellos, Luiz Carlos Fadel deTelles, Fernando Salgueiro PassosPignati, Wanderlei Antonio
<em>Oliveira, Luã Kramer De</em>;
<em>Vasconcellos, Luiz Carlos Fadel De</em>;
<em>Telles, Fernando Salgueiro Passos</em>;
<em>Pignati, Wanderlei Antonio</em>;
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Resume O papel que a ciência tem cumprido em relação à pandemia da Covid-19 está em franca discussão no Brasil e no mundo. Considerando a necessidade de aprofundar o debate sobre as concepções de ciência no presente contexto, assim como suas consequências, o objetivo deste ensaio é discutir, a partir de referenciais da epistemologia, o problema da demarcação entre ciência e não ciência, os programas de pesquisa científica e o negacionismo na pandemia. Na primeira parte do texto, apresenta-se a discussão da demarcação entre ciência e não ciência, com destaque para a proposição do filósofo Imre Lakatos sobre os programas de pesquisa científica e sua relação com as pesquisas sobre a Covid-19. Na segunda parte, argumenta-se sobre o negacionismo na pandemia da Covid-19 e sua relação com a necropolítica e o neofascismo. Por fim, discute-se a necessidade de incorporação da interdisciplinaridade, participação ativa dos sujeitos e garantia dos direitos humanos em programas de pesquisa científica sobre a Covid-19, assim como em outros temas de saúde pública.Influências sociais nas práticas alimentares da dupla mãe-filho nos primeiros seis meses de vida10.1590/s0103-73312023330652022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSouza, Natalia Ferreira Diniz deSantos, Sandra Maria Chaves dosGama, Cíntia MendesVitolo, Márcia Regina
<em>Souza, Natalia Ferreira Diniz De</em>;
<em>Santos, Sandra Maria Chaves Dos</em>;
<em>Gama, Cíntia Mendes</em>;
<em>Vitolo, Márcia Regina</em>;
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Resumo A dupla mãe-filho está inserida em um sistema social que gera diversas influências nas práticas alimentares, inclusive nos primeiros seis meses de vida, período em que é preconizado o aleitamento materno exclusivo pela Organização Mundial da Saúde. Objetivo: Compreender o conjunto de influências sociais que incidem nas práticas alimentares adotadas pela nutriz e para o seu filho nos primeiros seis meses de vida. Método: Estudo qualitativo, com abordagem metodológica de análise descrito por Minayo e alicerçado na fenomenologia social de Alfred Schütz. Participaram oito duplas mãe-filho recrutados de dois hospitais públicos de Salvador-BA com a Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Realizou-se entrevista semiestruturada no domicílio das mães aos seis meses de vida da criança no período de junho a agosto de 2019. Resultados: Emergiram três tipificações: o fazer “correto” nos primeiros seis meses de vida da criança; as ações de cuidados com as práticas alimentares da mulher-mãe que amamenta; e o mundo social da dupla mãe-filho. Conclusão: para a tomada de decisão sobre as práticas alimentares da nutriz, a mãe exerceu mais influência; já para a criança, a nutriz considerou as orientações recebidas pelos profissionais de saúde.A questão da causalidade em Epidemiologia10.1590/s0103-73312023330872022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBarata, Rita Barradas
<em>Barata, Rita Barradas</em>;
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Resumo Este ensaio trata da questão da causalidade em epidemiologia a partir da década de 1970, cujo marco inicial aqui adotado foi a publicação de The causal thinking in health sciences, por M. Susser, até os dias de hoje, buscando elencar os vários movimentos filosóficos, teóricos e metodológicos que ao longo destes 50 anos buscaram refletir sobre o problema da causalidade na disciplina, tendo em vista o predomínio das pesquisas observacionais no campo. Partindo da contribuição seminal de Susser, foram discutidos vários movimentos, bem como as críticas a eles, tais como a proposta da adoção de lógica popperiana na década de 1980, a crítica aos modelos multicausais e a teoria ecossocial proposta por N. Krieger na década de 1990, as críticas à epidemiologia social também da década de 1990, a influência de J. Pearl e a adoção dos gráficos acíclicos direcionados como nova metodologia na questão da causalidade. A chamada revolução metodológica no início deste século e as críticas de filósofos e epidemiologistas a esta abordagem reducionista também foram revisadas, bem como as alternativas propostas nos últimos 10 anos, incluindo a perspectiva inferencialista, a triangulação de métodos e a defesa da epidemiologia social e de seus modelos de determinação.Violência no trabalho na perspectiva dos enfermeiros do atendimento pré-hospitalar móvel10.1590/s0103-73312023330462022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSé, Aline Coutinho SentoMachado, Wiliam César AlvesGonçalves, Raquel Calado da SilvaFigueiredo, Nébia Maria Almeida de
<em>Sé, Aline Coutinho Sento</em>;
<em>Machado, Wiliam César Alves</em>;
<em>Gonçalves, Raquel Calado Da Silva</em>;
<em>Figueiredo, Nébia Maria Almeida De</em>;
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Resumo Objetivou-se compreender a violência no trabalho na perspectiva dos enfermeiros do atendimento pré-hospitalar móvel. Estudo transversal, com 67 enfermeiros do atendimento pré-hospitalar móvel. Realizado a partir de duas perguntas: “O que você entende por violência no trabalho?” e “Como você percebe a ocorrência da violência no trabalho no ambiente do pré-hospitalar”. Análise dos dados através da técnica de análise temática. Emergiram duas categorias: o que os enfermeiros entendem por violência no trabalho no ambiente pré-hospitalar móvel; e como os enfermeiros percebem a ocorrência da violência no trabalho no ambiente pré-hospitalar móvel. Destacaram-se ações de violência física, verbal, psicológica, comportamental, sexual, assim como advindas das características do processo de trabalho, praticada por pacientes, populares, profissionais da instituição de trabalho, profissionais de saúde dos hospitais de referência e profissionais com postos hierarquicamente superiores, nos locais de atendimento, de recebimento dos pacientes e na organização de trabalho, provocando queixas físicas, mentais e psicológicas, desprazer em realizar as atividades laborais e afastamento do trabalho. O estudo aponta a necessidade de discutir os fatores desencadeantes da violência contra os profissionais do atendimento pré-hospitalar e políticas públicas específicas à prevenção da violência no trabalho, visando a saúde dos trabalhadores.Atuação do agente comunitário de saúde em municípios rurais remotos do Semiárido: um olhar a partir dos atributos da Atenção Primária à Saúde10.1590/s0103-73312023330442022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSousa, Jéssica de OliveiraAlmeida, Patty Fidelis de
<em>Sousa, Jéssica De Oliveira</em>;
<em>Almeida, Patty Fidelis De</em>;
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Resumo O objetivo do artigo é mapear e analisar as práticas desenvolvidas por agentes comunitários de saúde (ACS) em municípios rurais remotos (MRR) à luz dos atributos essenciais e derivados da Atenção Primária à Saúde (APS). Foi realizado estudo de caso em quatro MRR do semiárido nordestino por meio de entrevistas com ACS e usuários da Estratégia Saúde da Família (ESF). Os resultados mostram forte atuação dos ACS em ações vinculadas à porta de entrada e integralidade, com escopo ampliado, sobretudo nas áreas rurais dos MRR. A intermediação e a facilitação do acesso ocorrem por meio do forte vínculo dos ACS com os territórios e famílias e na ausência de outros recursos assistenciais. As ações individuais, mediante visitas domiciliares, foram mais prevalentes em detrimento de ações coletivas relacionadas aos atributos derivados. Identificou-se a realização de procedimentos como aferição de pressão arterial e curativos.“É para o seu bem”: a "violência perfeita" na assistência obstétrica10.1590/s0103-73312023330572022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZFlores, Carolina AitaMello Netto, Vitor de
<em>Flores, Carolina Aita</em>;
<em>Mello Netto, Vitor De</em>;
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Resumo No Brasil, a violência obstétrica vem sendo pesquisada desde os anos 1980. Na década de 90, no entanto, o fenômeno passou a receber maior destaque. A forma de violência analisada neste trabalho refere-se a uma violência velada, chamada de “violência perfeita”. Este ensaio reflete sobre a ocorrência da violência perfeita na obstetrícia, especialmente no que concerne às sutilezas do discurso médico, que pode travestir essa agressão numa forma de cuidado. A violência perfeita pode soar como preocupação da parte do médico com a saúde da gestante, que pode se submeter às recomendações médicas de forma passiva, por acreditar que deve ser o melhor para ela ou para o bebê. Ao praticar a violência perfeita, o obstetra pode interferir no desfecho do parto. A “epidemia” de cesarianas no Brasil tem sido justificada pelos médicos como preferência da mulher, mas pesquisas refutam essa hipótese e provocam a reflexão: quem está de fato escolhendo a modalidade de parto? O presente ensaio nos mostra que observar as sutilezas do discurso médico pode ajudar a responder essa pergunta.“Pra nós que somos negras, tudo é mais difícil”. Cartografia de uma mulher negra em sofrimento psíquico10.1590/s0103-73312023330702022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSouza, Karoline do NascimentoSilva, Alexandre VicenteFerreira, RogérioSanto, Tiago Braga do Espírito
<em>Souza, Karoline Do Nascimento</em>;
<em>Silva, Alexandre Vicente</em>;
<em>Ferreira, Rogério</em>;
<em>Santo, Tiago Braga Do Espírito</em>;
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Resumo O estudo tem como objetivos: cartografar a trajetória de racismo estrutural e de sofrimento psíquico de uma mulher negra acompanhada por uma enfermaria psiquiátrica em um Hospital Geral; e refletir sobre a relação entre o racismo estrutural e sofrimento psíquico. O racismo é a operacionalização tecnológica, destinada ao exercício do biopoder, que coloca negros em posições inferiores, determinando desvantagens a partir da raça. A violência racista impõe o debate para o campo da saúde mental por sua influência no sofrimento psíquico. Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, com abordagem cartográfica, por meio da trajetória de uma usuária-cidadã-guia, utilizando-se da entrevista semiestruturada e do diário de campo cartográfico. A analise fez emergir as cenas: ser negra e como a sociedade nos vê; auto ódio; solidão da mulher negra, que demonstram como o sofrimento psíquico é influenciado pelo racismo estrutural que condicionam a existência do negro ao menor valor, à estigmatização e à desumanização. A subjetividade produzida internaliza sentimentos de inferioridade, de solidão, de auto-ódio e de não lugar. Torna-se urgente a problematização da questão racial na produção do cuidado em saúde mental, bem como uma reforma societária que proporcione a existência plena de direitos e de dignidade das pessoas negras.Uso de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no tratamento da depressão10.1590/s0103-73312023330772022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSchwambach, Lulaira BermudesQueiroz, Lorena Carnielli
<em>Schwambach, Lulaira Bermudes</em>;
<em>Queiroz, Lorena Carnielli</em>;
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Resumo A depressão está entre as doenças mais debilitantes do mundo. A dificuldade no tratamento dos sintomas e o abandono do uso de medicamentos têm-se tornado um desafio na saúde pública. Nessa perspectiva, o estudo buscou avaliar o uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) como ferramenta auxiliar no tratamento da depressão. Realizou-se uma revisão bibliográfica com informações coletadas nas plataformas de banco de dados científicos, utilizando as palavras-chave em português e inglês: depressão, antidepressivos, Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e tratamentos convencionais. Dos 210 artigos encontrados, 35 foram selecionados e analisados. Os resultados revelaram maior uso da acupuntura, yoga e meditação no tratamento da depressão e na melhora dos sintomas de estresse, ansiedade, fadiga e efeitos adversos decorrentes do uso de medicamentos antidepressivos. Limitações como falta de profissionais habilitados e escassez de material científico de qualidade dificultam o uso disseminado das práticas. Por necessitarem de baixo custo de investimento em estruturas e materiais, as PICS apresentam grande potencial de crescimento no sistema de saúde.Gabriel y yo: análisis autoetnográfico sobre la masculinidad, paternidad y violencia pediátrica10.1590/s0103-73312023330552022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMontilla, Luis Alexander Lovera
<em>Montilla, Luis Alexander Lovera</em>;
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Resumen Reflexionar desde la experiencia vivida, siendo esta un vehículo para la construcción del conocimiento, ha sido fundamental para la realización de este texto. Se deriva de una parte de mi investigación doctoral, es simplemente una provocación para dejar salir temas como la masculinidad, la paternidad y la violencia pediátrica, que iban surgiendo con un tipo de escritura diferente y de manera reveladora. Con el objetivo de hacer un ejercicio de écfrasis a través de la descripción de una fotografía personal muy íntima, me he permitido realizar esta reflexión desde la perspectiva de la autoetnografía evocadora. Usando narración en capas, donde la recopilación y el análisis se realizan simultáneamente. Hago uso, por un lado, de la disciplina, fuera de mi formación como profesional de la salud, pero entendiendo al mismo tiempo que esta forma de construir conocimiento desde una experiencia personal para comprender una experiencia cultural me implica, no solo un acto de vulnerabilidad ante lo desconocido, pero mucho aprendizaje, donde la deconstrucción y reconstrucción ha sido permanente.Concepção de saúde dos profissionais que usam práticas integrativas e complementares no cuidado10.1590/s0103-73312023330692022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZZapelini, Ranieli GehlenJunges, José RoqueBorges, Rosalia Figueiró
<em>Zapelini, Ranieli Gehlen</em>;
<em>Junges, José Roque</em>;
<em>Borges, Rosalia Figueiró</em>;
