Abstract in Portuguese:
Resumo: Este estudo objetiva identificar o tipo de apoio recebido por cuidadoras familiares de pessoas idosas na pandemia de COVID-19, assim como os fatores socioeconômicos de saúde e relativos ao cuidado associados. Utilizou-se dados do estudo CUIDA-COVID, questionário online realizado entre agosto e novembro de 2020 (n = 4.820). Foram construídos três modelos múltiplos, tendo como desfecho: apoio contratado, apoio familiar e ausência de apoio. As variáveis independentes relacionadas a aspectos socioeconômicos, de saúde e cuidado foram convertidas em categorias dicotômicas. O apoio familiar foi o mais comum (48,6%), seguido pelo ausência de apoio (38,3%) e apoio contratado (13,1%). Não foram observadas associações significativas entre raça/cor, situação de pobreza, problema crônico de coluna e estado de ânimo negativo com nenhum dos tipos de apoio. Foram fatores fortemente associados (RPajustada > 2,0) ao apoio contratado: a não diminuição acentuada da renda na pandemia; a não dedicação ao cuidado em tempo integral; a autoavaliação da saúde boa/excelente; e o alto grau de dependência da pessoa idosa. Para o apoio familiar, as principais associações foram: o não aumento acentuado do esforço dedicado ao cuidado na pandemia; a não dedicação ao cuidado em tempo integral; e a diminuição acentuada da renda na pandemia. Foram as características associadas ao ausência de apoio: viver com o idoso; dedicar-se ao cuidado em tempo integral; residir em domicílios com uma ou duas pessoas; e relatar um aumento acentuado do esforço dedicado ao cuidado na pandemia. No geral, as cuidadoras com apoio contratado tiveram as melhores condições socioeconômicas, de cuidado e saúde. A desassistência foi relacionada a piores condições de saúde e cuidado, enquanto o apoio familiar às piores condições socioeconômicas.Abstract in Spanish:
Resumen: Este estudio tiene por objetivo identificar el tipo de apoyo recibido por las cuidadoras familiares de personas mayores en la pandemia de la COVID-19 y sus factores socioeconómicos de salud y atención asociados. Se utilizaron los datos del estudio CUIDA-COVID, un cuestionario en línea aplicado entre agosto y noviembre de 2020 (n = 4.820). Se construyeron tres modelos múltiples, teniendo en cuenta el resultado: apoyo contratado, apoyo familiar y falta de apoyo. Las variables independientes relacionadas con los aspectos socioeconómicos, de salud y de atención se convirtieron en categorías dicotómicas. El apoyo familia fue el más frecuente (48,6%), seguido de la falta de apoyo (38,3%) y el apoyo contratado (13,1%). No se observaron asociaciones significativas entre raza/color, pobreza, problemas crónicos de espalda y estado de ánimo negativo con ninguno de los tipos de apoyo. Los siguientes factores se asociaron fuertemente (RPajustado > 2,0) con el apoyo contratado: la falta de descenso brusco de los ingresos en la pandemia, la falta de dedicación a la atención a tiempo completo, la autoevaluación de la salud como buena/excelente, y el alto grado de dependencia de las personas mayores. Las principales asociaciones en el apoyo familia fueron las siguientes: ascenso no brusco del esfuerzo dedicado a la atención en la pandemia, la no dedicación a una atención a tiempo completo y la fuerte caída de los ingresos en la pandemia. Las características asociadas a la falta de apoyo fueron las siguientes: vivir con la persona mayor, dedicarse a una atención a tiempo completo, vivir con 1 o 2 personas en el hogar, y reportar un marcado incremento en el esfuerzo dedicado a la atención en la pandemia. En general, las cuidadoras con apoyo contratado tenían las mejores condiciones socioeconómicas, de atención y de salud. La falta de atención se relacionó con peores condiciones de salud y atención, mientras que el apoyo familia se relacionó con peores condiciones socioeconómicas.Abstract in English:
Abstract: This study aims to identify the type of support received by family caregivers of older people during the COVID-19 pandemic, as well as the associated socioeconomic health and care-related factors. Data from CUIDA-COVID study, an online questionnaire conducted from august to november 2020 (n = 4,820) were used. Three multiple models were built, with the following outcome: contracted support, family support, and lack of support. Independent variables related to socioeconomic, health, and care aspects were converted into dichotomous categories. Family support was the most common (48.6%), followed by lack of support (38.3%), and contracted support (13.1%). No significant associations were observed between race/skin color, poverty status, chronic back pain and negative mood with any type of support. Factors strongly associated (adjustedPR > 2.0) with contracted support were: the non-sharp decrease in income during the pandemic; non-dedication to full-time care; self-rated good/excellent health; and the high degree of dependence of the older individual. For family support, the main associations were: the non-marked increase in the effort to care during the pandemic, the non-dedication to full-time care and the sharp decrease in income during the pandemic. The characteristics associated with lack of support were: living with the older person; dedication to full-time care; living in households with 1 or 2 people; and report a sharp increase in effort to care during the pandemic. Overall, caregivers with contracted support had the best socioeconomic, care and health conditions. Lack of support was related to worse health and care conditions, while family support was related to worse socioeconomic conditions.Abstract in Portuguese:
Resumo: O objetivo foi identificar os relatos de sintomas de depressão, ansiedade e estresse entre cuidadores de crianças sem deficiência visual, com baixa visão e com cegueira e sua relação com o grau de apoio social, emocional, material e afetivo. Estudo transversal e multicêntrico, realizado no Município do Rio de Janeiro, Brasil, entre 2019 e 2020. Aplicou-se um questionário para obter dados sociodemográficos e econômicos do cuidador. Foram utilizadas a Escala de Apoio Social (The Medical Outcomes Study Social Support Scale - MOS-SSS) e a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (The Depression, Anxiety, and Stress Scale - DASS-21). Na comparação entre as escalas, foram utilizados testes para comparações múltiplas. Estimou-se a razão de prevalência de sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Do total de cuidadores (N = 355), mais de 90% eram mulheres-mães e a maior proporção de cuidadores sem instrução ou Ensino Fundamental incompleto e com menor renda média mensal foi daqueles de crianças com deficiência visual. A maioria dos cuidadores de crianças com cegueira relatou sintomas de depressão, ansiedade e estresse (respectivamente, 66,7%, 73,3% e 80%), mesmo comportamento observado no grupo de cuidadores de crianças com baixa visão. Na avaliação da relação entre os resultados das escalas MOS-SSS e DASS-21, entre os cuidadores de crianças sem deficiência ou com menor comprometimento visual, observou-se maiores apoios e menores escores de relatos de depressão, ansiedade e estresse. Entre os cuidadores de crianças cegas, as maiores prevalências não dependeram dos apoios recebidos. Os resultados indicam a necessidade de uma política de cuidado com mecanismos de proteção à saúde mental dos cuidadores de crianças com deficiência visual.Abstract in Spanish:
Resumen: El objetivo fue identificar los relatos de síntomas de depresión, ansiedad y estrés entre cuidadores de niños sin discapacidad visual, con baja visión y con ceguera y su relación con el grado de apoyo social, emocional, material y afectivo. Estudio transversal y multicéntrico realizado en la ciudad de Río de Janeiro, Brasil, entre el 2019 y el 2020. Se aplicó un cuestionario para obtener datos sociodemográficos y económicos del cuidador. Se utilizaron la Escala de Apoyo Social (The Medical Outcomes Study Social Support Scale - MOS-SSS) y Escala de Depresión, Ansiedad y Estrés (The Depression, Anxiety, and Stress Scale - DASS-21). Al comparar las escalas, se utilizaron pruebas para comparaciones múltiples. Se estimó la razón de prevalencia de síntomas de depresión, ansiedad y estrés. Del total de cuidadores (N = 355), más del 90% eran mujeres madres y la mayor proporción de cuidadores sin escolaridad o con primaria incompleta y con menor ingreso mensual promedio fueron los de niños con discapacidad visual. La mayoría de los cuidadores de niños con ceguera reportó síntomas de depresión, ansiedad y estrés, respectivamente, 66,7%, 73,3% y 80%, mismo comportamiento observado en el grupo de cuidadores de niños con baja visión. Al evaluar la relación entre los resultados de las escalas MOS-SSS y DASS-21, entre los cuidadores de niños sin discapacidad o con menor compromiso visual, se observó mayor apoyo y menores puntajes de relatos de depresión, ansiedad y estrés. Entre los cuidadores de niños ciegos, la mayor prevalencia de tales relatos no dependió del apoyo recibido. Los resultados indican la necesidad de una Política de Cuidado con mecanismos para proteger la salud mental de los cuidadores de niños con discapacidad visual.Abstract in English:
Abstract: We aimed to identify the reports of symptoms of depression, anxiety, and stress among caregivers of children without visual impairment, with low vision, and with blindness and their relationship with the degree of social, emotional, material, and affective support. This cross-sectional and multicenter study was conducted in the municipality of Rio de Janeiro, Brazil, from 2019 to 2020. A questionnaire was applied to obtain caregivers’ sociodemographic and economic data. The Medical Outcomes Study Social Support Scale (MOS-SSS) and The Depression, Anxiety, and Stress Scale (DASS-21) were used. Tests were used for multiple comparisons of these scales. The prevalence ratio of symptoms of depression, anxiety, and stress was estimated. Of all caregivers (N = 355), more than 90% were women-mothers. Caregivers of children with visual impairment show the highest proportion of no schooling, incomplete elementary education, or lower average monthly income. Most caregivers of children with blindness reported symptoms of depression, anxiety, and stress (66.7%, 73.3%, and 80%, respectively) as did those of children with low vision. The evaluation of the relationship between MOS-SSS and DASS-21 results shows greater support and lower scores of reports of depression, anxiety, and stress for caregivers of children without disabilities or with less visual impairment. For caregivers of blind children, the highest prevalence of such reports was independent of the received support. Results indicate the need for a care policy with mechanisms to protect the mental health of caregivers of visually impaired children.Abstract in Portuguese:
Resumo: Após quatro meses lutando contra a pandemia, a cidade de São Paulo, Brasil, entrou em uma fase de flexibilização das medidas de distanciamento social em julho de 2020. Simultaneamente, houve queda na taxa de distanciamento social e redução no número de casos, mortes e ocupação de leitos hospitalares. Um modelo de simulação multiagente foi desenvolvido para entender a dinâmica da pandemia na cidade de São Paulo. Ao contrário do esperado, os resultados contraintuitivos do modelo acompanharam a realidade da cidade. Argumentamos que este fenômeno pode ser atribuído às bolhas locais de proteção que surgiram na ausência de redes de contágio. Estas bolhas reduziram a taxa de transmissão do vírus, causando reduções curtas e temporárias na curva epidêmica - mas se manifestaram como um equilíbrio instável. Nossa hipótese está alinhada com a dinâmica da propagação do vírus observada até o momento, sem a necessidade de suposições ad hoc sobre limiares de imunidade coletiva natural ou heterogeneidade da taxa de transmissão da população, o que pode levar a previsões errôneas. Nosso modelo foi projetado para ser fácil de usar e não requer nenhum conhecimento científico ou de programação para gerar resultados sobre a transmissão do vírus em um determinado local. Além disso, como insumo para iniciar nosso modelo de simulação, desenvolvemos o Índice de Proteção contra a COVID-19 como alternativa ao Índice de Desenvolvimento Humano, que mede a vulnerabilidade de um determinado território ao coronavírus e inclui características do sistema de saúde e do desenvolvimento socioeconômico, além da infraestrutura da cidade de São Paulo.Abstract in Spanish:
Resumen: Tras cuatro meses luchando contra la pandemia, la ciudad de São Paulo, Brasil, empezó una fase de flexibilización de las medidas de alejamiento social en julio de 2020. A la vez, hubo una reducción en la tasa de alejamiento social y en el número de casos, muertes y ocupación de camas en los hospitales. Se desarrolló un modelo de simulación multiagente para entender la dinámica de la pandemia en la ciudad de São Paulo. Diferente de lo esperado, los resultados contradictorios del modelo reflejaron la realidad de la ciudad. Sostenemos que se puede atribuir este fenómeno a las burbujas locales de protección que surgieron durante la ausencia de redes de contagio. Estas burbujas redujeron la tasa de transmisión del virus, reduciendo de forma corta y temporal la curva epidémica -pero se manifestaron como un equilibrio inestable. Nuestra hipótesis se alinea con la dinámica de la propagación del virus observada hasta el momento, sin la necesidad de suposiciones ad hoc sobre umbrales de inmunidad colectiva natural o heterogeneidad de la tasa de transmisión de la población, lo que puede provocar previsiones equivocadas. Nuestro modelo se proyectó para ser fácil de usar y no necesita ningún conocimiento científico o de programación para generar resultados sobre la transmisión del virus en un determinado local. Además, como insumo para iniciar nuestro modelo de simulación, desarrollamos el Índice de Protección contra la COVID-19 como una alternativa al Índice de Desarrollo Humano, que mide la vulnerabilidad de un determinado territorio al coronavirus e incluye características del sistema de salud y del desarrollo socioeconómico, además de la infraestructura de la ciudad de São Paulo.Abstract in English:
Abstract: After four months of fighting the pandemic, the city of São Paulo, Brazil, entered a phase of relaxed social distancing measures in July 2020. Simultaneously, there was a decline in the social distancing rate and a reduction in the number of cases, fatalities, and hospital bed occupancy. To understand the pandemic dynamics in the city of São Paulo, we developed a multi-agent simulation model. Surprisingly, the counter-intuitive results of the model followed the city’s reality. We argue that this phenomenon could be attributed to local bubbles of protection that emerged in the absence of contagion networks. These bubbles reduced the transmission rate of the virus, causing short and temporary reductions in the epidemic curve - but manifested as an unstable equilibrium. Our hypothesis aligns with the virus spread dynamics observed thus far, without the need for ad hoc assumptions regarding the natural thresholds of collective immunity or the heterogeneity of the population’s transmission rate, which may lead to erroneous predictions. Our model was designed to be user-friendly and does not require any scientific or programming expertise to generate outcomes on virus transmission in a given location. Furthermore, as an input to start our simulation model, we developed the COVID-19 Protection Index as an alternative to the Human Development Index, which measures a given territory vulnerability to the coronavirus and includes characteristics of the health system and socioeconomic development, as well as the infrastructure of the city of São Paulo.Abstract in Portuguese:
Resumo: Os objetivos deste estudo foram realizar a tradução e adaptação transcultural da Family Health Scale (Escala de Saúde Familiar) para a língua portuguesa brasileira e analisar evidências de validade psicométricas dessa escala. Os 32 itens sobre a saúde familiar foram adaptados transculturalmente. Para a mensuração das evidências de validade do conteúdo, utilizou-se o cálculo do índice de validade de conteúdo das características semântica, idiomática, cultural e conceitual de cada item e da escala. Um pré-teste para identificação de evidência de validade foi realizado com 40 famílias. Em outro momento, a aplicação do instrumento foi executada com 354 famílias, em uma cidade no Nordeste do Brasil. O índice de concordância entre os juízes variou de 0,84, para os itens da escala, a 0,98, para a escala total, conforme o coeficiente de Kendall. As evidências de validade psicométricas mostram-se adequadas, conforme alfa de Cronbach. A maior parte das famílias teve um grau de saúde moderado, conforme aplicação da escala. Assim, a Family Health Scale, versão brasileira, apresentou equivalência conceitual, semântica, cultural e operacional em relação aos itens originais e propriedades psicométricas satisfatórias para a aplicação direcionada à população brasileira, atestando eficácia e segurança de sua utilização.Abstract in Spanish:
Resumen: El objetivo de este estudio fue traducir y realizar la adaptación intercultural de Family Health Scale (Escala de Salud Familiar) al portugués brasileño, y analizar la evidencia de la validez psicométrica de esta escala. Los 32 ítems sobre salud familiar pasaron por una adaptación transcultural y, para medir la evidencia de validez de contenido, se utilizó el cálculo del índice de validez de contenido de las características semántica, idiomática, cultural y conceptual de cada ítem, y la escala. Se realizó una prueba previa con 40 familias para identificar la evidencia de validez. En otro momento, el instrumento se aplicó a 354 familias en una ciudad del Nordeste de Brasil. El índice de acuerdo entre los jueces osciló entre 0,84 para los ítems de la escala y 0,98 para la escala total de acuerdo con el coeficiente de Kendall. La evidencia de validez psicométrica es adecuada conforme el alfa de Cronbach. La mayoría de las familias tenían un grado de salud moderado de acuerdo con la aplicación de la escala. Por lo tanto, la Family Health Scale, versión brasileña, presentó equivalencia conceptual, semántica, cultural y operativa con relación a los ítems originales, y propiedades psicométricas satisfactorias para la aplicación en la población brasileña, lo que da fe de la eficacia y seguridad de su uso.Abstract in English:
Abstract: This study aimed to translate and cross-culturally adapt the Family Health Scale into Brazilian Portuguese and analyze evidence of its psychometric validity. The 32 items on family health were cross-culturally adapted, using the content validity index to calculate semantic, idiomatic, cultural, and conceptual characteristics of the scale and its items. A pre-test to identify evidence of validity was applied to 40 families. At another time, the instrument was applied to 354 families in a Brazilian northeastern city. The index of agreement between the raters ranged from 0.84 for the scale items to 0.98 for the total scale, according to Kendall’s coefficient. According to Cronbach’s alpha, evidence of psychometric validity is adequate. Most families had a moderate degree of health, according to the scale. Therefore, the Brazilian version of the Family Health Scale showed conceptual, semantic, cultural, and operational equivalence with the original items, along with satisfactory psychometric properties for use among the Brazilian population with effectiveness and safety.Abstract in Portuguese:
Resumo: A translação do conhecimento (TC) tem como propósito a utilização prática dos resultados de pesquisas científicas e o monitoramento dos benefícios causados à saúde da população. Na área de saúde, o governo e, principalmente, a sociedade esperam que os investimentos em pesquisas obtenham resultados que vão além da produção e da publicação do conhecimento, e provoquem soluções como políticas públicas, sistemas, produtos e tecnologias para beneficiar a saúde da população. Contudo, verifica-se ainda a necessidade de superar diversos desafios para eliminar as lacunas existentes entre a investigação e a aplicação. O objetivo deste estudo é propor estratégias, com base na identificação de barreiras e fatores facilitadores de um instituto de ciência e tecnologia (ICT) em saúde, para fomentar o processo de transformação do conhecimento científico, gerado nas pesquisas, em ações e produtos que contribuam para a melhoria da saúde da população. Os relatos das entrevistas, realizadas com 16 pesquisadores, permitiram a identificação de 10 categorias de barreiras, tendo destaque: “financiamento em ciência, tecnologia e informação (CT&I) limitado” e “apoio técnico insuficiente para a translação do conhecimento”. “Infraestrutura e apoio institucional” foi a categoria de fatores facilitadores mais citada pelos participantes. Por fim, foi desenvolvido o artefato “estratégias e abordagens para superação de barreiras à implementação de resultados de pesquisa”. Entre as estratégias, sugere-se a inclusão de uma disciplina de TC nos programas de pós-graduação stricto sensu e a criação de uma instância na estrutura organizacional do ICT voltada à prestação de suporte técnico e gerencial à aplicação de resultados de pesquisa.Abstract in Spanish:
Resumen: La traslación del conocimiento (TC) tiene como propósito el uso práctico de los resultados de investigaciones científicas y el seguimiento de los beneficios causados a la salud de la población. En el área de la salud, el gobierno y, sobre todo, la sociedad esperan que las inversiones en investigaciones obtengan resultados que vayan más allá de la producción y publicación de conocimiento, y provoquen resultados, como políticas públicas, sistemas, productos y tecnologías en beneficio de la salud de la población. Sin embargo, se observa aun la necesidad de superar diversos desafíos para eliminar las brechas entre la investigación y la aplicación. El objetivo de este estudio es proponer estrategias con base en la identificación de barreras y factores facilitadores de un instituto de ciencia y tecnología (ICT) en salud, para fomentar el proceso de transformación del conocimiento científico generado en las investigaciones en acciones y productos que contribuyan a mejorar la salud de la población. Los relatos de las entrevistas a 16 investigadores permitieron identificar 10 categorías de barreras, con énfasis en: “financiación en CT&I limitado” y “apoyo técnico insuficiente para la traslación del conocimiento”. “Infraestructura y apoyo institucional” fue la categoría de factores facilitadores más citada por los participantes. Finalmente, se desarrolló el artefacto “estrategias y enfoques para la superación de barreras a la implementación de resultados de investigación”. Entre las estrategias, se sugiere la inclusión de una asignatura de TC en los programas de posgrado stricto sensu y la creación de una instancia en la estructura organizacional del ICT orientada a brindar apoyo técnico y gerencial a la aplicación de los resultados de la investigación.Abstract in English:
Abstract: Knowledge translation (KT) aims at the practical use of scientific research results and at the monitoring of the benefits caused to the population’s health. In health, the government and especially society expect that investments in research will produce results that go beyond the production and publication of knowledge, provoking outcomes such as public policies, systems, products, and technologies to benefit the health of the population. However, closing the gaps between research and application requires overcoming a number of challenges. This study aimed to propose strategies to foster the process of transforming the scientific knowledge generated in research into actions and products that contribute to improving the population’s health based on the identification of barriers and facilitating factors of a health science and technology institute. The reports of interviews conducted with 16 researchers showed 10 categories of barriers, especially: “limited funding to the science and technology institute” and “insufficient technical support for knowledge translation”. “Infrastructure and institutional support” was the facilitating factor category participants mentioned the most. Finally, we developed the artifact “strategies and approaches for overcoming barriers to implement research results”. Among the strategies, we suggest the inclusion of a knowledge translation discipline in stricto sensu graduate programs and the creation of an instance in the organizational structure of the science and technology institute to technically and managerially support the application of research results.Abstract in Portuguese:
Resumo: Em vista da crescente preocupação com o uso da abordagem qualitativa na pesquisa em saúde, este artigo visa analisar como o referencial teórico-metodológico qualitativo da prevenção do HIV é apresentado na pesquisa empírica. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura com as seguintes questões norteadoras: “Como o referencial teórico-metodológico qualitativo se expressa nas pesquisas empíricas de prevenção do HIV?”; “Quais são os limites e o potencial dos desenhos metodológicos qualitativos empregados?”. Cinco dimensões orientaram o fluxo metodológico e a apresentação dos resultados para a discussão metodológica qualitativa, desde a análise da caracterização dos estudos qualitativos até a contextualização destes e as abordagens metodológicas utilizadas, destacando o uso de entrevistas semiestruturadas com análise de conteúdo temático. Além disso, foram examinadas categorias sociais e referências analíticas, destacando-se a pluralidade destas referências teórico-conceituais e a polifonia dos autores, e foram identificados os limites e as possibilidades da pesquisa qualitativa. Assim, esse é um tema científico que articula o estudo com uma diversidade significativa de grupos sociais e como eles são afetados, assim como questões relacionadas à desigualdade social e outras possibilidades analíticas que envolvem a prevenção do HIV, fornecendo recursos para uma discussão metodológica abrangente. Portanto, evitar o risco de realizar pesquisas qualitativas com base em roteiros que limitam a inventividade e a abertura para diferentes desenhos e maneiras de executar e analisar a abordagem qualitativa é tão essencial quanto garantir que a pesquisa seja consistente e detalhada nas publicações.Abstract in Spanish:
Resumen: Ante la creciente preocupación por el uso del enfoque cualitativo en la investigación en salud, este artículo tiene el objetivo de analizar cómo se presenta el marco teórico-metodológico cualitativo de la prevención del VIH en la investigación empírica. Se realizó una revisión integradora de la literatura con las siguientes preguntas orientadoras: “¿Cómo se expresa el marco teórico-metodológico cualitativo en las investigaciones empíricas de prevención del VIH?”; “¿Cuáles son los límites y el potencial de los diseños metodológicos cualitativos empleados?”. Cinco dimensiones han guiado el flujo metodológico y la presentación de los resultados para la discusión metodológica cualitativa, desde el análisis de la caracterización de los estudios cualitativos hasta su contextualización y los enfoques metodológicos utilizados, destacando el uso de entrevistas semiestructuradas con análisis de contenido temático. Además, se examinaron las categorías sociales y los referentes analíticos, destacando la pluralidad de estos referentes teórico-conceptuales y la polifonía de los autores, y se identificaron los límites y las posibilidades de la investigación cualitativa. Así, este es un tema científico que articula el estudio con una diversidad significativa de grupos sociales y cómo son afectados, así como cuestiones relacionadas con la desigualdad social y otras posibilidades analíticas que involucran la prevención del VIH, proporcionando recursos para una discusión metodológica completa. Por lo tanto, evitar el riesgo de realizar investigaciones cualitativas basadas en guiones que limitan la creatividad y la apertura a diferentes diseños y formas de ejecutar y analizar el enfoque cualitativo es tan esencial como asegurar una investigación consistente y minuciosa en las publicaciones.Abstract in English:
Abstract: In view of the growing concern about the use of qualitative approach in health research, this article aims to analyze how the qualitative theoretical-methodological framework of HIV prevention is presented in empirical research. We conducted an integrative literature review with the following guiding questions: “How is the qualitative theoretical-methodological framework expressed in empirical research on HIV prevention?”; “What are the limits and potentials of the qualitative methodological designs employed?”. In the qualitative methodological discussion, five dimensions guided the methodological course and the presentation of findings, from the analysis of the characterization of qualitative studies to the contextualization of the studies and the methodological approaches used, highlighting the use of semi-structured interviews with thematic content analysis. We also examined social categories and analytical references, drawing attention to the plurality of these theoretical-conceptual references and to the authors’ polyphony, and identified the limits and potentials of qualitative research. This study focuses on a scientific topic that is related to a wide variety of social groups and analyzes how they are affected by it, examining issues related to social inequality and other analytical possibilities surrounding HIV prevention, and providing resources for a comprehensive methodological discussion. Hence, avoiding the risk of conducting qualitative research based on checklists that limit inventiveness and openness to different designs and forms of execution and analysis is as pivotal as ensuring that the research is consistent and detailed in publications.Abstract in Portuguese:
Resumo: A pandemia de COVID-19 impactou significativamente os sistemas de saúde ao redor do mundo, especialmente no manejo de doenças crônicas, como o câncer. Este estudo explora os efeitos da COVID-19 nas tendências de mortalidade por câncer no Brasil, Chile e Peru. As taxas de mortalidade mensais padronizadas por idade em diferentes locais de morte (hospital/clínica ou domicílio) foram estimadas usando estatísticas vitais e bancos de dados de atestados de óbito. Uma análise de série temporal interrompida foi realizada para cada país, tendo como ponto de intervenção a data de implementação do lockdown. As taxas gerais de mortalidade por câncer reduziram após a implementação das restrições, com uma queda significativa no Brasil. No total, 75,3%, 55,4% e 45,7% dos óbitos no Brasil, Peru e Chile, respectivamente, ocorreram em hospitais. Depois da implementação dos lockdowns, as mortes em domicílio aumentaram em todos os países, e as mortes hospitalares diminuíram de forma correspondente apenas no Chile. Nossos resultados sugerem que a COVID-19 afetou significativamente as taxas de mortalidade por câncer e o local de morte na América Latina.Abstract in Spanish:
Resumen: La pandemia de COVID-19 impactó significativamente los sistemas de salud de todo el mundo, sobre todo en el manejo de enfermedades crónicas, como el cáncer. Este estudio explora los efectos de la COVID-19 en las tendencias de mortalidad por cáncer en Brasil, Chile y Perú. Las tasas de mortalidad mensuales estandarizadas por edad en diferentes locales de fallecimiento (hospital/clínica o domicilio) se estimaron utilizando estadísticas vitales y base de datos de certificados de defunción. Se realizó un análisis de serie temporal interrumpida para cada país, teniendo como punto de intervención la fecha de implementación del lockdown. Las tasas generales de mortalidad por cáncer redujeron tras la implementación de las restricciones, con una disminución significativa en Brasil. En total, el 75,3% de los óbitos ocurrieron en hospitales en Brasil, el 55,4% en Perú y el 45,7% en Chile. Tras la implementación del lockdown, las muertes domiciliarias aumentaron en todos los países, y las muertes hospitalarias solo redujeron de forma correspondiente en Chile. Nuestros resultados sugieren que la COVID-19 afectó significativamente las tasas de mortalidad por cáncer y el local del fallecimiento en América Latina.Abstract in English:
Abstract: The COVID-19 pandemic has significantly impacted healthcare systems worldwide, especially on the management of chronic diseases such as cancer. This study explores the effects of COVID-19 on cancer mortality trends in Brazil, Chile, and Peru. The monthly age-standardized mortality rates in different places of death (hospital/clinic or home) were estimated using vital statistics and death certificate databases. An interrupted time series analysis was performed for each country, using the date of lockdown implementation as the intervention point. Overall cancer mortality rates reduced after the implementation of pandemic restrictions, with a significant decrease in Brazil. In total, 75.3%, 55.4%, and 45.7% of deaths in Brazil, Peru, and Chile, respectively, occurred in hospitals. After lockdowns were implemented, at-home deaths increased in all countries, and in-hospital deaths correspondingly decreased only in Chile. Our results suggest that COVID-19 has significantly affected rates of cancer mortality and place of death in Latin America.Abstract in Portuguese:
