• Trabalho remoto e dores nas costas durante a pandemia da COVID-19 em adultos e idosos no Sul do Brasil Article

    Saes-Silva, Elizabet; Saes, Mirelle de Oliveira; Meucci, Rodrigo Dalke; Meller, Fernanda de Oliveira; Schäfer, Antônio Augusto; Dumith, Samuel Carvalho

    Resumo em Português:

    Resumo O objetivo deste artigo é investigar a associação entre trabalho remoto e dores nas costas durante a pandemia da COVID-19 e analisar essa relação segundo o índice de massa corporal. Estudo transversal de base populacional realizado em duas cidades no sul do Brasil em indivíduos acima de 18 anos. Dados foram coletados por meio de entrevistas domiciliares entre outubro-janeiro de 2020-2021. Desfechos: dor nas costas (cervical, torácica, lombar/aguda, crônica) e intensidade da dor. Variável de exposição: trabalho remoto. Para as análises, foram utilizadas regressão de Poisson com ajuste robusto para variância, estratificadas pelo IMC (eutrófico vs. sobrepeso/obeso) e restritas àqueles que trabalharam no último mês. Durante a pandemia, 1.016 trabalharam, média 42 anos (DP = 14), entre 18 a 93 anos. Trabalho remoto foi realizado por 7,7% dos indivíduos. Prevalência de dor nas costas: 25.6% (IC95%:19,5 a 31,7%). Trabalhadores remotos com sobrepeso/obesidade sentiram dor aguda cervical RP = 2,82 (IC95%:1,15 a 6,92); torácica aguda RP = 1,81 (IC95%:3,76 a 8,68); lombar crônica RP = 1,85 (IC95%:1,04 a 3,29), comparados àqueles que não trabalharam. Cerca de um em cada quatro trabalhadores remotos reportou dor nas costas durante a pandemia. O IMC mostrou-se ser um importante moderador entre defechos e variável de exposição.

    Resumo em Inglês:

    Abstract This article aims to investigate the association between remote work and Back Pain during the COVID-19 pandemic, and to analyze this relationship according to the body mass index. Population-based, cross-sectional study carried in two cities in southern Brazil, in individuals aged 18 years and over. Data were collected through household interviews from October to January 2020/21. Outcomes: back pain (cervical, thoracic, lumbar/acute, chronic) and pain intensity. Exposure variable: remote work. For the analyses, Poisson regression with robust adjustment for variance was used, stratified by BMI (eutrophic vs overweight/obese), and restricted to those who had worked in the past month. 1,016 had worked during the pandemic, average 42 years old (SD = 14), varying from 18 to 93 years. Remote work was performed by 7.7% of the individuals. Prevalence of back pain: 25.6% (95%CI: 19.5 to 31.7%). Overweight/obese remote workers felt pain acute cervical pain PR = 2.82 (95%CI: 1.15 to 6.92); chronic low back PR = 1.85 (95%CI: 1.04 to 3.29); acute thoracic PR = 1.81(95%CI: 3.76 to 8.68) compared to those who did not work. About one in four remote workers reported back pain during of the COVID-19 pandemic. BMI proved to be an important moderator between outcomes and exposure variable.
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revscol@fiocruz.br