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Resumo As práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) ampliam o cuidado, dependendo das concepções de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar as representações e os significados de saúde dos profissionais que usam PICS e os motivos para inseri-las em suas práticas. Tratou-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa e coleta de dados on-line. Para a análise, utilizou-se a Técnica de Associação Livre de Palavras para as dimensões da saúde, visando embasar as análises das representações sobre saúde e a criação de categorias sobre a motivação. A hermenêutica dialética serviu de referencial teórico para interpretação. Participaram 19 profissionais que utilizavam PICS, cuja maioria era enfermeira. As representações sociais foram descritas em 49 palavras, sendo as mais significativas “bem-estar” e “integralidade”. Na motivação para a utilização, revelaram-se dois conjuntos de significados: promoção da saúde e enfrentamento da doença. O primeiro expressou-se como saúde integral; autocuidado individual; equilíbrio e não tratar os sintomas. O segundo tomou a forma de redução da medicação alopática; ineficiência do modelo atual; tratar as patologias biomédicas de outra forma. Emergiram dois paradigmas, o biomédico e o vitalista, entrelaçados no discurso, mostrando o sincretismo de significados nas práticas em saúde dos profissionais.Impactos da pandemia da Covid-19 sobre o puerpério: interações e dinâmicas de um grupo de apoio virtual10.1590/s0103-73312023330672022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBrito, Renatha Celiana da SilvaAlmeida Junior, José Jailson deMedeiros, Anna Cecília Queiroz de
<em>Brito, Renatha Celiana Da Silva</em>;
<em>Almeida Junior, José Jailson De</em>;
<em>Medeiros, Anna Cecília Queiroz De</em>;
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Resumo Este estudo buscou compreender o impacto da pandemia da Covid-19 sobre o puerpério a partir de interações em um grupo virtual. Pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, que analisou um grupo de nove mulheres usuárias dos serviços básicos de saúde de diferentes Estratégias Saúde da Família do município de Currais Novos-RN, Brasil. O corpus resultado das interações foi submetido a Análise da Classificação Hierárquica Descendente do software IRAMUTEQ, e a análise de conteúdo, segundo Bardin. A dimensão analisada foi denominada de Assistência à Saúde (25,5% das unidades de contexto elementar). No grupo analisado, a pandemia culminou em fragilização e precarização nos fluxos de atendimento, resultando em dificuldades encontradas no acesso a serviços básicos da rede pública de saúde. As participantes revelaram que o suporte virtual proporcionou vínculos de amizade e fortaleceu a rede de apoio necessária ao enfrentamento das dificuldades do puerpério, pela troca de experiências.Avaliação da implantação do Consultório na Rua: um estudo de caso10.1590/s0103-73312023330422022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBorysow, Igor da CostaOda, Wagner YoshizakiFurtado, Juarez Pereira
<em>Borysow, Igor Da Costa</em>;
<em>Oda, Wagner Yoshizaki</em>;
<em>Furtado, Juarez Pereira</em>;
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Resumo Objetivamos compreender as adaptações do programa Consultório na Rua ao contexto territorial, a partir das bases normativas, realizadas por uma equipe atuante na cidade de São Paulo, que oferece cuidado em saúde para as pessoas em situação de rua. Realizamos análise de implantação da mesma, por meio de pesquisa participativa e estudo avaliativo de caso, que envolveu observação participante, entrevistas e análise documental. Os trabalhos de campo e posterior discussão com a equipe subsidiaram a elaboração do modelo lógico e a elaboração e preenchimento da matriz de avaliação. Os resultados indicam avançado grau de implantação do caso estudado, com exceção do atendimento aos usuários de substâncias psicoativas e da garantia da logística à itinerância da equipe. O programa enfrenta desafios diante de restrições da gestão e limitações da rede de serviços do município, que impedem o alcance da equidade.A dança circular como estratégia de cuidado em saúde: revisão narrativa da literatura10.1590/s0103-73312023330592022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZFreire, Imara MoreiraMinayo, Maria Cecília de Souza
<em>Freire, Imara Moreira</em>;
<em>Minayo, Maria Cecília De Souza</em>;
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Resumo Com objetivo de analisar e discutir como a dança circular está sendo utilizada na área de saúde, e assim compreender seu potencial terapêutico nos processos de cuidado, procedeu-se a uma revisão bibliográfica a partir das bases de dados científicas PubMed, Scielo, BVS MTCI, Lilacs e Web of Science, buscando a produção sobre o tema. Os artigos encontrados, avaliados pela análise temática, evidenciam as seguintes questões: as relações estabelecidas entre as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e a produção de cuidado; o uso da dança circular como estratégia de promoção da saúde física e emocional; processos de criatividade e os sentidos de coletividade vivenciados pelos praticantes da dança circular. Observou-se que a dança circular é capaz de estimular relações mais harmoniosas consigo mesmo e com o coletivo, reduz o estresse e sintomas depressivos, promove a ampliação da consciência corporal, autoconfiança e autonomia, contribuindo para melhorar habilidades cognitivas, psicomotoras, desempenho físico e o equilíbrio, trazendo benéficos como sensação de relaxamento e prazer. Nesse sentido, a literatura aponta evidências sobre efeitos positivos da prática de dança circular em vários resultados relacionados à saúde, podendo ser considerada uma estratégia potente de cuidado.Análise da regulação médica em unidades pré-hospitalares fixas de um município paulista10.1590/s0103-73312023330482022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZAlmeida, Ana Claudia Ferreira deSousa, Leonardo Resende deMutro, Maria Eugenia GuerraMazzo, Alessandra
<em>Almeida, Ana Claudia Ferreira De</em>;
<em>Sousa, Leonardo Resende De</em>;
<em>Mutro, Maria Eugenia Guerra</em>;
<em>Mazzo, Alessandra</em>;
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Resumo Objetivo Analisar o perfil das regulações das unidades pré-hospitalares fixas de um município paulista. Metodologia: Estudo observacional descritivo retrospectivo, cuja amostra compreendeu os dados dos indivíduos regulados das unidades durante o ano de 2019. Ao final da coleta dos dados, foi realizada uma análise estatística descritiva. Resultados Foram encontrados dados válidos de 9.984 referenciamentos. A média de tempo de liberação da vaga foi de 26,6 horas (± 35,8). Dentre todos os pacientes regulados, 1.592 (15,9%) não concluíram seus destinos, tendo como desfechos: alta (9,3%), óbito (2,3%), evasão (2,8%) ou encerramento de ficha (1,5%). O tempo médio de permanência na unidade dos pacientes que receberam alta foi de 40,8 horas (±36,2), enquanto para os que vieram a óbito foi de 40,9 horas (±42,7). Conclusões Os tempos de espera para liberação das vagas de internação solicitadas pelas unidades pré-hospitalares estão mais elevados do que os recomendados pela literatura. Tal fato pode provocar piores desfechos aos pacientes regulados e extrapola as competências do serviço de emergência definidas pelo Ministério da Saúde.EDITORIAL: Os avanços do controle do tabagismo no Brasil10.1590/s0103-7331202333sp100.pt2022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMeirelles, Ricardo Henrique Sampaio
<em>Meirelles, Ricardo Henrique Sampaio</em>;
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Impacto da pandemia da Covid-19 sobre o Serviço e Cuidado à Pessoa Tabagista no SUS10.1590/s0103-7331202333sp105.pt2022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCardoso, Andréa Ramalho ReisMartins, Luís Felipe LeiteLima, Fernando Lopes Tavares deAlmeida, Liz Maria de
<em>Cardoso, Andréa Ramalho Reis</em>;
<em>Martins, Luís Felipe Leite</em>;
<em>Lima, Fernando Lopes Tavares De</em>;
<em>Almeida, Liz Maria De</em>;
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Resumo Durante a pandemia da Covid-19, o serviço para tratamento do fumante foi impactado. Este artigo avaliou o impacto da pandemia sobre o serviço no SUS. Trata-se de um estudo observacional descritivo ecológico utilizando o banco de dados do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) anos 2019, 2020 e 2021, de cinco estados (PA, PB, GO, RJ e RS) referente ao segundo quadrimestre. Foram estimadas as diferenças relativas no número de unidades que ofereceram o serviço e no número de atendimentos para avaliação clínica, primeira e quarta sessões. Para os anos de 2019 e 2020, observou-se diferença percentual no número de unidades que ofereceram o serviço em todos os estados estudados de -51,9%. Para os anos de 2019 e 2021, a diferença relativa para as unidades de saúde foi de -20,96% e, para a avaliação clínica, primeira e quarta sessões foram: -54,19%, -55,07% e -61,31%, respectivamente. Essas diferenças foram maiores para as capitais quando comparadas com os demais municípios. Apesar do impacto negativo, principalmente no primeiro ano da pandemia, o estudo mostrou que os serviços não interromperam suas atividades e mostraram alguma recuperação em 2021.Também foi importante observar que os tabagistas, apesar das recomendações, não deixaram de procurar o tratamento.Restrição da venda de produtos de tabaco apenas em tabacarias: uma medida necessária para o fortalecimento da Política Nacional de Controle do Tabaco10.1590/s0103-7331202333sp101.pt2022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCabral, Lucas Manoel da SilvaGiongo, Maria José Domingues da SilvaJardim, Fernando NagibCarvalho, Aline de Mesquita
<em>Cabral, Lucas Manoel Da Silva</em>;
<em>Giongo, Maria José Domingues Da Silva</em>;
<em>Jardim, Fernando Nagib</em>;
<em>Carvalho, Aline De Mesquita</em>;
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Resumo Objetivo Investigar e analisar a legislação atual, experiências e cenários existentes sobre a restrição da venda de produtos derivados de tabaco apenas em tabacarias, a fim de elaborar recomendações para o poder público, visando fortalecer a Política Nacional de Controle do Tabaco. Método Revisão de escopo conduzida de acordo com a metodologia Joanna Briggs Institute, com base na estrutura do PRISMA Checklist and Explanation. As bases de dados utilizadas foram Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Epistemonikos, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem (MEDLINE) via Pubmed, Biblioteca eletrônica SCIELO, SCOPUS, Web of Science, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e Johns Hopkins. Dados coletados em março de 2021, considerando os estudos publicados no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2020. Foram incluídos artigos e pesquisas acadêmicas desenvolvidas no cenário brasileiro e publicadas entre janeiro de 1994 e dezembro de 2020. Resultados Os bairros de baixa renda geralmente têm uma densidade maior de pontos de venda de tabaco e apresentam taxas mais altas de uso do tabaco, levando a iniquidades em saúde. Estudos indicam que as crianças têm maior probabilidade de fumar quando vivem ou vão à escola em bairros com alta densidade de varejistas de tabaco. Conclusão Por meio deste estudo, compreende-se que é preciso instituir a venda de produtos derivados de tabaco exclusivamente em tabacarias no Brasil, mas tais estabelecimentos estariam sujeitos a um novo ordenamento jurídico a ser instituído em âmbito nacional.Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde e a Política Nacional de Controle do Tabaco: uma aproximação necessária10.1590/s0103-7331202333sp102.pt2022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCavalcanti, EricaCabral, Lucas Manoel da SilvaBorges, Vera Lúcia GomesSilva, Maria Raquel Fernandes
<em>Cavalcanti, Erica</em>;
<em>Cabral, Lucas Manoel Da Silva</em>;
<em>Borges, Vera Lúcia Gomes</em>;
<em>Silva, Maria Raquel Fernandes</em>;
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Resumo As doenças relacionadas ao tabaco sobrecarregam todo o sistema público de saúde, nos três níveis de governança: municipal, estadual e federal. A inserção do tema do controle de tabaco nas Secretarias de Saúde estaduais e municipais é histórica, estando presente desde os debates iniciais sobre os danos sanitários, sociais, econômicos e ambientais que o tabagismo gera à população brasileira como um ciclo de doenças, pobreza e mortes precoces. Este artigo tem como proposta apresentar a importância da articulação da Política Nacional de Controle do Tabaco com os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde, dado o papel que essas instâncias desempenham no Sistema Único de Saúde e as contribuições que poderão somar à Política de Controle de Tabaco no Brasil, com seus constantes desafios para avançar na redução de mortes e adoecimentos causados pelos produtos de tabaco.Modelos Organizacionais para sustentabilidade do Programa Nacional de Controle do Tabagismo: uma proposta piloto a ser adotada nacionalmente10.1590/s0103-7331202333sp104.pt2022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBorges, Vera Lúcia GomesCabral, Lucas Manoel da SilvaCavalcanti, EricaCardoso, Andréa Ramalho Reis
<em>Borges, Vera Lúcia Gomes</em>;
<em>Cabral, Lucas Manoel Da Silva</em>;
<em>Cavalcanti, Erica</em>;
<em>Cardoso, Andréa Ramalho Reis</em>;
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Resumo Introdução: O consumo dos produtos derivados do tabaco, do plantio ao consumo, são responsáveis por graves problemas de saúde, representando um ciclo de doenças, pobreza e mortes em todo o mundo. Esse grave problema de saúde pública levou o Brasil a desenvolver, a partir da década de 80, um conjunto de medidas de controle do tabaco, constituindo uma política com ações legislativas, econômicas, de comunicação e educativas, que tem como alicerce o Programa Nacional de Controle do Tabaco (PNCT). Objetivo Este artigo é um relato de experiência que parte de um estudo nacional desenvolvido entre 2020 e 2022, e descreve atuação através de visitas técnicas junto às coordenações de controle do tabagismo de cinco estados. Método Os estados foram selecionados mediante a critérios estabelecidos pela Ditab/INCA, que coordena a rede do Programa Estadual de Controle do Tabagismo (PECT) nos 26 estados e Distrito Federal. Desta forma, foi escolhido um estado de cada região: Tocantins (Norte), Paraíba (Nordeste), Goiás (Centro-Oeste), Rio de Janeiro (Sudeste) e Paraná (Sul). Resultados Foi desenvolvido um conjunto de práticas que possam potencializar, aprimorar e agregar ações técnicas, políticas, de comunicação, dentre outras, de modo a dar sustentabilidade ao Programa Estadual e de maneira mais ampla, o PNCT.Impacto do uso de produtos de tabaco aquecido (HTP) na qualidade do ar em ambientes fechados10.1590/s0103-7331202333sp103.pt2022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZGiongo, Maria José Domingues da SilvaCarvalho, Aline de MesquitaSilva, André Luiz Oliveira daCabral, Lucas Manoel da SilvaChança, Raphael Duarte