Resumo: O uso da Avaliação de Impacto à Saúde (AIS) na criação de uma área protegida urbana pode potencializar os impactos positivos e mitigar os impactos negativos resultantes de sua implementação. O Brasil abriga alguns dos mais importantes hotspots de biodiversidade do mundo e a implementação da AIS pode beneficiar tanto estas áreas como a saúde humana. As áreas protegidas urbanas são comumente estabelecidas sem qualquer avaliação prévia de seus impactos na saúde e são essenciais para manter o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida nas cidades. Além disso, as áreas protegidas impactam positivamente a saúde, fornecendo serviços ecossistêmicos e benefícios salutogênicos. Contudo, podem gerar impactos negativos, como violação de direitos humanos, especulação imobiliária, disseminação de doenças vetoriais e estresse psicossocial. Com base na identificação dos impactos potenciais das áreas protegidas urbanas na saúde e nas melhores práticas para aplicá-las, este estudo qualitativo e exploratório justifica o uso da AIS em áreas protegidas urbanas, especialmente no Brasil, e indica os principais elementos para a construção de uma abordagem metodológica que contribua com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e uma de suas alternativas, a abordagem Buen Vivir.Abstract in Spanish:
Resumen: Usar la Evaluación del Impacto en la Salud (EIS) para crear un área protegida urbana puede potenciar los impactos positivos y mitigar los impactos negativos resultantes de su implementación. En Brasil se pueden encontrar algunos de los hotspots de biodiversidad más importantes del mundo e implementar la EIS puede beneficiar tanto estas áreas como la salud humana. Las áreas protegidas urbanas, en general, se establecen sin cualquier evaluación previa de sus impactos en la salud y son esenciales para mantener el equilibrio ambiental y la calidad de vida en las ciudades. Además, las áreas protegidas tienen un impacto positivo en la salud, proporcionando servicios ecosistémicos y beneficios salutogénicos. Sin embargo, pueden generar impactos negativos, como la violación de los derechos humanos, la especulación inmobiliaria, la propagación de enfermedades vectoriales y el estrés psicosocial. Con base en la identificación de los posibles impactos de las áreas protegidas urbanas en la salud y en las mejores prácticas para aplicarlas, este estudio cualitativo y exploratorio justifica el uso de la EIS en áreas protegidas urbanas, sobre todo en Brasil, e indica los elementos principales para construir un enfoque metodológico que contribuya a los Objetivos de Desarrollo Sostenible y una de sus alternativas, el enfoque Buen Vivir.Abstract in English:
Abstract: The use of Health Impact Assessment (HIA) in the establishment of an urban protected area can enhance the positive impacts and mitigate the negative impacts resulting from its implementation. Brazil hosts some of the most important biodiversity hotspots in the world and the HIA may benefit biodiversity and human health. These areas are commonly created without any preceding survey to assess their impacts on health. Protected areas located in urban zones are essential to maintain environmental balance and quality of life in cities. It promotes positive impacts on health, providing ecosystem services and salutogenic benefits. However, they can generate negative impacts such as the violation of human rights, property speculation, spread of vectorial diseases, and psychosocial stress. Based on the identification of the potential impacts of urban protected areas on health and best practices, this qualitative and exploratory study justifies the use of HIA in urban protected areas, especially in the Brazil, and indicates the main elements for the construction of a methodological approach to contribute to the Sustainable Development Goals and one of its alternatives, the Buen Vivir approach.Abstract in Portuguese:
Os pacientes com síndrome pós-COVID-19 se beneficiam de programas de promoção de saúde e sua rápida identificação é importante para a utilização custo efetiva desses programas. Técnicas tradicionais de identificação têm fraco desempenho, especialmente em pandemias. Portanto, foi realizado um estudo observacional descritivo utilizando 105.008 autorizações prévias pagas por operadora privada de saúde com aplicação de método não supervisionado de processamento de linguagem natural por modelagem de tópicos para identificação de pacientes suspeitos de infecção por COVID-19. Foram gerados seis modelos: três utilizando o algoritmo BERTopic e três modelos Word2Vec. O modelo BERTopic cria automaticamente grupos de doenças. Já no modelo Word2Vec, para definição dos tópicos relacionados a COVID-19, foi necessária análise manual dos 100 primeiros casos de cada tópico. O modelo BERTopic com mais de 1.000 autorizações por tópico sem tratamento de palavras selecionou pacientes mais graves - custo médio por autorizações prévias pagas de BRL 10.206 e gasto total de BRL 20,3 milhões (5,4%) em 1.987 autorizações prévias (1,9%). Teve 70% de acerto comparado à análise humana e 20% de casos com potencial interesse, todos passíveis de análise para inclusão em programa de promoção à saúde. Teve perda importante de casos quando comparado ao modelo tradicional de pesquisa com linguagem estruturada e identificou outros grupos de doenças - ortopédicas, mentais e câncer. O modelo BERTopic serviu como método exploratório a ser utilizado na rotulagem de casos e posterior aplicação em modelos supervisionados. A identificação automática de outras doenças levanta questionamentos éticos sobre o tratamento de informações em saúde por aprendizado de máquina.Abstract in Spanish:
Los pacientes con síndrome pos-COVID-19 pueden beneficiarse de los programas de promoción de la salud. Su rápida identificación es importante para el uso efectivo de estos programas. Las técnicas de identificación tradicionales no tienen un buen desempeño, especialmente en pandemias. Se realizó un estudio observacional descriptivo, con el uso de 105.008 autorizaciones previas pagadas por un operador de salud privado mediante la aplicación de un método no supervisado de procesamiento del lenguaje natural mediante modelado temático para identificar a los pacientes sospechosos de estar infectados por COVID-19. Se generaron 6 modelos: 3 con el uso del algoritmo BERTopic y 3 modelos Word2Vec. El modelo BERTopic crea automáticamente grupos de enfermedades. En el modelo Word2Vec para definir temas relacionados con la COVID-19, fue necesario el análisis manual de los primeros 100 casos de cada tema. El modelo BERTopic con más de 1.000 autorizaciones por tema sin tratamiento de palabras seleccionó a pacientes más graves: costo promedio por autorizaciones previas pagada de BRL 10.206 y gasto total de BRL 20,3 millones (5,4%) en 1.987 autorizaciones previas (1,9%). Además, contó con el 70% de aciertos en comparación con el análisis humano y el 20% de los casos con potencial interés, todos los cuales pueden analizarse para su inclusión en un programa de promoción de la salud. Hubo una pérdida significativa de casos en comparación con el modelo tradicional de investigación con lenguaje estructurado y se identificó otros grupos de enfermedades: ortopédicas, mentales y cáncer. El modelo BERTopic sirvió como un método exploratorio para ser utilizado en el etiquetado de casos y su posterior aplicación en modelos supervisados. La identificación automática de otras enfermedades plantea preguntas éticas sobre el tratamiento de la información de salud mediante el aprendizaje de máquina.Abstract in English:
Patients with post-COVID-19 syndrome benefit from health promotion programs. Their rapid identification is important for the cost-effective use of these programs. Traditional identification techniques perform poorly especially in pandemics. A descriptive observational study was carried out using 105,008 prior authorizations paid by a private health care provider with the application of an unsupervised natural language processing method by topic modeling to identify patients suspected of being infected by COVID-19. A total of 6 models were generated: 3 using the BERTopic algorithm and 3 Word2Vec models. The BERTopic model automatically creates disease groups. In the Word2Vec model, manual analysis of the first 100 cases of each topic was necessary to define the topics related to COVID-19. The BERTopic model with more than 1,000 authorizations per topic without word treatment selected more severe patients - average cost per prior authorizations paid of BRL 10,206 and total expenditure of BRL 20.3 million (5.4%) in 1,987 prior authorizations (1.9%). It had 70% accuracy compared to human analysis and 20% of cases with potential interest, all subject to analysis for inclusion in a health promotion program. It had an important loss of cases when compared to the traditional research model with structured language and identified other groups of diseases - orthopedic, mental and cancer. The BERTopic model served as an exploratory method to be used in case labeling and subsequent application in supervised models. The automatic identification of other diseases raises ethical questions about the treatment of health information by machine learning.Abstract in Portuguese:
Resumo: O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de fatores de risco cardiovascular entre diferentes grupos sociodemográficos de adolescentes de comunidades indígenas em Chiapas, México. Foi realizado um estudo transversal de prevalência em comunidades urbanas e rurais das regiões de Tzotzil-Tzeltal e Selva de Chiapas. Foi estudada uma amostra de 253 adolescentes, sendo 48% meninas e 52% meninos. Foi realizada uma análise descritiva das variáveis quantitativas por meio de medidas de tendência central e dispersão. Foram estimadas as prevalências de fatores de risco cardiovascular, estratificadas por sexo, área geográfica, escolaridade e etnia das mães. A prevalência dos fatores de risco cardiovascular foi analisada em relação às características sociodemográficas da população estudada. O HDL-c baixo (51%) foi o fator de risco cardiovascular predominante. Prevalências mais elevadas de obesidade abdominal, hipertrigliceridemia e colesterol total limítrofe foram mais observadas em meninas do que em meninos. A pressão arterial diastólica elevada prevaleceu nos meninos. Adolescentes da área urbana apresentaram prevalências de sobrepeso/obesidade e resistência à insulina maiores do que os da área rural. A prevalência de sobrepeso/obesidade e obesidade abdominal foi maior nos adolescentes cujas mães possuíam escolaridade ≥ 7 anos do que naqueles indivíduos cujas mães tinham baixa escolaridade. As diferenças de etnia das mães também foram observadas na prevalência de resistência à insulina. Dentre as principais conclusões, foram encontradas, neste estudo, desigualdades sociodemográficas e geográficas entre fatores de risco cardiovascular. Promover estilos de vida saudáveis entre a população jovem é o ideal para prevenir doenças cardiovasculares na vida adulta.Abstract in Spanish:
Resumen: El objetivo de este estudio fue estimar la prevalencia de los factores de riesgo cardiovascular entre diferentes grupos sociodemográficos de adolescentes de comunidades indígenas de Chiapas, México. Se realizó un estudio transversal de prevalencia en comunidades urbanas y rurales de las regiones Tzotzil-Tzeltal y Selva, en Chiapas. Participó una muestra de 253 adolescentes, en la cual el 48% eran niñas y el 52% niños. Se realizó un análisis descriptivo de las variables cuantitativas utilizando medidas de tendencia central y dispersión. Se estimó la prevalencia de los factores de riesgo cardiovascular, estratificados por sexo, área geográfica, nivel de estudios y etnia de las madres. Se analizó la prevalencia de los factores de riesgo cardiovascular con relación a las características sociodemográficas de la población estudiada. El HDL-c bajo (51%) fue el factor de riesgo cardiovascular predominante. Se observó una mayor prevalencia de obesidad abdominal, hipertrigliceridemia y colesterol total en las niñas que en los niños. La alta presión arterial diastólica prevaleció en los niños. Los adolescentes del área urbana tuvieron una mayor prevalencia de sobrepeso/obesidad y resistencia a la insulina que los del área rural. La prevalencia de sobrepeso/obesidad y obesidad abdominal fue mayor en los adolescentes cuyas madres tenían nivel de estudios ≥ 7 años que aquellos cuyas madres tenían bajo nivel de estudios. Las diferencias en la etnicidad materna también influyeron en la prevalencia de resistencia a la insulina. Entre las principales conclusiones de este estudio, se destacan las desigualdades sociodemográficas y geográficas entre los factores de riesgo cardiovascular. La promoción de un estilo de vida saludable entre la población joven es lo indicado para prevenir las enfermedades cardiovasculares en la edad adulta.Abstract in English:
Abstract: This study was aimed to determine the prevalence of cardiovascular risk factors among different sociodemographic groups of adolescents from indigenous communities in Chiapas, Mexico. A cross-sectional prevalence study was performed in urban and rural communities in the Tzotzil-Tzeltal and Selva regions of Chiapas. A sample of 253 adolescents was studied, of whom 48% were girls and 52% were boys. A descriptive analysis of quantitative variables was performed using measures of central tendency and dispersion. The prevalence of cardiovascular risk factors stratified by sex, geographical area, years of schooling, and ethnicity of the mothers was estimated. The prevalence of cardiovascular risk factors was analyzed in relation to the sociodemographic characteristics of the study population. Low HDL-c (51%) was the predominant cardiovascular risk factor. Girls had a higher prevalence of abdominal obesity, hypertriglyceridemia, and borderline total cholesterol than boys. High diastolic blood pressure was more prevalent in boys. Adolescents from urban areas had a higher prevalence of overweight/obesity and insulin resistance than adolescents from rural areas. The prevalence of overweight/obesity and abdominal obesity was higher in adolescents whose mothers had ≥ 7 years of schooling compared with adolescents with less educated mothers. Differences by maternal ethnicity also influenced the prevalence of insulin resistance. Among the main findings, this study associated sociodemographic and geographical inequalities with cardiovascular risk factors. Promoting a healthy lifestyle for this young population is absolutely necessary to prevent cardiovascular diseases in adulthood.Abstract in Portuguese:
Resumo: O objetivo do estudo é identificar mudanças no estilo de vida e fatores sociodemográficos associados em mulheres e homens participantes da coorte Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) durante a pandemia de COVID-19. Estudo longitudinal com 3.776 (58,8 anos; DP ± 8,5) funcionários de instituições públicas de Ensino Superior no segundo acompanhamento e na onda COVID do ELSA-Brasil. Os dados foram coletados por meio de questionários estruturados. Foi realizada análise exploratória por meio de regressão logística binária e multinomial nas variáveis dependentes com duas e três categorias, respectivamente, obtendo-se estimativas brutas e ajustadas de odds ratio no SPSS 20.0, considerando um valor de p < 0,05. Houve redução da atividade física de 195,5 (DP ± 1.146,4) equivalentes metabólicos por semana nas mulheres e de 240,5 (DP ± 1.474,2) nos homens, e do tabagismo de 15,2%. Houve aumento do consumo de álcool em homens e mulheres (434,2 ± 5.144,0 e 366,1 ± 4.879,0, respectivamente), do escore de qualidade alimentar (0,8 ± 3,7, mulheres; 0,5 ± 3,7, homens), do tempo de sono (0,4 ± 1,2, mulheres; 0,5 ± 1,1, homens), do tempo de tela (1,7 ± 2,4, mulheres; 1,4 ± 2,3, homens) e do tempo sentado (1,7 ± 2,6, mulheres; 1,5 ± 2,4, homens) (horas/dia). Além disso, 18,6% aumentaram a compra de alimentos ultraprocessados e 36% aumentaram a compra de alimentos naturais. A idade e a atividade laboral contribuíram para aumentar a chance de compra de alimentos ultraprocessados, e a idade e a adesão ao distanciamento social influenciaram a mudança para um comportamento mais sedentário, enquanto a renda e o trabalho ativo favoreceram o aumento do consumo de bebidas alcoólicas. Estes fatores devem ser considerados na elaboração de políticas públicas a fim de evitar comportamentos individuais deletérios à saúde em períodos de pandemia.Abstract in Spanish:
Resumen: El objetivo de este estudio es identificar los cambios en el estilo de vida y los factores sociodemográficos asociados en mujeres y hombres que participan en la cohorte Estudio Longitudinal de Salud del Adulto en Brasil (ELSA-Brasil) durante la pandemia de la COVID-19. Estudio longitudinal con 3.776 (58,8 años; DE ± 8,5) funcionarios en instituciones públicas de educación superior en el segundo seguimiento y en la ola COVID de ELSA-Brasil. Los datos se recopilaron de cuestionarios estructurados. El análisis exploratorio se realizó mediante regresión logística binaria y multinomial en variables dependientes con dos y tres categorías, respectivamente, en la cual se obtuvieron estimaciones brutas y ajustadas de odds ratios en SPSS 20.0, teniendo en cuenta un valor de p < 0,05. Hubo una reducción en la actividad física de 195,5 (DE ± 1.146,4) equivalentes metabólicos por semana en mujeres y de 240,5 (DE ± 1.474,2) en hombres, y del tabaquismo del 15,2%. Hubo un aumento en el consumo de alcohol en hombres y mujeres (434,2 ± 5.144,0 y 366,1 ± 4.879,0, respectivamente), en el puntaje de calidad de los alimentos (0,8 ± 3,7, mujeres; 0,5 ± 3,7, hombres), en el tiempo de sueño (0,4 ± 1,2, mujeres; 0,5 ± 1,1, hombres), en el tiempo frente a la pantalla (1,7 ± 2,4, mujeres; 1,4 ± 2,3, hombres) y en el tiempo sentado (1,7 ± 2,6, mujeres; 1,5 ± 2,4, hombres) (horas/día). Además, el 18,6% aumentó la compra de alimentos ultraprocesados y el 36% la compra de alimentos.Abstract in English:
Abstract: This study aimed to identify lifestyle changes and associated sociodemographic factors in women and men participating in the Brazilian Longitudinal Study for Adult Health (ELSA-Brasil) cohort during the COVID-19 pandemic. Longitudinal study with 3,776 (aged 58.8 years; SD ± 8.5) employees of public higher education institutions in the second follow-up and the wave-COVID of ELSA-Brasil. Data collected using structured questionnaires. An exploratory analysis was performed using binary and multinomial logistic regression on the dependent variables with two and three categories, respectively, by obtaining crude and adjusted odds ratio estimates in SPSS 20.0, considering a p-value < 0.05. There was a reduction in physical activity of 195.5 (SD ± 1,146.4) metabolic equivalents per week in women and 240.5 (SD ± 1,474.2) in men, and in smoking by 15.2%. There was an increase in alcohol consumption in men and women (434.2 ± 5,144.0; and 366.1 ± 4,879.0, respectively), in the food quality score (0.8 ± 3.7, women; 0.5 ± 3.7, men), sleeping time (0.4 ± 1.2, women; 0.5 ± 1.1, men), screen time (1.7 ± 2.4, women; 1.4 ± 2.3, men), and sitting time (1.7 ± 2.6, women; 1.5 ± 2.4, men) (hours/day). In total, 18.6% increased the purchase of ultra-processed foods and 36% increased the purchase of natural foods. Age and work activity contributed to increase the chance of purchasing ultra-processed foods, and age and adherence to social distancing influenced the shift to a more sedentary behavior, while income and active work favored the increase in alcoholic beverage consumption. These factors should be considered when developing public policies to avoid individual behaviors that are harmful to health during pandemics.