<em>Giongo, Maria José Domingues Da Silva</em>;
<em>Carvalho, Aline De Mesquita</em>;
<em>Silva, André Luiz Oliveira Da</em>;
<em>Cabral, Lucas Manoel Da Silva</em>;
<em>Chança, Raphael Duarte</em>;
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Resumo Introdução: Os produtos de tabaco aquecido (HTP) têm ganhado popularidade nos últimos anos. No entanto, tem-se questionado sobre os danos que provocam na saúde, em especial aos impactos decorrentes da exposição a suas emissões. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto do uso de HTPs em ambientes internos/fechados na qualidade do ar e/ou na saúde das pessoas expostas passivamente, por meio de uma revisão sistemática de estudos originais. Métodos: Realizou-se busca bibliográfica nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem (MEDLINE), Excerpta Medica Database (EMBASE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e SCOPUS. As etapas de seleção, extração dos dados e avaliação do risco de viés dos estudos foi realizada em dupla, de forma independente, e as divergências foram resolvidas por consenso. Resultados: Foram selecionados 21 estudos, incluídos nesta revisão. Os resultados indicam que os produtos de tabaco aquecido são fonte de poluição ambiental decorrente da emissão de material particulado. Conclusão: Os produtos de tabaco aquecido produzem emissões que podem expor as pessoas às substâncias tóxicas emitidas no ambiente fechado, assim como outros produtos de tabaco.ERRATA10.1590/s0103-733120213103312022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLiteracia em saúde nos estudantes do ensino superior: que relações com o uso de redes sociais?10.1590/s0103-73312023330312022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZFrancisco, RitaArriaga, Miguel Telo de
<em>Francisco, Rita</em>;
<em>Arriaga, Miguel Telo De</em>;
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Resumo A literacia em saúde (LS) é hoje uma importante ferramenta na promoção da saúde e prevenção da doença. O presente estudo, exploratório e correlacional, tem como objetivos: caracterizar os estudantes do ensino superior (ES) relativamente aos seus níveis de LS e de LS digital (e-LS); explorar suas relações com a utilização de redes sociais e comportamentos de saúde; explorar possíveis preditores de LS e e-LS. Participaram no estudo 125 estudantes de diversos cursos, que responderam a instrumentos de autorrelato. Os resultados mostraram níveis de LS em geral acima dos encontrados na população portuguesa, mas abaixo dos níveis de LS nas faixas etárias em que se inserem esses estudantes. Do total de participantes, 42,9% apresentam valores inadequados ou problemáticos, o que constitui uma oportunidade estratégica para a promoção da LS no contexto do ES. O nível de escolaridade da mãe e o próprio sofrer de uma doença crônica revelaram-se preditores significativos da e-LS. As tecnologias digitais podem ser utilizadas como um adequado meio de promoção da saúde dos estudantes do ES, sendo fundamental a identificação de outros preditores de LS e e-LS. As universidades devem incluir a LS nos seus currículos, num conceito alargado de promoção da saúde no ES.Assistência às pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei: perspectiva de gestores e profissionais de saúde Abstract10.1590/s0103-73312023330292022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZOliveira, Lannuzya Veríssimo eSalvador, Pétala Tuani Cândido de OliveiraCosta, Gabriela Maria CavalcantiNeves, Robson da FonsecaFreitas, Cláudia Helena Soares de Morais
<em>Oliveira, Lannuzya Veríssimo E</em>;
<em>Salvador, Pétala Tuani Cândido De Oliveira</em>;
<em>Costa, Gabriela Maria Cavalcanti</em>;
<em>Neves, Robson Da Fonseca</em>;
<em>Freitas, Cláudia Helena Soares De Morais</em>;
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Resumo O estudo teve como objetivo analisar a assistência às pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei na perspectiva de gestores e profissionais de saúde. Trata-se de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, realizado em janeiro de 2020, com 10 profissionais que atuavam no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico do Estado do Rio Grande do Norte. Para coleta de dados, utilizou-se um questionário sociodemográfico e entrevista semiestruturada. O conteúdo textual decorrente das entrevistas foi submetido à análise textual lexicográfica, com auxílio do software IRAMUTEQ, e a análise dos dados foi realizada a partir de literatura pertinente. Emergiram três categorias: As mudanças nas relações de trabalho e o impacto na assistência; A organização da Rede de Cuidado; e A assistência intramuros e os entraves para desinstitucionalização. Conclui-se que a assistência às pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei é influenciada pelas relações de trabalho; tem dificuldades relacionadas à estrutura física e à dinâmica das instituições; enfrenta entraves para garantir a desinstitucionalização, ao passo que fragmenta os vínculos e não implementa o Projeto Terapêutico Singular. Todavia, esforços têm sido empreendidos para articular a rede de cuidado de base territorial.Práticas integrativas e complementares na Atenção Primária à Saúde: percepções dos profissionais sobre a oferta dos serviços na região metropolitana de Goiânia10.1590/s0103-73312023330272022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSilva, Pedro Henrique Brito daOliveira, Ellen Synthia Fernandes de
<em>Silva, Pedro Henrique Brito Da</em>;
<em>Oliveira, Ellen Synthia Fernandes De</em>;
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Resumo Embora políticas públicas vigentes em âmbito federal e estadual instituam as Práticas Integrativas e Complementares no rol dos serviços ofertados na Atenção Primária à Saúde, ainda não sabemos como elas são implementadas na região metropolitana de Goiânia. Nesse sentido, este estudo objetiva compreender as percepções dos profissionais de saúde que ofertam Práticas Integrativas e Complementares sobre a utilização desses serviços de Atenção Primária à Saúde na região metropolitana de Goiânia. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com 20 profissionais e, em seguida, transcritas e tratadas com a análise de conteúdo temática. Compreendemos que a oferta das Práticas Integrativas e Complementares depende dos profissionais, os quais têm sofrido com a falta de apoio da gestão e desarticulação do seu trabalho perante a equipe, bem como com a ausência de infraestrutura adequada e despadronização do registro nos prontuários dos usuários. Concluímos que a oferta de Práticas Integrativas e Complementares tem sofrido as consequências de uma integração parcial e precária na Atenção Primária à Saúde.Avaliação de perguntas e a interação entrevistador-entrevistado em entrevista com uso de questionário padronizado10.1590/s0103-73312023330762022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLaguardia, JosuéPereira, Everton LuisRodrigues, Mariana dos SantosSilva, Marinna Cunha Câmara Quixadá daGutierrez, Maria Margarita Urdaneta
<em>Laguardia, Josué</em>;
<em>Pereira, Everton Luis</em>;
<em>Rodrigues, Mariana Dos Santos</em>;
<em>Silva, Marinna Cunha Câmara Quixadá Da</em>;
<em>Gutierrez, Maria Margarita Urdaneta</em>;
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Resumo A avaliação de perguntas de questionário de inquérito de saúde no Brasil limita-se, na maioria das vezes, aos testes-piloto e debriefing das entrevistas. O objetivo do presente artigo é contribuir para preencher essa lacuna ao apresentar uma metodologia de avaliação cognitiva para identificação de perguntas potencialmente “problemáticas” quanto à sua formulação e o que ocorre, na interação entrevistador-entrevistado, ao aplicá-las em entrevistas com o uso de questionário padronizado em um inquérito regional de saúde. O estudo utilizou dois roteiros padronizados para identificação de dificuldades de redação e/ou compreensão e avaliação da interação entrevistador-entrevistado. Dentre as 513 perguntas do questionário individual de pesquisa, 68 questões foram indicadas como sendo potencialmente problemáticas à compreensão e comunicação pelos entrevistados. As perguntas que apresentaram problemas na sua formulação, com maior pontuação (>40), foram aquelas relacionadas à quantificação de tempo; ao grau de dificuldade para o autocuidado; à situação no trabalho e à estimação do rendimento. Dentre as perguntas apontadas como problemáticas na avaliação pelo Sistema de Apreciação de Perguntas (SAP), o autocuidado e horas trabalhadas estão entre aquelas que também tiveram pontuação alta na avaliação da interação.Uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde por profissionais dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica10.1590/s0103-73312023330372022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZQueiroz, Neila Alves deBarbosa, Fernanda Elizabeth SenaDuarte, Wellington Bruno Araujo
<em>Queiroz, Neila Alves De</em>;
<em>Barbosa, Fernanda Elizabeth Sena</em>;
<em>Duarte, Wellington Bruno Araujo</em>;
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Resumo Buscou-se conhecer a compreensão de profissionais dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) sobre a utilização das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) na sua atuação no município de Jaboatão dos Guararapes-PE, entre julho e agosto de 2020. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, de caráter exploratório, utilizando-se da análise de conteúdo de Bardin para tratamento dos dados. Foram entrevistados 12 profissionais, dos quais dez utilizavam PICS, sendo a maioria do sexo feminino, parda, com formação em terapia ocupacional, de 30 a 39 anos. A auriculoterapia foi a prática predominante, sendo utilizada na população e nas equipes apoiadas, de forma individual e coletiva, principalmente nos problemas de saúde mental e dores crônicas. Os resultados ainda evidenciaram benefícios, formas de uso, fragilidades e potencialidades das PICS. A falta de financiamento federal das PICS, a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95/2017 e o atual Programa “Previne Brasil”, são vistos pelos autores como grandes desafios ao fortalecimento do Nasf-AB e à institucionalização das PICS na APS."A gente só quer ser atendida com profissionalismo”: experiências de pessoas trans sobre atendimentos de saúde em Curitiba-PR, Brasil10.1590/s0103-73312023330362022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBorgert, VivianStefanello, SabrinaSignorelli, Marcos ClaudioSantos, Deivisson Vianna Dantas dos
<em>Borgert, Vivian</em>;
<em>Stefanello, Sabrina</em>;
<em>Signorelli, Marcos Claudio</em>;
<em>Santos, Deivisson Vianna Dantas Dos</em>;
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Resumo Introdução: Pessoas trans pertencem a um grupo marginalizado e vulnerável na sociedade e sofrem com dificuldades no atendimento no sistema de saúde. Este estudo objetivou compreender o processo saúde-doença-cuidado dessas pessoas e seu acesso aos serviços de saúde na cidade de Curitiba-PR, Brasil. Metodologia: Pesquisa qualitativa hermenêutica, por meio de dez entrevistas semiestruturadas com pessoas trans de Curitiba, que foram gravadas, transcritas e codificadas. Apreenderam-se as experiências e percepções sobre a saúde desses sujeitos e suas trajetórias de atendimento no sistema de saúde, analisando-se pela perspectiva hermenêutica. Resultados: As narrativas mostram que ainda há muito despreparo dos profissionais da saúde, e isso gera situações de desconforto à população trans. Essas experiências moldam a conduta dessa população frente aos serviços de saúde, muitas vezes evitando-os. Toda essa dificuldade no acesso à saúde gera questões de saúde mental e sentimentos de ideação suicida. Conclusão: O estudo evidenciou a falta de reconhecimento e de aceitação da forma que pessoas trans se expressam e a existência de uma série de ações discriminatórias por parte dos trabalhadores da saúde. A compreensão dessas dificuldades aponta para o que pode ser modificado para garantir um acesso à saúde de maior qualidade para essa população.Migração forçada, refúgio, alimentação e nutrição: uma revisão integrativa da literatura na perspectiva da segurança alimentar e nutricional10.1590/s0103-73312023330262022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBarcelos, Thainá do Nascimento deCavalcante, João RobertoFaerstein, EduardoDamião, Jorginete de Jesus
<em>Barcelos, Thainá Do Nascimento De</em>;
<em>Cavalcante, João Roberto</em>;
<em>Faerstein, Eduardo</em>;
<em>Damião, Jorginete De Jesus</em>;
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Resumo Introdução: Até o final de 2020, 82,4 milhões de pessoas foram forçadas ao deslocamento no mundo. Este quantitativo qualifica a população deslocada à força como a maior já registrada, sendo 1% da população mundial. Cerca de 80% dessas pessoas estão em países afetados por grave insegurança alimentar. Objetivo: Analisar a produção científica sobre migrações forçadas, refúgio e nutrição, com foco na segurança alimentar e nutricional. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, por meio das bases: Biblioteca Virtual de Saúde, USA National Library of Medicine, Portal Periódicos da CAPES e Science Direct. Resultado: Foram encontrados 717 artigos, 334 (46,6%) no MEDLINE, 241 (33,6%) no Portal Periódicos CAPES, 110 (15,3%) no Science Direct e 32 (4,5%) na BVS. Cinco temas foram identificados: (1) Segurança Alimentar e Nutricional; (2) Práticas alimentares e aculturação; (3) Nutrição Materno-Infantil; (4) Dupla carga de má-nutrição; (5) Estratégias de Educação Alimentar e Nutricional. Conclusão: As dificuldades em função das diversidades culturais evidenciadas pelo idioma e práticas alimentares; a falta de acesso a trabalho e renda; acesso a serviços e cuidados adequados em saúde estão dentre os principais desafios para o acesso à segurança alimentar e nutricional.Vulnerabilidades vivenciadas por familiares/ cuidadores de crianças com condição crônica10.1590/s0103-73312023330342022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMilbrath, Viviane MartenGabatz, Ruth Irmgard BärtschiVaz, Jéssica CardosoHense, Tuíze Damé
<em>Milbrath, Viviane Marten</em>;
<em>Gabatz, Ruth Irmgard Bärtschi</em>;
<em>Vaz, Jéssica Cardoso</em>;
<em>Hense, Tuíze Damé</em>;
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Resumo Objetivou-se conhecer as vulnerabilidades vivenciadas pelos familiares/cuidadores de crianças com condição crônica. Pesquisa qualitativa sustentada pelo referencial teórico do filósofo francês Roselló, da qual participaram 15 familiares/cuidadores de crianças com condições crônicas. As informações foram coletadas nos anos de 2018 e 2019 e submetidas à análise temática. Os resultados são apresentados em três temas: A doença como expressão da vulnerabilidade do ser criança; A doença crônica da criança como condição de vulnerabilidade do familiar/cuidador; O suporte das redes de apoio: potencialidades e vulnerabilidades no cotidiano da criança com condição crônica e do familiar/cuidador. Conhecer os componentes da vulnerabilidade vivenciados pelas famílias das crianças com condição crônica é algo complexo, pois exige refletir sobre as situações que essas famílias enfrentam, tendo em vista suas peculiaridades, sentimentos, organização familiar e acessibilidade aos serviços de saúde. Portanto, o conhecimento acerca do contexto em que essas famílias estão inseridas é fundamental para que se possa estabelecer um planejamento adequado das ações de saúde voltadas à promoção de seu bem-estar.Perfil das parteiras tradicionais do Amazonas: relações do partejar entre serviços de saúde e participação política10.1590/s0103-73312023330232022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCosta, Gabriela Duan FariasPimentel, CamilaSchweickardt, Júlio Cesar
<em>Costa, Gabriela Duan Farias</em>;
<em>Pimentel, Camila</em>;
<em>Schweickardt, Júlio Cesar</em>;
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Resumo Este artigo analisa o perfil das parteiras tradicionais no estado do Amazonas, Brasil, destacando a identificação das características socioeconômicas, seus locais de atuação e a análise da relação entre o trabalho das parteiras e os serviços de saúde. Trata-se de um estudo descritivo e analítico. As informações coletadas são oriundas de um instrumento aplicado às parteiras nos municípios do estado do Amazonas que compõe a base de dados. Constatou-se que a maioria das parteiras entrevistadas possuem ensino fundamental incompleto; residem em área rural ou ribeirinha; iniciaram a atividade de partejar na adolescência, sobretudo por meio da transmissão de saberes no contexto familiar ou comunitário e pela ausência ou indisponibilidade dos serviços de saúde. Verificou-se que a maioria das entrevistadas relataram não realizar seu trabalho de assistência às gestantes por ocasião dos partos nos estabelecimentos de saúde e não recebem ajuda financeira ou material das secretarias de Saúde para assistir às parturientes. Os resultados mostram a importância da presença e do apoio das parteiras tradicionais nos territórios amazônicos. É necessário fortalecer suas práticas, envolvendo o diálogo entre os diversos saberes existentes na produção do cuidado.Análise das condutas estratégicas de gestores e profissionais para a prevenção e o controle do câncer bucal10.1590/s0103-73312023330542022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLima, Fernando Lopes Tavares deO’Dwyer, Gisele
<em>Lima, Fernando Lopes Tavares De</em>;
<em>O’dwyer, Gisele</em>;
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Resumo Gestores e profissionais de saúde são os agentes responsáveis pela implementação das políticas públicas nos serviços de saúde, sendo de fundamental importância compreender as formas como agem no cotidiano. O objetivo desta pesquisa é analisar as condutas estratégicas de gestores e profissionais que intervêm na prevenção e no controle do câncer bucal. Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada por meio de 23 entrevistas com gestores e profissionais de cinco municípios da região de saúde Metropolitana I do Rio de Janeiro e três entrevistas com o corpo técnico estadual. Realizou-se a análise da conduta estratégica prevista na Teoria da Estruturação de Giddens. Verificou-se que esses agentes, sensibilizados pelas representações do câncer na sociedade, se mobilizam como potenciais agentes facilitadores do acesso e criam alternativas informais aos protocolos mais restritores. No entanto, essa mobilização não costuma ocorrer no período anterior à suspeita do câncer, constituindo uma contradição importante. Destacou-se a importância da ampliação da atenção primária e do aperfeiçoamento das ações de promoção da saúde, prevenção do câncer e educação permanente para garantia do direito ao acesso ao diagnóstico e tratamento precoce do câncer bucal.Avaliando o absenteísmo por doença nas instituições federais de ensino: análise dos dados de afastamento de servidores por licença médica nas universidades federais de Pelotas e Rio Grande10.1590/s0103-73312023330222022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZGonçales, Daliana de ÁvilaZanatti, Christian Loret de Mola
<em>Gonçales, Daliana De Ávila</em>;
<em>Zanatti, Christian Loret De Mola</em>;
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Resumo Objetivo: Analisar as características dos afastamentos por doença entre servidores de duas universidades públicas do extremo sul do Brasil. Método: Foram analisados os afastamentos por doença, concedidos por licença médica ocorridos entre janeiro de 2015 a dezembro de 2019. As universidades possuem características semelhantes no que se refere a localização, contingente de servidores e alunos atendidos. Os indicadores foram baseados no número de licenças apresentadas, número de trabalhadores em licença e dias de trabalho perdidos. Foram analisados os afastamentos por categoria profissional, faixa etária, gênero, local de trabalho e doença que levou ao afastamento. Resultados: Ambas as universidades apresentam perfil semelhante de adoecimento dos servidores, sendo os transtornos psiquiátricos e as doenças osteomusculares as mais prevalentes. As categorias profissionais mais acometidas por doença são os profissionais da área da saúde e educação. O absenteísmo é mais presente entre as mulheres. Conclusão: Os resultados do estudo apontam a necessidade de discutir estratégias que resultem em mudanças na forma de organização do trabalho, promoção à saúde e qualidade de vida dos trabalhadores, visando minimizar os impactos que o adoecimento traz aos trabalhadores e às instituições.Ambiência e saúde mental na privação de liberdade infanto-juvenil10.1590/s0103-73312023330322022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZRobert, CassianoStefanello, SabrinaDitterich, Rafael GomesSantos, Deivisson Vianna Dantas dos
<em>Robert, Cassiano</em>;
<em>Stefanello, Sabrina</em>;
<em>Ditterich, Rafael Gomes</em>;
<em>Santos, Deivisson Vianna Dantas Dos</em>;
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Resumo Este artigo descreve as percepções dos(as) trabalhadores(as) quanto às possíveis influências da localização, distribuição e estrutura física de sete unidades socioeducativas de internação paranaenses (Censes) destinadas a adolescentes em conflito com a lei, oferta de atividades e sua relação com os processos de trabalho e o cotidiano institucional. Trata-se de um estudo qualitativo, transversal e de cunho exploratório-descritivo. As metodologias envolveram entrevistas semiestruturadas, grupos focais e observação participante. Participaram dos grupos focais 79 trabalhadores(as), sendo outros(as) 08 entrevistados(as), em unidades de grande e pequeno porte, destinadas ao público feminino e masculino. Sobressaiu-se nesta pesquisa a relevância da análise da ambiência nos Censes, sendo a limitação no engajamento dos(as) adolescentes em ocupações influenciada por questões estruturais e de maior distância as unidades dos centros urbanos resultam em uma conformação de cuidado mais próxima da lógica segregadora. A organização do espaço e do sentido das atividades ofertadas influenciam também a saúde mental dos adolescentes.Custos de implementação do cabotegravir injetável de longa duração como profilaxia ao HIV no Brasil10.1590/s0103-73312023330212022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZParanhos, JuliaCastilho, MartaKlein, Helena EspelletMiranda, CarolinePerin, Fernanda SteinerPassoni, PatieeneVeloso, Valdiléa G.Grinsztejn, Beatriz
<em>Paranhos, Julia</em>;
<em>Castilho, Marta</em>;
<em>Klein, Helena Espellet</em>;
<em>Miranda, Caroline</em>;
<em>Perin, Fernanda Steiner</em>;
<em>Passoni, Patieene</em>;
<em>Veloso, Valdiléa G.</em>;
<em>Grinsztejn, Beatriz</em>;
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Resumo O artigo descreve a estimação dos custos potenciais, sob a ótica do Ministério da Saúde (MS), da implementação do medicamento cabotegravir injetável de longa duração (CAB LA) no Sistema Único de Saúde, como alternativa para a prevenção à infecção pelo HIV e parte da estratégia nacional de prevenção combinada. Utilizou-se o instrumental analítico de cadeias de valor para elaborar a cadeia de valor do CAB LA com a identificação dos seus elos e atividades. Foram definidos três cenários de demanda com base em dados da população-alvo, variando em abrangência geográfica, e calculados os custos potenciais. A cadeia de valor do CAB LA é dividida em três grandes elos: produção, incorporação e assistência farmacêutica. Somente o último é considerado para o cálculo dos custos sob responsabilidade orçamentária do MS. Os custos potenciais são estimados em R$ 15 milhões, R$ 19 milhões e R$ 21,8 milhões, nos cenários de demanda baixa, média e alta, respectivamente. O estudo apresenta os custos potenciais para o MS, incluindo a necessidade de testes e procedimentos, de forma a orientar os gestores públicos e o próprio processo de incorporação. A ausência de preço do CAB LA é uma importante limitação para os resultados.Efeitos de uma epidemia no trabalho em saúde: cuidando de crianças com síndrome congênita pelo vírus Zika10.1590/s0103-73312023330022022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSena, Luciana BatalhaLamy, Zeni CarvalhoCarvalho, Ruth Helena de Souza Britto Ferreira deOliveira, Poliana Soares deOliveira, Ághata Gabriela Fonseca de
<em>Sena, Luciana Batalha</em>;
<em>Lamy, Zeni Carvalho</em>;
<em>Carvalho, Ruth Helena De Souza Britto Ferreira De</em>;
<em>Oliveira, Poliana Soares De</em>;
<em>Oliveira, Ághata Gabriela Fonseca De</em>;
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Resumo Objetivou-se analisar relatos de profissionais, que atenderam crianças com síndrome congênita pelo vírus Zika (SCVZ), acerca de mudanças no processo de trabalho provocadas pela epidemia. Pesquisa qualitativa realizada em Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, em uma capital do Nordeste brasileiro, no período de abril de 2018 a janeiro de 2019. Os participantes foram 12 profissionais de nível superior que trabalhavam na instituição na época da epidemia de Zika. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e observação participante, buscando-se a triangulação dos dados. Foi realizada análise de conteúdo na modalidade temática. Os resultados foram categorizados em: Uma epidemia desconhecida e A (des)organização do cuidado. Tal emergência em saúde pública provocou desde incertezas e inseguranças na população, em geral, e em profissionais de saúde, até mudanças em processos de trabalho e na reorganização de serviço de saúde. A epidemia da Zika também promoveu visibilidade à precariedade da atenção e dos recursos às crianças com necessidade de reabilitação.O Trauma na pandemia de Covid-1910.1590/s0103-73312023330642022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZGouget, Daniella Teixeira Dantas
<em>Gouget, Daniella Teixeira Dantas</em>;
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A história de uma mulher negra e gorda: cotidiano, afetividade e sexualidade10.1590/s0103-73312023330282022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCarniel, Gabriela PachecoDiercks, Margarita SilvaJung, Natália Miranda
<em>Carniel, Gabriela Pacheco</em>;
<em>Diercks, Margarita Silva</em>;
<em>Jung, Natália Miranda</em>;
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Resumo Toda mulher que foge do rígido padrão de beleza atual sofre julgamento, rejeição, críticas e é propícia à marginalização - este é o caso das mulheres gordas. O preconceito sofrido pelas pessoas gordas é chamado de gordofobia e limita a vida desses indivíduos, impedindo inclusive que estes vivenciem sua sexualidade plenamente. Este trabalho realizou um relato de caso sobre a percepção do corpo gordo por parte de uma mulher adulta, gorda, de baixa renda e negra e como o ser gorda perpassa a vida desta mulher e sua relação afetiva e sexual com seu companheiro. Constatou-se que as mulheres gordas sentem insatisfação em relação aos seus corpos e comparam-se aos estereótipos de beleza difundidos pela mídia, o que lhes causa frustração e sentimentos de inferioridade. Preconceito, isolamento e exclusão são constantes na vida das mulheres em função de seus corpos grandes e volumosos. Esse preconceito se potencializa nas mulheres negras, uma vez que o racismo é estrutural e a população negra segue sendo marginalizada. O sofrimento e o impacto do corpo gordo no cotidiano, na autoestima, na relação sexual e afetiva são constantemente pauta na vida da mulher gorda, e a gordofobia emerge como razão considerável de sofrimento psíquico, sobretudo para a mulher.Articulando Gênero e Saúde: um mapa para refletir sobre processos de saúde e doença a partir da chave analítica dos estudos de gênero10.1590/s0103-73312023330392022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZNucci, Marina
<em>Nucci, Marina</em>;
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Estigma e injustiça epistêmica: experiência de adoecimento e tratamento no CAPS AD III sob a ótica do usuário10.1590/s0103-73312023330402022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBarros, Octávia CristinaSerpa Jr, Octavio Domont de
<em>Barros, Octávia Cristina</em>;
<em>Serpa Jr, Octavio Domont De</em>;
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Resumo Este artigo parte de uma pesquisa qualitativa que busca dar voz aos usuários, tornando-os atores através de uma pesquisa participativa. Trouxe à tona discursos estigmatizados e experiências afetadas pela perda de credibilidade testemunhal, conceito introduzido por Miranda Fricker como injustiça epistêmica. Todos os dados foram gerados através de um modelo de entrevista (MINI) no primeiro momento da pesquisa. No segundo momento, foi feita uma pesquisa participativa sob a lógica do cuidado que requer uma prática baseada na sensibilidade em relação às experiências do mundo dos usuários participantes. Diante desta perspectiva, ter voz emergiu como ponto essencial, e é nessa lógica que a pesquisa realizada no CAPS AD III, para que os usuários fizessem parte de uma abordagem participativa, teve a intenção de produzir mudanças.Sponsorship of the LGBT parade by the tobacco industry and promotion of its heated tobacco product from the perspective of critical discourse analysis10.1590/s0103-73312023330332022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCarvalho, Aline de MesquitaFonseca, Vania de MatosDeslandes, Suely Ferreira
<em>Carvalho, Aline De Mesquita</em>;
<em>Fonseca, Vania De Matos</em>;
<em>Deslandes, Suely Ferreira</em>;
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Abstract Brazil has advanced in tobacco control actions, with a significant decline in the prevalence of tobacco use. However, it is essential to identify more vulnerable populations, such as LGBT persons. This study aimed to analyze the discursive production sustaining the search for support and penetration of the tobacco industry among the LGBT population, taking the sponsorship of Philip Morris Brasil to the LGBT parade in São Paulo in 2019. We employed the critical discourse analysis of a report published on a blog. The analysis of the piece points to the use of vocabularies such as diversity, inclusion, modernity, and innovation, which concern the LGBT cause and the launch of its new product. The text conveys a high commitment and a courteous tone, using discursive resources that associate the company with technical and behavioral innovation ideas. It communicates intertextually with regulatory bodies about introducing its new product in the Brazilian market (prohibited in Brazil). It uses different ideological operators, such as the euphemism of the smokeless or smoke-free future. The work shows a tobacco industry strategy to promote its heated product while supporting LGBT cause and promoting a positive corporate image.Significados dos problemas mentais na infância: Quem olha? O que se olha? Como se olha?10.1590/s0103-73312023330352022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZEsper, Marcos VenicioNakamura, Eunice
<em>Esper, Marcos Venicio</em>;
<em>Nakamura, Eunice</em>;
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Resumo Neste estudo, analisaram-se os significados dos problemas mentais na infância, segundo um grupo de profissionais de duas unidades de saúde da família (USF), destacando-se quem olha, o que se olha e como se olham esses problemas. Realizou-se pesquisa etnográfica, privilegiando-se entrevistas com roteiro semiestruturado com oito profissionais das duas USF, buscando revelar os “modelos nativos” sobre esses problemas. Os problemas mentais na infância eram identificados pelos profissionais, pais, vizinhos, professores, destacando-se o olhar de adultos. Agitação, agressividade, problemas na escola ou em casa, foram queixas classificadoras de uma criança normal ou anormal. Recorriam a profissionais especializados, outras instituições e serviços de saúde para o tratamento às crianças. Para os entrevistados, os problemas mentais na infância estão vinculados a questões familiares, principalmente como causa desses problemas. A complexidade desses problemas, envolvendo aspectos socioculturais, evidencia a importância de construção de práticas fundamentadas no conhecimento interdisciplinar, como incorporado nas políticas de saúde mental infantil e que tem contribuído ao fortalecimento e supressão de lacunas existentes na assistência às crianças, buscando abarcar a complexidade de suas experiências de sofrimento, associadas a situações de vida marcadas pela vulnerabilidade e precariedades sociais, reconhecendo-se crianças como sujeitos dessas políticas.O cuidado em saúde mental e a participação política de usuários e familiares na ressignificação do estigma sobre os transtornos mentais10.1590/s0103-73312023330382022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZPires, Ronaldo RodriguesAlencar, Alexsandro Batista deFerreira Júnior, Antonio RodriguesSampaio, José Jackson Coelho
<em>Pires, Ronaldo Rodrigues</em>;
<em>Alencar, Alexsandro Batista De</em>;
<em>Ferreira Júnior, Antonio Rodrigues</em>;
<em>Sampaio, José Jackson Coelho</em>;
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Resumo A persistência do estigma associado aos transtornos mentais deve ser um problema a ser enfrentado pelos sistemas de saúde na luta contra a discriminação de pessoas que experienciam sofrimento psíquico. Este estudo qualitativo, do tipo narrativo, objetiva compreender a experiência de conviver com o estigma relacionado aos transtornos mentais a partir dos relatos de usuários e de familiares de pessoas atendidas em Centros de Atenção Psicossocial de diferentes regiões da cidade de Fortaleza-CE. Foram entrevistados quatro usuários e três familiares que guardavam a particularidade de pertencerem a um núcleo da luta antimanicomial. Por meio de um roteiro com perguntas sobre as experiências individuais na busca por cuidados, as informações produzidas foram analisadas pelo método da hermenêutica dialética. Os resultados mostram que o estigma se faz presente no cotidiano, implicando sofrimento e discriminação. Contudo, os processos de cuidado recebidos, orientados para o reconhecimento dos potenciais e da condição de sujeitos políticos, ressignificaram percepções negativas sobre si mesmos e sobre os serviços em que eram atendidos. Esse processo colaborou com o engajamento dos usuários e dos familiares nas instâncias oficiais de controle social e no movimento antimanicomial, instigando, entre os sujeitos, a defesa do cuidado humanizado e do combate ao estigma.Da imaginação à neuroimagem: uma análise antropológica sobre a racionalidade do efeito placebo em ensaios clínicos10.1590/s0103-73312023330432022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSaretta, Mário EugênioRohden, Fabíola
<em>Saretta, Mário Eugênio</em>;
<em>Rohden, Fabíola</em>;
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Resumo O efeito placebo é um ponto de passagem obrigatório para a compreensão da racionalidade envolvida nos ensaios clínicos randomizados. A partir da antropologia da ciência e da tecnologia, este artigo analisa como a noção de efeito placebo tem sido utilizada pela ciência na produção de fronteiras biossociais. Assim, enfoca fenômenos que inicialmente eram atribuídos à imaginação e analisa as consequências de novas metodologias científicas que têm reconhecido outras potencialidades desse efeito, mas tendem a privilegiar marcadores biológicos. O argumento central é que a disputa epistemológica oculta a existência múltipla do efeito placebo que pode ser reconhecida em função das diferentes práticas às quais ele confere racionalidade.Dificuldades no trabalho em saúde mental: percepção de trabalhadores do Núcleo de Apoio à Saúde da Família na Macrorregião Oeste de Minas Gerais10.1590/s0103-73312023330522022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZGuimarães, Denise AlvesOliveira, Vanessa Cristina de PaivaCoelho, Vívian Andrade AraújoGama, Carlos Alberto Pegolo da
<em>Guimarães, Denise Alves</em>;
<em>Oliveira, Vanessa Cristina De Paiva</em>;
<em>Coelho, Vívian Andrade Araújo</em>;
<em>Gama, Carlos Alberto Pegolo Da</em>;
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Resumo No atual cenário de manobras neoliberais no país, mudanças nas Políticas de Atenção em Saúde alteram formas de organização e financiamento dos serviços, desdobram-se em formas precarizadas de trabalho e ameaçam conquistas da Reforma Psiquiátrica e Atenção Psicossocial. Buscou-se identificar e analisar, na percepção de profissionais de 11 equipes de Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), dificuldades no processo de construção de uma política de Saúde Mental (SM) na Atenção Básica em Saúde (ABS). Realizou-se estudo qualitativo, a partir de entrevistas com 11 profissionais de SM dos NASF, e estas foram analisadas considerando-se o referencial da Análise de Conteúdo. As dificuldades identificadas foram: formas precárias de contratação; alta rotatividade; carga horária insuficiente; baixa remuneração; concentração da carga horária em atividades de assistência; falta de compartilhamento e integração de serviços e profissionais; desarticulação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). O Apoio Matricial não estava incorporado e não havia políticas de Educação Permanente em Saúde (EPS) no conjunto dos municípios estudados. No entanto, os NASF contribuíam para melhorar o cuidado em SM. Conclui-se que as mudanças em curso impõem desafios para a sustentação de conquistas em SM e consolidação da política de SM na ABS dos municípios estudados.(Des)conhecimento do diabetes nas escolas: percepção de crianças e adolescentes10.1590/s0103-73312023330412022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMourão, Denise MachadoMelgaço, Natália MotaFrias, Nathália Felícia SilvaSilva, Nayara Benedito Martins daSilva, Roberta Scaramussa daSedlmaier, Bruna Martins GrassiBorges, Grasiely Faccin
<em>Mourão, Denise Machado</em>;
<em>Melgaço, Natália Mota</em>;
<em>Frias, Nathália Felícia Silva</em>;
<em>Silva, Nayara Benedito Martins Da</em>;
<em>Silva, Roberta Scaramussa Da</em>;
<em>Sedlmaier, Bruna Martins Grassi</em>;
<em>Borges, Grasiely Faccin</em>;
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Resumo Objetivo: Verificar a percepção sobre o diabetes dos alunos de escolas públicas. Métodos: Estudo descritivo transversal, com entrevista aos alunos sobre diabetes (sinais e sintomas, alimentação e questões sobre o autocuidado no ambiente escolar), com análise de conteúdo para a questão aberta, expressa em número de ocorrências, e demais resultados em frequência, média e desvio padrão. Resultados: 302 estudantes, com 9,1±1,5 anos e 54% do sexo feminino. Termos associados a consequências negativas tiveram 91 ocorrências para “o que é diabetes”. Para 95,4% dos entrevistados a pessoa com diabetes não pode comer doces, e para 32,8% o diabetes é transmitido de uma pessoa para outra. Apenas 34,8% afirmaram que o colega com diabetes pode participar de atividades físicas/recreativas, e 32,1% responderam que ele não poderia lanchar junto com os demais. Somente 29,2% dos entrevistados reconheceram que o colega com diabetes precisaria ter consigo algo com açúcar para momentos em que se sinta mal. Conclusões: Estes achados reforçam a necessidade de melhorar o conhecimento e a percepção dos estudantes sobre o diabetes no ambiente escolar, propiciando condições mais harmoniosas e seguras de manejo do diabetes nestes espaços.Autolesão não suicida em mulheres jovens: compreensão dos significados envolvidos no ato autolesivo10.1590/s0103-73312023330512022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCronemberger, Gerlany LealSilva, Raimunda Magalhães da
<em>Cronemberger, Gerlany Leal</em>;
<em>Silva, Raimunda Magalhães Da</em>;
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Resumo A autolesão entre mulheres jovens é problema de saúde pública ainda pouco conhecido e compreendido por pais, educadores e profissionais de saúde. Procurou-se compreender o comportamento autolesivo em mulheres jovens numa perspectiva do significado, ações e interpretação da situação vivenciada. Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa que utilizou entrevista semiestruturada para coleta de dados, no período de janeiro a março de 2020. Os dados foram organizados pelo programa MAXQDA e analisados com base no Interacionismo Simbólico. As cinco entrevistadas são jovens educadas pelas mães, possuem pouco ou nenhum contato com os pais. Narraram histórias de abuso sexual, rejeição paterna, bullying e baixo acolhimento no ambiente escolar. Estabeleceram uma percepção pessimista de si, oriunda de interpretações próprias e de suas interações sociais. Enxergaram a autolesão como refúgio. Praticaram a autolesão quando estavam sob sentimentos negativos insuportáveis. Viviam num ciclo de substituição do sofrer psicológico pelo padecimento físico. Todas admitiram possuir temperamentos ansiosos, baixa autoestima e inabilidades socioemocionais. A autolesão tem vínculo direto com os significados que essas jovens se atribuem. Nas escolas, a incorporação de conhecimento sobre bem-estar deve ser estimulada para a formação de pessoas mais eficazes na resolução de problemas.Colonialidade e saúde: olhares cruzados entre os diferentes campos10.1590/s0103-73312023330252022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBezerra, Patricia AraújoCavalcanti, PaulineMoura, Leides Barroso de Azevedo
<em>Bezerra, Patricia Araújo</em>;
<em>Cavalcanti, Pauline</em>;
<em>Moura, Leides Barroso De Azevedo</em>;
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Resumo Elevada a um patamar de legitimidade juntamente com a ordem social global do capitalismo, a ciência moderna descreve e prescreve padrões sobre a ética do cuidado, a estética dos corpos e os desenhos das políticas de saúde. Este estudo objetiva analisar o campo da saúde à luz das teorias pós-coloniais e de políticas públicas, apresentando o desafio da interdisciplinaridade como contraponto ao establishment. Trata-se de uma revisão compreensiva de literatura sobre as políticas públicas e as teorias pós-coloniais, explorando produções da área com o intuito de desvelar dinâmicas e tendências atuais. Para as análises, adotou-se um referencial teórico decolonial visando explorar perspectivas da ética, estética e política no campo da saúde. A dimensão cuidadora do trabalho em saúde tem sido minimizada em detrimento de um profissionalismo permeado de distanciamento emocional e neutralidade, que está cada vez mais centrado em avanços tecnológicos. Na busca por “cuidado à saúde”, os indivíduos carregam demandas social e cientificamente construídas, tendo seus saberes, muitas vezes, deslegitimados. Perante a agenda neoliberal em curso torna-se imperativo discernir os desafios que cercam o sistema saúde brasileiro e fortalecer os saberes culturais locais.Análise da Política de Atenção Integral à Pessoa com Deficiência em uma capital da Região Nordeste do Brasil10.1590/s0103-73312023330622022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMartins, Cybelle FernandaAlbuquerque, Maria do Socorro Veloso deOliveira, Raquel Santos deMiranda, Gabriella Morais Duarte
<em>Martins, Cybelle Fernanda</em>;
<em>Albuquerque, Maria Do Socorro Veloso De</em>;
<em>Oliveira, Raquel Santos De</em>;
<em>Miranda, Gabriella Morais Duarte</em>;
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Resumo Na cidade do Recife, a primeira formulação de uma política de saúde direcionada às pessoas com deficiência (PCD) ocorreu 14 anos após a publicação da Política Nacional. Nesse sentido, o artigo analisou o processo de formulação da Política Municipal de Atenção Integrada à Saúde da Pessoa com Deficiência da cidade do Recife em 2016. Por meio de um estudo de caso, foram estudados o contexto, atores, conteúdo e processo de formulação da política através da realização de análise documental e entrevistas com gestores, representantes do Conselho de Saúde e de entidades representativas da PCD. A Política estudada foi formulada em um macrocontexto de vulnerabilidade social acentuado pelo golpe de 2015 e por medidas severas de austeridade fiscal que têm impactado desproporcionalmente as PCD. No microcontexto, percebeu-se influência da área de Direitos Humanos, das eleições municipais e da epidemia da síndrome congênita pelo Zika vírus, que descortinou um vazio assistencial. Houve incipiente participação das PCD, que desconhecem seu conteúdo e pouco acompanham sua implementação. A participação social é fundamental para atender às necessidades das PCD, por isso, pode-se afirmar que é imperativo o estabelecimento de uma relação dialógica em torno da Política e dos desafios de sua implementação.Sobre o presente e o futuro da epidemia HIV/Aids: a prevenção combinada em questão10.1590/s0103-73312023330532022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLucas, Márcia Cavalcanti VinhasBöschemeier, Ana Gretel EchazúSouza, Elizabethe Cristina Fagundes de
<em>Lucas, Márcia Cavalcanti Vinhas</em>;
<em>Böschemeier, Ana Gretel Echazú</em>;
<em>Souza, Elizabethe Cristina Fagundes De</em>;
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Resumo Muito se discute sobre o atual estágio da epidemia de HIV/Aids no Brasil. Dados oficiais do Ministério da Saúde apontam para estabilização da epidemia; no entanto, pesquisadores e organismos internacionais apontam para sua reemergência. Em nível mundial, a ONU afirma ser possível erradicar a epidemia até 2030. Neste artigo apresentamos o trabalho de tradução de práticas que abrange diálogos entre as narrativas oficial, global e nacional. Foram adotadas duas estratégias metodológicas centrais: entrevistas e pesquisa documental. A análise e discussão dos resultados foram realizadas com base nos procedimentos sociológicos: sociologia das emergências e ecologia de saberes, referenciados em Boaventura de Sousa Santos, para identificar o que emerge na diversidade de experiências, globais, nacionais e locais, como resposta à epidemia de HIV/Aids, com o recorte sobre as análises e reflexões sobre a prevenção combinada. Identificamos que a prevenção foi a etapa mais negligenciada do cuidado, e que há divergências entre as expectativas das instituições e dos atores locais sobre as possibilidades de erradicação da epidemia. Concluímos pela insuficiência do modelo de Prevenção Combinada proposto pelo Ministério da Saúde no diagrama “Mandala de Prevenção Combinada” e propomos uma representação gráfica alternativa, a partir das possibilidades que emergiram do trabalho de tradução.Análise situacional de uma clínica-escola de Fonoaudiologia de uma universidade federal da Bahia: um enfoque sobre os problemas10.1590/s0103-73312023330602022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZAndrade, Natalia Vital de SalesMatos, Catharina
<em>Andrade, Natalia Vital De Sales</em>;
<em>Matos, Catharina</em>;
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Resumo Trata-se de uma análise situacional de uma clínica-escola de Fonoaudiologia de uma universidade federal da Bahia no que tange ao seu funcionamento e à articulação com a rede municipal de saúde de Salvador-BA. Estudo de caso descritivo, cuja estratégia metodológica foi baseada no Enfoque por Problemas na perspectiva do Planejamento Estratégico Situacional (PES), de Carlos Matus. A investigação empregou como estratégia metodológica a análise documental, a observação participante, entrevistas semiestruturadas e grupo focal com os atores institucionais. Os resultados apontaram fragilidades em quatro das cinco categorias de análise, quais sejam: infraestrutura, financiamento, organização e gestão, o que remete a fragilidades no processo de formação dos discentes e na integração da Instituição com a rede municipal de saúde. Dos vinte problemas identificados, dez encontram-se dentro da capacidade de governo e dentro da governabilidade dos atores institucionais, ou seja, são passíveis de intervenção pelos atores institucionais. Conclui-se que a clínica-escola deve institucionalizar a prática do planejamento estratégico situacional para combater a improvisação de ações e conseguir cumprir com efetividade suas duas importantes funções: ensino e atenção à saúde.Necessidades em Saúde do Trabalhador da Atenção Básica: relato de experiência de articulação entre pesquisadores, gestores e trabalhadores no Município de São Paulo10.1590/s0103-73312023330452022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZGaiotto, Emiliana Maria GrandoGodoy-Vieira, AlineSoares, Cassia BaldiniSilva, Leonardo Gomes Mello eToma, Tereza SetsukoNóbrega, Maria do Perpétuo Socorro de Sousa
<em>Gaiotto, Emiliana Maria Grando</em>;
<em>Godoy-Vieira, Aline</em>;
<em>Soares, Cassia Baldini</em>;
<em>Silva, Leonardo Gomes Mello E</em>;
<em>Toma, Tereza Setsuko</em>;
<em>Nóbrega, Maria Do Perpétuo Socorro De Sousa</em>;
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Resumo A Tradução do Conhecimento (TC) disponibiliza tecnologias que podem ser empregadas na operacionalização da integração entre universidade e sociedade, para a formulação de políticas informadas por evidências, em resposta a necessidades em saúde. A partir da formação de um grupo de trabalho - uma das tecnologias de TC disponíveis - e para compreender as necessidades em saúde dos trabalhadores inseridos na Atenção Básica (AB), este estudo objetivou relatar a experiência de problematização e instrumentalização realizada com pesquisadores, gestores e trabalhadores da AB no município de São Paulo. O referencial do Materialismo Histórico e Dialético conduziu o processo de realização de oficinas emancipatórias com os participantes. Dessa forma, foram levantados problemas enfrentados pelos trabalhadores, e realizados workshops e seminários de instrumentalização, de acordo com as necessidades do grupo de participantes. No processo de compreensão das necessidades em saúde dos trabalhadores da AB, os participantes relacionaram as formas de organização do trabalho aos desgastes dos trabalhadores, o que foi enfatizado pelo grupo. A formação do grupo foi estratégica para alcançar o objetivo, bem como direcionar a pesquisa sobre as respostas às necessidades em saúde dos trabalhadores na área, etapa seguinte da TC.O sofrimento futuro pode ser evitado: o yoga como estratégia na prevenção primária das doenças cardiovasculares10.1590/s0103-73312023330492022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZPereira, Léo FernandesTesser, Charles Dalcanale
<em>Pereira, Léo Fernandes</em>;
<em>Tesser, Charles Dalcanale</em>;
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Resumo Este estudo tem como objetivo avaliar o yoga como recurso para a prevenção primária das doenças cardiovasculares (DCV) no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), considerando o fenômeno da medicalização. Para tanto, realizou-se um ensaio, baseado na abordagem hermenêutico-filosófica, em que elementos da tradição do yoga foram colocados em interface com a racionalidade biomédica, o processo de antecipação e o discurso sobre os fatores de risco, presentes na atual lógica da prevenção primária. Observou-se que certos conceitos do yoga se opõem ao processo antecipatório, sendo que a incorporação destes pelo usuário pode impedir a excessiva medicalização do risco, gerada em função de expectativas de controle sobre doenças e sofrimentos futuros. Os resultados apontam que a inserção de parâmetros, valores e conceitos do yoga dentro de discussões nos grupos da APS podem contribuir para a maior autonomia dos usuários ao ampliar os atuais discursos sobre os fatores de risco, com maior apreciação para as questões psicológicas e emocionais que subjazem ao desenvolvimento das DCV. Como conclusão, observa-se a necessidade de futuros estudos que investiguem conceitos presentes na tradição do yoga que não somente as já conhecidas e bem exploradas técnicas psicofísicas, para a prevenção primária das DCV.Satisfação dos usuários com a qualidade da Atenção Primária à Saúde no estado da Paraíba: estudo transversal10.1590/s0103-73312023330182022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMonteiro, Debora Lana AlvesPadilha, Wilton Wilney Nascimento
<em>Monteiro, Debora Lana Alves</em>;
<em>Padilha, Wilton Wilney Nascimento</em>;
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Resumo Objetivo Visa analisar a satisfação dos usuários em relação aos atributos essenciais da Atenção Primária à Saúde, no Estado da Paraíba, a partir de dados secundários do PMAQ- AB. Método Estudo transversal realizado entre 2020 e 2021, com dados de 5.347 usuários vinculados a 1.363 equipes de saúde na APS do Estado. Foram selecionadas questões do material utilizado na Avaliação Externa no 3º ciclo do PMAQ-AB referentes ao perfil demográfico, condição socioeconômica e instrumento elaborado pelos pesquisadores com 42 variáveis. As respostas dos usuários foram categorizadas por equipe de saúde: “Muito Bom” (valor 4), “Bom” (valor 3), “Regular” (valor 2), “Ruim” (valor 1) e “Muito Ruim” (valor 0). Os dados foram tabulados por meio de frequência, porcentagens simples e analisados sob forma de tabelas no Excel 2010. Resultado A classificação “Muito Bom” foi de 10.751 (52,5%) em Acesso de Primeiro Contato, 9757 (55,1%) em Longitudinalidade, 1.315 (48,2%) em Coordenação da Atenção; com menor, proporção 4.146 (25,3%) em Integralidade no Estado da Paraíba. Conclusão O estudo demonstrou classificação geral positiva com a satisfação dos usuários e a presença dos atributos, nas Macrorregiões e Estado. Todavia, verificou-se baixo desempenho no atributo Integralidade e piores avaliações atribuídas à Macrorregião I.Comensalidade, câncer e sobrevivência: uma metassíntese qualitativa sobre experiências alimentares de pacientes após o diagnóstico de câncer10.1590/s0103-73312023330052022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZDiniz, Bruna CézarCosta, Mariana FernandesLima, Fernando Lopes Tavares deSantos, Antonio Tadeu Cheriff dos
<em>Diniz, Bruna Cézar</em>;
<em>Costa, Mariana Fernandes</em>;
<em>Lima, Fernando Lopes Tavares De</em>;
<em>Santos, Antonio Tadeu Cheriff Dos</em>;
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Resumo Objetivo Compreender as experiências e as práticas alimentares a partir do diagnóstico de câncer. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo metassíntese qualitativa. Utilizou-se a diretriz ENTREQ como protocolo, tendo como pergunta norteadora: “Quais são as experiências e as práticas alimentares de indivíduos após o diagnóstico de câncer?”. A busca foi realizada nas bases de dados Lilacs, Pubmed, Embase e Food Science and Techonology, a partir da combinação de palavras-chave relacionadas à alimentação e nutrição, ao adoecimento por câncer e à pesquisa qualitativa, publicados entre 2015 e 2020, em português, inglês e espanhol. Método Foram encontrados 414 artigos e excluídos 396, após leitura dos títulos e resumos. Além dos 18 artigos potenciais, foram incluídos cinco artigos de outras fontes, totalizando 23. Foram identificadas três categorias empíricas: ruptura da trajetória alimentar e estratégias de adaptação; reconstrução da identidade; e vicissitudes da comensalidade. Conclusões As perdas relacionadas à alimentação impactam na existencialidade do ser, na expressão da identidade e nas relações sociais, podendo levar ao isolamento e a desritualização da alimentação. As mudanças físicas podem levar a distúrbios de imagem corporal e sofrimento psíquico. Em decorrência dos sintomas de impacto nutricional, a família é o suporte emocional para reorganização da alimentação.A vida cotidiana do neoliberalismo: os cuidados de saúde à população em situação de rua no Rio de Janeiro10.1590/s0103-73312023330302022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZNunes, JoãoBrito, Cláudia
<em>Nunes, João</em>;
<em>Brito, Cláudia</em>;
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Resumo O crescimento do neoliberalismo nas políticas sociais brasileiras vem resultando em retrocessos nos indicadores sociais, nas condições de trabalho e no desempenho dos serviços de saúde. Não obstante, sabe-se pouco sobre como o neoliberalismo age nas práticas concretas e relações de cuidado. Este artigo visa contribuir para a análise dos impactos da neoliberalização da saúde no Brasil, com foco na capilarização do neoliberalismo no cotidiano do cuidado, bem como pensar formas de resistência ao neoliberalismo na saúde. Partimos da crítica marxista e feminista da vida cotidiana, que considera a interdependência entre o global e o local nas políticas e práticas de saúde. Utilizamos resultados de pesquisa qualitativa sobre o cuidado de saúde à população em situação de rua no Rio de Janeiro, como forma de ilustrar o impacto do neoliberalismo no cotidiano dos serviços de saúde e suas consequências nas percepções de profissionais de saúde e usuários. Observamos que atitudes individuais e coletivas dos profissionais de saúde evidenciam formas de resistência à racionalidade neoliberal hegemônica. A lente da vida cotidiana permite observar tanto a reprodução do global neoliberal, quanto atitudes que potenciam transformações e revelam a persistência de um cuidado empático enquanto um ato de resistência ao neoliberalismo.A regulação do acesso à atenção especializada pela Atenção Primária à Saúde da cidade do Rio de Janeiro: coordenação ou competição?10.1590/s0103-73312023330122022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZGomes, Gustavo GraçaMelo, Eduardo Alves
<em>Gomes, Gustavo Graça</em>;
<em>Melo, Eduardo Alves</em>;
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Resumo Há estudos que sugerem necessidade de maior participação da atenção primária à saúde (APS) na regulação assistencial. Na última década, o município do Rio de Janeiro descentralizou a regulação ambulatorial, conferindo maior protagonismo a médicos da APS no processo regulatório. Este estudo, realizado entre 2019 e 2020, analisou o processo local de regulação do acesso à atenção especializada na APS desta cidade, a partir de entrevistas com profissionais e gestores e análise documental. Os resultados foram organizados nas categorias “atores da APS na regulação: papéis, interações e ferramentas”, “a regulação na APS ampliando a capacidade de coordenação do cuidado” e “a prática da regulação ambulatorial sob domínio da urgência”. Identificaram-se vantagens comparativas do arranjo descentralizado para a interação entre solicitante e regulador, ampliação parcial da capacidade de coordenação do cuidado, competição por vagas e iniquidades de acesso, além de frágil interface entre APS e atenção especializada. A descentralização da regulação é promissora, porém requer atenção ao processo de trabalho na APS e sinergia com os processos regulatórios centralizados, tendo a rede regionalizada como pano de fundo.Barreiras e facilitadores para adesão à prática de exercícios por pessoas com dor crônica na Atenção Primária à Saúde: estudo qualitativo10.1590/s0103-73312023330192022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBorges, Paula de AndradeKoerich, Micheline Henrique Araujo da LuzWengerkievicz, Karina CorreaKnabben, Rodrigo José
<em>Borges, Paula De Andrade</em>;
<em>Koerich, Micheline Henrique Araujo Da Luz</em>;
<em>Wengerkievicz, Karina Correa</em>;
<em>Knabben, Rodrigo José</em>;
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Resumo Introdução Exercícios e atividades físicas são um dos principais componentes no tratamento de pessoas com dores crônicas, sendo incentivados pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde. Entretanto, sua adesão é frequentemente baixa. Objetivo Analisar a percepção dos participantes de grupos de dor crônica na Atenção Primária, sobre as barreiras e facilitadores para adesão à prática de exercícios. Metodologia Estudo qualitativo, descritivo, realizado através de entrevistas com 16 participantes de grupos de dor crônica ofertados por Unidades Básicas de Saúde no município de Florianópolis. Utilizou-se a Análise de conteúdo para interpretação dos dados. Resultados Foram verificados como facilitadores: resultados percebidos, acompanhamento profissional, prazer na atividade física e grupos de exercício como apoio social. Como barreiras foram observadas: exacerbação da dor, medo de lesão ou piora dos sintomas e condição financeira. O ambiente físico e as demandas e rotinas diárias encaixaram-se em ambos – barreiras e facilitadores. Conclusão Os resultados forneceram subsídios para que os profissionais da Atenção Primária possam planejar e desenvolver estratégias que assegurem o engajamento das pessoas com dor crônica em programas de exercícios e/ou atividade física.Itinerarios de reconstrucción de cuerpos de mujeres atacadas con agentes químicos en Bogotá, Colombia10.1590/s0103-7331202333003.esp2022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCian, Laura FrancoRivera-Largacha, Silvia
<em>Cian, Laura Franco</em>;
<em>Rivera-Largacha, Silvia</em>;
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Resumen El objetivo de este trabajo es analizar las experiencias de búsqueda y acceso a procedimientos para la reconstrucción física, social y psicológica de mujeres atacadas con agentes químicos en la ciudad de Bogotá. A partir un diseño etnográfico se recolectó información observacional y discursiva en escenarios de intervención formal y no formal sobre los cuerpos y se realizaron entrevistas en profundidad a sobrevivientes y a profesionales de la salud. Los datos fueron analizados a partir de un enfoque narrativo-crítico. Los hallazgos evidencian interpretaciones divergentes dentro de los sistemas cuidado de la salud sobre lo que constituye la reconstrucción de un cuerpo atacado con agentes químicos en un contexto marcado por grandes desigualdades en el acceso a la salud.Vigilância à saúde da doença de Chagas em municípios endêmicos de Minas Gerais: percepção e conhecimento de profissionais da vigilância entomológica10.1590/s0103-73312023330112022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSouza, Izabella Cristina AlvesRodrigues, Fernanda Cristina SantosSouza, Janice Maria BorbaVieira, Alexandra Paiva AraújoDiotaiuti, Lileia GonçalvesFerreira, Raquel Aparecida
<em>Souza, Izabella Cristina Alves</em>;
<em>Rodrigues, Fernanda Cristina Santos</em>;
<em>Souza, Janice Maria Borba</em>;
<em>Vieira, Alexandra Paiva Araújo</em>;
<em>Diotaiuti, Lileia Gonçalves</em>;
<em>Ferreira, Raquel Aparecida</em>;
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Resumo Objetivo Traçar o perfil sociodemográfico dos agentes de combate a endemias (ACEs) dos municípios que compõem a microrregional de saúde de Itaúna, Minas Gerais; e apreender a percepção dos profissionais da vigilância entomológica sobre a doença de Chagas e serviços de saúde. Metodologia Aplicou-se um questionário semiestruturado aos ACEs e foi realizado um grupo focal com os coordenadores de endemias e digitadores. Resultados Dentre os ACEs, a maioria era do sexo feminino, entre 21 e 40 anos, com ensino médio, possuindo contrato de trabalho temporário há menos de 5 anos. Foi possível apreender: as más condições de trabalho dos ACEs, destacando-se a alta rotatividade e defasagem salarial; ausência de ações de promoção à saúde relacionadas à doença de Chagas; desarticulação entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e Vigilância à Saúde (VS); e críticas às ações de controle da doença pós-processo de descentralização da saúde. Conclusões Há urgência na concretização da legislação inerente à natureza trabalhista e às condições de trabalho dos ACEs, bem como ao planejamento conjunto das ações de APS e VS, garantindo a atenção integral por meio de ações de promoção à saúde voltadas à população, focando especialmente a doença de Chagas, consolidando o SUS.Rede de Atenção Psicossocial: desenvolvimento e validação de um instrumento multidimensional para avaliação da implantação (IMAI-RAPS)10.1590/s0103-73312023330042022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCoelho, Vivian Andrade AraujoPauferro, Ana Luiza MoreiraSilva, Mariana Arantes eGuimarães, Denise AlvesGama, Carlos Alberto Pegolo daModena, Celina MariaGuimarães, Eliete Albano de Azevedo
<em>Coelho, Vivian Andrade Araujo</em>;
<em>Pauferro, Ana Luiza Moreira</em>;
<em>Silva, Mariana Arantes E</em>;
<em>Guimarães, Denise Alves</em>;
<em>Gama, Carlos Alberto Pegolo Da</em>;
<em>Modena, Celina Maria</em>;
<em>Guimarães, Eliete Albano De Azevedo</em>;
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Resumo Trata-se de um estudo metodológico para desenvolvimento e validação do Instrumento Multidimensional para Avaliação da Implantação da RAPS (IMAI-RAPS) em Minas Gerais (MG)/Brasil. O estudo foi executado em três etapas: estudo de avaliabilidade, desenvolvimento do IMAI-RAPS, aplicação da Técnica Delphi para validação de conteúdo e aparência das questões. Foram realizados a análise de documentos oficiais, revisão da literatura e um engajamento estruturado com membros do programa para esclarecer sua operacionalização e focalizar os aspectos centrais a serem avaliados. Um modelo teórico-lógico da RAPS foi construído de acordo com a tríade donabediana: estrutura, processo e resultado e organizado em: Unidades Mínimas (Assistência à Saúde Mental e Reabilitação Psicossocial), Conectividade (Articulação da Rede), Integração (Governança e Gestão do Cuidado), Normatividade (Política de Saúde Mental e Participação e Controle Social), Subjetividade e Estrutura (Serviços, Sistema Logístico e Educação em Saúde). Desse modelo derivou-se o IMAI-RAPS que foi validado por 44 experts da área indicando a abordagem de questões relevantes, úteis e viáveis para avaliação da estrutura e processo de implantação do programa em MG. A utilização da Técnica Delphi possibilitou que os produtos desenvolvidos fossem balizados por estudiosos ou profissionais da RAPS de diversas regiões do país aumentando o poder analítico da ferramenta.Perfil dos protocolos de ensaios clínicos sobre Covid-19 com participação da Fiocruz10.1590/s0103-73312023330162022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSouza, Vilênia Toledo de
<em>Souza, Vilênia Toledo De</em>;
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Resumo Objetivo Identificar a atuação da Fiocruz em estudos clínicos relacionados à Covid-19. Analisar as diferentes terminologias utilizadas para se referir à participação da Fiocruz. Mapear a região desses estudos. Mensurar a quantidade dos estudos aprovados nas plataformas de registro de estudos clínicos e bases ético-regulatórias. Dentre estes, analisar as características metodológicas e de boas práticas dos protocolos dos estudos intervencionais. Métodos Foram revisadas as bases de dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC), ClinicalTrials.gov, International Clinical Trials Registry Platform (ICTRP), US Food and Drug Administration (FDA) e Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Resultados Foram encontrados 53 estudos clínicos sobre Covid-19 com a participação da Fiocruz em 39 destes como instituição proponente. Dentre os 53 estudos, 19 estão em plataformas de registro. Sobre os estudos intervencionais registrados, cinco são de prevenção e nove de tratamento. A intervenção mais analisada nestes estudos foi cloroquina/hidroxicloroquina. Observou-se ainda maior concentração dos estudos clínicos na Região Sudeste, com o total de 37. Conclusão Foram analisadas algumas limitações no delineamento metodológico que podem afetar o alcance dos estudos. Espera-se que os dados obtidos sejam utilizados para orientação futura de estudos clínicos sobre Covid-19 com participação da Fiocruz.Por uma decolonização do HIV e interseccionalização das respostas à aids10.1590/s0103-73312023330242022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCazeiro, FelipeLeite, Jáder FerreiraCosta, Andrei Junior da
<em>Cazeiro, Felipe</em>;
<em>Leite, Jáder Ferreira</em>;
<em>Costa, Andrei Junior Da</em>;
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Resumo Com o advento da aids, uma articulação discursiva jornalística-biomédica-midiática contribuiu para acentuar a estigmatização sobre determinadas populações implicando uma colonização do HIV em que o vírus atingiria algumas pessoas enquanto outras estariam livres. Através de uma Análise do Discurso Crítica (ADC) realizou-se uma análise de retórica de algumas rupturas e continuidades discursivas nas áreas acadêmica-jurídica-midiática a partir de uma revisão narrativa de literatura (RNL). Os referenciais teóricos, éticos e políticos dos estudos decoloniais foram utilizados para a presente análise por entenderem que a colonialidade se reproduz em uma tripla dimensão: a do poder, do saber e do ser. Estes estudos foram articulados à uma crítica interseccional em que múltiplas formas de discriminação podem se sobrepor e serem experimentadas em intersecção tendo a contextualização sobre o que representou a aids, no Haiti, como eixo central comparativa para análise. Interessou-nos pensar a contribuição dessas perspectivas para lançar algumas provocações às respostas ao HIV/aids numa tentativa de superação de uma visão reducionista propagada por discursos morais e criminalizantes que, ao se posicionarem através de uma suposta neutralidade, dissimulam a interseccionalidade de gênero, classe, raça e sexualidade, levantando barreiras para as políticas e estratégias de promoção da saúde e prevenção ao HIV/aids.Distanciamento social em contextos urbanos na pandemia de Covid-19: desafios para o campo da saúde mental10.1590/s0103-73312023330072022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBosi, Maria Lúcia MagalhãesAlves, Erinaldo Domingos
<em>Bosi, Maria Lúcia Magalhães</em>;
<em>Alves, Erinaldo Domingos</em>;
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Resumo Neste artigo, analisamos o distanciamento social, principal ação preventiva na pandemia de Covid-19, como fenômeno que ultrapassa sua demarcação como medida sanitária, revelando-se como experiência humana desdobrada em sofrimentos psíquicos diversos, desafiando sob muitas formas o campo da saúde mental. Situamos essa problemática no cenário brasileiro, periférico no capitalismo globalizado, contextualizado na hipermodernidade, no qual sobressai o modo de vida urbano, marcado por desigualdades e produtor de vulnerabilidades que se evidenciam no combate à pandemia, expressandose em sofrimentos e transtornos que desafiam o campo da saúde mental coletiva. Apontamos reflexões e subsídios para a ampliação desse campo, sob uma perspectiva crítica e complexa, concernentes à produção de conhecimentos e do cuidado, focalizando a urbanidade como dimensão analítica central na compreensão do distanciamento. Ilustramos com alguns desafios e também possibilidades de reinvenção em saúde mental, no contexto da pandemia de Covid-19, focalizando tanto ações voltadas à esfera coletiva, em escala macro, na rede pública de saúde, como nos encontros constitutivos do processo de cuidado, buscando subsidiar uma clínica ampliada nesse contexto.Ontologias da adolescência e ato infracional: uma revisão integrativa da década (2011-2020)10.1590/s0103-73312023330082022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZGuimarães, André
<em>Guimarães, André</em>;
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Resumo Este artigo, segmento do trabalho de doutorado do autor, apresenta uma revisão integrativa de literatura nas diversas áreas de conhecimento que abordam a temática adolescência e ato infracional. Segue o método sistemático e o formato narrativo, tomando a ciência como prática social e levantando aspectos qualitativos da literatura produzida entre 2011 e 2020, com enfoque no estado atual do conhecimento e no modo como se tem produzido os saberes científicos nesse campo. Os resultados apresentam recortes importantes acerca da problemática, porém, de modo geral, o panorama revela saberes fragmentados, com discursos disciplinares e pouco dialogados. Os modos de considerar o adolescente nas pesquisas tendem a se dar com práticas de silenciamento, priorizando o saber-fazer-poder-dizer de adultos, “especialistas” e instituições. Ressalta-se a importância do pensamento crítico, decolonial, complexo e transdisciplinar como orientadores de uma ciência capaz de integrar diferentes saberes, rompendo com lógicas estanques de separação, oposição, redução, hierarquização e silenciamento.Medicalização do sofrimento psíquico na Atenção Primária à Saúde em um município do interior do Ceará10.1590/s0103-73312023330102022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSantos, Jomábia Cristina Gonçalves dosCavalcante, Dimas SampaioVieira, Camilla Araújo LopesQuinderé, Paulo Henrique Dias
<em>Santos, Jomábia Cristina Gonçalves Dos</em>;
<em>Cavalcante, Dimas Sampaio</em>;
<em>Vieira, Camilla Araújo Lopes</em>;
<em>Quinderé, Paulo Henrique Dias</em>;
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Resumo Este trabalho objetiva discutir como o fenômeno da medicalização do sofrimento psíquico se apresenta no discurso e na prática dos profissionais da Atenção Primária à Saúde. Foram realizadas observações sistemáticas e entrevistas semidiretivas com sete trabalhadores do município de Iguatu, Ceará, Brasil. A análise dos dados foi feita através da Análise de Conteúdo, de Bardin. Os resultados apontaram para uma centralidade no uso de medicação para atender o sofrimento psíquico que chega às unidades de saúde. Os profissionais discorreram sobre o medicamento enquanto uma estratégia rápida e eficiente, que, em consonância com a literatura pesquisada, pode ser utilizada como um dispositivo de controle do sujeito em adoecimento psíquico. Considera-se possível mobilizar, junto aos profissionais, espaços de discussão que apontem para o cuidado da pessoa com sofrimento psíquico através do uso de tecnologias leves, como escuta, vínculo e diálogo.A rede de cuidados à saúde para a população transexual10.1590/s0103-73312023330012022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZPaiva, Camila RodriguesFarah, Beatriz FranciscoDuarte, Marco José de Oliveira
<em>Paiva, Camila Rodrigues</em>;
<em>Farah, Beatriz Francisco</em>;
<em>Duarte, Marco José De Oliveira</em>;
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Resumo O SUS trouxe os princípios de universalidade, integralidade e equidade para nortear as ações e os serviços de saúde, que devem ser livres de preconceito e discriminação. A rede formal de cuidados foi compreendida como a que está institucionalizada e a rede informal é uma rede afetiva. O objetivo da pesquisa foi compreender o acesso à rede de cuidados à saúde na percepção de transexuais em um município da Zona da Mata mineira, por meio da abordagem metodológica qualitativa com estudo descritivo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito pessoas transexuais. As informações foram analisadas por meio da hermenêutica-dialética. Foram identificadas como barreiras à rede formal de cuidados o desrespeito ao uso do nome social nos serviços de saúde e o preconceito dos profissionais. Buscam-se cuidados e informações sobre uso de hormônios nas redes informais. A rede informal acolhe, mas a busca por cuidados somente nessas redes pode trazer riscos à saúde. A pesquisa evidenciou a existência de uma forte rede afetiva no município e a necessidade do estabelecimento de uma sólida rede formal de cuidados para a população transexual com ampla participação da rede informal. A rede formal é instável e não atende as necessidades de saúde dessa população.Capacidade de resposta do NASF em saúde mental10.1590/s0103-73312023330172022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZDimenstein, MagdaMacedo, João PauloSilva, Brisana Índio do Brasil de Macêdo
<em>Dimenstein, Magda</em>;
<em>Macedo, João Paulo</em>;
<em>Silva, Brisana Índio Do Brasil De Macêdo</em>;
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Resumo Objetivou-se analisar a capacidade de resposta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em saúde mental em três estados nordestinos a partir do II e III Ciclos do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Os resultados foram analisados em nível estadual, nos municípios pertencentes ao G1 e nos 48 municípios que concentram simultaneamente assentamentos rurais e comunidades quilombolas. Identificaram-se aspectos mais e menos favoráveis em termos da oferta de ações em saúde mental que atravessam os dois ciclos avaliativos. Os dados demonstram a possibilidade de um efetivo compartilhamento de responsabilidades e de coordenação do cuidado entre o NASF e as equipes de AB. Entretanto, em relação às demandas de cuidado referentes ao uso de substâncias psicoativas, em ambas as avaliações e nos três níveis de estratificação, as equipes NASF obtiveram desempenho menos favorável, indicando que a capacidade de resposta ao sofrimento associado ao uso de álcool e outras drogas é menos efetiva, precisando ser reforçada e aprimorada na APS.Políticas públicas de enfrentamento ao trabalho infantil: desafios para atenção integral em saúde e intersetorialidade10.1590/s0103-73312023330062022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSousa, Noelia Kally Marinho deMazza, Verônica de AzevedoKhalaf, Daiana KlohLapierre, JudithPiosiadlo, Laura Christina Macedo
<em>Sousa, Noelia Kally Marinho De</em>;
<em>Mazza, Verônica De Azevedo</em>;
<em>Khalaf, Daiana Kloh</em>;
<em>Lapierre, Judith</em>;
<em>Piosiadlo, Laura Christina Macedo</em>;
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Resumo Este estudo objetiva analisar os atos normativos para combate ao trabalho infantil sancionados no Brasil entre 1990 e 2018. Pesquisa exploratório-descritiva em base documental e de natureza qualitativa. Foram incluídos 102 documentos: atos normativos publicados no Brasil dos anos de 1990 a 2018, que abordam o enfrentamento ao trabalho infantil. Os dados foram agrupados em uma matriz de análise, organizada por: tipo de ato normativo, ano de publicação, origem ministerial, observando-se os períodos políticos. Os resultados expressam diferenças significativas na formulação das políticas públicas, como ausência de atos normativos no setor de saúde na década de 1990, época em que o Sistema Único de Saúde se estruturava. Mudança no foco de investimento, da educação e transferência de renda para o Programa Bolsa Família, aumentando a responsabilização das famílias. As políticas de formação profissional, apesar de serem reconhecidas como instrumentos de combate ao trabalho infantil, apresentam contradições, pois preconizam uma atuação para atender aos interesses econômicos vigentes. Este modelo de construção e atuação se reflete na relação entre os diversos campos de políticas públicas para o enfrentamento do trabalho infantil, causando limitações nas práticas intersetoriais e na integralidade da atenção voltada para crianças e adolescentes.A segurança do paciente e o erro sob a perspectiva do pensamento complexo: pesquisa documental10.1590/s0103-73312023330092022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMetelski, Fernanda KarlaEngel, Franciely DaianaMello, Ana Lúcia Schaefer Ferreira deMeirelles, Betina Hörner Schlindwein
<em>Metelski, Fernanda Karla</em>;
<em>Engel, Franciely Daiana</em>;
<em>Mello, Ana Lúcia Schaefer Ferreira De</em>;
<em>Meirelles, Betina Hörner Schlindwein</em>;
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Resumo Objetivo Analisar os conceitos relacionados à Segurança do Paciente e ao Erro expressos nos documentos oficiais brasileiros, sob a perspectiva do pensamento complexo. Método Pesquisa documental nos sites: Diário Oficial da União, Ministério da Saúde e Segurança do Paciente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Utilizou-se os descritores Segurança do Paciente e Erro Médico no período de 1999 até 2020. Os excertos foram tratados seguindo a técnica de Análise de Conteúdo desenvolvida em três etapas: pré-análise; exploração do material; e tratamento dos resultados. Resultados Do total de 498 documentos, foram selecionados nove e originaram as categorias: Significado de segurança do paciente e Conceitos relacionados ao significado de erro. Considerações Finais Segurança do paciente remete a proteção, minimização de riscos e prevenção de danos, melhorias contínuas, boas práticas e qualidade da assistência. Erro refere-se a incidente, evento adverso e danos. Faz-se necessário reconhecer e compreender o erro como um evento inerente aos serviços de saúde para ser possível preveni-lo. Assim, a racionalidade nos protege do erro e da ilusão, possibilita o avanço do pensamento, aceita a autocrítica, a contestação de argumentos, amplia a compreensão e o desenvolvimento do conhecimentoComercialização de agrotóxicos e desfechos de saúde no Estado do Paraná: uma associação não linear10.1590/s0103-73312023330142022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZOliboni, Keullin CristianTriches, Rozane MarciaOliveira, Abdinardo Moreira Barreto de
<em>Oliboni, Keullin Cristian</em>;
<em>Triches, Rozane Marcia</em>;
<em>Oliveira, Abdinardo Moreira Barreto De</em>;
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Resumo Este estudo ecológico teve por objetivo analisar a associação entre a quantidade de comercialização de agrotóxicos e alguns agravos e causas de mortalidade no estado do Paraná no período de 2013 a 2017. Desta forma, realizou-se um comparativo entre as 22 regiões de saúde, identificando a relação entre a taxa de comercialização de agrotóxicos por habitante com as seguintes variáveis: taxa de intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho, taxa de intoxicações exógenas por agrotóxicos relacionadas ao trabalho, taxa de tentativas de suicídio e taxas de mortalidade por neoplasias, malformação congênita e suicídio. Para estes três últimos desfechos de saúde, os modelos não lineares selecionados tiveram seus R-quadrado acima de 0,500. A Regional de Saúde de Cascavel se destacou com mais municípios com altas taxas de comercialização de agrotóxicos e desfechos de saúde, ao contrário da Regional de saúde Metropolitana. Observa-se que o perfil dos municípios que têm maiores taxas dos agravos estudados é rural e com produção majoritariamente de soja, milho, trigo, fumo, pastagens e feijão. Dessa forma, ressalta-se a necessidade de rever o modelo agroalimentar convencional e promover políticas públicas rigorosas para controle dos agrotóxicos, além de prevenção de agravos à saúde, fortalecendo os serviços de Vigilância Epidemiológica.Itinerário terapêutico de idosos vivendo com HIV/Aids: perspectivas da história oral10.1590/s0103-73312023330132022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZNicaretta, Ricardo JoséFerretti, FátimaPortella, Marilene RodriguesFerraz, Lucimare
<em>Nicaretta, Ricardo José</em>;
<em>Ferretti, Fátima</em>;
<em>Portella, Marilene Rodrigues</em>;
<em>Ferraz, Lucimare</em>;
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Resumo Objetivo: Analisar o itinerário terapêutico de idosos vivendo com HIV em assistência num município do Oeste Catarinense. Metodologia: Estudo qualitativo com método história oral temática. A população foi composta por idosos que vivem há mais de cinco anos com HIV/Aids, assistidos em um Serviço de Atendimento Especializado. Foram realizados dois encontros para aproximação e três momentos de entrevistas em profundidade abordando questões relacionadas as trajetórias assistenciais dos sujeitos e sua relação com a doença. A análise de dados foi realizada por meio da análise temática de conteúdo. Resultados e Discussão: Os idosos tiveram seu diagnóstico em fase tardia o que mostra a dificuldade dos serviços de saúde em identificar precocemente o HIV na pessoa idosa. O tratamento foi centralizado na medicação com antirretrovirais, de maneira setorializada em serviço especializado e com equipe constituída por profissional médico, enfermeiro e farmacêutico. Também foi evidenciado baixo acesso a recursos não farmacológicos, como assistência psicoterapêutica. Considerações finais: A trajetória assistencial precisa ser qualificada na direção de garantir maior acesso as redes de saúde e as equipes interprofissionais para uma atenção à saúde integral que realize o diagnóstico precoce com vistas a reduzir os riscos de complicações e ofereça um cuidado integral e humanizado, que extrapole o uso de medicamentos.Conhecimento e aplicabilidade da classificação familiar como estratégia de enfrentamento às iniquidades: a experiência do trabalhador da saúde10.1590/s0103-73312023330152022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZFracon, Belkiss Rolim RodriguesRibeiro, Luciana CisotoFerreira, Janise Braga BarrosSantos, Luciane Loures dos
<em>Fracon, Belkiss Rolim Rodrigues</em>;
<em>Ribeiro, Luciana Cisoto</em>;
<em>Ferreira, Janise Braga Barros</em>;
<em>Santos, Luciane Loures Dos</em>;
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Resumo Modelo de estudo: Estudo descritivo qualitativo. Objetivo: analisar o conhecimento e a aplicabilidade da classificação familiar pelos trabalhadores da Estratégia Saúde da Família como estratégia de enfrentamento das iniquidades em saúde. Metodologia: Foram entrevistados 35 trabalhadores e realizada análise temática. Resultados: A maioria (91%) conhecia as Classificações das Famílias, utilizava alguma estratégia de priorização da assistência e 52% as aplicavam na prática. Cinco núcleos de sentido formaram o Grande Tema “A experiência dos profissionais de saúde na utilização da Classificação das Famílias”. As principais vantagens foram a identificação de vulnerabilidades favorecendo a priorização do cuidado e do acesso e as dificuldades relacionadas à falta de tempo, desconhecimento e inexperiência em sua utilização. Conclusão: As Classificações das Famílias facilitam a identificação de famílias vulneráveis e favorecem uma atenção mais equânime.